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História Você Sempre Será a Minha Milady - Capítulo Unicamente Miraculoso


Escrita por: MFace_D e ProjetoAnimacao

Notas do Autor


Sabe aquele sentimento de ver uma coisa totalmente emocionante e precisar fazer algo a respeito para tirar aquilo do sistema? Este one-shot é basicamente isso.

Talismã, cataclismo e os miraculous tudo, santa barba do Mestre Fu, que final de temporada. Felix, uau.

Mais alguém ansioso para a próxima?

Enfim, é bem curtinho para meus leitores antigos, mas ainda espero que aproveitem.

Capítulo 1 - Capítulo Unicamente Miraculoso


Fanfic / Fanfiction Você Sempre Será a Minha Milady - Capítulo Unicamente Miraculoso

Tumulto, multidão, confusão e caos.

Ah, o que seria de Paris sem um vilão ocasional criado por emoções negativas tacando o terror em tudo?

— Voem, meus pequenos amores! E pintem a cidade inteira com seu amor!

Senhor Pombo, um clássico vilão de quinta categoria tão enraizado no cotidiano quanto a Torre Eiffel. Enfrentado — e derrotado — pelo menos uma dúzia de vezes pelos super-heróis da cidade só naquela semana.

Mas nada temam, eles não descansarão até que o mal seja derrotado, pois zelam pela paz e segurança de Paris! Eles nunca se cansarão de proteger seus cidadãos!

— Já estou cansada disso — Ladybug reclama irritada, seu parceiro se aproxima devagar e calmo da padaria dos Dupain-Cheng em suas pantufas, pelúcia abraçada e gorro de pintinhas sobre o uniforme de herói; os padeiros agradecem a preferência do protetor felino. — Não dava para ser mais tarde, não?! Nós também temos vidas!

Sr. Pombo apenas continua suas gargalhadas eloquentes, uma de suas companheiras libera uma “marca de amor” na figura da guardiã; ela desvia a tempo.

— Pombos… — resmunga.

Sopros ventosos e suspiros. 

— Bom dia para você também, Milady.

Cat Noir, lenta e preguiçosamente, boceja enquanto assopra sua caneca, dando uma mordida saborosa em seu croissant.

Chocolate quente tem um gosto especial numa manhã fria com problemas de akuma, ainda mais na companhia de um croissant — ele pensa.

— Acordei e vim o mais rápido que pude quando soube do alerta de akumatizado, mas quando percebi que era ele, nem me incomodei em trocar de roupa.

Baseando-se nas experiências passadas, não seria tão difícil derrotá-lo, considerando as últimas razões. Ladybug também não prestou muita atenção às roupas pelo seu roupão, gorro de pijama e calções largos.

Cat termina seu café da manhã, saca uma folha dobrada desbotada do bolso e transforma seu bastão numa caneta, esperando pelo relatório dela com um olhar de investigação.

— Manda.

Algo pequeno e bobo, como sempre. 

— Discussão, sorvete, água. Alguém falou mal dos pombos dele, como eram “ratos com asas” e tal, então Xavier e o sujeito entraram numa discussão e brigaram, houve empurrões e ele caiu no canal após tropeçar no carrinho do André que só estava no lugar errado, na hora errada.

 — Uhum. E onde está nosso perturbador das aves?

A de pintinhas aponta cansada para cima, alguém gritando e coberto de branco parece se contorcer para se libertar daquelas coisas numa cela feita por penas e bicos. André, infelizmente, não foi poupado da fúria das aves.

Pobre coitado. 

— Totalmente coberto por amor de pombo, certo. Ei! Sorvete e água foram riscados, só mais um e eu ganho o bingo.

Uma aposta boba que fizeram na 13ª vez que Ramier foi vítima de Hawk Moth, um jeito de deixar aquilo mais divertido e menos incômodo com possíveis envolvimentos nas akumatizações.

— Só vamos acabar logo com isso, ser guardiã a noite toda não me deixou dormir direito — ela censura sua animação, acordou com um péssimo humor pelo bater de asas bem na sua janela.

Horrível.

— Você só está assim porque sabe que vou ganhar aquele encontro.

Ambos saltam sobre o aglomerado de penas, a joaninha gira o ioiô contra os bicos, o gatinho segura o nariz para não espirrar freneticamente, deixando sua voz com tom engraçado.

— Primeiro, é um passeio como amigos, não um encontro, tem diferença. E segundo, temos trabalho a fazer, se livra dessa pelúcia e vamos logo!

— A Bugaboo não! — ele chora, agarrando-se à pelúcia como uma criança com seu brinquedo favorito.

É impossível não se chatear.

— Cat! — Cat Noir lhe lança um olhar pidão; Mari–, digo, Ladybug suspira. — ‘Tá bom, gatinho. Ela pode ficar com a gente, mas só porque você fica fofo com pelúcia.

A de faixas maneja um carinho sob o queixo do parceiro, conseguindo um ronronar baixo e grave agradável dele.

— Miau.

A batalha prossegue, o loiro amarra sua preciosa boneca à cintura com seu cinto e salta de volta para as asas. Esquecendo-se de fechar o nariz desta vez, infelizmente, diversos espirros aparecem na luta.

— Talismã!

Em questão de minutos, as joaninhas miraculosas da heroína envolvem toda Paris com seu poder mágico (de limpeza) e retornam as construções aos seus estados anteriores à batalha. Xavier consegue se entender com o moço causador daquela confusão, ambos lamentando seus comportamentos e desentendimentos, pombos podem ser úteis, na antiguidade eles até faziam entrega de cartas da realeza.

— Zerou!

André oferece aos heróis sorvete grátis por terem-no salvado, ambos agradecem a generosidade e seguem ao topo de um prédio um tanto quanto “blanco” pela iluminação. O Sol graciosamente salpica o céu com tons belos e alaranjados, leves nuvens passam lentamente,  desfazendo-se e arrastando-se.

— Como estamos?

— Empatados — ela afirma com seu próprio papel em mãos, “gatinho manhoso” riscado. — Deve ter alguma forma de evitar akumatizações, tenho certeza disso. Mais um pouco de pesquisa intensa deve ajudar.

Cat sugere uma pausa e comenta a lacuna riscada, Ladybug nunca disse que precisava ser um gato de verdade.

— Esperta — ele comenta com um sorrisinho sutil. — Acho que nós depenamos hoje, não acha?

Sua resposta é uma virada de olhos, com um leve suspiro, bocejo e sorriso em sequência.

— Bom gatinho, mas péssimo piadista. — Seguido de outro carinho, claro. Cat movimenta o rabo afetuosamente, curvando-o na forma de um coração.

— Ah, antes que eu esqueça.

Remexendo atrás de si, o gatinho pega algo que conseguiu durante a luta, na parte em que foi arremessado pelo leque gigante de penas em direção a uma estufa recém-inaugurada na cidade, revelando e oferecendo para a joaninha, que se perguntava como ele escondeu aquilo tão bem. 

— Para você.

Diferente. 

— Um girassol? — De fato algo incomum, mesmo vindo dele.

Os olhos verdes e encantadores de Cat são agraciados pela luz e reflexo do horizonte, eles retratam a figura surpresa e iluminada da parceira junto à leve brisa que passa entre eles, enaltecendo o seu cabelo loiro e rebelde.

— Significa felicidade — ele decifra e esclarece sua dúvida. — Sua cor amarela e tons de laranja das pétalas simbolizam calor, lealdade, entusiasmo e vitalidade, como a nossa parceria e amizade que aprecio muito, Ladybug.

A garota contempla.

Outro bocejo.

O rapaz continua.

— Não importa como ou com quem você fique assim que derrotarmos Shadow Moth, eu sempre serei seu amigo e estarei lá para te apoiar, assim como você sempre será a minha Milady.

Quanta determinação e afeto no olhar e gesto, é quase impossível descrever o sentimento quentinho e confortável no peito da de pintinhas.

Ladybug sorri e aceita o presente, abraçando seu parceiro. Ele sempre sabia como tornar seu dia melhor.

— E você sempre será… o meu gatinho, Cat Noir…

— Milady?

Respiração estável; roncos.

Um gatinho e sua lady dorminhoca.


 

* * *‍


 

Vergonha, desespero, aflição e arrependimento inundam a sua figura e alma tão nublada quanto o céu, curvada e abraçada aos joelhos enquanto soluça suas mágoas. As luzes noturnas são fracas perante sua escuridão interna.

De repente, uma risada maligna irrompe em meio à noite. Uma grande esfera brilhante surge à frente da Torre Eiffel, em seu interior, outras esferas marcando as perdas terríveis da guardiã cercando uma máscara de borboletas, ela encara aquilo com espanto e medo.

— Povo de Paris! A Ladybug prometeu proteger vocês? Ela mentiu para vocês! Ela foi derrotada! Peguei todos os miraculous dela e estou mais poderoso do que nunca! De agora em diante eu vou atacar vocês sem trégua! Vou estar em todo o canto, lendo os seus pensamentos, roubando os seus sonhos! Usando os seus maiores medos! Todo estrago que puder causar eu vou causar… a menos que alguém me entregue os miraculous da Ladybug e do Cat Noir.

Humilhação. 

— Eu perdi tudo! — Marinete não consegue conter as lágrimas, foi-lhe confiado algo sagrado e tudo que conseguiu foi dar ao vilão mais poder do que jamais teve antes.

O que seus amigos diriam? Seus aliados? Sua família? Mestre Fu ficaria desapontado com suas atitudes.

Ela perdeu tudo, até mesmo aquele que sempre esteve ao seu lado.

— Você não me perdeu.

Uma voz familiar soou entre o desespero e angústia. As mechas loiras e orelhas pretas são inconfundíveis.

— Por que você não desiste de mim? Eu perdi todos os miraculous. Eu sou a pior guardiã da história! Eu queria controlar tudo, eu não te escutei, eu menti pra você e te afastei! Sempre que me ofereceu ajuda eu recusei! Eu fiz a maior confusão!

Aquela mesma voz confortante estende a mão, como já fizera tantas vezes.

— Milady. — Seu sorriso singelo e caráter são favorecidos pelo clareamento seguido de um trovão.

Ladybug lentamente ergue seus dedos, admirada pelo gesto do parceiro. Cat a puxa para um abraço solidário.

— A gente vai recuperar eles, um por um, até o último, e não vamos deixar isso acontecer nunca mais.

Mas… Mas… Mas…

Mas por que ela? 

— Você… e eu?

Claro que sim, Ladybug!

— Você, a melhor super-heroína que já existiu…

— Ladybug! Ladybug! Ladybug! Ladybug! Ladybug! Ladybug! — Vozes e ecos dos cidadãos soam cada vez mais altos e tomam forma à medida que a joaninha encara o desafio e seus protegidos à frente.

— Eles, o povo de Paris!

Ela contempla Cat com incredulidade e admiração esculpidas no rosto avermelhado pela desolação anterior, agora distante na presença do gatinho.

— E eu, o seu parceiro fiel.

Assim que ela percebe, Cat lhe entrega uma íris azul com tons roxos, explicando que trazem fé, esperança, coragem, sabedoria e admiração, todas expressadas pelo olhar do gatinho, flor aceitada afetuosamente pela lady.

Enquanto Ladybug e Cat Noir permanecerem unidos, ela sabe que não há absolutamente nada que não sejam capazes de fazer. Pode levar um tempo, anos, décadas, o quanto for necessário, mas um dia eles derrotarão Hawk Moth e trarão paz a Paris de uma vez por todas.

— Não importa o que faça ou aonde vá, estarei sempre contigo para o que der e vier — ele afirma, sorrindo determinado ao futuro incerto, à parede que os separa lentamente rachando e desmoronando. — Você sempre será a minha Milady.

 

Juntos.

 

Até o fim.


Notas Finais


Curtiram?

Agradecimentos pela capa: @Mayumi_Knight 🐞🐈‍⬛

Agradecimentos pela betagem: @Blue_Wave 🐞🐈‍⬛

Sinceramente, me surpreendi em ambos os processos, então só tenho a agradecer.

Agradeço também por lerem até aqui.

Nada temam, estou trabalhando em outras coisinhas também. ;)


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