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História Você pode me amar, não pode? - "Desculpas"


Escrita por: PatyDoce

Notas do Autor


Olá pessoas lindas da minha vida! :)

Bom... Obrigada pelos comentários, favoritos e exibições! Estou muito feliz!>.<

Bjinhos.

Boa leitura~<3

Capítulo 16 - "Desculpas"


Fanfic / Fanfiction Você pode me amar, não pode? - "Desculpas"

Capítulo 16: "Desculpas"

 

Estou com saudade dos meus jogos...

Principalmente de Yandere Simulator. Como eu AMO esse jogo... Matar suas inimigas de várias maneiras é muito bom. Serrá-las, queimá-las, cortá-las, dilacerá-las, sequestrá-las, jogá-las dentro da fornalha, arrancar suas cabeças, socá-las... Ah... Isso me trás uma maravilhosa sensação...

Eu tenho o jogo em meu notebook, e estou com saudades dele...

Também estou sentindo saudade de Mad father, Five night’s, Ib, Call of Duty até mesmo de... To the Moon. E muitos outros.

Tenho todos esses jogos no PC, mas... Sinto que não devo deixar com que os Sakamaki vejam eu jogando. Porque acho que eles podem achar que estou tentando fugir ou algo do tipo... Triste realidade não?

- Olha aqui o presente de vocês! – Me entusiasmei, falando com meus pequenos lobos. Enquanto andava na direção deles. – Esse aqui é pra você! E esse aqui pra você! – Coloquei duas tigelas no chão.

Não era um graaande presente. Eram duas tigelas de comida com o nome deles gravados.

Uma tigela branca com o nome “Pollar”, em preto, e outra tigela preta com o nome “Fantasma”, em branco.

Ainda estava nevando, e eu estava só um pouco gripada, e com dor de cabeça. Pelo menos o chá que Kanato me ofereceu ontem me ajudou bastante...

Estou totalmente agasalhada. Dessa vez estou com muito frio... E estou sentindo meus pelos arrepiarem até com o casaco que coloquei.

Já está de noite. Pois eu passei o dia inteiro, praticamente, dormindo. Só levantei mesmo para comer, se não passaria o dia inteirinho na cama.

Até agora nenhum dos Sakamaki veio falar comigo. Será que algo aconteceu? Pois é... Eu não sei.

- Vocês gostaram meus l-lindos. – Gaguejei um pouco por causa da corrente  fria que acabara de passar. – Me desculpem, mas já estou v-voltando. V-vou descans... A-atchim! – Espirrei. – Vou descansar... – Sorri apertando Bonnie, acenando com uma mão.

Será que eles sentem frio? Não... Acho que os pelos os esquentam...

Me referi aos lobos, preocupada.

Me virei.

- Bitch-chaaan? – Era o Laito, com um cachecol em formato de laço.

AGORA NÃO PORRA!

Berrei mentalmente.

- Tenho uma cois... – Ele foi interrompido por Ayato, que surgiu atrás dele, tampando sua boca.

- Cala a boca idiota! – Cochichou no ouvido do irmão, rangendo os dentes, o puxando para trás.

Eles estão discutindo?

Laito retirou a mão do irmão bruscamente.

- Tenho que te falar uma coisa sobre o Ayato-kun. – Falou ele, com um sorriso atrevido.

- Me diz logo... – Pedi preguiçosa. - Eu tô com sono caralho. – Resmunguei baixo, batendo um pé no chão.

- Você e o Ayat... – Foi interrompido novamente pelo ruivo, que lhe puxou pelo braço.

- CONTA LOG... A-atchim! – Espirrei novamente.

Que DESGRAÇA de gripe.

- Laito. – Ayato continuou a puxar o irmão.

- Ayato-kun e você fizeram coisas “erradas”. – Dizia com um sorrisinho intimidador.

- FODA-SE! – Andei pisando forte no chão, emburrada. – Calma aí! “Erradas”. – Repeti não querendo acreditar que pudesse ser “outra coisa”.

- Foi. – Falou novamente, abrindo os braços, e Ayato pisou no seu pé com força. – Aí Ayato-kun. – Reclamou com o ruivo.

- Vem logo! – Ayato tentou  arrastar o irmão.

- Dava até pra escutar do corredor... – Provocou.

- Mentira! – Ayato.

Cerrei os punhos, cansada daquela situação.

Eles estão me trolando?

- A-Ayato. – Tentei me controlar. – Me diz que isso tudo é só uma brincadeirinha idiota. – O encarei.

- Não Bitch-chan. É verdade mesmo. – Se intrometeu Laito.

E Ayato coçou a cabeça, olhando pra baixo.

Ele não pôde ter feito sexo comigo... PÔDE? 

- Se fuder vocês dois. – Me agachei, fazendo duas bolas de neve.

- Hey? – Me chamou Ayato, ainda inconformado com Laito.

Me levantei, deixando Bonnie no chão, e taquei as bolas na cara dos dois.

Jumento infernal.

Eu estava cansada... Tanto que nem raciocinar direito raciocinei.

- Bitch-chan! Por que tacou em mim também?! – Reclamou Laito, passando a mão no cabelo, querendo tirar a neve.

Ayato ficou quieto, fazendo o mesmo que o irmão ao lado, o que significava que sabia porque foi acertado.

- Por que taquei em você? Heheh. – Ri fraco pegando Bonnie no chão, andando na direção deles. – Porque você tá atrapalhando meu sono! – Briguei com ele. – E Ayato... Depois a gente conversa. Não tô muito be... Atchim! – Passei por eles, querendo ir até meu quarto o mais rápido possível.

- Você tá gripada? – Perguntou Ayato, se virando como Laito, vendo eu caminhar até a mansão.

- Tô caralho. – Respondi, saindo dali, tentando pensar.

    ~    //    ~

- Como eu quero dormir de novo... – Me virei pro outro lado da cama, tentando pegar no sono. – Só um cochilinho. Ah! Já sei. – Tirei a coberta de cima de mim, sentindo um calafrio. – Nossa ainda tá esse frio. – Me abracei, caminhando até a bailarina que Kanato me deu.

Peguei a chave de prata, abri a caixinha e a rodei.

Ela começou a tocar uma música calma e ao mesmo tempo aterrorizante.

Qual será essa emoção?

Eu me pergunto dando um bocejo, logo depois voltando para a cama e me cobrindo, completamente preguiçosa.

Será que eu fiquei bêbada e fiquei com o Ayato? 

- QUÊ QUE EU FIZ PORRA! – Bati a cabeça no travesseiro, querendo dormir.

Mas uma coisa que eu notei foi que o ritmo da música da bailarina mudou, ficando um pouco mais acelerado.

Tirei minha cabeça do travesseiro, olhando para ela. Vendo que a mesma rodava no mesmo estilo da música.

Tentei me acalmar. Afundando a cabeça novamente.

- ...Quê que eu faço? – Peguei minha pelúcia, á apertando.

Fechei os olhos lentamente. Com a melodia calma da caixinha de música.

- Panque... ca? – Era o ruivo.

Não... De novo não...

Me lentei na cama, encostada na almofada.

- Eu quero dormir porra! – Reclamei de braços cruzados. – Eu tava quase dormindo. – Fiz bico, abaixando a cabeça.

- Não quer nem ver o que eu trouxe? – Sorriu levemente, se sentando na minha cama, com algo nas costas.

- Me mostra logo... Atchim!

- Tá. – Ele tirou a mão das costas, revelando o que tinha atrás.

Ele tá mexendo com meu ponto fraco...

Suspirei não segurando um sorriso.

- Me dá isso por favor? – Selei minhas mãos, fazendo uma voz fofinha, pedindo o algodão doce.

- Já mudou de humor? – Zombou rindo. – Pega. – Me deu o algodão doce.

- Isso é um pedido de desculpas? – Indaguei, pegando o doce e o mordendo.

- Talvez... – Olhou para o lado, com a mão na nuca.

- Hm.. – Assenti engolindo o pedaço do algodão. - E a propósito... Como conseguiu um algodão doce? A essa hora?

- Tele transporte? – Franziu a sobrancelha.

- Queria ter isso também... Aí eu podia ir em Paris, Amsterdã, Inglaterra... – Suspirei. – E poderia ir nos lugares e sair sem ninguém notar. – Sorri maleficamente, mordendo meu doce. – Quem sabe até assaltar um banco? Ou... Roubar uma bazuca e explodir alguém? – Brinquei.

- Você é má Heheh. – Comentou abrindo um sorriso.

- Mas me diz aí... Eu tava bêbada? – Me referi ao que, segundo Laito, tínhamos feito.

- Sim... – Olhou para lado.

- Como eu sou retardada. – Falei baixo, batendo a mão na testa, com um pouco de força. – Mas... Eu quero te bater. – Arranquei mais um pedaço do algodão doce rosado, com a expressão meio séria.

- Você jurou não me matar. Sério. – Falou.

- Eu não acredito que eu fiz isso. – Me lamentei. – Nós fomos até que ponto?  A gente transo? – Fui direta.

- Você me beijou, eu te beijei, tirei sua blusa, e te beijei de novo. – Resumiu tudo. – Não a gente não transo.

- Urfa. – Sorri um pouco surpresa, com a mão no peito. – Pelo menos foi “só isso”. – Me aliviei. – E espero que não esteja mentindo pra mim. – Lancei um olhar sério em sua direção, e ele negou com a cabeça. – Ah! E você está desculpado. – Mesmo que a culpa não seja só dele...

- Tá... – Me fitou.

- Como o Laito soube disso? – Semicerrei os olhos. – Você contou pra ele? Que mancada cara. – Balancei a cabeça, tirando conclusões. – Quer o último pedaço? – Ofereci o resto do algodão doce. E ele negou.

- Eu não contei pra ele. – Respirou fundo, fechando os olhos. – Ele disse que tinha escutado você... “Gemer”. Lá do corredor. E então, desde aí ele ficou me provocando... 

- Santo piruzinho. – Me joguei pra trás, batendo a cabeça no encosto da cama. – Que desgraça... – Olhei o teto. – Espero que os outros também não tenham escutado.

- Eu também...

Sabia que tinha feito merda no natal...

- Mas... Por que ontem você tava vestida como uma boneca? E não largava do pé do Kanato? – Indagou.

Fechei os olhos. E respirei bem fundo.

- Uma promessa que eu fiz... – Inflei as bochechas.

- Que promessa? – Procurou mais detalhes.

- Eu precisava de lápis-de-cor pra fazer um trabalho. Aí ele não ia me emprestar. Então eu propus que faria o que ele quisesse por um dia se ele me emprestasse os lápis. – Estalei o pescoço.

- Você fez isso por... Um lápis-de-cor? Heheh. – Riu fraco, enquanto eu assentia. – Eu não acredito.

- Nem eu acredito Ruivo. – Puxei a coberta, cobrindo meus ombros.

- Dava pra brincar de “modo Barbie” com você. – Zombou.

- Sim Heheh. Atchim! – Espirrei, colocando a mão no rosto.

- Você não tá nada bem. – Afirmou.

- Pois é né? Espero que essa merda de gripe passe logo. Odeio ficar doente. – Fiz beicinho.

- Tô vendo... – Sorriu levemente.

    ~    //    ~

Narrador ON:

Hana dormia calmamente em seu quarto. Até que a cortina aberta deixou com que a luz do sol iluminasse seu rosto pálido.

Ela abriu os olhos, soltando um bocejo. Movimentou as pernas e... Tentou movimentar os braços. Mas foi uma tentativa falha. Pois eles estavam acorrentados.

Correntes frias e pesadas.

Mas o quê...?

Se perguntou mentalmente. Olhando para os lados, balançando o corpo.

Ela puxou os braços fortemente, com o pensamento de que conseguiria talvez quebrar alguma corrente. E falhou novamente.

Suspirou com os olhos fechados. Procurando algo ou alguém.

Até que seu olhar parou em Kanato. No canto do quarto, sentado. Enxugando os olhos com a manga de seu casaco lilás.

- K-Kanato? – Chamou.

- Como pôde? – Perguntou ele com um ar triste e a cabeça abaixada.

Se levantou lentamente. Fitando depois a garota de pijama.

Ela franziu o cenho, em dúvida.

- Me solte... – Pediu calmamente.

Hana não sabia o que fazer ou dizer. Não sabia se pedia socorro, mesmo sabendo que ninguém iria ajudar.

- Não. – O roxeado caminhou até a beirada da cama. Com passos lentos.

Ela arregalou os olhos.

- Não tem porque você ficar com eles. – Se referiu aos irmãos. – Não tem. NÃO EXISTE! – Gritou batendo forte o pé no chão.

- Por... Quê? – Foi a única coisa que ela perguntou.

- Por quê? – Repetiu em deboche. – PORQUE VOCÊ É SÓ MINHA! – Berrou arregalando os olhos expressando sua raiva. – Só minha. Só minha... Só... Minha. – Repetia as palavras automaticamente, com um sorriso doentio estampado no rosto, enquanto lágrimas inundavam o mesmo. – Vo... cê não entende? – Subiu em cima dela.

Só... sua? 

- Vou ter que puni-la de novo certo? – Ele se perguntou.

- Não... – Ela sussurrou para si.

- Ele te tocou... Não é? – Falara Kanato, ainda com aquele sorriso, que se abria cada vez mais. – AQUELE IDIOTA TE TOCOU NÃO É?! – Colocou os braços ao lado da cabeça da morena como apoio.

Ele também escutou? Ou alguém lhe contou...

Ela se perguntava. Com um sentimento de culpa.

- NÃO FAÇA ESSA EXPRESSÃO! – Ordenou ele. – EU ODEIO ELA! – Lágrimas e mais lágrimas saiam dos olhos roxos e profundos que Kanato tinha, fazendo com que uma caísse no rosto da garota. Que até agora não sabia o que dizer...

Kanato começou a respirar descontroladamente, balançando a cabeça de modo negativo.

- Já sei o que vou fazer com você. – Sorriu psicopadamente na direção dela.

- O que vai fazer...? – Indagou ela, pensando no pior.

- Shh! Você é irritante. – A encarou sério.

Ele segurou na barra da blusa da morena, tentando a tirar. Até que lembrou que ela estava acorrentada.

- Ahh. Eu me esqueci. – Comentou consigo. 

Já que ele não conseguiu tirar a blusa dela. Segurou na barra novamente, puxando o fino tecido com força. Rasgando-o por completo.

- Pare. – Pedia ela, engolindo seco.

- Já que não quer me obedecer... – Sorriu arregalando os olhos. – Terei que ensinar seu corpo primeiro. – Pegou uma parte do tecido espalhado na cama, e o amarrou na boca da garota, bem forte.

Ele fez aquilo por que não queria escutar os possíveis gritos dela... Ou escutar ela pedir ajuda.

Hana se debateu, puxando os braços.

- Seu esforço é tão inútil quanto você. – Segurou o queixo dela, enquanto ela murmurava, tentando falar.

Pare de dizer coisas assim... Mesmo que todas sejam verdade.

Pensava Hana, triste.

Eu sei que eu sou só comida, mas... Me poupe de algo assim. Por favor.

Continuou pensando.

- Olhe para mim. Não desvie o olhar. – Dizia Kanato friamente, fitando a garota, que estava meio envergonhada por estar só de sutiã e short na frente dele.  

- Mmm.... – Ela tentou resmungar “merda” ainda com a boca amarrada, num laço bem apertado.

Kanato deu um sorriso doentio de novo, mas desta vez foi com a ideia que teve.

Tirou do bolso de seu casaco lilás, uma tesoura. Bem pontuda, que furaria a pele da morena e faria jorrar sangue.

Ela negou com a cabeça. Completamente desesperada.

- Há há há. Você gosta disso... Não gosta? – Ria se divertindo com o olhar dela.

- Mm! Mmm! – Murmurou negando.

Ela queria dizer “Pare!”. Mesmo que não adiantasse nada...

Kanato, com a tesoura em mãos, perfurou a lâmina na barriga dela, não tão fundo. Mas é indescritível a sensação que ele teve ao ver o olhar da morena contorcido em dor, e uma pura agonia.

Ela não se sentia bem... Aquela dor que um dia a mataria só aumentava... Aquela sensação desconfortante a dominava naquele momento.

O roxeado furou dessa vez um pouco acima dos seios dela, enquanto a mesma deixou com que lágrimas invadissem seu rosto.

- Há há há. Você ama isso... Não estou certo? – Perguntava retoricamente, sorrindo com os lábios fechados. – É realmente uma pena ter que estragar sua pele... – Franziu a sobrancelha com um olhar triste.

Ela chorava, se sentia enjoada, queria gritar e correr. Mas não tinha para onde fugir.

Kanato ainda com a tesoura em mãos, fez vários cortes na barriga e braços da garota. Que ficava quieta, sem se debater, sabendo que se mexesse seria pior para ela mesma.

Quando o roxeado parou com os cortes. Começou a lambe-los. Saboreando o doce gosto do sangue vermelho que escorria dos ferimentos, sujando o lençol da cama.

Hana mordeu os lábios com força ao sentir a ardência dos cortes, quando o roxeado os lambeu.

Eu sou realmente inútil.

Afirmava ela, com os olhos marejados.

- É tão bom... – Comentava o roxeado, com um sorriso que mostrava suas presas, logo depois voltando a lamber todo o sangue dos machucados da garota.

Poderiam pensar que eu me auto-mutilei Heheh.

Pensava ela com humor. Ainda naquele estado.

- Você é minha... Só minha. Quantas vezes terei que te dizer isso? E quantas vezes terei que ensinar o seu corpo? – Segurou o queixo dela, enquanto a outra mão guardava o cortante ensanguentado nos bolsos. – Mas saiba que farei quantas vezes precisar. – Sorria. – Eu não deixarei nenhum deles te tocar. Nunca mais. Apenas eu. – Dizia até de um jeito maléfico.

Hana se sentia vazia. Dolorida. E... Sozinha.

Kanato voltou a lamber os cortes que fez em Hana, e dessa vez ela mordeu os lábios com tanta força que fez um corte nos mesmos, sujando o tecido que amarrava sua boca.

Eu poderia morrer logo de hemorragia... Isso seria um favor...

- Você se cortou? – Indagava ele, com a expressão preocupada, mas que não passava confiança.

Ela nada respondeu, ainda com lágrimas em seus olhos.

O roxeado então desfez aquele nó apertado. E assim ela poderia falar novamente.

- Kanato... Para... – Arfou, soltando aquelas palavras como um sussurro.

Ela estava meio inconsciente, pela perda de sangue, e sua cabeça estava rodando, delirando.

Ele negou, enquanto mais sangue escorria dos lábios dela, do tanto que ela os pressionava.

Quanto mais eu implorar... Quanto mais eu chorar... Ou quanto mais eu pedir... Mais ele vai gostar. Mas... Então o que eu faço? Nada?

Pensou ela.

Kanato voltaria a lamber os ferimentos dela, se não fosse interrompido por Subaru, que entrou no quarto através de tele porte.

- O. que. Você. Quer? – Perguntou Kanato impaciente, desfazendo aquele sorriso doente, fazendo uma expressão de raiva.

Subaru sabia dos distúrbios que o roxeado tinha, então não foi uma surpresa encontrar Hana toda machucada pelo “irmão”.

- Reiji quer falar com você. – Explicou com as mãos no bolso, cabisbaixo.

Hana se sentiu aliviada por um único momento, dando um longo suspiro com os olhos fechados.

- Ah, que saco... – Lamentou, saindo de cima da garota. Logo depois se aproximando de seu ouvido, para lhe contar algo. – Vou matar qualquer um que lhe tocar, e puni-la por seus atos. Fufu. – Se afastou, pegando Teddy na bancada, e depois caminhando até a porta com um sorriso, despreocupado e... Satisfeito.

Ele deixou Subaru e Hana a sós. Ele não disse nada porque iria matar ou punir quem tocasse em sua preciosa boneca de porcelana.

Subaru se dirigiu até a beirada da cama da garota, com passos lentos, a fitando, enquanto ela nem mais ligava se estava só de sutiã e short.

Hana olhava o teto de seu quarto, com a expressão vazia, assim como seu olhar. Não estava triste, nem com raiva. Apenas... Vazia.

- Eu vou morrer de qualquer jeito... Então me mate logo. – Sorria com uma expressão infeliz.

O albino nada disse, apenas puxou uma das correntes que prendiam ela, a quebrando. Sem usar muita força.

Ela puxou o braço que ainda estava preso e a corrente se quebrou, com um pouco de facilidade.

Agora essa porra quebra né?

Pensou ela, movendo os braços doloridos.

Subaru ficou meio surpreso por ela conseguir se soltar.

- A-ai. – Ela resmungou ao sentar na beirada da cama.

- Quer... Ajuda? – Perguntou ele com a mão na nuca, a fitando.

Ela assentiu levemente, cabisbaixa.

Os cortes dela não sangravam tanto, mas alguns se abriam mais quando ela se mexia.

- Vá tomar um banho... – Pediu um pouco calmo. - Depois te levo no Reiji. Talvez ele tenha alguma poção para seus machucados cicatrizarem mais rápido. – Explicou, não tirando os olhos dela.

- Tá... – Concordou.

Ela tentou se levantar, mas tropeçou, caindo, então o albino a segurou rapidamente.

- ...Obrigada. – Agradeceu, se apoiando nele.

Ele olhou para o lado um pouco corado.

- D-de nada. Q-quer que eu te leve até o banheiro? – Perguntou gaguejando, preocupado com ela.

- Quero... – Aceitou a proposta.

Subaru carregou Hana, para ele era realmente tentador ver todo aquele sangue e não bebe-lo. Ele é um vampiro, claro que teria essa sensação, mas... De algum jeito queria se controlar para não machuca-la.

Caminhou até o banheiro com ela nos braços.

- Pode me jogar ali na banheira, depois eu do um jeito. – Disse ela, enquanto um pouco de sangue escorria do canto de sua boca.

Subaru assentiu, caminhando até o lugar desejado, a colocando na banheira.

- ...Obrigada. – Hana sorriu timidamente, se encostando na banheira, que se enchia de sangue. – Foi mal... Sua blusa tá suja de sangue.

- T-tudo bem... Depois me chame e eu te levo no Reiji. – Olhou para o lado.

- Depois fecha a porta quando sair? Por favor? – Ela pediu.

- Tá. – Se aproximou dela, agachando ficando ao seu lado, enquanto ela só o encarava, e depois ele passou o polegar no canto da boca dela, que antes escorria sangue. – Aqui tá sujo. – Sorriu, lambendo seu polegar com sangue dela.

- Hrum... – Murmurou ela.

Ele se levantou e saiu do banheiro, fechando a porta como ela pediu, logo depois colocando as mãos no bolso, olhando o chão.

Ela não merece morrer por seres como nós...

Pensou o albino, fechando a porta do quarto dela, não tirando a mão da maçaneta.

O que ele tem na cabeça?!

Se referiu á Kanato, irritado, soltando a maçaneta e depois se sentando em uma cadeira do quarto de Hana.

    Enquanto isso...

Hana tirava o resto de suas roupas, com dificuldade. E a banheira já estava quase cheia de sangue.

Isso está me enjoando tanto...

Pensou, jogando seu short no chão, com uma expressão de “foda-se” em seu rosto.

Narrador OFF:.

Hana ON:.

Abri o ralo, para o sangue sair e eu poder colocar água na banheira.

Eu odeio tomar banho de banheira... 

Eu realmente não gosto muito... Bom. Porque quando o banho é de banheira ele é mais demorado, e o de chuveiro é rápido. Acho que não gosto muito só por isso mesmo...

Meus cortes estão ardendo muito. E doendo também...

- Por que Karlheinz teve que me colocar essa maldição...? – Abracei meus joelhos, apoiando meu queixo neles, olhando para frente. – Ele é um desgraçado mesmo. – Sorri com a expressão vazia.

“Seu esforço é tão inútil quanto você”.

Como isso é verdade...

Kanato não estava mentindo sobre isso. Porque... Tá na cara que eu sou inútil. Você não vê?

Eu queria ser importante para alguém... Talvez assim eu deixasse de ser inútil não?

- Eu sou muito idiota. – Abri a pequena torneira, fechando depois o ralo.

Que poder você gostaria de ter se pudesse escolher qualquer um?

Eu queria poder ficar invisível. 

Por quê?

Bom... Eu iria desaparecer. Ninguém me veria. Eu seria transparente. Invisível.

Eu quero desaparecer... Virar um mímico e me comunicar através de gestos. Vestida de preto e branco. Haha. Seria divertido...

Não estou com pensamentos assim porque levei uns cortes de tesoura por causa de uma punição...

Como aqui já comentei...

Eu vejo coisas que ninguém vê. 

Já estava “meio” acostumada a me machucar...

Se lembra de Jeremy? O garoto dos fantoches?

Ele era uma alma... Só que ele era bom.

Os espíritos maléficos me machucavam...

Você não sabe o quanto já me feri. Mas eu me defendia e também não sentia dor.

Você acha que é bom ver “coisas”?

Acho que não... Né?

- Mas aqui na mansão Sakamaki eles quase não aparecem... – Comentei baixo me ensaboando, sentindo os machucados arderem cada vez mais.

Por isso eu ia em vários e vários psicólogos. Quando criança eu também ia. E todos falavam a mesma coisa...

- “Sua filha deve estar tendo alucinações... Ou ela criou tais personagens em sua mente e diz que os vê”. – Revirei os olhos, imitando a voz de uma das psicólogas, fazendo um tipo de fantoche com a mão.

Meus pais não sabiam. Mas eu escutava tudo... Tudo... Tudo e tudo.

Humpf, eles não ficavam contentes com o jeito que os médicos falavam... E diziam:

- “O senhor está insinuando que minha filha é louca? Ou que ela mente para nós?” – Imitei minha mãe, fazendo o mesmo gesto de fantoche, criando um tipo de conversa, arregalando os olhos.

Meus pais sabiam que eu não estava alucinando... Por algum motivo desconhecido...

Eles sempre tentavam provar o contrário.

Ainda assim... Faltam coisas. Eu sinto isso...

- A-atchim. – Espirrei. – Droga, eu esqueci que tava doente...

    ~    //    ~

- Por que tenta conversar com seres como nós? – Indagou Subaru, me acompanhando até a sala de Reiji.

- Vocês são legais.

E estranhos assim como eu...

- “Legais”? Você é louca mesmo... – Comentou sorrindo de lado, com as mãos no bolso.

Só sou louca de acordo com os exames médicos...

Pensei.

- Quem sabe né? Talvez eu realmente seja louca... Oooou. Você que está ficando louco e me chama de louca. – Brinquei, rindo fraco.

- Quê? – Perguntou meio surpreso.

- Naaaada. Hehe. – Ri, abraçando Bonnie.

Eu tive que praticamente me enfaixar.

Da cintura pra cima, tirando o rosto e pescoço. Eu sou uma múmia. E por isso estou com blusas de manga longa.

Paramos de andar quando ficamos de frente á porta do “escritório” de Reiji. E eu bati duas vezes.

- Pode ir. – Falei com o albino ao meu lado. – Eu me viro daqui pra frente. – Sorri meiga, colocando a mão na maçaneta.

- T-tá... – Ele disse, se tele transportando para algum lugar da mansão.

Esperei mais alguns segundos, e escutei Reiji dizendo “Entre”.

Abri a porta sem fazer muito barulho, e entrei no cômodo.

- Preciso falar com você. – Comecei a falar, vendo que ele estava sentado na mesma poltrona de antes.

- Também preciso falar com você. – Disse sério, com as mãos unidas e os cotovelos apoiados na poltrona. – Por que não foi almoçar? Já se esqueceu dos horários? – Me repreendeu. – Será que terei que puni-la novamente? – Sorriu sádico.

- Desculpa o atraso... – Apertei meu panda. – Não vai se repe... tir. – Olhei os outros livros do quarto.

- Assim espero. – Arrumou seus óculos. – Mas... O que quer falar comigo? – Falara educadamente, me olhando de canto.

- Por acaso você teria algum remédio, poção, ou algo do tipo para meus machucados cicatrizarem mais rápido? – Estalei meus dedos, me trazendo uma sensação de conforto. 

- Tenho. – Se levantou, caminhando até uma estante. – Há muitos cortes? – Perguntou, sem muito interesse no assunto.

- Acho que.... Vários. – Falei.

- Está se mutilando? – Indagou, procurando algo nas prateleiras com várias poções.

Sabia que diria isso...

Não pude deixar de notar um sorriso em seu rosto.

- Não. – Fiquei séria, semicerrando os olhos.

Ele parou de procurar o objeto nas estantes, vindo em minha direção com um pequeno pote transparente.

- Aqui está. – Me entregou o pequeno pote, e eu peguei.

- É veneno? – Indaguei por precaução, encarando o moreno á minha frente.

- Quem sabe? – Deu o mesmo sorriso sádico de antes. – Use-o a noite. Ou escolha uma determinada hora para utiliza-lo. – Explicou.

- Ok. Obrigada. Bom... Posso me retirar? – Observei o pote em minhas mãos.

- Sim. – Falou seco. – Não se atrase para o jantar. – Me encarou friamente.

- ...Tá. – Fui até a porta, a abrindo e saindo de lá.

    ~    //    ~

- Como a lua é linda... – Comentei, olhando o céu através da janela.

Já está de noite... Não me atrasei pro jantar e já passei aquela pomada que Reiji me entregou.

Por incrível que pareça, pensei que fosse veneno ou algo do tipo...

Sei lá né? 

Mas... Não senti nem um efeito de veneno. Se bem que... Se tivesse veneno eu morreria pelo menos. Eu acho. Ou seria apenas um veneno de teste.

- Eu queria poder voar, ou ser uma estrela. – Sorri, feliz com a visão que estava tendo. – Uma estrela... Azul. Hehe. – Ri fraco com a ideia. – Azul-bebê pra ser específica. Uma das estrelas mais quentes do céu. – Respirei fundo. – A estrela diferente. Gostei. – Abri outro sorriso, ainda olhando aquele céu negro iluminado pela lua e estrelas...

                                                                                    ~Continua


Notas Finais


Espero que tenha gostado!

Me digam do que acharam! Opiniões please! Me sinto mais motivada rsrs.

Se eu demorar pra postar é por causa da escola, do inglês e japonês. Tá? Me desculpem se eu demorar muito *-*

Favoritem se estiverem gostando! Kissu!

BJÃOOOOOOOOOOOOOOO~<3

E.... Até o próximo capítulo! *-*


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