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História Vulneráveis (hiatus) - O encontro inesperado com o deus da criação


Escrita por: Okaasan

Notas do Autor


MINA, TEUS CABELO É DA HORA, SEU CORPÃO, VIOLÃÃÃO! ♫
24 anos sem os Mamonas Assassinas, e é rememorando o passado que esta humilde criatura que vos fala anuncia A VOLTA DE VULNERÁVEIS DEPOIS DE 3 ANOS DE HIATUS! #tutstuts #querover #FicBagaceiraDeVolta

Pois é, meus queridos. Depois de um período de desemprego, depressão, gravidez, divórcio, parto e computador quebrado, inacreditavelmente eu consegui retomar a trama desta fanfic que amo tanto!
Mas sabem o que eu amo mais? São VOCÊS, me incentivando em off nos momentos mais difíceis da minha vida! E é por vocês, meus lindos amigos leitores, que eu estou aqui!
AI QUE DELÍCIA DE AMIGOS, CARA! ♥♥♥

Mil perdões pela demora excessiva. Sei que fica horrível ler fanfics com hiatus, mas eu vou me esforçar ao máximo para desenvolver a narrativa de forma mais clara para vocês.

* Resumo do capítulo passado:
Kouga passa a ter pressentimentos frequentes relacionados a Inuyasha e Sesshoumaru. Rin e Sesshoumaru ficam chocados ao ver o estado de Kagome e Inuyasha após a marcação, sendo que a sacerdotisa fica excessivamente prejudicada. Inuyasha entra em coma e acorda na dimensão dos deuses, encontrando Naraku preso pelos fios de Shiva e descobrindo que ele é, na verdade, Krishna, o avatar de Vishnu. Miroku medita, passa mal com a presença de Kouga e é levado para casa, deixando Sango triste e desapontada por Miroku ter mentido para ela. À noite, Sango e Miroku brigam, ela diz que quer voltar a fazer extermínios e ele, num momento de extrema raiva, a ataca com seus poderes. Ambos ficam muitíssimo tristes e Shiva, a deusa da destruição, imagina de que forma poderá atingi-los.

Nos vemos nas notas finais!

Imagem do capítulo: Sallas, pelo autor do mangá/anime Tenkuu Senti Shurato, Hiroshi Kawamoto (é assim que Kikyou está se apresentando na fanfic).

Boa leitura!

Capítulo 53 - O encontro inesperado com o deus da criação


Fanfic / Fanfiction Vulneráveis (hiatus) - O encontro inesperado com o deus da criação

Om Shura Sowaka — recitava Inuyasha, ainda na dimensão dos deuses, trajando seu shakti.

Agora o espírito humano do hanyou trazia consigo um sem-número de palavras novas, de um universo diferente. Ali, durante aqueles instantes diante de Vishnu, ele se sentia forte, sereno, cônscio do que realmente era — a reencarnação do deus Brahma.

Seus cabelos, extremamente negros, emolduravam seu rosto humano compenetrado, enquanto seus lábios persistiam em recitar aquele mantra. A armadura dourada em seu corpo era de um material que não existia na Terra, e ele nem chegou a questionar o motivo de estar usando aquilo; era como se o shakti de Brahma fosse algo do seu cotidiano... Tão comum quanto o seu quimono de pele de rato-de-fogo.

Om Shura Sowaka. Om Shura Sowaka.

“É isso. Eu sou o Rei Shura. A mim foi dada a incumbência de lutar contra as forças divinas de Shiva. Shiva é a deusa da destruição. Tenho a proteção e a bênção de Vishnu. Miroku é o Rei Yasha, meu companheiro de batalhas desde tempos imemoriais. Existe uma guerra para acontecer no Ningenkai, o mundo dos homens. Há mais dois Devas lá que, por algum motivo que ainda não sei, estão imperceptíveis ao olhar de Lakshu, a substituta de Vishnu.”

Om Shura Sowaka. Om Shura Sowaka.

Ele tinha urgência em encontrar o avatar de Vishnu, Krishna, e sua companheira Radharani. E nada melhor do que expandir seu sohma para saber por onde deveria procurá-los.

Enquanto isso, na fazenda do daiyoukai Sesshoumaru, o corpo inerte e humano de Inuyasha começou a emitir um resplendor a princípio discreto, mas que em alguns instantes tomaria proporções impossíveis de se ignorar.

 

ѼѼѼ

 

O pisco-do-peito-ruivo voava o mais rápido que suas pequenas asas permitiam. Aquela avezinha havia sentido a magnitude do sohma que estava sendo emanado por alguém, em algum lugar daquela região anormalmente fria e meio árida. Felizmente, agora seu raciocínio estava bem mais ativo do que quando encontrara Naraku pela primeira vez.

É o sohma de um Hachibushu!”, refletia ela, ansiosa por se encontrar com o detentor daquela energia mística.

E assim Radharani/Kikyou prosseguiu em seu voo, tendo seu olhar atraído para um braço de rio onde haviam três cerejeiras.

 

ѼѼѼ

 

— “O tecido conjuntivo propriamente dito é constituído por vários tipos de células em uma substância intercelular, designada como matriz extracelular. Os dois principais tipos de tecido conjuntivo propriamente dito são o frouxo, ou areolar, e o denso. O tecido conjuntivo frouxo possui...”

— Rin? — murmurou Sesshoumaru, que abriu a porta do cômodo onde eles dormiam juntos e se deparou com a esposa sentada no futon, lendo uma apostila de citologia e tomando notas em um caderno ao lado. Ela lia em voz baixa, quase num murmúrio, e parecia estar totalmente imersa naquela atividade. Ergueu apenas os olhos para o seu consorte:

— Kagome acordou, Sesshoumaru?

— Não. Mas Honami continua lá, velando o sono dela. E você precisa comer.

Rin baixou o olhar para a apostila mais uma vez, ignorando o marido.

— Não estou com fome.

— Mas, Rin...

— “O tecido conjuntivo frouxo possui a maior variedade de células e fibras. É um tecido altamente celularizado, com fibras mais delicadas e alta flexibilidade. O tecido conjuntivo denso...” Sesshoumaru! — exclamou a jovem, vendo que o youkai lhe subtraíra a apostila e a fechava. — Devolva! Eu preciso estudar!

Sesshoumaru havia acabado de se sentar ao lado da esposa, que se propusera a não descansar enquanto não chegasse a uma conclusão de, com base naqueles estudos, como ajudar a pobre Kagome, ainda desacordada no quarto antigo de Rin.

Inuyasha, por sua vez, estava no mesmo lugar onde seu irmão mais velho o havia deixado, em sua forma humana e tão inconsciente quanto a colegial; era quase como um estado de morte.

— Tem certeza de que está entendendo algo, Rin? — indagou o youkai branco, de forma ponderada.

Ele sabia que aquela situação ocasionada pela marcação de Kagome estava perturbando a moreninha de maneira insuportável. A pobre Rin até estava com olheiras: não dormira aquela noite, tamanha a aflição e frustração que sentia por ainda não ter compreendido o conteúdo que poderia desvendar a enfermidade da sacerdotisa. O daiyoukai bem que tentou, todavia não conseguia confortar a sua jovem esposa.

— Aham — foi a resposta de Rin, que olhava ávida e impaciente para a apostila que estava nas mãos grandes de Sesshoumaru. — Agora me devolva o livro.

— Você não está dizendo a verdade. Conheço-a bem, minha doce Rin. Vejo que sente sono e fome.

— Sesshoumaru! Me devolva, por favor! — Rin já estava se irritando com o marido. — Não vê que isso é importante?! Eu preciso estudar para ajudar Kagome-chan!

— Mas não vai ajudá-la parando de comer e de dormir! Marcações de espécies youkais podem parecer um pouco tenebrosas para os humanos, mas...

— Aquilo que está acontecendo com Inuyasha e Kagome-chan não é apenas “um pouco tenebroso”! — sibilou a jovem, cheia de revolta. — Por que não para de fingir que está tudo bem?!

— Não estou fingindo coisa alguma!

— Está fingindo que não está preocupado com eles!

Sesshoumaru passou a mão pelo próprio rosto, num gesto de quem está agastado, e retrucou em voz contida:

— Rin, entenda de uma vez. Aqueles dois já estão em uma situação... peculiar, que exige cuidados e atenção redobrada. E... — o rosto do daiyoukai se contraiu em irritação subitamente, ao ouvir um ruído mínimo do lado de fora do quarto: — O que você quer, Jaken?

O servo verde se aproximara, cauteloso, da porta, no intuito de perguntar se poderia servir o almoço do casal. Trêmulo, Jaken respondeu em voz baixa:

— P-perdão, Sesshoumaru-sama... Só vim para ver se Rin está vindo comer, como o senhor tinha m-me pedido.

— Não vou agora, Jaken-sama, obrigada — replicou a jovem, ainda brava, mas com a gentileza de sempre. Afinal, Jaken não tinha culpa de nada daquilo. No entanto, Sesshoumaru se intrometeu:

— Sim, ela vai comer agora. Vou levá-la para o almoço. Pode voltar para a cozinha.

— Sesshoumaru! Não! Você NÃO vai me forçar a comer!

— Você ousa me desafiar?! — ralhou o youkai branco, surpreso com a audácia de sua esposa. A essas alturas, Jaken já estava bem longe da porta.

— E você ousa me impedir de tentar fazer alguma coisa por Kagome?!

Num átimo, o proprietário da fazenda se colocou de joelhos:

— Ouça aqui, Rin — começou ele, autoritário, com o dedo indicador em riste. — Eu, Sesshoumaru, definitivamente não preciso de mais uma pessoa humana doente nesta casa! Entendeu bem? Agora você vai me acompanhar e...

Foi quando o youkai tentou falar, mas não conseguiu — uma onda energética perpassou por todo o seu grande corpo, fazendo-o estremecer. Rin, não compreendendo aquela estranha reação dele, alarmou-se. Os olhos ambarinos de seu amado estavam vermelhos e saltados.

— S-Sesshoumaru?!? Você está b-

Grrrr... São eles!

— Eles?! — o coração de Rin disparou. — Os guardiões de...

— Os malditos BRUXOS! — tonitruou o demônio. — Não terei piedade nem serei ludibriado como da outra vez!

A estranha energia poderosa que tanto incomodava Sesshoumaru pôde, então, ser percebida por Rin. Aquele calor espiritual fê-la abraçar o próprio tronco e emitir um suspiro mínimo — era como se o amor tivesse se transformado em névoa e a envolvido. Seus poros se arrepiaram e ela fechou os olhos. Suas angústias simplesmente desapareceram.

— É como daquela vez... Meu coração não sente medo... — murmurou ela, enlevada e ensimesmada com a sensação. Mal notou seu marido saindo pela porta como um lunático, rosnando ameaçadoramente.

Levou cerca de uns vinte segundos até que a morena reagisse e se colocasse de pé, saindo em seguida do quarto.

— Sim, são eles. Os guardiões divinos. Preciso ir e explicar isso para Sesshoumaru, antes que ele faça uma besteira. E... — os olhos de Rin cintilaram de expectativa. — Eles podem curar Kagome-chan! Só que agora não sei se devo ir diretamente até Sesshoumaru ou se vejo se os nossos youkais estão bem... Sesshoumaru não consegue suportar os poderes dos guardiões divinos...

A mocinha andou apressadamente pela casa grande, notando que, além dos bramidos do youkai branco, não havia mais nenhum ruído ao seu redor; ela então se pôs a correr, no intuito de ver os servos do seu companheiro. Honami estava caída ao lado de Kagome, no quarto. Jaken estava desmaiado com Reina, sentados à mesa na cozinha; e, da janela, Rin pôde ver a silhueta de Tokumaru, ainda tentando se manter consciente ao se apoiar sobre a cerca que rodeava a propriedade. Ela sentiu pena dos servos por vê-los naquele estado crítico, mas não havia jeito de remediar.

— A mesma neblina daquele dia... — asseverou Rin, irrequieta, ao contemplar a falta de clareza ao seu redor. Tudo estava ligeiramente enevoado aos seus olhos. Ouviu um trinado de ave sobre sua cabeça, mas não chegou a dar-lhe atenção no momento.

Ela então saiu para o quintal, avistando Sesshoumaru, que, com sua face já branca e quase canina, corria pelo gramado, gritando palavras que soavam aos ouvidos de Rin como latidos. Ele não conseguia se transformar, como acontecera da vez em que os Hachibushu estiveram na fazenda. A jovem notou que o daiyoukai estava, além de furioso, desorientado; respirava em estertores e salivava em profusão, exatamente como uma fera acuada.

Rin não tinha ideia de como ajudá-lo e também não se animava a ir até ele, imaginando que iria apenas atrapalhá-lo na busca pelos guardiões divinos. Foi possível ver que, nos fundos do estábulo, o cocheiro Yuu acabava de tombar ao solo.

O jeito seria aguardar um pouco mais para ver de onde os “intrusos” apareceriam. Foi quando a mente de Rin deu um estalo:

— Por Vishnu-sama! Eu preciso ver como Inuyasha está. Aposto que Sesshoumaru nem se lembrou dele... Será que essa energia faz mal para ele também?!

E a jovem correu pela área externa da casa grande, pois o quarto onde o hanyou jazia estava nos fundos da propriedade. Daquele lado, havia o jardim de hortênsias, rosas e junquilhos que ela gostava de cultivar com a ajuda das youkais, e, em meio à pressa, ainda lhe sobreveio o pensamento de que seria necessário plantar tudo de novo caso Sesshoumaru atacasse os guardiões com Bakusaiga e...

— Que droga! Por que estou pensando nessas bobeiras?! Não é hora para isso... AI!

A barra inflexível do tecido de seu yukata atrapalhou seus passos; Rin acabou tropeçando e caindo de joelhos sobre um galho de roseira que, inoportunamente, estava caído justo naquele trecho de sua caminhada. Ela rilhou os dentes com a dor, mas levantou-se e prosseguiu; afinal, a energia sobrenatural que povoava a atmosfera da fazenda enchera seu coração de confiança e serenidade. Não seria um cortezinho que a abalaria.

Um pássaro minúsculo apareceu acima de sua cabeça, voando um pouco perto demais, e a jovem enxotou-o com um gesto de mão.

— Aaaah! O que é isso?! Que susto! Pensei que fosse uma abelha, voando assim tão perto do meu rosto — esbravejou Rin. — Saia, saia!

A porta do quarto de Inuyasha estava logo à sua frente, enfim. Rin ainda baixou os olhos para seus joelhos, vendo que a roupa fora rasgada e manchada de sangue. O corte estava pouco acima do joelho direito e latejava a cada vez que ela flexionava a perna. Entretanto, aquilo para a jovem era irrelevante no momento. Deu algumas batidas à porta, mesmo sabendo que o hanyou poderia estar ainda desmaiado; ela prezava muito pela privacidade alheia.

— Inuyasha-sama, com licença. Sou eu... Posso entrar? Vim ver se está tudo bem... Vou abrir, viu?

E Rin abriu a porta. Mal se susteve de pé ao vislumbrar o que acontecia ali.

Inuyasha, que havia sido lavado e vestido com a roupa bege que sempre usava sob o quimono de pele de rato-de-fogo, estava deitado de barriga para cima sobre um futon, debaixo da pequena janela. Contudo, tudo em seu ser reluzia — pequenos mas numerosos feixes de uma luz cálida e potente eram emitidos do centro de seu tórax.

Era como se houvesse um sol dentro do quarto.

Um trinado ao seu lado e Rin deu um grito de sobressalto: mais uma vez aquele passarinho estranho, pequenino e de penugem ruiva no peito, surgia perto de si. De estalo, a morena deduziu que aquela avezinha tinha a ver com aquele poder ostensivo que emanava do corpo do seu cunhado.

— Vishnu-sama...! — exclamou ela, estupefata, enquanto caminhava a passos duvidosos até o hanyou; no entanto, a mais ou menos um metro de distância dele, uma barreira invisível a repeliu. — Não consigo chegar perto dele... Quem será que está fazendo isso?!

A jovem olhou para todos os lados e chegou a girar, tentando ver algo diferente no cômodo, mas foi em vão.

— Tem algum... Guardião aí?! Estão tentando curar Inuyasha ou algo do tipo?! Apareça, por favor!

Restou a Rin continuar parada, fitando aquele espetáculo de luzes. Ela estava estupefata; precisava fazer algo, mas o que fazer?! Era apenas uma adolescente humana, no meio do que poderia vir a se tornar um conflito de dimensões desastrosas. Se Sesshoumaru conseguisse chegar até Inuyasha, tendo em visto que aquela energia estranha fazia o daiyoukai se enfraquecer, o resultado não seria nada bom. A garota suou, em total frenesi.

O pequeno pássaro, entretanto, pareceu não se importar; deixando Rin ainda mais confusa, a ave voou por todo o quarto e adentrou a barreira sem a mínima dificuldade, pipilando ao redor do hanyou e, enfim, bicando-o com delicadeza na orelha esquerda. Apesar de ainda inconsciente, um estranho símbolo cintilou na testa de Inuyasha. A esposa de Sesshoumaru levou uma das mãos à boca, murmurando com os olhos arregalados:

— O que está acontecendo, passarinho? Você... V-você tem a ver com isso, não tem?

O pisco bateu as asas próximo ao ombro de Rin; o coração da jovem de imediato se acalmou, mesmo ouvindo que seu marido urrava tal qual uma fera, em um volume cada vez mais alto. Subitamente, toda a terra se abalou com um grande estrondo. A jovem, assustada, precipitou-se para fora do quarto de Inuyasha e viu a horta inteira ser destruída pela pata gigantesca de seu marido, que, com alguma dificuldade, se transformara em cão.

E, do alto de seus mais de cinco metros de altura, Sesshoumaru notou que a fonte daquele poder que o ameaçava estava exatamente atrás de sua esposa. Rosnou longamente, intentando afastá-la dali: intuiu que o “alguém” poderosíssimo estava disposto a atacar — e Rin, definitivamente, estava no pior lugar possível.

A morena, porém, se pôs a gritar para o youkai branco:

— Sesshoumaru! Está tudo bem! Por que se transformou? Só Inuyasha está aqui e ele não é um inimigo!

É claro que não está tudo bem, sua tola. Os malditos bruxos te iludiram mais uma vez, mas isso não há de ficar assim! Agora saia!”, pensou ele, passando a bramir em direção a ela. Mesmo sentindo o chão tremer sob seus pés, Rin não arredou pé; ouviu o bater das asas do pisco Radharani e decidiu permanecer ali, para convencer seu marido a não avançar contra o detentor da grandiosa energia mística atrás de si. Em sua forma youkai, Sesshoumaru poderia esmagar todos ali em um simples movimento de suas patas, além do miasma extremamente tóxico e corrosivo que expelia pela boca.

— Sesshoumaru, volte ao normal! — bradava a mocinha. — Está me ouvindo?!

A resposta dele foi um rosnado ensurdecedor que levou-a a cair sentada. Contudo, para consternação do daiyoukai, Rin continuou ali, esforçando-se para encarar sua face de cão. “Maldita seja a teimosia de Rin!”, pensou Sesshoumaru, profundamente irado. Tinha que tirar a jovem daquele local, no entanto sua telecinésia não funcionava quando ele assumia sua forma youkai. Latiu de novo; como se não bastasse a situação desagradável, Sesshoumaru sentia seu youki se desestabilizando.

Quem estaria emitindo a energia virulenta e poderosíssima que poderia destruí-lo?

— Pare, Sesshoumaru! Por favor, me ouça! AI! — ralhou a morena, se colocando de joelhos, mas caindo novamente devido à força dos latidos. — Tenha mais cuidado! Machuquei a minha perna!

Vai acabar morrendo se continuar aí, Rin, deixe de ser tão inconsequente! Saia logo!

— Por que não me ouve?! Por todos os deuses... Sesshoumaru, pare, PARE! Você precisa me... — o trinado do pisco-do-peito-ruivo se fez ouvir em meio à balbúrdia dos bramidos do youkai branco e Rin, atônita, franziu o cenho e olhou para o lado. — Hã?!

Os olhos castanhos de Rin se arregalaram. Teve um pensamento repentino de que tudo ficaria em paz, bastando para isso que ela abrisse caminho.

— Ei... Você tá falando comigo?!

Era como se a minúscula ave pudesse se comunicar diretamente com a sua alma.

— Você... Você quer que eu saia do caminho, passarinho? Mas... Sesshoumaru parece ter ficado louco, ele pode acabar nos matando... Eu tenho que fazer alguma co-

Outro trinado melodioso. A jovem, mesmo sabendo que não fazia sentido, ficou de pé com algum esforço e deu um passo para o outro lado; a terra que continuava a tremer sob seus pés, estranhamente, não a abalava mais. Não havia como ela saber que uma barreira protetora rodeava o perímetro onde se encontravam.

— Vai ficar tudo bem mesmo? — indagou Rin, encarando o meigo animalzinho, que piscou para ela com candura.

Um indescritível poder, subitamente, tomou conta daquele local, enchendo tudo de pura luz; a jovem foi empurrada magicamente para o lado, enquanto o youkai branco, vendo-a fora do caminho, dava um último bramido ensurdecedor e avançava para o pequeno cômodo onde Inuyasha estava. No entanto, a força youkai de Sesshoumaru se desvaneceu a ponto de ele cair rolando pelo gramado, já em sua forma humanoide, ainda com a face toda branca e os olhos vermelhos — algo totalmente inédito na vida dele.

— Impossível! — gritou Rin. — Então Inuyasha é um deles...?!?

O sohma que estivera retido dentro do quarto finalmente explodira, sem, contudo, danificar a parede. Diante dos olhares embasbacados de Rin e de Sesshoumaru (ainda transtornado com o tamanho poder que lhe prejudicava), a figura humana de Inuyasha surgia, com as mãos quase postas à frente do peito. Majestoso e flutuando sobre uma flor-de-lótus espiritual, o meio-irmão de Sesshoumaru trazia na testa um símbolo místico — ao seu lado, uma silhueta esguia feminina, cujo rosto Rin não pôde vislumbrar a princípio.

Sem conseguir raciocinar devido ao pânico que sentia, o daiyoukai saltou contra o hanyou, sendo brutalmente repelido pela barreira do sohma. Sesshoumaru caiu uma vez mais, resfolegando, e se levantou com alguma dificuldade, intentando atacar Inuyasha de novo, como um animal que ataca para se defender. O conflito entre as energias de ambos encheu o corpo humanoide do youkai branco de dores atrozes, levando-o a gritar ocasionalmente sempre que fazia algum movimento brusco.

— E-eu vou t-te matar, não importa se t-tomou a forma do m-meu irmão... — ameaçou Sesshoumaru, lívido e molhado de suor. Sem conseguir mais gritar, caminhava a duras penas, claudicante e gemebundo; estendeu as garras na direção do pescoço do hanyou.

Então, Inuyasha finalmente abriu os olhos — e, em sequência, tudo pareceu sumir. O youkai branco emitiu um grito rouco e tombou, inconsciente, aos pés do moreno. Rin, de onde estava, continuava boquiaberta e sem compreender nada do que estava se passando com o seu cunhado. Demorou para que seus olhos se acostumassem à excessiva iluminação presente ao redor do hanyou.

Inuyasha, por sua vez, voltou sua atenção para a estranha mulher que surgira ali, à sua esquerda; ela vestia calças justas e escuras, uma túnica de um ombro só e um lenço trançado que prendia seus longos cabelos negros para o alto. Aos poucos, a iluminação mística foi se esvaindo, entretanto a sensação mágica ainda perdurou nos sentidos de todos.

— Eu... Me chamo Inuyasha, não é? — inquiriu ele suavemente, ao passo que ela lhe sorria, encorajando-o com o olhar. — Eu... Agora estou me lembrando... De algumas coisas... Sou o... Rei Shura, não é mesmo?

— Sim, você é o Shura-Ō Inuyasha. Sobre suas lembranças, elas virão aos poucos. É normal.

— Não sei porque sei disso, mas todos estavam te procurando no... — os olhos dele ficaram mais vívidos. — No Tenkuukai, a morada dos deuses. Onde esteve?

— Estive procurando Krishna, senhor.

— Não me chame desse jeito. Nós já lutamos em várias batalhas juntos, em outras vidas...

De pasma, Rin continuava imóvel. Seu cunhado hanyou nunca lhe parecera tão... Humano, e, ainda assim, poderosíssimo em seus gestos e palavras. Era como se Inuyasha tivesse amadurecido muitíssimo emocionalmente; não deixara de ser ele mesmo, mas de longe se via que havia perdido seus hábitos birrentos.

— Você é o deus Brahma — corrigiu-o Kikyou. — Você é a força ativa criadora do Universo inteiro. É também o Rei Shura, guardião divino das forças de Deva, a serviço de Vishnu, deusa da harmonia. E é o antecessor do garoto Shurato Hidaka, que se tornará o Rei Shura daqui a alguns milênios.

— Keh... Quanta coisa — volveu ele, com um gracejar inocente no olhar. — Continuo me sentindo mais confortável sendo só Inuyasha, o híbrido marceneiro do vilarejo...

— É natural, pois Brahma tem muitas faces.

A ex-sacerdotisa Kikyou sorriu. Ao contrário de quando estivera viva, agora ela sentia por Inuyasha um carinho quase maternal e protetor, não o vendo mais como par romântico, e o mesmo acontecia com ele.

— Ei... Estou me lembrando. Você é... Kikyou, não é? — e o rosto de Inuyasha mostrou certa confusão, seguida de melancolia. — Você... Eu... Nós tivemos uma história triste no passado... Você morreu por minha causa...

Kikyou?! A miko Kikyou que eu conheci quando criança?!”, pensou Rin, enfim reconhecendo aquele rosto. “Kikyou-sama é uma divindade?!”.

— Sim, eu sou a Kikyou que você conheceu no passado... Sou uma das vidas de Radharani e foi por causa da malignidade de Shiva que nós tivemos tamanhas tragédias em nossas trajetórias enquanto mortais, nesta era. Na realidade, o meu papel sempre foi o de te proteger, mas a deusa da destruição não brinca em serviço. Ela conseguiu desvirtuar-nos e perverter Naraku, que também deveria ser o seu protetor.

— Então... — o moreno franziu o cenho, concentrado em suas lembranças fragmentadas. — Naraku é Krishna.

— Sim. Para impedir o despertar dele, Shiva o possuiu desde que ele ainda era o ser humano Onigumo. Infelizmente, não consigo encontrá-lo... Ele ainda está sob o controle dela.

O moreno cerrou os punhos. Sim, ele se lembrava de ter visto seu antigo inimigo preso nos fios de maldade da deusa da destruição.

— No que depender de mim, não será por muito tempo. Ei... Aquele ali...

As sobrancelhas fartas do hanyou se ergueram de leve. Enfim notara seu irmão ali, caído de forma estranha, a poucos metros de seus pés. E sua cunhada, meio sentada sobre o chão ao lado do cômodo onde estivera desacordado nas últimas horas.

— Sesshoumaru? Rin? O que...

— Ei, não toque nele! — interveio a mulher, agilmente, vendo o moreno avançar para tocar no daiyoukai. — Seu sohma é forte demais e pode matá-lo. Inclusive, creio que seria melhor você se afastar dele.

— Meu sohma pode matar um daiyoukai como Sesshoumaru?!

— Sim, ele quase morreu quando os Hachibushu estiveram aqui há um mês.

— O quê?! Como isso é possível?! Ele não me disse nada... Ou melhor, falou de uns “bruxos” e...

— Desculpe por interrompê-lo, Inuyasha, mas nosso tempo aqui é curto. O seu sohma foi liberado e transbordou porque, de alguma forma, Kagome bloqueou o seu eu demoníaco e seu youki. Rin, não se esforce tanto, estamos indo até você.

Kikyou foi falando e andando em direção a Rin, que tentava se levantar, mas não conseguia. Suas pernas doíam bastante, além do corte no músculo acima do joelho, que não tinha sido tão pequeno como a jovem imaginara. Naquele instante, uma brisa fria e o súbito escurecer do céu anunciavam que forte chuva cairia dentro de pouco tempo.

— Oh, não! Kagome... Kagome! Como pude me esquecer dela?! — exclamou Inuyasha, alarmado, seguindo a ex-sacerdotisa. — Não consigo me lembrar o que aconteceu, mas... Sinto que ela não está bem... Onde ela está?

— Não sei, eu estava em forma de animal. Cheguei assim que seu sohma despertou — respondeu a ex-sacerdotisa. — Rin deve saber...

— Você não se lembra do que aconteceu, Inuyasha-sama? — indagou Rin, perplexa. A mulher mais velha a ajudou a se sentar; a esposa de Sesshoumaru encarou firmemente a outra e seus olhos se encheram de lágrimas. — Kikyou-sama, eu... Não sei dizer o que estou sentindo ao vê-la. De qualquer forma, é muito bom saber que você está de volta... Mas, daí, eu me lembro de que um dos guardiões falou, sobre uma... Guerra... E Sesshoumaru, daquele estado... Isso me aflige, me sinto tão frágil por não poder colaborar...!

— Ah, minha criança... Você se tornou uma grande mulher, sinto orgulho de você — e Kikyou abraçou Rin cheia de ternura; a morena acabou chorando. — Os deuses sabiam bem o que estavam fazendo ao te colocar no caminho dos guardiões e de Sesshoumaru. Vai nos ajudar muitíssimo.

— Mas eu não tenho poderes.

— Não tem poderes místicos como nós, mas o seu próprio caráter e a sua força te tornam poderosa. Sesshoumaru ficará bem quando não houver nenhuma energia mística perto dele. Inuyasha — e Kikyou olhou para o moreno, parado ali ao lado delas, ainda meio confuso. — Creio que este é um momento oportuno para que você use seu sohma.

Inuyasha piscou umas duas vezes, raciocinando sobre o que fazer, e rapidamente se pôs de joelhos ao lado de Rin. Pediu licença e estendeu a mão a uns vinte centímetros de distância do ferimento da adolescente, que sentiu um cálido e reconfortante poder envolvendo ambos; ele ficou surpreso ao ver que a pele se restaurou quase que de imediato, ao passo que Rin se ergueu do chão num átimo, empolgada e eufórica.

— Minha perna sarou! — exclamou a jovem, deslumbrada. — Que maravilha, não sinto mais dor alguma! Nunca estive me sentindo tão bem, apesar de saber que tem tanto problema acontecendo com... Kagome-chan, Sesshoumaru... Os nossos youkais... — fez ela, apressando-se para reprimir sua alegria repentina, envergonhada. — D-desculpem-me...

— Calma, Rin. Não precisa se culpar. Afinal, se você quer mesmo nos ajudar, é bom que esteja com o corpo e o coração em harmonia. Sabemos que há problemas com eles, mas você acabou de receber uma cura. Permita-se ficar alegre, não há nada de ruim nisso.

— O-obrigada, Kikyou-sama. Vou levar vocês até Kagome-chan. Ela está dentro do meu quarto de solteira.

— Aproveite e me diga o que aconteceu com ela, pirralha — pediu Inuyasha.

Pirralha não — retrucou Rin, achando graça. — Sou a esposa do daiyoukai das terras do Oeste e sua cunhada.

— Continua sendo uma pirralha. Minha cunhada pirralha, generosa e de grande coração, devo acrescentar — treplicou ele, ganhando um safanão afetuoso da jovem, que ficou surpresa e agradecida pelo carinho inesperado. — O que houve com a Kah?

— Err... — Rin enrubesceu. — Então, Inuyasha-sama... Você a marcou. Não se lembra?

A expressão dele ficou alarmada.

— Maldição! Agora eu me lembro... Pobrezinha... E como ela ficou? Deve ter sofrido tanto...

— Ela está desmaiada desde aquele dia — respondeu a jovem, sem querer entrar em detalhes sobre o estado verdadeiro da outra.

Os três caminhavam a passos rápidos pelo jardim destruído, sendo que Rin não parava de olhar para o marido caído na grama.

— Eu posso curá-la, não posso, Kikyou?

— É possível que sim. Apesar de você ainda não ter o domínio pleno e necessário sobre o seu sohma, você é um deus tão poderoso quanto Vishnu-sama e a detestável Shiva — explicou Kikyou.

— E Sesshoumaru? Vocês também não podem tocá-lo? — indagou Rin.

— Não, mas você pode — respondeu a ex-sacerdotisa. — Infelizmente eu não tenho essa habilidade de materializar sohma como os Hachibushu, mas Inuyasha fará isso para você.

— Eu?! Materializar sohma? Como eu saberia fazer isso? — inquiriu o hanyou, atônito.

— Apenas se concentre e você saberá o que fazer. Será mais simples do que imagina. Enquanto isso, vou até Kagome. A chuva não tarda a cair.

E a encarnação de Radharani se precipitou pela porta da casa grande, deixando Inuyasha e Rin. A jovem o encarou, ansiosa, e, após alguns instantes de concentração, o rosto de Inuyasha se desanuviou.

— Que loucura, Rin — confessou ele, com um quê de perplexidade e divertido.

— Sabe como me ajudar?

— É estranho, mas... Sim, agora eu sei. É como se tudo estivesse dentro da minha mente o tempo todo, mas só vem à tona quando me conecto ao sohma — afirmou Inuyasha, erguendo a mão esquerda, que começou a reluzir. — Só não me pergunte se eu sei o que é essa coisa e para que serve, mas aqui está...

 

ѼѼѼ

 

Pressurosa, Kikyou ganhou o corredor e, por não conhecer a residência do daiyoukai, precisou adentrar todos os cômodos até que descobrisse onde Kagome estava. Sentiu algo inquietante no excessivo silêncio da casa grande; abriu a porta e se deparou com a jovem sacerdotisa, dormindo no futon, e a youkai Honami sentada ao seu lado, olhando para a recém-chegada com uma fisionomia bizarramente mórbida. Kikyou se arrepiou; a mão da serva segurava o braço de Kagome, sem nenhuma razão aparente.

— Ei... Com licença — murmurou ela. — Como ela está?

— Ela está bem, só está dormindo — rouquejou Honami, fitando a outra de alto a baixo. — Quem é a senhora?

— Eu... Sou uma amiga da família... Mas, espere! — a mente de Kikyou deu um estalo. — Youkais não suportam o sohma... E Rin disse que todos os youkais daqui tinham perdido a consciência. Como você consegue se manter bem?

A resposta da youkai foi criar uma esfera de energia totalmente negra e atirar contra Kikyou, em uma velocidade tão absurda que a ex-sacerdotisa mal pôde se defender. Ela foi atirada bruscamente contra a parede de madeira, chegando a causar-lhe rachaduras, e tombou inerte, sem que houvesse um único ruído. Então, o corpo de Honami tombou, morto, e a deusa da destruição se materializou ao lado de Kagome, com um sorriso vitorioso.

— Hora de saudar a encarnação de Brahma. E não há ninguém melhor do que esta humana aqui para me ajudar a recepcioná-lo.

 

ѼѼѼ

 

Parado junto ao batente da porta, Inuyasha estendeu a mão para a cunhada, lhe entregando uma pequena flor-de-lótus branca e ainda morna. Os olhos castanhos de ambos se encontraram e Rin se sentiu imediatamente seu espírito sendo confortado. O hanyou, mesmo confuso com sua nova condição e apreensivo em relação à sua amada Kagome, sorriu para a jovem, que sem pensar duas vezes enfiou a florzinha na boca e a deglutiu.

— Obrigada, Inuyasha-sama!

— Ué... Por que você a comeu?

— Porque é para isso que a florzinha serve, para dividir um pouquinho dos seus poderes divinos comigo. É através disso que eu vou socorrer Sesshoumaru e os nossos youkais.

— Que bom, Rin! Se isso é possível, significa que eu posso curar Kagome... Depois quero que me conte o que aconteceu...

Entusiasmado com suas novas habilidades, o hanyou correu para dentro da casa, ao passo que Rin foi apressadamente até seu amado companheiro. Lá estava Sesshoumaru, caído de bruços e embolado sobre os braços, respirando irregularmente, bastante ferido e inconsciente. A jovem se agachou como podia e, sem hesitar, puxou o grande corpo do marido sobre si; como ela imaginou, não seria tão simples, já que ele era bem maior do que ela, e suas longas pernas ficaram sem apoio.

— Me perdoe, querido Sesshoumaru — murmurou Rin, condoída, ao ver que não haveria outra forma de levá-lo a não ser que deixasse suas pernas se arrastarem pelo solo. De onde estava, pôde ouvir Inuyasha chamando por Kikyou, possivelmente pedindo ajuda a ela para acudir a esposa.

Os primeiros pingos de chuva começaram a cair sobre ambos. Um pouco atrapalhada, a jovem saiu carregando o corpanzil do daiyoukai sobre seus ombros; era pesado, sim, mas graças à flor-de-lótus com os poderes de Inuyasha, ela tinha força o bastante para sustentar o peso do marido. Viu a cabeleira prateada dele, aos poucos, se tornando loira, e suspirou, tranquilizando-se: era o sinal de que ele perdera todos os poderes, mas que já não correria mais perigo com os poderes de Inuyasha e Kikyou.

Com algum esforço, depois de doze longos minutos Rin chegou com ele até a entrada da cozinha. Estranhou que, fora o ruído da chuva, tudo parecia silencioso dentro da casa grande.

— Inuyasha-sama! Kikyou-sama! — chamou ela. — Kagome-chan! Onde vocês estão?

Encucada, Rin tratou de ir com Sesshoumaru até o quarto onde, anteriormente, Inuyasha estivera, e o colocou com cuidado sobre o futon, estendendo sobre ele um cobertor, pois a chuva agora descia torrencialmente. Saindo em seguida, foi até o quarto de Kagome. Deu um grito de horror.

No lugar onde Kagome deveria estar, apenas o cadáver da pobre Honami se encontrava, tombado sobre o tecido. À esquerda, o pisco-do-peito-ruivo estava jogado junto da parede como um objeto — e Inuyasha estava caído a poucos metros da pequena ave, completamente ensanguentado, rasgado e ferido. Tossia e xingava, mal conseguindo respirar, exalando ódio pelos poros.

— M-maldita s-seja Shiva! Desgraçada! — e ele regurgitou sangue, retomando aos poucos a sua forma híbrida. Sequer conseguia se movimentar. — EU V-VOU CAÇÁ-LA ATÉ O INFERNO P-POR TER SE ATREVIDO A SEQUESTRAR K-KAGOME! MALDITAAAAAAA!

 

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Notas Finais


Gente
Gente
GENTE

Eu JURO que tenho MUITA COISA para dizer aqui, mas... Com duas crianças o tempo é curtíssimo kkkkkkkk
PROMETO que até o fim da semana editarei essas notas finais.

Vamos tomar um café no meu grupo do Facebook?
FICS DA OKAASAN - https://www.facebook.com/groups/254208075030050/

Beijos, seus lindxs! Até o próximo!


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