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História Você me faz recomeçar - Capítulo II


Escrita por: LiraAckles

Notas do Autor


Voltei com mais um capitulo, espero que gostem. Sempre que uma frase estiver em itálico significa que é um pensamento, os bilhetes que eles irão trocar ou mensagens de textos estarão em negrito. No mais boa leitura.

Capítulo 3 - Capítulo II


Fanfic / Fanfiction Você me faz recomeçar - Capítulo II

 

 Harry acordou com o despertador tocando. Estendendo um braço, desligou o irritante aparelho e cobriu a cabeça com a coberta, resmungando o famoso, mais cinco minutinhos. Sem dar-se conta voltou a dormir, acordando novamente com sua mãe batendo em sua porta, dizendo que ele estava atrasado.

 Saindo da cama com certa pressa, correu para o banheiro. De banho tomado, vestiu o uniforme e desceu a escada de dois em dois degraus para ir até a cozinha comer alguma coisa. O café foi tão rápido quanto o banho, logo, ele estava na garagem pegando sua bicicleta. Despediu-se da mãe, após beija-la na testa, e tomou o caminho da escola.  Para quem não estava acostumado a pedalar, oito quadras seriam bem cansativas, mas Harry simplesmente gostava. Ele gostava da sensação de liberdade, do vento batendo em seu rosto e agitando seus cabelos, sem contar, dos benefícios para sua saúde e pernas.

 Faltando pouco mais de dez minutos para o início das aulas, ele entrou no estacionamento da escola. Rapidamente, prendeu a bicicleta na grade e com a mochila nas costas, foi ao armário que lhe pertencia, tirou os itens das aulas do dia e rumou para sua sala. Seus amigos já estavam em seus respectivos lugares, rindo e conversando entre si enquanto o professor não entrava na sala. A segunda coisa que fazia ao entrar na sala era buscar por Draco. Seus olhos buscaram o loiro no automático, pois aquilo já havia se tornado uma rotina. Como na maioria dos dias, Draco estava sentado em sua carteira desenhando em seu caderno. A cabeça baixa, os cabelos cobrindo o rosto e os olhos concentrados no papel.

 Por um instante, Harry pensou em se aproximar e indagar o que havia acontecido no dia anterior, mas, de imediato, descartou a ideia e foi para seu lugar ao lado de Ronald.

–  O que houve? Dormiu demais novamente? – Perguntou Pansy, rindo do olhar sonolento que recebeu.

– Digamos que sim. Perdi alguma coisa interessante? – quis saber, como se alguma coisa nova pudesse ter acontecido no pouco tempo em que não esteve presente. Era raro algo interessante acontecer naquele colégio.

– Que eu saiba nada. Você não está assim tão atrasado. Espera, teve uma coisa...

– Pansy, não! – cortou Hermione, colocando a mão na boca da garota, para que ela não falasse nada.

– Hermione, o que rolou? – Harry insistiu e ela fez que não com a cabeça.  Harry olhou para ela interrogativo. – Conta logo! Você sabe que não gosto quando me escondem as coisas!

– Tá, a diretora teve aqui e chamou o Draco até a sala dela...

– E o que tem demais nisso? – perguntou confuso.

– Exatamente! Não tem nada demais! Mas ele voltou com uma cara péssima. Bem mais péssima que o normal... Acho que ele levou algum sermão. Porquê? Eu não sei... – Hermione despejou tudo de uma vez, dando de ombros e voltando a ler o livro que estava aberto sobre sua mesa.

 Harry direcionou seu olhar para Draco, neste mesmo instante o loiro olhou para ele. Os olhos se encontraram e foi como se uma correte elétrica tivesse passado por todo o corpo de Harry. O olhar que recebeu do loiro, lhe arrepiou toda a pele, mas não foi um arrepiou bom. Ele tinha um olhar sombrio e angustiado. Culpa e magoa também transbordavam em seus olhos. Ele parecia ainda mais perdido e abatido.

Por que todos esses sentimentos ruins, Draco? – perguntou-se ainda encarando os olhos do loiro, que logo desviou os seus.

– Pansy, por que nunca ouvir a voz do Draco? – Harry perguntou a amiga que era conhecida, sem que ela soubesse, como a maior fofoqueira do colégio.

– Então você não sabe? – respondeu ela com outra pergunta. Ele fez que não com a cabeça. Já havia se perguntado antes porquê nunca escutou a voz dele, mas sempre esquecia de questionar o motivo. – Desde que os pais e o padrinho dele morreram que ele não pronuncia uma única sílaba. Ninguém deste colégio nunca ouviu a voz dele. Quando ele entrou aqui, já não falava com ninguém, nem na hora da lista de presença...

 Harry parou de escutar o que a menina dizia. Seus olhos prenderam-se as costas do loiro. Que olhava pela janela distraidamente. Era verdade que nunca tinha escutado o loiro falar, nem na lista de presença. Será que o acidente que ele sofreu deixou alguma sequela? Será que era por isso que ele não deixava ninguém se aproximar? O que será que havia acontecido com ele? Eram tantas perguntas em sua cabeça, porém, as respostas apenas Draco poderia dá-las, no entretanto, ele não parecia interessado em responde-las.

 “Como posso fazer para me comunicar com ele? ” Se perguntou. “Bom, ele pode me ouvir e entender o que eu falo, mas como posso fazer para entende-lo”. A mente de Harry trabalhava em busca de uma solução, buscando uma maneira de interagir com o loiro. A aula teve início sem que ele percebesse. Estava tão preso em seus próprios pensamentos que a aula terminou e o moreno só notou quando um novo professor entrou na sala. Na segunda aula, onde ele se mostrou mais atento, ele viu uma coisa que achou que podia funcionar.

 O sinal tocou indicando o início do horário de almoço. Seus colegas começaram, em meio a conversas animadas, a sair da sala. Ele, calmamente, guardou seus materiais, sem nenhum interesse em se adiantar ou ser um dos primeiros a deixar a sala. Sua mente bolava um plano de abordagem a certo loiro, que ele esperava que desse certo.

– Você não vem? – perguntou Hermione, olhando para porta e para o moreno ao mesmo tempo. Pansy e Rony também o aguardava parados na porta.

– Vão indo. Preciso fazer uma coisa antes e logo alcanço vocês.

– O que você está aprontando, Harry? – Rony quis saber, inclinando a cabeça de lado e olhando estreito o amigo que lhe sorriu. Conheciam-se bem o bastante para saber quando um ou outro estava aprontando alguma coisa.

– Não se preocupem, não é nada demais – dispensou a preocupação, mas sorriu travesso. – Se der certo conto a vocês depois.

– Você quem sabe... Só não vá fazer besteira – disse por fim, acompanhando as garotas para fora da sala.

– Pode deixar!

 Sozinho na sala de aula, Harry rasgou uma página do seu caderno e rabiscou nela. Dobrou duas vezes e caminhou até a mesa de Draco. Espiando a porta, colocou o papel dentro do caderno que o loiro sempre deixava sobre a mesa para a aula seguinte. Com um sorriso travesso ainda no rosto, o moreno deixou a sala. Satisfeito consigo, escolheu um lanche na cantina e foi sentar-se junto aos amigos. Durante o almoço, ele não se privou de observar o loiro sentado debaixo da mesma árvore de sempre, desta vez, porém, ele estava degustando um sanduiche e tomando um suco de caixinha.

 Para Harry o intervalo durou uma eternidade, mas finalmente ele acabou. Ele seguiu o fluxo de alunos que deixavam o refeitório e se dirigiam as suas respectivas salas. Estava um tanto apreensivo ao sentar-se em sua cadeira e discretamente olhar na direção de Draco, aguardando ansioso que ele achasse o bilhete. Draco ocupou seu lugar, deitou a cabeça sobre os braços e aguardou o professor entrar.

 Ele estava com muita dor de cabeça. Não tinha recebido uma boa notícia da diretora naquele dia. Tudo o que queria era que as aulas terminassem logo para que pudesse voltar para casa e se trancar em seu quarto. Estava cansado e insone fazia duas semanas. Ninguém notava, mas fazia um tempo que não conseguia dormir. Tinha pesadelos todas as noites, sempre o mesmo sonho, as mesmas imagens. Era só fechar os olhos que elas invadiam sua mente. Ele se perguntava até quando seria atormentado por aquelas lembranças. Sua vida era um completo desastre e dia após dia só piorava.

– Bom dia, turma – cumprimentou o professor ao entrar.

 Draco ergueu a cabeça dos braços, cobrindo um bocejo com a mão e abriu o caderno. Para sua surpresa, a página em que abriu estava marcada por uma folha dobrada.

O que será isso? – Ele se perguntou. – No mínimo mais uma brincadeira de mal gosto.

 Mesmo assim, sua curiosidade venceu e depois, de analisar o papel mais um pouco, resolveu abrir. Do outro lado da sala, Harry apertava os dedos e mordia a parte interna da boca, apreensivo diante da expectativa de Draco responder ao que estava escrito.

 Draco leu o papel, onde estava escrito:

“Me deixe ser seu amigo. ”

                                                Harry

Ele nunca desiste?! – perguntou-se Draco, sacudindo a cabeça de um lado para o outro.

 Ele olhou para Harry e este lhe sorriu, acenando com uma das mãos para só o loiro ver. Draco teve que admite que ele era persistente e tinha o sorriso mais bonito que alguém já lhe dirigiu. Não eram muitas pessoas que sorriam para ele, principalmente por causa da sua feição sempre tão fechada.

O que ele quer afinal? Para que tanta insistência? Ninguém nunca se importou comigo a tal ponto. Basta um olhar e todos saem correndo! – pensou, olhando novamente para Harry. – Por que você não me deixa em paz, Potter?

 Harry viu com expectativa, Draco escrever algo na mesma folha de papel e guardar na pequena gaveta que ficava por baixo da mesa. Cada mesa tinha uma pequena gaveta para que os alunos pudessem, se quisessem, guardar seus pertences. As horas demoram a passar, mas quando o sinal para o fim das aulas tocou, o moreno continuou sentando em sua carteira. Uma falsa calma transparecia nos seus movimentos ao guardar o material. Desta vez, seus amigos não questionaram se ele sairia, apenas foram para fora da sala. Iriam esperar ele no portão de entrada do colégio.

 Draco também demorou a sair, o que só aumentou o desespero do moreno. Quando finalmente se viu sozinho, Harry correu até a mesa de Draco. Ele abriu a gaveta, que ficava aberta, e pescou o bilhete de lá. Quase o rasgando na pressa de ler o que o loiro havia escrito, desdobrou o papel. Com uma letra caprichosa estava escrito:

 

“ Por que você faz tanta questão? Será que é pedir demais para me deixar em paz, Potter? Não tenho interesse algum em fazer amizades!  Você não precisa fingir que se importa comigo. ”

 

  “Ao menos recebe uma resposta”, pensou. “Draco podia ter jogado o bilhete fora”. Para Harry isso já foi um começo. Ele guardou o papel no bolso, pegou a mochila e deixou a sala. O moreno saiu da sala pensando no que diria no outro dia, ou melhor, escreveria. Por que com certeza, daria uma resposta ao loiro. Precisava de uma resposta convincente para que ele lhe permitisse aproximar-se.

– Vai nos contar agora o que você está aprontando? – Pansy foi dizendo assim que o moreno se aproximou de onde ela e os outros aguardavam.

– Nada demais – respondeu rápido, procurando mudar de assunto. Eles desceram os poucos degraus que levavam ao chão e seguiram para o estacionamento.

– Ora, vamos, Harry. Conte logo! – insistiu.

– Se não fosse nada, você não estaria com esse sorriso bobo estampado na cara – reforçou Hermione, vendo o sorriso que o moreno sustentava morrer, mas não queria pressioná-lo como a amiga estava fazendo.

 Sem alternativa, Harry revirou os olhos, desprendeu a bicicleta da grade e respondeu:

– Talvez eu tenha achado uma forma de me aproximar do Draco... mas não vou entrar em detalhes ainda – completou, fazendo Pansy fechar a boca e lhe olhar com um biquinho contrariado. – Vejo vocês amanhã.

~~*~~

 Draco, quase sempre, era um dos primeiros a deixar o colégio. Assim que o sinal tocava, ele guardava seus materiais e ia para o estacionamento. Apesar de tudo, e do mais estranho que fosse, ele gostava de dirigir. Outras pessoas teriam adquirido traumas de carros, mas ele não, dirigir lhe acalmava. Ele desligou o alarme, abriu a porta do fundo, jogou a mochila dentro e voltou a fechar. Estava de mal humor, dirigir ajudaria a amenizar sua irritação. Como no dia anterior, voltou ao supermercado para fazer suas compras da semana.

 Ainda que todo mundo achasse que ele tinha um monte de empregados a sua disposição, ele não tinha. Sua família era rica o bastante para isso, mas Draco preferia manter as pessoas longe. Enquanto colocava as coisas que precisava no carrinho, lembrou-se de Potter. O loiro queria muito entender o porquê de o garoto insistir em ser seu amigo, se perguntava se era só amizade mesmo que ele queria ou se havia algum outro interesse por trás. 

 Harry era muito popular. Tinha muitos amigos no colégio e não precisava de mais um. Além disso, Draco não queria nenhum amigo. Ele não podia ter amigos. Todos aqueles que ficavam próximos demais acabavam se machucando, e ele não queria mais um peso de culpa em suas costas. O fardo que carregava já era pesado demais para querer adicionar mais um.

 Depois de passar pelo caixa, ele levou as compras para o carro e dirigiu para casa. Tinham escolhido para ele morar, um pequeno apartamento, este tinha um quarto, uma sala um pouco espaçosa, uma pequena cozinha conjugada com a sala, um banheiro e área de serviço.

 Com os sacos de compras na mão, foi para o elevador, subindo até chegar em seu andar. Ele colocou a chave na fechadura, mas estranhou ela não está trancada. Tinha certeza que havia trancado a porta ao sair. Ao abriu a porta, acabou arregalando os olhos em surpresa. Sentada em seu sofá, estava uma pessoa que ele não esperava ver tão cedo, muito menos em sua casa. Havia sido informado que ela estaria na cidade, mas não imaginava que receberia uma visita sua.

 – Você parece surpreso em me ver, querido?! – disse falsamente a pessoa, com um sorriso maldoso desenhado em seus lábios.

 Draco fez que não e passou por ela, indo até a cozinha para deixar as compras feitas.

O que ela faz aqui? – perguntou-se, voltando para sala.

 A mulher na sala era sua tia e, até então, sua responsável legal. Desde de a morte do padrinho, que antes detinha sua guarda, Draco foi deixado sobre a responsabilidade da tia até completar a maior idade. Ela era uma mulher alta, com corpo esbelto e bonito. Ela usava uma saia lápis azul-marinho, blusa de seda branca e um casaco de pele marrom. Devia ter uns 40 e poucos anos, mas a maquiagem a fazia parecer mais nova. Os cabelos loiros, como o do pai de Draco, estava preso em um coque banana, sem nenhum fio fora do lugar.

 Draco sentou de frente para ela, em uma das poltronas da sala, e esperou que ela dissesse algo.

– Sua diretora não avisou que eu estava na cidade? – perguntou ela, tirando de dentro da sua bolsa de mão uma cigarreira. Draco odiava quando ela ia visita-lo, principalmente quando fumava em sua casa. Ela acendeu o cigarro, levou até a boca e inspirou, soltando a fumaça logo depois. – Vim para saber como você está, querido – continuou, já que Draco não lhe deu nenhuma resposta.

Só vá embora logo! – pensou Draco, apertando a barra do uniforme entre os dedos. Não suportava a mulher a sua frente! Ela era um lobo em pele de cordeiro!

– Fiquei muito satisfeita em saber que você vai bem na escola e que é um bom aluno. O segundo melhor, segundo a diretora. O primeiro seria o ideal para alguém da nossa família, mas se tratando de você... já é de se esperar!

Vai começar os insultos – pensou Draco, revirando os olhos. Já estava acostumado a receber impropérios vindo da tia que não media suas palavras. Estava até mesmo acostumado com a depreciação que ela fazia questão de deixar claro para ele.

– Também fiquei sabendo que você não fala com ninguém desde que entrou na escola. Que não tem amigos e que não responde quando os professores ou alguém lhe chama – ela parou de falar, inspirou a fumaça do cigarro, soltou uma nuvem de fumaça e olhou fixamente para o loiro. – Acho que já está na hora de você parar com essa frescura. Não que eu me importe, mas não é bom para imagem da família, nem para os negócios.

Estou pouco me lixando para o que você pensa! – exclamou Draco em pensamento.

– Não vai falar nada? – questionou a tia, soltando outra nuvem de fumaça e mantendo seu olhar em Draco. – Você quem sabe! A partir de sábado, você vai começar a ir em uma consulta com um terapeuta... – Draco levantou de supetão, sacudindo a cabeça vigorosamente.

Não, não, não! Não vou a terapeuta nenhum...

– Você não tem escolha. Foi uma exigência da sua diretora. Se não está satisfeito, vá falar com ela. Por mim você ficaria sem falar o resto da vida. E acho bom você não ter amigos, assim não coloca a vida de mais ninguém em risco. É bom manter as pessoas afastadas de você, afinal, elas costumam se machucar quando estão ao seu lado.

 Lágrimas silenciosas escorreram pelas bochechas do loiro. Ele as segurou como pode, mas sempre que lembrava das palavras dita por aquela mulher a um tempo atrás, ele simplesmente não conseguia controla-las. Ele apertou os dedos na palma da mão, apertando com tal força, que as unhas cravaram na pele. Um filete de sangue escorreu por sua palma e caiu no chão, manchando o tapete.

– O local da consulta e o nome do médico estão neste envelope. – Ela apontou para um envelope que estava sobre a mesa de centro da sala. – Disseram que ele é um dos melhores de Londres. Espero que ele possa mesmo ajudar você. Estou cansada de ter que lidar com seus problemas, como se não bastasse tudo o que eu já faço por você.

 Draco fechou os olhos e os apertou com força, obrigando-se a respirar fundo e controlar a vontade de voar no pescoço daquela mulher e esgana-la. Ele simplesmente a odiava! Ela se fazia de boazinha na frente das pessoas, mas quando estava sozinha com o loiro, não fazia questão nenhuma de esconder sua antipatia para com ele. O ódio que sentia da sua existência, posando de boa tia só quando estava perto de outras pessoas

 Ela era um dos motivos que levava Draco a não permitia que ninguém se aproximasse. Ela dizia que ele era amaldiçoado. Que todos que se aproximavam dele acabavam morrendo, mas isso era algo que ele não podia contestar. Todos aqueles com quem havia se importado um dia, tinham lhe abandonado, não por vontade própria, mas abandonaram. Ela se foi sem dizer nenhum um tchau, batendo a porta com força desnecessária. Draco desabou no sofá e chorou, mais uma vez, chorou por causa dela. Chorou pelas palavras que ela tinha lhe dito. Suas pernas perderam as forças, o levando a cair de joelhos em meio ao pranto.

 Seu peito doía e sua tristeza e solidão só aumentou. Não tinha ninguém, nem nunca teria. Não era capaz de colocar mais ninguém em perigo. Por mais insignificante que a pessoa fosse, não merecia morrer. Aos poucos, o choro foi cessando, resumindo-se a pequenas fungadas. Ele deitou sobre o tapete em posição fetal e ali ficou, ainda vestindo com o uniforme do colégio e com apenas um sanduíche e o suco que havia consumido na hora do almoço no colégio em seu estômago. 


Notas Finais


Contem-me o que estão achando. Beijos


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