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História Você Promete - Clexa - Capítulo 7


Escrita por: NandaHeda

Notas do Autor


Amores os comentários me animaram tanto que assim que terminei de ler corri pra terminar o capitulo 7
estou amando o fato de vcs estarem gostando e participando!

Então sem enrolar mais ...
Enjoy!!!

Capítulo 7 - Capítulo 7


Clarke ouviu o barulho do trem de aterrissagem sendo baixado. Pela centésima vez, desde que o voo começara, sentiu o contato da mesma mão que já lhe tocara o braço antes. Era estranhamente reconfortante sentir a mão da enfermeira e ficou satisfeita ao constatar que já podia reconhecer a diferença, as mãos eram pequenas e estavam sempre frias, mas havia um indício de grande força na maneira como seguravam as de Clarke. E faziam com que ela se sentisse corajosa novamente, pelo simples contato. Fora ela quem aplicara na loira as duas injeções contra a dor. Possuía voz suave e tranquilizadora. A outra enfermeira tinha mãos quentes, grandes, macias, que a faziam sentir se segura e amada. Ela afagava constantemente o braço de Clarke. A mulher tinha um ligeiro sotaque latino. Clarke já estava gostando das duas.

— Agora não vai demorar muito, querida. Já podemos ver a baía. Mais alguns minutos e estaremos aterrissando.

 

Mas o avião ainda levaria 20 minutos para pousar. Era o tempo que Bellamy Blake estava contando, enquanto avançava rapidamente pela freeway em seu Porsche preto. A ambulância iria encontrar-se com ele no aeroporto. Mais tarde, ainda naquela manhã, poderia mandar uma das moças do escritório buscar o seu carro. Blake queria ir para a cidade junto com a moça. Estava intrigado. Ela devia ser “Alguém” para que Indra Woods se interessasse tanto pelo seu caso. Afinal, 400 mil dólares era uma quantia e tanto. E apenas 300 mil seriam para ele. Os outros 100 mil dólares serviriam para manter a moça confortavelmente, pelo próximo ano e meio. O que de fato aconteceria. Fora o que ele prometera a Sra. Woods. De qualquer forma, teria mesmo providenciado isso. Era parte do trabalho que fazia. Precisaria conhecer até a própria alma da moça. Iriam tornar-se mais que amigos; ele passaria a representar tudo para a moça e vice-versa. Tinha de ser assim, porque ela seria a pessoa com que ia parecer no momento em que seu novo rosto nascesse. Bellamy Blake ia dar à luz a Clarke Griffin, depois uma gravidez de 18 longos meses. Ela teria de ser uma moça bastante corajosa. Mas certamente seria. Ele providenciaria para que assim fosse. Enfrentariam a tudo juntos. A própria ideia o excitou. Ele amava o que fazia e, de uma estranha maneira, já amava Clarke. Amava aquilo em que a transformaria. O que ela seria. Iria dar a Clarke o seu melhor. Blake olhou para o relógio e pisou mais ainda no acelerador. O carro era uma de suas válvulas de escape prediletas. Ele também pilotava seu próprio avião, dedicava-se à caça sempre que tinha tempo, esquiava, já havia escalado diversas montanhas da Europa. Era um homem que gostava de desafios, em todos os meios possíveis. Gostava de desafiar o impossível e vencer. Era por isso que amava seu trabalho. Muitas pessoas acusavam-no de bancar Deus. Mas não era realmente isso. Era a emoção dos obstáculos insuperáveis que o estimulava. E até hoje ele nunca fora derrotado. Nem pelas mulheres, pelas montanhas ou pelo céu. Nem mesmo por uma paciente. Aos 30 anos, havia conquistado tudo em que tocara. E ia vencer novamente agora. Os cabelos pretos de Blake agitavam-se ao vento e os olhos quase transbordavam de vida. Ainda tinha um bronzeado da semana que passara recentemente no Taiti. Vestia calça esporte bege e suéter marrom escuro, da cor de seus olhos. Estava sempre impecavelmente vestido, as roupas combinando perfeitamente. Era um homem de aparência excepcionalmente atraente, mas tinha algo mais do que isso. Era a sua vitalidade, a sua exuberância, que atraíam a atenção das pessoas muito mais que a aparência.

Ele encostou o carro no meio-fio, diante do aeroporto, exatamente no momento em que o avião de Clarke tocava o chão. Exibiu um passe especial para um guarda, que assentiu e prometeu ficar de olho no carro. Até mesmo o guarda sorriu para ele. Bellamy Blake era um homem que ninguém podia ignorar possuía um encanto de menino quase irresistível e uma força que transparecia em tudo o que fazia. E despertava nas pessoas a vontade de estarem perto dele.

Avançou rapidamente pelo saguão do aeroporto e foi falar com um supervisor. O homem pegou um telefone e momentos depois Bellamy foi levado por uma porta, desceu um lance de escada e embarcou em um pequeno veículo do aeroporto. Foi levado pela pista até o local em que a ambulância estava parada, com os atendentes esperando que a paciente fosse desembarcada do avião.

Agradeceu ao motorista que o trouxera e depois seguiu apressadamente para a ambulância. Verificou rapidamente o interior da ambulância, a fim de conferir se suas ordens haviam sido cumpridas. E haviam, ao pé da letra. Lá estava tudo o que ele precisava. Era difícil imaginar em que estado a moça poderia ter ficado depois do voo. Mas ele a queria em São Francisco imediatamente, a fim de poder supervisionar tudo de perto. Tinha muito planejamento a fazer e o trabalho iria começar dentro de poucos dias.

Os outros passageiros foram barrados por mais alguns minutos enquanto Clarke era retirada do avião. As aeromoças recuaram, com expressões sombrias, desviando o olhar dos vidros e tubos de transfusão que pendiam sobre a moça envolta em ataduras, mas as enfermeiras pareciam estar conversando com a paciente, enquanto a acompanhavam para fora do avião. Bellamy gostou das enfermeiras, eram jovens, mas competentes pareciam trabalhar bem como uma equipe. Era justamente o que ele desejava. Todos iriam fazer parte de uma equipe pelo próximo ano e meio e cada pessoa tinha a sua importância. Não havia lugar para hesitação ou incompetência. Todos tinham que ser o melhor de que eram capazes, inclusive Clarke. Mas disso ele cuidaria. Clarke ia ser a estrela do espetáculo. Ele ficou observando enquanto a levavam para longe do lugar em que estava e esperou até que a maca fosse ajeitada suavemente no interior da ambulância Sorriu para as enfermeiras, mas não disse nada. Ergueu a mão, gesticulando para que esperassem um pouco, enquanto entrava na ambulância e sentava-se em um banco ao lado de Clarke. Pegou a mão dela e suspendeu-a ligeiramente.

— Olá, Clarke. Sou Bellamy. Como foi a viagem?

Como se ela fosse algo concreto. Como se ainda fosse alguém e não apenas uma massa inreconhecivel. Clarke sentiu um alívio imenso invadi-la ao ouvir a voz de Bellamy Blake.

— Foi tudo bem. É o Dr. Blake?

Ela parecia cansada, mas interessada.

— Exatamente. Mas acho que Bellamy soa um pouco menos formal entre duas pessoas que vão trabalhar juntas.

Clarke gostou da maneira como ele falou; se pudesse, teria sorrido.

— Veio ao aeroporto para me receber?

— Não teria feito a mesma coisa?

— Teria. — a loira queria sacudir a cabeça em assentimento, mas não podia. — Obrigada.

— Estou contente por ter vindo esperá-la. Já esteve em São Francisco alguma vez antes, Clarke?

— Não.

— Pois vai adorar a cidade. E vamos arrumar-lhe um apartamento de que vai gostar tanto que nunca mais vai querer ir embora. Talvez já saiba que a maioria das pessoas nunca deixa São Francisco. A partir do momento em que chegam aqui, as pessoas querem ficar para sempre. Eu próprio vim da Austrália há cerca de 15 anos e nada neste mundo me faria voltar.

Clarke riu pela maneira como ele falou. Bellamy sorriu e indagou:

— Você é de Boston?

Ele a estava tratando como se tivessem sido apresentados por amigos comuns. Mas queria que ela relaxasse depois do 10hs de voo. E uns poucos minutos sem movimento iriam fazer-lhe bem. As enfermeiras também estavam contentes pela oportunidade de esticarem as pernas por algum tempo, enquanto conversavam com os dois atendentes da ambulância a fim de verificarem se o Dr. Blake ainda estava conversando com Clarke. Já tinham simpatizado com ele. O Dr. Blake irradiava simpatia.

— Não. Eu era de Melbourne. Ou pelo menos foi lá que cresci. Num orfanato. Mudei-me para Boston quando estava com 18 anos.

— Parece muito romântico. Ou será que o orfanato era uma instituição saída diretamente de um desses livros de terror?

Ele imprimiu à indagação um toque leve, uma conotação feliz. Clarke não pôde deixar de rir da pergunta referente.

— Absolutamente. As freiras eram maravilhosas. E de tal forma que por muito tempo pensei em me tomar freira.

— Essa não! Quero que saiba de uma coisa... — Clarke riu novamente, por causa do tom com que ele falava. — Quando terminarmos com o nosso projeto, pricesa, estará prontinha para Hollywood. Se for esconder-se em algum convento, eu... eu... eu... ora, vou-me atirar da ponte! É melhor prometer logo de uma vez que não vai sair daqui para virar freira em algum lugar.

Era uma promessa fácil de fazer. Ela tinha de ficar preparada para Lexa. Os sonhos de se tornar a Irmã Agnes haviam-se dissipado há anos, mas ela queria provocar Bellamy mais um pouco. Já, estava gostando dele.

— Está bem, está bem...

Clarke relutantemente, mas havia um indício de riso em sua voz.

— Isso é uma promessa? Vamos, quero que diga uma coisa: eu prometo.

— Eu prometo.

— O que está prometendo?

Ambos estavam agora rindo.

— Prometo não ser uma freira.

— Assim está melhor.

Ele fez sinal para que as duas enfermeiras embarcassem na ambulância. Os atendentes seguiram para a frente do veículo. Clarke estava agora pronta para ir e ele não queria  cansá-la com conversa desnecessária.

— Porque não me apresenta a suas amigas, Princesa?

— Deixe-me ver... as mãos frias são de Octavia e as quentes de Raven. Os quatro riram.

— Muito obrigada, Clarke.

Octavia riu carinhosamente, enquanto a loira sorria para si mesma. Sentia-se segura com seus novos amigos é tudo o que podia pensar, naquele momento era como pareceria para Lexa, depois que tudo estivesse terminado. Já estava gostando de Bellamy Blake e subitamente compreendeu que ele iria fazê-la alguém muito especial, porque se importava com dela.

— Seja bem-vinda a São Francisco, mocinha.

As mãos frias de Octavia foram substituídas pelas mãos fortes e gentis de Bellamy. Ele manteve a mão pousada de leve sobre o ombro de Clarke durante toda a viagem até a cidade. Estranhamente, ele fazia com que ela sentisse que havia chegado em casa.


Notas Finais


Capitulo focado na Clarke o próximo vai ser na Lexa.
Não esqueçam de me dar suas opiniões.

Bj


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