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História Wainting For Your Arms - Severus Snape (SUSPENSA) - Could you at least try?


Escrita por: dumbygemini

Notas do Autor


Oi meu amores, vim lhes contar uma novidade antes que comecem a ler este capítulo. Tive a ideia de criar um tipo de visualização para vocês ao longo da história, isto claro, se vocês se interessarem.

Link: https://sevsbabe.tumblr.com/post/654559100048441344/fanfic-waiting-for-your-arms-antonela-morette (Este link apenas irá lhe direcionar até o site "Tumblr", é totalmente seguro).

Obs: Acredito que apenas deixará a história um pouquinho mais completa, mas se não curtirem a ideia, tudo bem. Me deem o feedback pelos comentários, por favor! <3

Obrigada pela atenção, piticos. Boa leitura!

Capítulo 8 - Could you at least try?


Fanfic / Fanfiction Wainting For Your Arms - Severus Snape (SUSPENSA) - Could you at least try?

Para que lhes poupe de detalhes insignificantes, Abigail realmente tinha levado todos os nossos pertences para a Mansão Black. A loura me conhecia tão bem, que a decoração de meu quarto estava impecável, realmente de meu gosto. Tudo estava bem arrumadinho e limpo, fiquei com o mesmo quarto de minha adolescência. 

Insisti para que Abby morasse lá comigo, mas a loirinha era dura na queda. Disse que já passaríamos tempo demais juntas em Hogwarts e que também gostaria de um lugar para chamar de seu quando quisesse ficar sozinha. Cedi a muito contragosto, mas dei a condição de que ela ficaria comigo até encontrar este tal lugar. Nisso ela concordou e assim foi feito nosso acordo. 

O quarto de Abigail, na mansão, era um dos inúmeros que tínhamos para hóspedes, que no caso agora tinha dono. Mesmo que não fosse morar por lá, eu gostaria que seu cantinho sempre estivesse à disposição se caso precisasse, e nisso ela não podia mandar. Remus e Tonks moravam por lá também. Tonks por ser da família e Remus por ser melhor amigo de Sirius. Além do mais, Sirius estava foragido, era bom ter protetores por perto se caso algo desse errado. 

Descobri que os antigos feitiços responsáveis por bloquear possibilidades de aparatar haviam sido reduzidos, não totalmente retirados para que não houvesse surpresas indesejadas ou visitas do ministério da magia. Todos os membros da Ordem conseguiriam facilmente ir até lá através desse mecanismo, entretanto somente eles.

De volta ao presente, nossa segunda-feira começou cedo até demais.

Mansão Black

Não enrolei muito para sair da cama nesta manhã, teria que chegar bem cedo em Hogwarts para pelo menos deixar os meus pertences em meu dormitório. Abigail também não fez muita picuinha para levantar, o que me deixou boquiaberta. Tudo estava indo bem, éramos as únicas acordadas em um horário tão cedo. 

Tomamos apenas um forte café preto para dar início ao dia, e logo fomos nos arrumar. Tudo que precisaríamos já havia sido empacotado desde a noite anterior, quando cheguei da Mansão Malfoy. Dumbledore nos avisou sobre o café da manhã rotineiro que os professores tomam acompanhados dos alunos, e ainda disse que seria ótimo para que fossemos apresentadas. Não a todos os alunos, mas sim ao corpo docente por completo. Concordamos, e por isso só tomamos um forte café antes de irmos. 

Resolvi usar uma lisa blusa branca de manga comprida, sem decote algum. Acompanhei com um vestido preto um pouco diferente, que começava apenas em meu abdômen, abaixo de meus seios. Era ligado a meus ombros por uma alça meramente grossa e tinha botões dourados por sua lateral toda, que acompanhavam as curvas de meu corpo. Usei um salto simples branco como calçado a pus um sobretudo preto fechado, que eventualmente seria aberto quando chegasse por lá. (Visualização no site)

Abby estava mais simples, usava uma blusa de tricô alaranjada por dentro de uma linda calça preta skinny. Sua calça era de cintura alta, e portava um cinto com adereço dourado agarrado à sua silhueta. Em seus pés, uma bota de couro preta com um salto confortável, não tão fino. Acompanhou com uma bolsa simplória, pois insistiu que combinaria com sua roupa. Lógico, nem contestei. (Visualização no site)

Prontas e perfumadas, saímos rumo à escola mágica. Não pudemos nos despedir dos demais moradores, estavam todos dormindo, entretanto fizemos questão de deixar um tchauzinho por escrito na porta da geladeira. Algo curioso é que nosso elfo doméstico, o Monstro, não tinha vindo falar comigo. Na verdade sempre me evitava. Bom, que seja, fomos embora. 

Hogwarts

Aparatamos até os portões do enorme castelo bruxo, o velho diretor havia nos contado sobre a impossibilidade de aparatarmos em terreno escolar. Entendemos e então finalmente chegamos. Nossas caixas de mudança estavam todas diminuídas e guardadas em uma bolsa, era apenas uma sacola para que fosse possível transportá-las sem muitos problemas. 

Ainda era cedo quando chegamos por lá, o café da manhã não havia ao menos começado. Nosso combinado era ir até a sala de Albus e de lá, sermos guiadas até nossos quartos para que ao menos deixássemos nossas coisas por lá, arrumaríamos ao final da aula. Assim fizemos, fomos até lá e nos deparamos com uma estátua enorme petrificada. Eu me lembrava o caminho para sua sala, mas não da senha. Em um passe de mágica, a escada nos foi mostrada. Achei estranho, nem eu e nem Abigail sabíamos a senha, como foi possível? 

Ignorei meus pensamentos e logo nos encontrávamos no topo da escadaria descrita anteriormente. O velho nos esperava com um sorriso largo, acompanhado de uma antiga bruxa de chapéu pontudo. Era Minerva, eu me lembrava dela. 

Albus Dumbledore: Meninas! Chegaram realmente cedo, ao que me parece cumprem bem suas palavras. - Disse carinhosamente. 

Abigail Ballard: Obrigada por essa recepção tão carinhosa, Albus! - Pôs-se a agradecer antes de mim, sorrindo para o barbudo. 

Apenas concordei com a cabeça aos ditos de Abigail e logo prestei atenção em Minerva, eu e ela tínhamos um bom convívio em meus anos em Hogwarts.

Amélia Black: Minerva? Céus, você está ótima! - Exclamei me aproximando mais da grifana, que retribuiu a proximidade me cumprimentando com dois beijos em minha bochecha. Um em cada. 

Minerva McGonagall: Amélia, minha querida! Como está linda, não me parece mais aquela garotinha ambiciosa e levada de antes. - Alegou alegre, sempre tinha foi muito bondosa comigo.

Amélia Black: Devo isso a Merlin! - Brinquei logo rindo junto à bruxa. Dei passagem à Abigail que se aproximou de nós, com um sorriso caloroso nos lábios. - Esta daqui é Abigail Ballard, uma grande amiga minha. 

Abigail Ballard: Na verdade, senhora McGonagall, somos irmãs. Ela só não sai espalhando por aí - Soltou uma piscadela para a mulher que logo riu, e em seguida recebeu um tapinha meu mediano em seu braço. - Ai! O que?! É verdade! 

Minnie entendeu que estávamos brincando e continuamos ali, os quatro, apenas pondo a conversa em dia. Foi-nos dado nosso calendário semanal que acompanhava os horários e turmas que teríamos em cada tempo. Tivemos que explicar para Abby, resumidamente, como as casas de Hogwarts funcionavam. Demos um contexto sobre cada uma e Albus, então, teve a ideia de pôr o chapéu seletor em sua cabeça, para que sua casa fosse sorteada e para que a loura pudesse descansar em um dormitório condizente com sua casa e personalidade.

Não me surpreendi quando o chapéu gritou em alto e bom som "Grifinória", ela sempre gritou o quão grifana era. Lógico, Minerva deu praticamente um salto alegre e Albus a acompanhou. Abigail não entendia muito bem o motivo da comemoração, mas eu logo lhe expliquei sobre a posição de Minnie como diretora da casa e de Dumbledore, um ex-grifano. Ela riu quando soube que eu era da Sonserina e ainda comentou "Lógico que você é de lá, vocês já viram essa garota de mau humor? Digo, eu também não sou uma flor de pessoa, mas vocês já a viram?!" e fez todos ali rirem. Claro, errada não estava.

Minerva guiou-a até a torre da Grifinória e Dumbledore me deu uma superficial explicação de onde meu dormitório ficaria. Cheguei a perguntar sobre o professor de poções que dividiria a sala comigo, mas ele preferiu desconversar. 

Fui então até as masmorras onde a comunal das cobras ficava. Eu já sabia o caminho, mas em específico onde meu novo dormitório ficaria, não. Com a breve explicação de Albus, consegui chegar até a parte docente dos dormitórios sonserinos, indo de cara até o meu. Dumbledore me disse que a senha seria "pingos de mel" e que eu poderia facilmente alterá-la quando quisesse. Proferi as palavras e logo estava dentro do quarto, estava tudo limpo e como uma decoração padrão sonserina.

Era um quarto muito bem aconchegante, com uma cama de casal larga e bem forrada. O tom verde era de meu agrado, com as madeiras escuras e adornos prateados. Estava tudo lindo. Havia uma penteadeira muito bem decorada, reparei que já havia alguns produtos femininos ali, todos lacrados. Com certeza era apenas um agrado de Dumbledore. (Visualização no site)

Sem demorar demais, peguei as caixas encolhidas e as logo transformei de volta a seu tamanho inicial, arrumando-as em um canto estratégico do quarto. Resolvi já começar a arrumar tudo, ou pelo menos começar uma parte, para que não acabasse tudo amontoado e desorganizado. Eu poderia ser muitas coisas, mas desorganizada não. 

Remexendo em meus pertences e os ajustando em seus devidos lugares com o auxílio da magia, encontrei uma caixa preta trancada, como se fosse um porta joias, entretanto feito para portar apenas uma joia. Não me lembrava ao certo o que tinha ali dentro e muito menos o motivo de estar trancada, mas resolvi matar a minha curiosidade.

Com um feitiço não verbal, fiz a caixa se abrir. Lá dentro tinha um medalhão da sonserina, era de extremo bom gosto. Arrisco a dizer que uma memória minha, naquele momento, tinha sido desbloqueada. Lembrei-me daquela terrível noite, quando fiquei sabendo da morte de Regulus. Por mais que já houvesse se passado quinze longos anos, lembrar-me daquilo ainda me dava calafrios. Não tanto quanto antigamente, claro, mas ainda sim pesava um pouco. 

Os ditos de Monstro, nosso elfo, fuzilaram-me ao aparatar em minha frente naquela noite. Me lembrei de seu pedido, ele queria que fosse destruído. Entretanto passei anos e mais anos, na minha adolescência, tentando fazer com que aquele medalhão quebrasse, mas era tudo em vão. Até que acabei por desistir e trancá-lo naquela bendita caixinha. Com o passar dos anos, me esqueci dela.

Bom, na verdade não liguei muito. Fiquei sim curiosa e frustrada por nunca conseguir acabar com aquilo, mas tentei não me prender muito a isso. Posicionei-a em minha penteadeira e resolvi que lidaria com aquele artefato mágico depois. Afinal, estava em Hogwarts novamente, certamente iria conseguir achar alguma maneira de acabar com ele.

Já se tratavam de sete e meia da manhã, o café já estava posto. Consegui terminar de organizar boa parte de minhas coisas e me pus para fora do dormitório, meu destino era o grande salão. Estava me certificando de que a porta de meu dormitório havia realmente sido trancada, quando sinto uma mão pesada em meus ombros me empurrando dali.

Era Snape. De alguma forma ele conseguiu me deixar contra a parede com ambas as mãos firmes ao redor de meu corpo, na altura de meus ombros. Mentiria se dissesse que não havia gostado. Apesar de ter sido de meu agrado, estava indignada. Ele parecia rosnar feito um cachorro com raiva, só faltava espumar. Havia fogo em seus olhos.

Severus Snape: Ok, senhorita Black, você vai me dizer quem foi que lhe colocou para me vigiar. Virou uma perseguição descarada agora?! - Perguntou com os olhos colados aos meus. Aquele tom escuro me prendia, era como se ele tivesse acesso a todas as minhas memórias. MEMÓRIAS! Ele era legilimente, eu não iria o deixar entrar em minhas lembranças dessa maneira.

Com alguns de meus conhecimentos em oclumência, consegui deixar minhas memórias temporariamente bloqueadas, o que eu vi causar certa dificuldade para o ranzinza e uma cara frustrada. 

Amélia Black: Oclumência, aprendi com você - Respondi antes mesmo que mais alguma coisa saísse de sua boca. De fato tudo o que eu sabia sobre o assunto, tinha vindo dele, quando éramos mais jovens.

Sem intervalo algum, assim que terminei minha frase, dei um forte empurrão com o cotovelo em seu braço destro, fazendo com que perdesse a firmeza sobre a parede. Consequentemente não estava mais me encurralando, mas eu ainda estava presa entre ele e a parede. Sua altura notavelmente distinta da minha, ajudava no processo. Sendo assim, continuei. 

Amélia Black: Vem cá, vamos continuar avançando um em cima do outro todas as vezes que nos encontramos? Isso não me parece muito saudável. Sem contar que uma hora ou outra não responderei mais por mim se continuar com esses movimentos duvidosos. Digo, isto é um flerte ou uma possível ameaça? - Referia-me ao fato de estarmos tão próximos e de sua encurralada repentina. Eu não me cansava de provocá-lo. - E francamente, Snape, me pergunto o que tem na cabeça para achar que perderia o meu precioso tempo lhe perseguindo. Para que seja de sua ciência, eu trabalho agora em Hogwarts como auxiliar em Poções. Agora, o que você está fazendo aqui é que é a incógnita.

Severus Snape: Não, você não é auxiliar de Poções. - Respondeu-me com desdém, apenas olhando-me friamente mesmo estando tão próximo. Ignorou o que eu tinha dito anteriormente e focou na segunda parte.

Amélia Black: Então agora o grandalhão quer saber mais do que eu em relação ao meu emprego? - Cruzei os braços enquanto deixava meu sarcasmo o enlouquecer.

Severus Snape: Ao que parece você quem está tentando saber mais do que eu em relação ao meu próprio emprego, Black. Eu sou o professor titular desta matéria e saberia muito bem se caso.... - Por um momento engoliu as palavras. Eu, que também não sabia o que fazer com aquela informação, fiquei em choque.

Minhas lembranças voaram até todas as conversas que eu tive com Dumbledore, dele nunca me contar ou falar nada sobre o professor titular. Sempre mudava o assunto ou fazia com que algo interrompesse a minha linha de raciocínio. Snape pareceu também se lembrar de algo, parecia mil vezes mais irritado.

Amélia Black: Você só pode estar de brincadeira. - Murmurei. Ao calor do momento, descruzei os braços e os levei até a cabeça, massageando minha testa em busca de um alívio para o meu estresse. 

Um Severus nem um pouco satisfeito tentou me encurralar mais uma vez na parede. Eu não deixei, então ele estava apenas próximo demais de meu rosto. Sinceramente, se ele me engolisse viva naquele momento, eu não ficaria surpresa.

Severus Snape: Escute aqui, garota. Não faço a mínima ideia da catástrofe que pensa que irá fazer comigo, mas saiba que eu vou descobrir. Seja lá qual for o seu planinho fraco e desestruturado, pagará caro por ele. - Ele ao menos sabia do que estava falando? Céus, que homem paranoico. Fiz uma careta engraçada e logo o respondi.

Amélia Black: Severus, está passando bem da cabeça? Pelo visto anos como agente duplo caíram mal em você. Sua tentativa de ameaça não irá colar e eu já me cansei de falar o que caralhos vim fazer aqui. Vim concertar o meu passado, nada a mais. Agora se me der licença, ficarei lisonjeada. Já não basta ter que olhar para a sua cara todos os dias de agora em diante, não? - Flexionei meus dois palmares em seu peito e o empurrei. Ele facilitou, pois não aparentava ter muita vontade em continuar olhando para mim. 

Na verdade eu apenas aparentei estar tranquila com o que havia acabado de acontecer, a real situação em que eu me encontrava, era de negação. Como assim Severus era o professor titular? Teríamos que trabalhar nisso juntos? Não, não podia ser. Fui à Hogwarts em busca de paz e encontrei o exato oposto, não era possível. 

Cheguei à porta do grande salão com uma péssima expressão em meu rosto e vi a mesa do corpo docente. Um vulto apressado e sem paciência passou por mim, era claramente comparado a um espírito dandari. Revirei os olhos e bufei, claro que era Snape. Olhei ao longe Abigail que provavelmente já presumia o que estava acontecendo, havia reconhecido o homem de vestes negras perante o dia horroroso na Mansão Black.

Parou sua conversa com Minerva e viu meu tédio e irritação. Correu a vista para o lado e só viu mais um lugar vago à mesa dos professores, um entre ela e Severus, que já tinha chegado de mau humor e irritadiço. 

Sinceramente, cogitei ir embora e não comer nada. Contrariada, segui até a mesa evitando qualquer tipo de contato físico ou visual com o pocionista. Sentei-me ao seu lado e ali ficamos. Cumprimentei Minerva e Abby, logo me calando. Minha manhã já havia sido completamente estragada.

Fiquei tão presa aos meus pensamentos que não reparei em olhares curiosos que me cercavam, mais precisamente olhares curiosos grifanos. Muitos da mesa da grifinória me olhavam e conversavam entre si, mas o acontecimento de mais cedo com Snape me atrapalhou a notar.

Fiquei o café da manhã inteiro pensando na briga. A última coisa que eu queria era esse péssimo ambiente entre nós. Fala sério, seríamos colegas de trabalho. Eu sabia que Snape jamais cederia, então estava disposta a conversar com ele antes que o primeiro tempo de aula fosse iniciado. 

Ao que Severus se levantou, rabugento, o acompanhei com o olhar e fiquei tomando coragem para segui-lo. Pensativa, até demais, resolvi me levantar e seguir seus passos, deixando o grande salão para trás. Muitos perceberam o que havia acabado de acontecer, mas na verdade só ficaram curiosos. 

Por ter demorado um certo tempo para o seguir, tive que chutar para onde ele estaria indo. Arrisquei-me a dizer que era até a sala de aula, afinal, teríamos o primeiro tempo com lufanos e corvinos. Corri até lá e para minha sorte, e o azar de Snape, nos encontramos. Não me dei nem ao trabalho de bater na porta, saí entrando e o vi organizando alguns livros em uma prateleira próxima à sua mesa.

Olhou confuso ao escutar o som da porta se abrindo sem ao menos escutar uma batida, era temido o suficiente em Hogwarts para que ninguém fizesse algo do tipo. Ao ver que se tratava de mim, bufou e voltou sua atenção até os livros. 

Amélia Black: Pode pelo menos olhar para mim e escutar o que eu tenho a falar? - Perguntei frustrada ao receber nada mais nada a menos do que um desinteresse. Severus estava mais calmo, entretanto não com paciência. 

Severus Snape: Black eu não escuto com os olhos. E se adiante, fazendo o favor, diga de uma vez antes que eu me arrependa. - Disse parecendo estar completamente entretido com os livros e em sua organização. 

Amélia Black: Eu não gostaria que mantivéssemos esse clima mórbido entre nós. Sinceramente Severus, éramos amigos. Não peço para que você magicamente desmonte toda essa barreira que criou em relação a mim, mas você não pode pelo menos tentar? 

Eu percebi que ele pretendia não me responder. Forcei uma continuidade em meus ditos esperando que fosse o suficiente para obter uma resposta.

Amélia Black: Eu quero me dar bem com você, quero que pelo menos sejamos capazes de nos aturar. Você pode não gostar de mim, mas eu ainda gosto de você.

Finalmente largou os livros e se virou para mim. Estava claramente engolindo o próprio orgulho ao fazer isto.

Severus Snape: Tenho certeza, Black, que nos daremos muito bem se você não ficar me atormentando com sua ladainha. Fiquemos ambos quietos e talvez consigamos coexistir, vá por mim. Agora, se não se incomoda. - Apontou para a porta da sala, onde vários alunos começaram a entrar. Já estava no horário da primeira aula.

Distribuí minha atenção aos corvinos e lufanos que entravam com um sorriso no rosto, o que Severus detestou. Largamos a antiga conversa para lá e demos início à aula como de costume para os alunos, depois de eu me apresentar, é claro. 

Se me perguntarem se o tempo passou rápido, irei responder um claro e rápido NÃO! Por Merlin, Severus era extremamente grosseiro com as crianças, isso me irritava. Brigamos ao decorrer da aula, eu por ele ser muito arrogante e ele por eu me intrometer na maneira que ele dava aula. Foi difícil. Na verdade, apenas para nós. Os alunos pareciam entretidos com tudo aquilo, como se fossemos um casal rabugento. 

A primeira aula acabou, Snape estava sentado em sua mesa e eu estava encostada em uma das carteiras estudantis, olhando para o professor de péssimo humor. Ele corrigia alguns exercícios enquanto eu o encarava. Acho que encarar é a palavra errada para isso, estava o.. admirando talvez? Só sei que eu o olhava intrigada.

Severus Snape: Vai querer um autógrafo, senhorita Black? Ao que me parece sou bem interessante para você. - Perguntou sem ao menos desviar os olhos da papelada.

Amélia Black: Mas você é mesmo. - Retruquei apenas como provocação, sabia que ele não levaria a sério. Deveria? Sim, deveria. Porém não levou, como me foi esperado. 

Ignorou-me apenas pegando um punhado de papéis e os trazendo em minha direção. Por incrível que pareça não veio para cima de mim como quem tinha vontade de me atacar, e manteve uma distância normal de meu corpo. Poxa, já sentia saudades das encurraladas na parede.

Severus Snape: Seja útil e dê notas aos trabalhos feitos hoje. - Entregou-me a tal pilha e completou. - Ah, e não me venha com pontos solidários à senhorita Lovegood, se der irei descobrir e retirar o dobro. Não me venha com um papel de boa moça, não é porque simpatizou com a corvina que irei deixar isso acontecer. 

Ele tinha razão, eu realmente simpatizei muito com a pequena Luna. Antes que eu pudesse mandar Snape ir à merda, escuto vários passos atrás de mim, presumi que seriam os alunos do próximo tempo. O que eu não sabia era que seria com o quarto ano.... o quarto ano entre grifinória e sonserina. Eu não havia reparado ainda, mas Severus sim. Ele ficou atrás de mim já prevendo o que aconteceria. 

Vi muitos entrarem, inclusive Draco, filho de Cissy. Não nos conhecíamos ainda, mas eu logo o reconheci pelas fotos que sempre recebi de Narcissa. Quando resolvi que iria me virar para Severus de novo, posei meus olhos em um menino muito familiar. Era Harry.

Harry era um dos últimos a entrar, que era acompanhado por um ruivo e uma morena de cabelo cheio. Imediatamente comecei a encará-lo, que retribuiu com curiosidade em seu olhar. Parecia que eu tinha visto um fantasma, e para mim, eu realmente tinha visto um. Desde que cheguei, ouvi todos comentarem o quão era parecido com o pai, mas eu só consegui enxergar Lily naquele pequeno menino.

Seus olhos eram idênticos o de sua mãe, e isso para mim era o que importava. Há um ditado trouxa que diz que os olhos são a janela da alma, e naquele momento eu entendi o motivo. Não consegui esconder minha emoção, na verdade mal sei explicar o que senti naquele momento.

Deixei com que minha emoção fosse explicada por uma lágrima salgada que escorreu por minha bochecha. O garoto me pareceu mais confuso ainda, mas também me pareceu emocionado. Severus já estava bufando entediado pela cena sentimental demais, sentimentalismo exacerbado era uma das coisas que ele mais odiava.

Sendo assim, como o ranzinza que ele é, tomou minha frente e começou a falar com o meu afilhado. 

Severus Snape: Senhor Potter, há algo que lhe impeça de se sentar? Pregos soltos, talvez? - Questionou irônico e antes que Harry pudesse responder, continuou. - Eu imagino que não. Acho melhor se sentar antes que eu perca a minha paciência e seja obrigado a tirar ponto de sua casa.

Hermione chegou por trás do menino e o puxou para longe de Severus, guiando-o até uma cadeira ao lado de Ronald. Eu acompanhei todo o seu trajeto com um olhar comprido, até que caí na real. 

Olhei feio para Snape com os olhos ainda marejados e rapidamente os limpei, tomando um pouco de ar e me pondo de frente para a turma. Nem ao menos esperei por Severus.

Amélia Black: Bom dia, crianças. Sou a mais nova auxiliar do professor Snape e estou aqui unicamente para lhes ajudar. Chamo-me Amélia Black. Se precisarem de qualquer coisa, podem me chamar ou me procurar sem receio algum. - Passei o aviso inteiro intercalando olhares com o de Harry, eu estava fascinada. 

Snape nem ao menos demonstrou interesse em meus ditos, foi logo anotar a tarefa do dia enquanto eu passava de mesa em mesa, tirando dúvidas. Tentei evitar Potter ao máximo, mas continuei com meu profissionalismo, tratando-o apenas como mais um estudante. Ele me parecia ser muito inteligente, assim como a mãe.

Reparei que Severus ficava mais insuportável ainda quando as aulas eram com a grifinória. Pelas barbas de Merlin, que homem chatinho. Pude finalmente me livrar de seu mau humor na hora do almoço, quando fomos liberados. Corri até Abigail para lhes contar sobre o encontro com Harry, eu estava realmente com muita pressa.


Notas Finais


Espero que seja do agrado de todos este capítulo! Não foi um dos meus preferidos, confesso, mas era um tanto quanto necessário. Quanto mais avançamos, mais animada eu fico para começar a trilhar nosso romance. E então, gostaram? Não se esqueçam de me contar o que acharam da novidade do site, lá em cima. Avaliem como puderem, por favor, seja favoritando ou até mesmo comentando! <3
Nos vemos no próximo capítulo, um beijo no coração de cada um de vocês!!!


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