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História Vulneráveis (hiatus) - Angustiados


Escrita por: Okaasan

Notas do Autor


Bom dia de chuva, leitores.

No capítulo anterior, tivemos cenas fofíssimas de Sesshoumaru namorando Rin, além de ver Lakshu omitindo dos monges e dos guardiões o que realmente aconteceu na Terra.

Capítulo de hoje mais denso, mais pesado. Tive dificuldades para escrevê-lo.

ALERTA: CONTÉM SEMI-HENTAI E LINGUAGEM IMPRÓPRIA (porque o nosso amigo monge, além de tarado, é um boca suja. Todavia, devido ao mimimi desta autora, os palavrões estão censurados com asteriscos).

Boa leitura.

Capítulo 12 - Angustiados


Fanfic / Fanfiction Vulneráveis (hiatus) - Angustiados

 

ѼѼѼ

 

Era fim de tarde quando Kagome e Inuyasha chegaram ao vilarejo, rumando direto para a casinha do alto da colina.

— Miroku-sama! Sango-chan! — exclamou Kagome, descendo das costas do hanyou e indo até o casal. Sango carregava um feixe de lenha para o fogão, enquanto Miroku, ainda pálido, debulhava lentilhas, sentado no chão da varanda. — Como vocês estão?

— Estamos vivos, minha querida miko! — disse o monge, olhando radiante para o casal. Com alguma dificuldade, ele se levantou do chão e deu um abraço nos recém-chegados, que estranharam, principalmente Inuyasha.

— Ei, que safadeza é essa, seu pervertido? — ralhou o hanyou, escapando dos braços do amigo. Sango riu de leve.

— Inu, não precisa falar assim com ele... Houshi-sama só está sendo gentil! — disse a sacerdotisa, tentando apaziguar o ânimo de Inuyasha.

— Não é safadeza nenhuma, Inuyasha, meu grande amigo. Eu estou realmente feliz em ver vocês dois de novo — afirmou Miroku, com sinceridade.

— Ele está assim desde que acordou, Inuyasha. Acho que foi um pesadelo bem feio que ele teve e não quis me contar. Foi terrível — explicou Sango, notando que Kagome a olhava intensamente, como se tivesse algo importante a lhe falar. O monge, por sua vez, fez uma breve careta de desgosto.

— É só isso mesmo? — indagou o hanyou.

— É que você é suspeito demais, Miroku, praticamente inconfiável — disse Kagome, sorrindo.

— Estou falando sério, pessoal... Sou apenas um jovem guerreiro que escolheu o caminho do Dharma... — afirmou ele, com expressão inocente. — E, como já te disse, Inuyasha, esse seu bumbum é perfeito, mas eu prefiro as morenas.

— MIROKU! — gritaram os três, envergonhados.

 

ѼѼѼ

 

Noite.

Kagome estava à beira do Poço Come-Ossos; estava voltando à sua casa para buscar os materiais que ela julgava necessários para ensinar o básico da enfermagem a Rin. Mesmo sabendo que não conseguiria compartilhar fielmente tudo o que aprendera, seria muito útil para a jovem protegida do seu cunhado ter noções de primeiros socorros, por exemplo. Todo e qualquer conhecimento sobre cuidados com a saúde, na era feudal, seria muito bem-vindo.

Inuyasha estava parado perto dela, desconfortável, chutando a terra com seu pé descalço como sempre.

— Volta amanhã mesmo?

— Sim, Inuyasha. Volto amanhã, já disse, é a quarta vez que me pergunta.

— De manhã?

— Claro que não! Onde vou achar papelaria aberta a essa hora?

— Isso não importa, maldita. E o que é papelaria?

A jovem revirou os olhos.

— Depois eu explico, agora preciso ir. Veja se se comporta, hein?

— Keh! Não sou o Souta!

Ela se sentou à beira do poço. Inuyasha se aproximou, aflito.

— Ei, Kagome, espere...

— O que é dessa vez? — perguntou ela, cansada.

— Venha cá...

— Mas eu estava aí agora.

— Só um pouquinho, sua chata!

— Inuyasha, você está me atrasando!

Por favor, Kagome!

Como um por favor de Inuyasha era quase um prenúncio de um apocalipse, a moça veio ligeira a seu encontro.

— Já vim. Agora fale logo o que quer.

O hanyou, muito corado, pegou a mão dela.

— Vou contar os minutos para te ver de novo — afirmou ele, olhando em seus olhos. Kagome, surpresa, se aproximou, solicitando um abraço, que veio fácil.

— Não vou demorar, bobo, nem sei porque você está inquieto assim.

— É que eu já estou com saudades de você, do seu sorriso... Dos seus beijos — disse o hanyou, fazendo Kagome corar também.

— Você gosta dos meus beijos? — perguntou ela, perdida na imensidão daquele olhar intenso de Inuyasha.

— Muito...

Sem se fazer de rogada, a sacerdotisa alcançou os lábios do seu querido, beijando-os com amor. O hanyou constatou feliz que o coração dela sempre disparava quando momentos de ternura como aquele ocorriam. Contudo, Kagome rapidamente apartou-se dele, se afastando depressa.

— Kagome, o que foi? Kagome! — chamou ele, mas ela foi mais rápida e saltou no poço, gritando um "até amanhã, Inuyasha" e desaparecendo em seguida. O hanyou ficou amargurado e se afastou dali.

— Maldição. Será que o meu beijo estava ruim?

E, numa dimensão paralela, a jovem pensava, ainda com o coração disparado, o quanto estava difícil beijar Inuyasha sem sentir um calor diferente. A safadeza do Miroku deve ser contagiosa...

Ao frustrado Inuyasha restou voltar para a casa do amigo monge que, naquele momento, terminava de preparar uma sopa. Naturalmente justo, Miroku não se sentia à vontade em ver sua esposa trabalhando sozinha. Após a visão tenebrosa que tivera pela manhã, ele dormiu mais de quatro horas seguidas e, ao despertar, se sentia totalmente dolorido e fraco. Sango havia passado o dia cortando lenha para o fogão, enquanto Shippou, que já tinha ido embora, velara o sono do monge. A jovem, que ia tomar um banho, saiu da casa ao ouvir a voz de Inuyasha.

— Voltou em boa hora, Inu, Miroku fez uma sopa — disse ela, afável. — Escuta, vai tudo bem com Kagome-chan? Ela parecia estranha hoje.

Parecia, Sango? Ela estava estranha, aquela maluca! Sabe, a gente estava ali se beijando e... — Inuyasha se calou, totalmente envergonhado, ao ver que falara demais. Sango arregalou os olhos; Miroku riu alto.

— Meu amor, pode ficar à vontade e ir tomar o seu banho. Eu e o cachorrão aqui vamos dar uma volta...

— Não me chame assim, maldito! E a sopa? — indagou o hanyou.

— Na volta você come, Inuyasha, vamos logo — respondeu o monge, já se afastando e arrastando o amigo consigo.

— Ei, deixe pelo menos ele jantar, Miroku! Ué, sumiram... — resmungou ela, já sozinha, indo se lavar. — Céus, Miroku vai perverter Inuyasha. Coitada da minha amiga.

Já a alguns metros de distância da moradia, o monge soltou o braço de Inuyasha, perguntando-lhe em tom sigiloso enquanto fazia um gesto indecoroso com as mãos:

— Aqui ela não vai nos ouvir. E então, vocês já...

— Você só pensa nisso, seu tarado? — reclamou Inuyasha, tão vermelho quanto seu quimono.

— Que culpa eu tenho se, ultimamente, quem só pensa nisso é você? — riu Miroku.

— Keh! Maldição... Não é bem assim não...

— Vamos, não minta para mim. Está escrito na sua testa.

De repente, o chão de pedrinhas pareceu muito interessante ao hanyou, que não erguia a cabeça de jeito nenhum.

— Puxa... Miroku... Eu não paro de pensar em Kagome... Ela já era bonita quando nos conhecemos e... Agora... Ela me deseja... E eu...

— Ora, isso é natural.

— Eu também quero... Estar com ela, tocá-la... Mas não sei como agir...

— É normal desejar a mulher que você ama, prova que você é um homem.

Inuyasha olhou feio para o outro.

— Eu não sou um homem! Sou um hanyou!

— Um hanyou fogoso que anda louco para fazer sexo com a noiva.

— Iiiiiiiiirc! Não fale assim tão, tão... — sibilou Inuyasha desesperado. — Não fale desse jeito tão indecente, seu maldito!

Miroku riu de novo, meneando a cabeça. Encontrou entre as plantinhas rasteiras uma tulipa cortada pelo caule, mas inteira. Olhou de forma maliciosa para o amigo, mostrando-lhe a flor.

— Vou te ensinar algumas coisas importantes sobre as mulheres, Inuyasha.

 

ѼѼѼ

 

Duas horas depois, Sango erguia os olhos de uma revista de decoração de interiores que Kagome trouxera para o marido, que entrava na sala rapidamente e lhe beijava a testa.

— Você demorou... Cadê o Inuyasha?

— Ele preferiu ir embora, amor. Disse que vem amanhã. Você pode preparar aquela comida da era de Kagome-sama para o almoço? Ele gosta.

— Lamen? Faço, sim... — respondeu Sango, estranhando a expressão plástica de inocência de Miroku. — O que você disse para ele? Você está com uma cara muito suspeita.

O monge abriu os braços teatralmente.

— Meu Buda, sou um monge incompreendido! Só estava orientando meu pobre amigo que precisava de uma luz para seu caminho.

— Luz, hein? — fez ela, descrente. — Do jeito que você é sem-vergonha...

— Não pense isso de mim não, minha querida. Eu só estava ensinando ao nosso companheiro como agradar Kagome-sama através de flores.

— Flores?!

— Claro! — disse ele, comendo vorazmente sua porção de sopa com um pedaço de pão. — Puxa, errei a medida do sal.

— Só um pouco, amor, não ficou tão salgada. E nem precisava, você ainda não se recuperou direito daquele desmaio estranho e do pesadelo...

O monge ficou incomodado.

— Imagina, Sango, eu estou ótimo. O corpo ficou dolorido porque Makoto caiu em cima de mim, só isso — replicou ele sorrindo sem graça.

Diante disso, a exterminadora achou melhor não insistir no assunto. Já notara o desconforto do marido, esperaria que ele se sentisse à vontade para dizer o que o incomodava.

— Certo... Mas, e o negócio das flores, Miroku? Me conta o que você ensinou a ele...

Com uma expressão misteriosa, ele disse que tomaria um banho primeiro e contaria assim que fossem dormir.

Curiosa, a jovem foi arrumar alguns utensílios da cozinha que estavam fora do lugar. Enquanto isso, Miroku tomava um banho frio, pensando se tinha feito a coisa certa em contar ao pobre Inuyasha uma imensidão de dicas e experiências obscenas que tivera na vida. Riu sozinho, lembrando-se da expressão estupefata do hanyou escandalizado ao vê-lo lamber as pétalas da tulipa, entre outras coisas que fariam corar uma imagem de Buda. Lavou-se com esmero, esperando impressionar a esposa.

 

ѼѼѼ

 

Intrigada, a exterminadora viu o marido se deitar ao seu lado, usando apenas a boxer preta e bocejando de sono. Ele já vai dormir? Não vai tentar nada comigo?, pensou ela, que havia vestido um yukata branco leve e meio curto, na esperança de chamar-lhe a atenção.

— Tenha bons sonhos, anjo meu! — disse ele, demonstrando ostensivamente que estava louco para dormir e dando um beijo no rosto de Sango, deixando-a encafifada. Deu-lhe as costas e fingiu adormecer rápido.

Ela terminou de se deitar, afastada dele, olhando para as costas e glúteos firmes. A pele do corpo ainda fresca pelo banho, um cheiro agradável de lírios que ele exalava e o sono profundo em que ele aparentava ter mergulhado haviam deixado a exterminadora alerta, desperta...

E excitada.

— Vou fazer um carinho nele... E vou dormir. Ele não vai se importar... Eu acho — murmurou Sango, sem saber que estava sendo ouvida pelo marido. Ela se ajeitou confortavelmente atrás de Miroku e se pôs a tocar seus cabelos e nuca, com suavidade, para não incomodá-lo. Em seguida, deslizou a mão para o seu tórax, rodeando os pequenos mamilos do rapaz com a ponta dos dedos, enquanto se encostava de leve em seu corpo. O monge usou todo o autocontrole que possuía para não denunciar sua farsa; sua ereção pulsava quase que dolorosamente, principalmente por notar que Sango não sabia o poder que tinham aquelas carícias. Por sua vez, ela estava cada vez menos disposta a parar de tocá-lo, sentindo-se entregue àquelas fortes sensações de desejo.

Então ele a ouviu murmurar:

— Ah, a barriga dele... Adoro tocar essa barriga.

E os dedos deslizaram sem pressa pelo abdome do enlouquecido Miroku, que sentia que sua respiração começara a falhar. Lembrou-se de que acordara do transe com roupas comuns; provavelmente a esposa o trocara enquanto esteve desacordado.

Se ela disse que adora tocar minha barriga, prova que andou me tocando quando não vi... Eu sabia que Sango não era fria. Céus, ela me quer de verdade, o medo deve ter passado! Hoje eu preciso enterrar o pau nessa mulher!

Fingindo que estava acordando naquela hora, Miroku começou a se virar na cama, dando um gemido discreto. A exterminadora, assustada, retirou a mão e ficou na defensiva, afastada dele.

— Hummmm... Sango? O que foi, aconteceu alguma coisa? Por que está aí sentada? — perguntou ele, com voz de sono.

— N-nada... Pode voltar a dormir, amor, eu esbarrei em você... — gaguejou ela. Sango não conseguiria admitir que estava ansiosa pelos beijos, abraços e carícias excitantes do marido.

— Sem problemas — respondeu ele, cordato. — Vem, deita aqui comigo, eu estava tão cansado que esqueci de te dar um beijo de boa noite...

Ela voltou a se deitar e beijou os lábios que o marido lhe oferecia. Internamente, ele comemorava: sua pequena armadilha para Sango estava funcionando. Ela voltou a pousar a mão sobre o abdome dele.

— Você gosta da minha barriga? — perguntou Miroku, manhoso.

— G-g-gosto sim — respondeu ela, muito vermelha.

— Que interessante, eu gosto muito que toquem nela.

— Sério?

— Sério — afirmou ele. — Ah, você não queria saber o que eu disse ao Inuyasha?

A mão de Sango acariciava a pele sedosa do abdome e peito do monge. Tentando não perder o controle, o rapaz virou-se para ela e, beijando-lhe todo o rosto, abriu seu yukata, tendo a agradável surpresa de ver que nada havia por baixo dele. Miroku continuou a beijar a exterminadora e passou a provocá-la com a mão em seu seio.

— V-você disse ao Inuyasha algo sobre flores...

— Exatamente — anuiu ele, soltando os cabelos dela e retomando o toque anterior, se divertindo com as expressões faciais da esposa. — Eu mostrei a ele que a gente faz uma mulher feliz quando se desvenda a beleza das flores... Aliás, de uma única flor.

O monge inclinou-se mais sobre Sango e deslizou a ponta do nariz pelo seu seio, beijando-o em seguida, arrancando dela gemidos contidos. De forma despretensiosa, alcançou-lhe a parte interna das coxas com a ponta dos dedos; a jovem deu um pulinho, arrepiada.

— Meu amor... Como você consegue me fazer sentir essas... essas coisas? — balbuciou ela, agoniada de desejo.

— Digamos que eu sempre quis te ver perdendo o controle por minha causa. Ainda quer saber sobre a flor? — respondeu o monge, com a mão já perigosamente próxima da virilha, na direção do períneo da jovem, que ficou tensa.

— Oh, não. Não me toque aí — disse Sango, meio assustada. — Por favor... Tenho medo.

A mão foi da virilha para o monte-de-vênus.

— Tem medo de gostar, amor? — murmurou Miroku, sem deixar de acariciar a região íntima da esposa. Voltou a beijá-la nos lábios, intensamente, mordiscando-lhe a boca, sugando-lhe a ponta da língua, esperando que ela relaxasse. E, enfim, escorregou o dedo médio para a vulva escorregadia de Sango, que deixou escapar um gemido alto; a dor que ela esperava não veio, e sim uma sensação infinita de deleite, fazendo com que ela suspirasse em meio aos muitos beijos.

— Uau! Miroku...? — disse ela, com certa dificuldade até para raciocinar. — Isso é tão... Incrível!

— Pode ficar mais incrível, sabia? — respondeu ele, se afastando rapidamente dela. — Ainda não desvendamos todos os segredos dessa flor, princesa.

A exterminadora olhou confusa e frustrada para o marido, que se ajoelhou à sua frente, pegando-lhe a mão para beijá-la.

— Não entendo... De que flor você está falando?

Miroku olhou diretamente em seus olhos, enquanto colocava a ponta do seu indicador na boca.

— Inuyasha também me perguntou isso.

— Me explique então o qu- — ia dizendo Sango, se calando ao ver o marido lambendo lascivamente a ponta de seu dedo enquanto olhava para sua intimidade, que pulsou vigorosa. Ela nunca havia sentido tamanho prazer na vida.

— V-você é um tarado... — gaguejou ela. — O que está fazendo comigo?

— Ainda não percebeu, Sango? — respondeu o rapaz, de forma sensual — Estou te ensinando a sentir prazer. A propósito... — Miroku deslizou os dedos úmidos da própria Sango sobre seu clitóris, enquanto sussurrava no mesmo tom. — Estou adorando conhecer sua flor de perto.

Ela quis tirar a mão, mas foi impedida por ele, que insistiu em utilizar seus próprios dedos para estimulá-la intimamente.

— Você não conhece sua flor, Sango? Não tem problema, eu vou mostrá-la a você...

— P-pare, Miroku, isso é indecência demais para mim —retrucou ela, totalmente vexada ao entender que a flor era sua vulva, mas não menos fascinada pela descoberta. Jamais imaginara tocando a própria genitália daquela forma, como também não sabia que era tão indecentemente prazeroso.

— Mas é isso que pode acontecer quando um casal faz amor, minha deusa. Vamos, mostre para mim como quer que eu toque em sua flor. Eu sei que você está gostando.

A essa altura, ela já descobria a sensibilidade e as zonas erógenas do seu sexo sozinha, e se rendia às sensações deleitáveis.

— Estou gostando, sim — disse a jovem, vermelha de vergonha. — Só que... Isso tudo é muito novo para mim...

— Ei, tudo bem, meu amor. Eu vou te ajudar...

E os beijos recomeçaram, levando Sango a se descontrair e se tocar com menos receios, fechando os olhos. Sentiu o marido se deitar ao seu lado e beijar seu pescoço, entre gemidos e suspiros cada vez menos sutis.

— Ah, Sango, você é perfeita e fica deliciosa se tocando — sussurrou ele, maravilhado com aquela visão erótica da exterminadora.

Alienada com o próprio prazer, Sango sentiu que Miroku voltava a brincar com os dedos por sua mama e estranhou o marido, que estava ficando um tanto barulhento. Ao abrir os olhos, ficou chocada ao ver que ele também se estimulava, com um rubor no rosto e nas orelhas que não tinham definitivamente nada a ver com vergonha.

— Amor?! O que você...

— O que eu estou fazendo? — cortou-lhe a pergunta, com a voz meio rouca e um olhar cheio de luxúria que a jovem ainda não tinha visto nele. — Apreciando a visão do paraíso. E, ao que parece, você também gostou de me olhar, Sango.

De fato, Sango ficara hipnotizada vendo a masturbação do marido, que possivelmente não conseguiria prolongar aquela aventura por muito tempo. Ela chegou a pensar que tinha perdido de vez a moral, pois não conseguiu evitar a satisfação de ver o falo rijo sendo estimulado diante de si. Então, Miroku usou um tom de voz mais gentil.

— Sango, meu amor... Preciso te perguntar uma coisa. Você ficaria magoada se eu dissesse uma ou outra palavra não muito honrada?

— Palavrões?!

— Também — sorriu ele. — Me perdoe... Quando eu fico nesse estado, não consigo moderar a língua.

Sango ficou meio desconfortável ao ouvir aquilo. Miroku tocou seu rosto com carinho antes de prosseguir:

— Por favor. Eu garanto que não será tão ruim assim... Com o tempo você vai até pedir para eu falar coisas pervertidas em seu ouvido.

— Isso nunca vai acontecer, você sabe que eu odeio palavrões. Mas fale o que quiser, vou relevar...

Ambos retomaram os beijos e os toques. A exterminadora ofegava, gemia e ocasionalmente mordia o lábio inferior do monge que, em dado momento, sorriu-lhe de forma provocante:

— Eu não acredito...

— Em que você não acredita?

— Eu não acredito que você consiga ser ainda mais gostosa do que imaginei. Você é uma verdadeira deusa, Sango, e meu pau está duro como pedra por sua causa.

— .... — A jovem ficou meio escandalizada com o palavreado chulo, mas teve que reconhecer, a contragosto, que ouvir aquilo a deixou mais excitada.

— Por que não geme para mim? A sua brincadeira não está sendo suficiente? Vou ter que enfiar esse pau duro dentro de você, Sango?

— Miroku...!

— É sério... Creio que vou ter que te f**** com força até que você grite meu nome e me mande meter mais rápido. Sabia que eu adoraria poder vê-la rebolando sobre meu cacete?

— ...!

O monge se ajoelhou entre as coxas, agora abertas, da esposa e continuou a massagear a própria glande, ensandecido ao vê-la gemer e se tocar , sem desviar os olhos castanhos dos seus.

— Então, Sango, quer que eu te faça gozar enquanto enfio em você...

— Ah, eu... Eu...!

— Ou você prefere gozar com a minha língua tocando a sua...

— AH, MIROKU!

A moça gritou ao atingir o ápice, seus dedos trêmulos segurando sua intimidade que se convulsionava em espasmos.

— Deliciosa... Você é uma deusa, Sango. Ah, Sango... — gemeu Miroku, sentindo uma enorme pressão no baixo ventre, fazendo-o ficar mais teso e tenso como a corda de um instrumento musical. E, como uma corda se partindo, assim o rapaz alcançava sua satisfação, sujando a barriga da exterminadora e jogando a cabeça para trás, rendido. Deitou-se ao lado dela, lhe dando beijinhos pelo rosto. Sango, ainda ofegante e com palpitações, olhou de forma estranha para ele, que havia agora colocado o braço sob a cabeça dela.

— Que carinha é essa, minha linda? — perguntou o monge, preguiçoso. — Algo te incomoda, seus olhos não mentem...

— N-não é nada, amor — respondeu ela, corando de novo.

— Sei... Não é nada, mas vou responder assim mesmo.

— Responder a que, se eu não perguntei...?!

— O meu companheiro precisa de um cochilo de vinte minutos para poder endurecer de novo. Isso com que sujei sua barriga é a mesma coisa que sujou minha roupa durante nossa brincadeira de ontem... E o que a gente fez agora foi apenas uma parte do que ensinei ao Inuyasha... Na teoria, claro.

Sango estava totalmente vermelha agora.

— Ei, meu amor, não precisa ter vergonha. Somos um agora. Você ainda tem muito a aprender comigo, e eu contigo — disse ele, fitando-a com ternura.

— Você me encanta, Miroku — volveu a jovem, sendo beijada apaixonadamente em seguida.

— E você me deixa a cada dia mais dependente do seu amor, Sango.

— Não consigo mais viver sem você.

— Eu vou te amar para sempre.

— Também vou amá-lo para sempre.

Mais beijos.

— Miroku...

— Fala, minha deusa.

— Já se passaram os vinte minutos? — perguntou Sango, baixinho, e corada de novo.

O monge riu muito.

 

ѼѼѼ

 

Era a terceira tentativa frustrada do casal. Sango lutou para não deixar as lágrimas descerem; por sua vez, Miroku baixava a cabeça, incomodado e preocupado, tanto com a esposa quanto com seu membro, que ficara com a mucosa irritada e dolorida.

Penetrar o corpo dela parecia impossível. 

Após o momento íntimo que tiveram no início daquela noite, o casal se envolvera em carícias eróticas diversas depois de um banho a dois. Sango não tinha mais tanta timidez; gemia alto quando ele a tocava, acariciava de leve os mamilos e o abdome de Miroku, estremecia de desejo ao ouvir as palavras lascivas que ele dizia em seus ouvidos. Ela tinha plena certeza de que o queria, ansiava por senti-lo dentro de si. Contudo...

— Por que eu falhei? — murmurou ela, com a voz embargada.

— Amor, isso pode acontecer... Seu corpo ainda não está pronto, por algum motivo...

— Miroku, eu falhei — repetiu ela, uma expressão dura deixando o rosto bonito um tanto sombrio. — Se fosse uma luta contra youkais, estaríamos mortos agora, por minha culpa!

Levantando-se da cama, o monge lhe disse:

— Não foi uma luta contra youkais, Sango. Era o nosso momento de amor, aproveitamos bastante, só não chegamos até o fim, porque...

— Porque EU fracassei!

— Amor? — fez Miroku, chocado com a reação estranha de Sango. — Pare com essas cobranças, só vão te fazer mal... Como disse Buda, a melhor oração é a paciência.

— Então me diz o que é que aconteceu comigo, já que você sabe tudo!

O rapaz olhou consternado para ela.

— Sango, eu não sei! E fique calma...

— Como quer que eu fique calma?! Isso é ridículo, a taijiya Sango mata youkais, mas não controla a própria...

— Sango, pare com isso!

— Não vou aceitar isso! Sou a sua mulher e meu dever é servi-lo! Duvido que isso tenha acontecido com alguma das vadias com quem você ficou!

A menção ao "dever" e ao passado promíscuo de Miroku o deixaram profundamente irritado. Respirou fundo, enquanto procurava uma calça. Ambos continuavam despidos e de pé no meio do quarto.

— Dá um tempo, Sango. Se acalme, ponha a cabeça no lugar. Você falou um monte de besteiras.

— NÃO, Miroku, não me ignore! Aliás, quer saber? — e ela avançou para ele, segurando-o fortemente pelos braços. — Termine o que ia fazer comigo AGORA.

— O quê?! — fez ele, incrédulo. — Você ficou louca?!

— Miroku! Eu não admito nenhum tipo de fracasso em minha vida! — gritou ela, cravando as unhas nos músculos do marido. — Você tem que me fazer sua de qualquer jeito, pois não quero sequer pensar que você pode procurar uma vadia no vilarejo! Me use!

O rapaz tentou se esquivar dela, já furioso.

— Sango, pelos deuses, cale a boca...

— Não tente disfarçar, seu mulherengo maldito. Eu sei que você vai procurar outra para se satisfazer!

— Sango! Pare com isso! — exclamou ele.

— Se sirva do meu corpo e não do de outra! — gritou ela, levando Miroku a finalmente se descontrolar.

Ele apertou o corpo de Sango entre seus braços com força, o que a fez parar de perfurá-lo com as unhas e gritou:

— SANGO, CALE A BOCA, C*****! PARE DE FALAR IDIOTICES! DEIXE A P**** DO MEU PASSADO LÁ NA P*** QUE PARIU! — e, sacudindo a esposa pelos ombros, arrematou: — E PARE DE ME MANDAR VIOLAR VOCÊ, SUA LOUCA! SABE O QUE A MAIORIA DOS ALDEÕES FAZ COM A ESPOSA NA PRIMEIRA NOITE? É UM ESTUPRO!

E Miroku soltou os braços da exterminadora, que tinha no rosto uma expressão de dor imensa na alma e os olhos cheios de lágrimas. Aquilo destruiu o coração dele, que jamais imaginava chegar àquele ponto com a mulher que tanto amava.

Por sua vez, Sango parecia ter perdido o controle das pernas, que tremiam incontroláveis, ao mesmo tempo em que seu coração pulsava desvairado no peito. A reação exagerada que tivera à tentativa frustrada de consumar o ato com o homem a quem tanto amava a levou a dizer todas aquelas palavras terríveis. Justo ela, que havia prometido a Miroku esquecer do seu passado e acompanhava de perto o quanto ele se esforçava, com sucesso, para ser fiel somente a ela e esperá-la, abstinente, por quase dois anos.

Ambos estavam emocionalmente destruídos naquela madrugada.

— S-Sango... O que fizemos?! — balbuciou Miroku, mortificado.

Ela não despregava os olhos dele.

— Amor... Eu juro que não quis diz-

— Chega — murmurou ele. — Já falamos demais hoje.

— Miroku, por favor... — soluçou a jovem.

— Você teve muito serviço pesado hoje, Sango. Precisa dormir.

— Não...

— Vá dormir — repetiu ele, dando-lhe as costas, fatigado. — Eu quero ficar sozinho. Boa noite.

Assim que a porta de correr se fechou, a exterminadora caiu de joelhos, chorando convulsivamente.

Miroku agora se lavava dentro do ofurô, com horror que as unhas de Sango começaram a rasgar-lhe a pele do antebraço direito.

Ergueu a mão direita. A mão da Kazaana.

Levantando-se de uma vez, perturbado, enfiou-se dentro de um hakama sem se secar direito e saiu de dentro da casa, sentando-se na varanda. Ali, sozinho, chorou também enquanto rezava um mantra, segurando seu rosário.

Depois de longos minutos, ele se sentiu um pouco melhor e voltou para dentro da casa, preocupado com a esposa. Entrando no quarto, viu-a dormindo sentada e torta no chão, usando o yukata branco. Ainda havia lágrimas umedecendo o rosto de Sango.

Com algum esforço, devido à exaustão que ele tivera durante o estranho transe da manhã, Miroku conseguiu colocar a esposa adormecida na cama e sentou-se ao seu lado, acariciando seus longos cabelos durante aquela noite que se mostrou cruel e insone para ele.

 

ѼѼѼ


 


Notas Finais


*** COMENTÁRIO ADICIONAL ***

O vaginismo é uma disfunção onde existem espasmos involuntários da vagina durante tentativas de intercurso sexual. Os espasmos são causados por contrações involuntárias do músculo do assoalho pélvico ao redor da vagina. A mulher não controla diretamente os espasmos; é uma reação pélvica involuntária. Ela pode nem estar ciente que a reação do músculo está causando os espasmos ou o problema com a penetração.
Em alguns casos, os espasmos do vaginismo podem começar a causar ardência ou dor durante o intercurso sexual. Em outros casos, a penetração pode ser difícil ou completamente impossível. O vaginismo é a principal causa de relacionamentos não consumados. Os espasmos podem ser tão restritos que a abertura à vagina fecha totalmente e o homem não consegue inserir o pênis. A dor do vaginismo acaba quando a tentativa sexual é suspendida. Em geral, o intercurso sexual deve ser interrompido devido à dor ou ao desconforto.

*** FIM DO COMENTÁRIO ADICIONAL ***

Espero que não me matem, leitores! A fanfic "Vulneráveis" fala sobre... vulnerabilidades, fragilidades... Aqui, TODOS têm uma dificuldade específica. A da Sango é esta disfunção horrorosa.

Como será daqui para frente entre o casal?

Abraços a todos que têm me acompanhado!

~TheOkaasan


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