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História Você Me Pertence - Ela não é priminha de Erick


Escrita por: fanfiqueiraMore e FanficsTini

Notas do Autor


Boa noite gente ❣

Vamos conferir mais um capítulo dessa fanfic maravilhosa 😘

Desculpe qualquer erro 🙏
(Capítulo ainda não revisado)

Capítulo 43 - Ela não é priminha de Erick


Fanfic / Fanfiction Você Me Pertence - Ela não é priminha de Erick

Eu dirigia aquele carro em prantos, quase sofri um grave acidente pelo fato de minha visão ter embaçado por causa da merda do choro. Por que eu estava assim? Finalmente ele havia deixado eu ir, não era isso que eu queria? Não era? Não, não era. Eu havia aprendido a ser de Joel, eu havia aprendido a pertencer a ele, agora ele era tudo o que eu mais queria, tudo o que eu mais ansiava, eu o amava, mas sabia que o destino não estava a nosso favor, ou melhor, à meu favor, pois eu era sozinha nessa história, ele não me amava, simplesmente não me amava

Estacionei o carro e entrei em casa quase arrombando a porta, eu estava triste, angustiada e com raiva, raiva por ter que ser assim, raiva por não conseguir fazer ele sentir o mesmo. Pimentel não havia nascido para amar ninguém além dele

Bati a porta com força a trancando e logo apoiando minhas costas nela, aos poucos fui deslizando e quando me dei conta eu estava no chão escolhida e chorando novamente, lembrei-me de tudo o que havia passado minutos atrás naquela rua. O jeito que ele falou comigo, como se tivesse se arrependido de algo

— Chorando, pequena Tini? Hm... Acho que não aconteceu algo bom — Puta que pariu, eu conhecia aquela voz, olhei em direção ao sofá e meu coração quase saiu pela boca ao ver a tal pessoa, levantei-me rápidamente e fui em sua direção

— Austin? — Quase gritei — Você... Você está...

— Vivo? — Ele deu uma risada debochada, enquanto se mantinha sentado em meu sofá, ele tinha uma perna toda enfaixada e várias cicatrizes no rosto, não pude deixar de ficar olhando — Se decepcionou, Martina? Achou que havia se livrado de mim?

— Vá embora, Austin — Gritei — Não quero você aqui, já me causou muitos problemas

— Não — Ele disse firme — Eu quero minha vingança e vou começar por você — Ele disse e eu ri

— Garanto que você mal consegue levantar-se desse sofá, olha o seu estado. Pimentel acabou mesmo com você

— Você está bem afiadinha, não? Sera que seria uma boa eu abrir minha boca para seu pai? Ele me conhece desde pequeno, confia em mim

— Nossa, que novidade, eu sendo chantageada mais uma vez — Ironizei — Mas pode deixar que Jade já entregou todo o jogo para ele, eu e meu pai já estamos conversados. Agora va embora — Disse firme

— Você pode até se livrar, pequena Tini — Ele disse levantando-se com dificuldade e pegando suas muletas — Mas Pimentel, ah, ele vai sofrer as consequências — Confesso que Austin me deu medo

— Depois que sua perna melhorar — Impliquei

— Vai brincando, Martina. Mas se alguma merda acontecer, não reclame — Ele disse indo até a porta

Confesso que minha intuição já sabia que Austin não havia morrido e não sei porque, mas até senti-me aliviada por isso, porém ele havia se tornado um vagabundo sem jeito, e aquilo me preocupava, pois eu vi que ele realmente estava decidido em vingar-se de Joel

Confesso que o aparecimento de Austin não tinha nem feito cócegas em mim, pois o que mais me incomodava era Pimentel e esse meu sentimento filho da puta por ele. Subi até meu quarto, logo jogando-me em minha maravilhosa cama, peguei meu celular e liguei para Naty, ela era a única que me entenderia neste exato momento

— Deixou você ir? Simples assim? Esse garoto está doente? — Ela perguntava incrédula

— Não sei, Naty. Não sei de mais nada, minha cabeça está confusa e esse amor por Joel está quase explodindo dentro de mim — Desabafei e as lágrimas vieram na sequência

— Ele não pode ser tão frio assim a ponto de não sentir nada por você durante todo esse tempo, Tini... — Naty dizia com a voz mansa — Eu não acredito nisso, eu sei que ele gosta de você

— Nathalia, eu sei que essa é a função das amigas, mas não me ilude, por favor — Falei — Pimentel é assim, é da natureza dele, ele só ama a si próprio. Acontece

— Eu não acredito nisso, ja falei. Martina. Não acredito — Ela dizia brava — Eu via perfeitamente o jeito que ele te olhava, mesmo tentando disfarçar, você significa algo para aquele idiota sim. Mesmo que ele esconda isso — Ela parou para respirar — Sabe de uma coisa? Não vou aconselhar você a lutar pela porra desse amor, você já sofreu demais e é uma garota linda, merece alguém muito melhor, que dê seu devido valor. Pronto, falei, tô leve — Naty ficava engraçada quando estava irritada — Nunca gostei daquele panaca mesmo. Quero dizer, ele é gostoso e tal, mas é um puto arrogante

— Ok, Naty, eu entendi, muito obrigada me ajudou muito — Falei — Por mais que você tenha falado rápido demais e eu não tenha conseguido entender algumas coisas — Dei um riso meio sem vida. Minha vontade era deitar naquela cama e chorar a noite toda — Vou desligar, até amanhã na escola

— Amiga... — Ela disse com uma voz triste

— Beijos, te amo — Desliguei, e fiz minha vontade, deitei e chorei, chorei tanto que eu nem sabia como haviam lágrimas

[...]

No dia seguinte, eu cheguei na escola com uma cara nada boa, eu poderia ser miss cara de cu sem problema algum. Olhei no relógio e eu estava atrasada, à essa hora todos já deveriam estar na sala de aula, mas quem disse que mesmo assim eu me apressei? Eu andava por aqueles corredores quase sem vida, minha aparência com certeza não estava das melhores

— Com licença, professor. Posso entrar? — Pedi permissão e ele só assentiu. Entrei e era horrível quando se chegava atrasada, a atenção da turma inteira caía em você. Valquíria me olhou e fez uma cara de nojo, mas nem dei bola, Naty logo fez sinal para que eu sentasse ao lado dela

— Você estar bem? — Ela cochichou

— Melhor impossível — Ironizei

— Toma — Ela disse — Copia essas questões, se quiser pode copiar as respostas também

— Você nunca faz isso — Falei

— Mas hoje é excessão, pois sei que sua mente está voando longe, então nunca que você conseguiria responder essas vinte questões neste estado

— Você é quase a melhor amiga do mundo — Falei e ela riu

— E você está pessima... Não passou nem um mísero lápis de olho

— Cala a boca — Falei — Deixa eu copiar essas drogas

— Oi, pessoal — A porta se abriu e ouviu-se a voz da diretora — Joel tem um comunicado a dar — Levantei minha cabeça rapidamente parando minha atenção nele, que me olhou por um tempo mas logo desviou o olhar

— Então, eu vou ser bem breve, não quero tomar o tempo do velh... Professor — Ele molhou os lábios — Bom, hoje é meu último dia nessa escola e é isso ai — Olhei para baixo, tentando tontear as lágrimas

— Último dia? — Valquíria se pronunciou — Mas seu contrato é de seis meses

— Não faz diferença, eu só estou saindo um pouco antes, pois estou aquí a cinco meses e meio — Ele disse simples

— Ah, Pimentel. Nós adoramos você, fique por favor — Ela suplicava com aquela sua cara de puta — Agora você não se pronuncia né, Martina — Ela não pôde deixar de me encher. Apenas fique quieta, se eu falasse algo, choraria


P. O. V. Joel Pimentel


Aquela putinha de Valquíria suplicava para eu ficar, juro que eu preferia ouvir aquilo de Martina, mas ela se mantinha quieta e estranha, sua expressão era cansada como se não tivesse dormido a noite, toda vez que nossos olhares se encontravam, eu desviava. Aquela garota ja havia me pertubado demais, meus sentimentos e pensamentos estavam mais bagunçados do que nunca

Eu pedi demissão, pois estava decidido a voltar para a minha antiga vida, queria me focar mais nos negócios da gangue, queria continuar frequentando minhas boates e comendo minhas vadias, eu precisava voltar a ser o Joel de sempre, queria mostrar a mim mesmo que Martina não significava tudo isso e que eu estava apenas louco quando quis que ela fosse minha

Porra, a quem eu queria enganar? Era só um puto de pretexto para esquece-la, aquela garota estava acabando comigo, eu me sentia a amando. Porém, eu não queria isso, eu não aceitava isso, eu queria voltar a ser o que eu era antes, por mais que Martina tivesse tirando minha atenção por essas vadias. Eu contrataria uma babá bem gostosinha para Valentina, e pronto, minhas noites voltariam a ser as mesmas

— Então era só isso mesmo — Falei — Foi bom estar com vocês — Mentira, foi um porre

Saí da sala junto com aquela diretora que estava sempre me dando mole, será que ela não se ligava que tinha quase cem anos no couro?

Assinei umas papeladas e o caralho a quatro e logo me avisaram que eu estava liberado, isso demorou uns trinta minutos desde que eu saí daquela sala

Fui em direção ao meu carro, louco para largar daquele lugar e ver minha vida voltando ao normal novamente, precisava focar mais em minha gangue. Peguei as chaves e estava prestes a abrir quando alguém chamou-me

— Joel — Olhei e vi Martina

— Fala — Tentei não demonstrar nenhum sentimento

— Não se preocupe, eu não vim falar sobre nós

— Isso nunca existiu — Quando eu queria ser frio eu conseguia

— Ah... — Ela mordeu os lábios, talvez reprimindo a vontade de chorar, confesso que fique meio angustiado com a decepção em sua voz

— O que você quer? — Perguntei, pois eu precisava sair dali, já estava com uma vontade louca de agarrá-la

— Austin apareceu lá em casa ontem — Então o merdinha está vivo?

— Ele não machucou você né? — Não consegui conter minha preocupação

— Não — Ela respondeu e eu me vi quase babando nela, puta que pariu, ela era perfeita — Ele só disse que pretende se vingar de você — Fui obrigado a dar uma gargalhada

— Eu não tenho o que me preocupar — Disse simples — Só isso?

— Hã... Vou sentir sua falta — Ela disse se aproximando

— Eu sei — Me fiz de indiferente e fingi que o que ela havia dito não havia me afetado. Martina deu meia volta e voltou para dentro da escola e por um segundo eu não sai correndo atrás dela e lhe dei um beijo


P. O. V. Martina


Joel demonstrou mais uma vez que nunca sentiu e nunca vai sentir algo por mim, eu voltei para dentro da escola com uma vontade enorme de chorar, porém parecia que eu não havia mais lágrimas. Joel estava mesmo disposto à deixar de ter posse sobre mim, eu podia ver isso, principalmente depois de ser tratada com indiferença por ele

E desde ontem eu estava sendo a pessoa mais dramática do mundo

Eu odeio drama

Mas todos também sabem que Pimentel ja me fez muito mal, talvez seria uma boa ideia ele ter deixado eu ir, por mais que eu tivesse aprendido à gostar de seu jeito. Ele era arrogante, frio, rude, grosso, porém eu me acostumei com esse jeito dele, eu aprendi à gostar, assim como também aprendi a lídar com todos os seus putos defeitos

Eu não iria ficar chorando pelos cantos, eu sentiria falta dele, claro, mas talvez isso fosse ajudar-me a colocar minha vida nos eixos novamente, pois desde que conheci Joel, tornei-me a filha mais mentirosa do universo, eu odiava isso

— Falou com ele sobre Austin? — Naty perguntou ao me encontrar no corredor

— Sim — Disse simples

— E ele?

— Fez pouco caso, ele não teme Austin — Dei de ombros

— Ele não demonstrou nenhum sentimento? — Óbvio que ela não deixaria de perguntar isso

— O Joel de ontem foi algo passageiro — Falei ao me lembrar de nós dois naquele chão frio em uma rua qualquer — Aliás, ele disse que nunca existiu um "nós" — Sorri sem vida, tentando disfarçar a porra da dor

— O que? — Naty deu um berro e eu tapei sua boca

— Não grita, vadia — Fui obrigada a rir

— Não quero saber, Martina. Hoje vou lá na casa daquele idiota e falar umas verdades para ele — Ela dizia brava — Quem ele acha que é? Te usa e depois simplesmente joga fora? Não, não é bem assim

—Calma, respira... — Tentei acalma-la — Não precisa fazer isso, ok? Eu estou bem

— Bem? — Ela riu ironicamente — A tristeza em seu olhar está bem nítida

— Naty, chega de drama e vamos para a sala que já bateu — Falei a puxando pelos corredores enquanto ela murmurava algumas coisas feias sobre Joel

[...]

Cheguei em casa e senti um enorme vazio dentro de mim, algo que eu tentei não dar bola, subi para meu quarto, joguei minhas coisas na cama e desci novamente para comer algo, logo ouvi o barulho de carro e deduzi que era meu pai e tive certeza assim que ouvi o barulho das chaves, fui para a cozinha, peguei algo para beber e assim que voltei ele estava entrando

— Oi, pai — Falei jogando-me no sofá

— Oi — Ele deu um sorriso e tive a certeza que algo bom havia acontecido

— Posso saber o motivo dessa felicidade toda?

— Não é nada demais — Ele disse — Mas me diz, que camisa você acha que eu devo usar, aquela minha listrada ou aquela branca lisa?

— A branca lisa. Sem dúvida — Falei

— Ok, vou lá separar a listrada — Ele disse subindo as escadas

— Espera ai — Gritei levantando-me do sofá e saindo correndo atrás dele que começou a subir as escadas mais rapido ainda, porém o alcancei

— Onde o "senhor pai" Vai? Posso saber?

— Vou sair — Ele disse indiferente entrando em seu quarto, entrei junto

— Posso saber onde?

— É... não sei se seria uma boa ideia

— Fala logo

— O pai aqui sou eu

— Ah paizinho, fala — Amaciei a voz

— Vou jantar

— Jantar de negócios? Ah, imaginava

— Não

— Não? — Arquei as sobrancelhas — AI MEU DEUS — Dei um berro

— O que, Martina? — Ele disse ao se assustar

— Você tem um encontro

— Bom, não é bem um enco...

— É sim — Subi em cima da cama dele e comecei a pular — Você tem um encontro, você tem um encontro, você tem um encontro...

— Ok, Martina — Ele disse me pegando no colo e tirando-me de cima da cama — Chega

— Quem é a felizarda? — Exigi que ele me dissesse

— É...

— Fala logo, pai — Primeiramente ele disse algo baixo para que eu não entendesse — Quem? — Depois ele falou umas palavras desconhecidas — Quem?

— Patrícia — Ele disse com firmeza na voz

— O que? Patrícia? Eu sabia desde o início

— Sabia nada, agora sai que eu tenho que me arrumar — Ele disse me empurrando para fora do quarto enquanto eu ria igual uma hiena, foi bom para eu esquecer um pouco Pimentel

Voltei para o meu quarto e logo meu celular começou a tocar, aquela música já havia ficado irritante, eu tinha que mudar meu toque o mais rápido possível. Peguei meu celular e o nome de Zabdiel piscava na tela

— Alô, Martina?

— Não, o Batman — Ironizei — Fala, panacão

— Por um momento quase pensei que fosse o Batman mesmo — Ele disse e riu

— Idiota — Ele ri de leve — Aconteceu algo?

— Sim. Valentina não para de chorar, estou começando a achar que ela está com alguma dor

— Deve ser na barriga, Zabdiel. Coloque ela de bruços — Falei

— CHRIS, COLOQUE ELA DE BRUÇOS — Zabdiel gritou do outro lado da linha

— Agora embale ela um pouquinho, com certeza é uma pequena cólica

— Não estou mais ouvindo o choro... ELA PAROU CHRIS? — Ele gritou novamente — Sim, ela parou — Ele disse para mim

— Ah bom, qualquer coisa me ligue de novo... Mas me diz uma coisa...

— Onde está Joel? — Zabdiel chutou

— Exatamente

— Trancado na porcaria daquele quarto novamente

— Ele não está cuidando de Valentina? — Perguntei e Zabdiel ficou quieto — Bom saber... Tchau

Desliguei o celular e eu já estava decidida no que eu faria

— Pai? — Gritei enquanto eu saía de meu quarto

— O que, Martina? — Sua voz saiu abafada, pois ele estava trancado no quarto

— Vou ali na frente rapidinho — Falei enquanto descia as escadas, indo para a sala e logo saindo por aquela enorme porta, caminhei rápido pelo jardim, até chegar o portão, sai, atravessei a rua e quando dei-me conta, estava na frente da casa de Patrícia. Apertei a campainha, ela demorou um pouco, mas logo abriu

— Você está linda — Falei

— Martina? — Ela sorriu — Eu estava me arrumando para...

— Sair com o meu pai? Eu sei

— Espero que não tenha nenhum problema

— Não, claro que não — Dei meu melhor sorriso

— Então, o que traz você aqui? Entre — Ela disse — Só falta o sapato — Patrícia falou ao ver que eu olhava seus pés descalços, eu dei um breve sorriso

— Então... Eu preciso falar com você algo muito serio... — Falei depois de respirar fundo

— É sobre seu pai?

— Não, não tem nada a ver com ele...

— Então é o que? — Ela arqueou as sobrancelhas

— Seu... É... Seu filho — Por fim falei

— Joel? Você o conheçe? Sente-se — Sentei-me e ela sentou-se também

— Sim, eu conheço

— Da onde? Ele te fez algum mal? — Ela perguntou preocupada, pois ja sabia o jeito de seu filho

— Na verdade... — Contei toda minha história e de Joel para ela, menos a parte em que ele queria ter posse sobre mim, resolvi apenas dizer que a gente "ficava" Na verdade, era praticamente isso, ja que nós não tínhamos algo sério

— Então... Você e Joel...

— Sim, Patrícia. Meu pai não pode nem sonhar com isso

— Não, tudo bem... Eu entendo, será nosso segredo — Ela disse — Então você sabe quer ele é fruta podre, não é?

— Muito bem — Falei

— Não é culpa minha e sim do pai dele, Alexandre que sempre influênciou o filho a fazer esses tipos de coisa, eu sou totalmente contra isso, mas Joel não me ouve mais — Ela dizia desconsolada

— Ele é um garoto bem difícil, mas ele sabe se virar — Tentei a tranquilizar

— Espero... Você merecia alguém melhor

— Nem se preocupe, não estamos mais juntos — Falei e meu olhar fitou o chão

— Você gosta dele? — Ela perguntou

— É... Patrícia, na verdade, eu tenho que te contar outra coisa — Falei tentando mudar de assunto — Pretendo ser breve, daqui a pouco você e meu pai vão ter que sair

— Ok, fale — Ela disse apreensiva

— Tem uma criança lá no apartamento, você sabe disso, não é?

— Sim, coisa mais fofa, quando fui lá brinquei um monte com ela... Valentina não é? Uma priminha de Erick

— É isso que eu quero te falar... Ela não é nenhuma priminha de Erick — Eu tinha que abrir o jogo, Patrícia era a única que poderia ajudar, ela já tinha uma certa experiência e deixar Valentina nas mãos de Joel não daria certo, por mais que Zabdiel e Chris ajudassem a filha não era deles e sim de Joel, ele tinha que tomar as rédeas

— Não? Como assim? De onde é aquela criança? — Ela perguntou e eu fiquei quieta, não sabia se iria fazer a coisa certa, Joel me mataria se descobrisse — Ai meu Deus — Ela levantou-se rapidamente como se já tivesse deduzido algo — Priminha... Bem que eu pensei que essa história era estranha — Ela disse caminhando para lá e para cá — Ela é... filha... FILHA DE ERICK — Revirei os olhos e joguei-me para trás no sofá

— Não... — Falei e ela me olhou

— Chris? Zabdiel?

— Não... Joel — Por fim falei

— De Joel? Como assim? — Ela perguntou meio conturbada — Eu sou avó daquela doçura? — Ela começou a melhorar o humor — Ai meu Deus, sempre quis uma netinha — Contei para ela da história de Vivian e que Joel não estava conseguindo lidar com a criança, também ressaltei que eu não poderia o ajudar tanto porque nós estávamos tentando nos afastar um do outro, era incrível como ela compreendia tudo, aquela mulher era perfeita, eu a olhava para ela e sentia uma tremenda falta de minha mãe

A campainha tocou. Meu pai

— Eu vou lá amanhã, vou falar com ele — Ela dizia colocando os sapatos — E não se preocupe, não falarei seu nome — Mesmo que ela não falasse ele descobriria que fui eu quem contei. Ela respirou — Bom, como estou? — Fui responder, mas ela não deixou — Ai meu Deus, eu sou avó. Ai calma, Patrícia, respira — Ela era meio fora da casinha e super divertida, a mulher ideal para meu pai

— Vou indo, Patricia — Lhe dei um beijo na bochecha — Obrigada e boa sorte com o seu filho — Fui até a porta e abrir, encontrando meu pai ali parado

— Martina? — Ele estranhou, enquanto segurava um buquê com lindas Rosas

— Só vim dizer para ela o quanto você é um bom pai — Falei dando três tapinhas em seu peitoral — Tchauzinho, bom jantar — Falei atravessando a rua, mas logo voltei — Ah pai, vou encomendar uma pizza... Dinheiro por favor? — Falei fazendo um gesto com a mão querendo que ele me desse dinheiro, ele apenas bateu nela e não me deu um tustão

— Sei que você não gastou toda a sua mesada — Ele riu e piscou — Agora vá

— Sem graça... — Falei voltando para casa


Notas Finais


Até amanhã 💕


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