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História Voluntary | Harry Styles - Capítulo 20


Escrita por: Spaceboo e NikkiVillar

Notas do Autor


🌈 Olá amores ❤
🌈 Quanto tempo, não é mesmo? Perdoem-nos pela demora (acho que agora tudo entrou nos eixos kkk)
🌈 @NikkiVillar escrevendo nessa madrugada quente para vocês (sem duplo sentido please)
🌈 Mais uma vez obrigada por todos os favoritos e pelos comentários! Sem palavras para descrever o carinho que sentimos por vocês! Apenas amor 💕
🌈 Boa leitura.

Capítulo 20 - Capítulo 20


Fanfic / Fanfiction Voluntary | Harry Styles - Capítulo 20

Nada, em toda minha vida, jamais me machucara tanto quanto saber o que tinha acontecido com Harry. Nem mesmo a ideia de não ter o seu amor e estar separada dele era pior do que aquilo - pois, ao menos assim, eu sabia que estava são e feliz, por mais que não fosse ao meu lado. No entanto, naquele momento, eu tinha a alma despedaçada e o coração partido em minhas mãos. Era como se parte de mim estivesse sangrando. E realmente estava. Harry era essa metade. Eu não suportaria perdê-lo e esse simples pensamento me assolava. Ainda tinha de controlar os espasmos involuntários do meu corpo causados pelas lágrimas e soluços. Estava desesperada. Foram quase três horas de espera. Exames e mais exames. Tomografias e raio-x. Uma cirurgia que parecia não ter fim e uma hemorragia - com direito à transfusão - que quase o tirou de mim. Eu me sentia impotente. Queria entrar na sala de cirurgia e dar a minha vida pela dele. Contudo, minha mãe me impedia e tentava me manter calma, por mais que eu pudesse ver o caos e a angústia em seus olhos - ou seriam apenas reflexo dos meus? No final das contas, me perguntava, do que me adiantava o conhecimento para salvar o mundo inteiro se não podia salvar o amor da minha vida?

Agora, um pouco mais contida, segurava a mão pálida e gélida de Harry enquanto permanecia sentada ao seu lado. Ele estava conectado à tubos de soro e de oxigênio, sedado para melhor recuperação, porém a sua figura tão sem vida apertava meu coração, fazendo as lágrimas rolarem novamente. O bipe constante do eletrocardiograma era a única coisa que me mantinha firme. Porém, não podia evitar me sentir morta por dentro. Eu sabia que o perigo já havia passado, mas só ficaria tranquila quando ele abrisse os olhos e eu pudesse sentir de novo o seu amor. Enquanto isso, era como se estivesse desconectada do meu corpo. Meu estômago roncava e meu corpo ansiava por alimento, mas eu não sentia nada disso de verdade, como se não fosse eu mesma. Eu preciso dele para voltar, preciso dele para viver.

Já passava da 1 am, a brisa suave da madrugada balançava suavemente as persianas e a lâmpada desligada permite a apreciação da iluminação da lua minguante. Henry tinha ido até a cafeteria para buscar dois cafés para nós - ele sabia que não conseguiria fazer eu me mover daqui e também era claro que ficava mais tranquilo com minha presença ao lado do irmão.

A maçaneta girou devagar e a porta se abriu logo em seguida. Sem tirar os olhos de Harry, de canto de olho pude perceber meramente a figura entrar e fechar a porta atrás de si. A brisa suave que chegou às minhas narinas, juntamente com o aroma de um perfume adocicado, deu-me a certeza de que não se tratava de Henry. Elevei o olhar e dei de cara com os cabelos ruivos brilhantes de Lily e o seu semblante perplexo ao encarar Harry imóvel na cama. Ela permanecia no canto do quarto, à sombra, e ficou assim pelo que pareceu uma eternidade. Apertei de leve e inconscientemente a mão de Harry. A presença dela me incomodava e o silêncio do quarto, quase palpável, tornava tudo ainda pior. Contudo, eu não seria capaz de fazer nada a respeito. Nem tinha direito para tal. De repente, ela deu um passo em nossa direção, a luz que entrava pela janela atrás de mim iluminando parcialmente seu corpo, e virou-se para mim.

Respirei fundo "Não sabia que ainda estava aqui", minha voz tremulou em um sussurro quase inaudível.

"E-eu voltei", deu mais um passo oscilante e, dessa vez, pude ver o brilho das lágrimas em seu rosto, as quais permeiam sua voz. "Vi a notícia na televisão e vim correndo... Mas eu não podia acreditar", ela deu uma pausa enquanto eu sentia a dor se alastrar ainda mais pelo meu peito. "Como ele está?"

"Igual... Tiveram que sedá-lo depois da cirurgia", lutei contra o nó que se formava em minha garganta, "Vai ficar em observação para podermos ter certeza de que não vão haver traumas permanente... A contusão foi muito forte", terminei com pesar.

As lágrimas fluíram pelos olhos dela e logo eu estava chorando também, como se uma dor silenciosa se alimentasse de minha energia vital. Tudo ainda era muito incerto. Mais uma vez, a impotência me atingiu como um baque. Olhei para a mesinha ao lado da cama e meus olhos pousaram sobre rosa vermelha depositada na superfície branca, enchendo-se ainda mais de lágrimas. Culpa. Ele não teria se visto forçado a esse encontro às escondidas se eu não tivesse insistido tanto. Mas, acima de tudo, isso se devia à ela. A mulher a qual eu não conhecia o nome nem o rosto, contudo, destruíra a vida de Harry e continuava contribuindo para o pior até hoje.

Lily se aproxima um pouco mais e, timidamente, pega a mão livre de Harry, soluçando baixo.

"Você vai ficar bem...", ela murmura aos prantos, "Tem que ficar...".

Ela permanece no quarto por pouco tempo mais. Não tinha certeza se ela podia sentir meu desconforto, mas houveram momentos em que eu podia jurar que ela não tirava os olhos de mim. Assim, no instante em que a porta se abriu novamente e Henry entrou com dois copos plásticos fumegantes, ela secou o rosto com as mangas compridas da camiseta e se despediu, pedindo para que eu lhe avisasse se houvesse alguma novidade. Eu me deti a acenar levemente com a cabeça enquanto a observava nos dar as costas e sair. Já não tinha mais ânimo para formalidades ou socialização. Henry observou tudo em silêncio e depois se juntou a mim, puxando uma outra poltrona para o meu lado enquanto me alcançava o café forte.

Vez ou outra, minha mãe aparecia através da fresta da porta e me analisava cuidadosamente. Me lançava um sorriso solícito e amoroso ou entrava para me dar um beijo. Eu sabia que estava preocupada não só com ele, mas comigo também, e é provável que tenha feito plantão extra para ficar mais próxima de mim. Ela não pronunciava uma palavra sequer quando entrava no cômodo, no entanto, estava me dando o apoio que eu precisava, o necessário para que eu não sucumbisse, e eu a amei ainda mais por me compreender tão bem e saber exatamente do que eu precisava. Fragilizada com a situação e remoendo internamente a respeito da efemeridade da existência, disse isso à ela pela primeira vez em anos, quando providenciou um cobertor para Henry, o qual havia pegado no sono contorcido na poltrona. Ela sabia, mas jamais tinha visto um sorriso tão belo em seu rosto cansado como naquele instante.


Eu me remexo na poltrona, tentando acomodar o corpo um pouco melhor enquanto mantinha uma de minhas mãos unida a de Harry. Sentia os olhos pesarem, de sono ou talvez pelo tanto que tenha chorado, mas não dormi um segundo sequer. O sol já lançava tímidos raios pelo céu límpido enquanto tudo permanecia na mesma. Minha ansiedade e preocupação eram as únicas coisas que cresciam exponencialmente a cada hora que se passava e Harry não voltava para mim. Eu sabia que não havia se passado nem 24 horas desde o ocorrido, mesmo assim, era inevitável.

Subitamente, uma reação. O bipe sempre constante do eletrocardiograma se tornou mais rápido e a mão de Harry apertou levemente a minha. Soltei o ar com força. Uma faísca se acendeu em meu peito e o aqueceu, como se meu coração se acelerasse junto ao dele e a esperança me devolvesse a vida. Levantei-me desajeitada, aproximando-me da cama, e continuei com os olhos cravados nele. Suas feições franziram e ele começou a abrir os olhos lentamente. Com a mão livre, cutuquei o braço de Henry, o qual ainda dormia encolhido na poltrona, e ele deu um pulo, lendo a expressão em meu rosto. Levantou-se também e parou do outro lado da cama em dois segundos, olhando para o irmão esperançoso.

A imensidão verde dos olhos de Harry se abriu por completo e vidrou-se no teto, o olhar sem vida. Ele puxou o ar com força pelos tubos de oxigênio e apertou minha mão mais uma vez. Elevei minha mão e toquei seu rosto com delicadeza e cautela.

"Harry?", eu o chamei e só então ele sai dos devaneios e percebe nossa presença.

Ele franze o cenho enquanto vira o rosto em minha direção e me esquadrinha vagarosamente com uma expressão de interrogação. Desvencilha a mão da minha e, umedecendo os lábios ressecados, pronuncia:


"Quem é você?"



Notas Finais


Por favor, não nos matem, ok?

Isso tudo já estava planejando antes de postarmos a fanfic! Queríamos dar movimento para história então pensamos em tantos acontecimentos seguidos!

Não esqueçam de comentar a opinião de vocês (que é crucial para gente) e se tiverem criticas também!

Até a próxima,
Xoxo, NikkiVillar 😘


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