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História Voluntary | Harry Styles - Capítulo 09


Escrita por: Spaceboo e NikkiVillar

Notas do Autor


🌈 Olá donos do meu ❤!
🌈 @NikkiVillar escrevendo dessa vez!
🌈 Um aviso importante: eu e a @madetheam entramos em um consenso para postar nas segundas e sextas (estávamos meio perdidas c a frequência e não queríamos perder o fio da meada)
🌈 Muito obg por todo apoio e comentários (isso nos faz mto felizes 😍)
🌈 Boa leitura.

Capítulo 9 - Capítulo 09


Fanfic / Fanfiction Voluntary | Harry Styles - Capítulo 09


Engulo em seco e sinto meu peito queimar - com aquelas palavras e com toda aquela situação bem a frente de meus olhos.

Ela me analisa dos pés a cabeça - Você não é da família dele, é?!...- murmura quase para si mesma - Não tinha nada escrito na ficha dele sobre alguém próximo - constata.

Eu balanço a cabeça negativamente, confirmando suas conjecturas.

- E-Eu tenho permissão para visitá-lo - é a única coisa que consigo dizer. Minha vontade era de sair dali correndo - Minha mãe me permitiu... - minha voz saiu por um fio enquanto eu tentava me manter impassível na frente da ruiva, controlando a ardência em meus olhos, que denunciava minha ânsia por desabar ali mesmo.

- E quem é sua mãe?! - sorriu divertida após dar um olhar de relance para Harry. Apesar de ter se afastado do consolo das mãos daquela estranha, ele continuava a dormir tranquilamente.

- Susan Backer - disse simplesmente.

- Ah... - seu sorriso se desfez em um instante, seu olhar fitou o chão por alguns segundos e ela suspirou profundamente - Bom... Eu não fui informada de nada, mas assim que me inteirar do assunto você pode voltar - ambas olhamos de direção de Harry quando ele murmura algo inaudível e se mexe na cama. Os olhos de Lilian voltam a pender sobre os meus - Pode ir agora?

Eu não digo mais nada. Não protesto. Apenas saio dali de cabeça baixa, passando as mãos pelo rosto enquanto caminho pelos corredores do hospital. Eu não sabia explicar por que me sentia tão devastada, magoada. Eu nem o conhecia direito. Apenas pensei que era única para ele, que apenas minhas mãos poderiam afugentar seus monstros e mandá-los para longe enquanto ele descansava sob meus cuidados. Mas fui tola, imaginei coisas demais. Pensei que apenas eu poderia ajudá-lo. Mas, pelo que parecia, qualquer uma servia.

Suspiro pesadamente. Ele também não tinha culpa por eu ter colocado minhas frustrações amorosas sobre ele, esperando me sentir especial para alguém nesse mundo. E mesmo depois dessa constatação, eu ainda não podia compreender tudo aquilo e parecia que meu peito doía ainda mais.

Entro a passos largos no quarto de Marie, encontrando sua cama vazia mais uma vez. Meu corpo desliza até a poltrona localizada ao lado da cama, puxando minha mochila para o colo e retirando dali de dentro meu notebook. Abro o arquivo na barra inferior e leio mais uma vez o que havia escrito anteriormente. Precisava terminar aquele trabalho de uma vez. Massageio minha têmpora esquerda, apoiando o cotovelo sobre o apoio e minha visão se turva. Meus olhos se enchem e transbordam sem a mínima prévia. Por que eu me sentia daquele jeito?, eu continuava me perguntando enquanto as lágrimas escorriam por minha bochecha.

- Rose chorando?! - a voz doce de Marie invade meus pensamentos e eu seco meus olhos rapidamente, largando o notebook no chão enquanto ela aparece em meu campo de visão como um tornado, rápida e barulhenta.

- Não - deixo escapar pelos lábios tremulentos e ela estreita o olhar, acomodando-se em meu colo.

Eu passo meus braços por volta de seu pequeno corpo e a abraço com força, fazendo ela soltar uma gargalhada gostosa. Isso alivia meu peito por algum tempo.

- Não fica triste... Eu to aqui agora! - ela toca minha bochecha quente e eu não posso conter o sorriso terno que se forma em meus lábios e ela retribui - Louco?! - bate palminhas e eu nego com a cabeça.

- Ele tá ocupado - desvio o olhar do dela, revendo a imagem de Harry e Lilian em minha cabeça, sentindo o peito arder novamente.

Marie repousa a cabeça sob meu coração, rindo em seguida - provavelmente pela velocidade com que estava batendo.


- Doutora me mostrou hoje um negócio desse tamanho - demonstrou com as pequenas mãos o máximo de largura que seus braços alcançavam, fazendo-me olhar para ela de novo -  Ela falou que tenho que ficar lá um tempo para voltar logo para casa.

Sinto uma pontada aguda. Que egoísta eu estava sendo, pensando apenas no meu mundinho, onde acreditava monopolizar a atenção de Harry, enquanto ignorava que Marie estava com problemas muito maiores - e encarando-os muito melhor do que eu, por sinal. Ela estava doente de novo e eu precisava estar ali por ela.

Acaricio seu braço - E o que você acha disso? - indago.

- Estranho... Eu tenho medo, mas quero voltar para casa - ela murmura, brincando com uma mecha de meu cabelo.

- Se fizer alguma diferença, posso acompanhar você se quiser.

- Quero! - bate palminhas de novo - Você vai me visitar quando eu for para casa?!

- Apenas diga a sua mãe para deixar o endereço comigo - ela sorri satisfeita, porém logo se desfaz, endireitando-se em meu colo - O que foi?

- Eu vou ficar muito feia careca! - passa as mãos pelos fios médios e eu volto a acariciar seus braços.

- Quem disse que você vai ficar careca?

- Meus amigos daqui todos são! - afirma convicta e eu forço um sorriso consolador.

- Isso não quer dizer nada - a tranquilizo - E você continua uma princesa de qualquer forma! - o sorriso enorme se instaura de novo em seu rosto iluminado pelos raios de sol do fim da tarde, contagiando-me também.

Eu invejava - de uma forma boa - sua simplicidade e felicidade. Às vezes, gostaria de voltar à infância e aprender com meu eu do passado a lidar com as coisas dessa forma: sempre com um sorriso no rosto. E assim, vendo aquele sorriso brilhante e sua disposição incansável para brincadeiras e a ansiedade por uma nova história, a sensação ruim que estava sufocando meu peito foi se esvaindo por completo, deixando para trás apenas resignação. Talvez eu tenha me excedido e não devesse reagir daquela forma. Talvez fosse um sinal de melhora... E nada me faria mais contente do que ver essas duas pessoinhas fora desse hospital, curadas completamente, vivendo alegre e intensamente.

O início da noite me lembrou a noite anterior. Sob a luz do luar, eu sentada na beirada da cama de Marie lhe contando uma história. Dessa vez, criei um conto sobre uma valente princesa que ficou careca para salvar a cidade da terrível feiticeira de cabelos ruivos. E o sorriso em seu rosto ao final da história, foi a prova de que ela havia gostado. Não demorou muito para que ela pegasse no sono e eu fizesse o ritual de sempre: deposito um beijo suave no topo de sua cabeça, ergo o cobertor até seus ombros e me afasto cautelosamente da cama.

- Ah... Ela já está dormindo - a voz conhecida ressoa logo atrás de mim antes que ele entrelaçasse nossos dedos sem aviso prévio enquanto eu me viro para encarar a imensidão verde de seu olhar.



Notas Finais


Até a proxima.

Xoxo, NikkiVillar. ❤


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