História Walking Dead-SwanQueen - Capítulo 7.

Pov Regina.

Desespero me define. Nunca passou pela minha cabeça que ficaria em coma e iria acordar em um mundo fodidamente fodido e sozinha.

Eu sempre me imaginei em um mundo apocalíptico, tentando sobreviver, mas nunca pensei que se tornaria real. Se eu soubesse nunca deveria ter imaginado uma coisa dessas. Mas quem nunca não é mesmo? Se imaginou em um filme lutando pela sua sobrevivência. 

Sempre vivi no mundo da lua pensando sobre essas coisas. Se eu soubesse que um dia tudo isso se tornaria real me daria um soco no meio da minha cara, me repreendendo por esse tipo de pensamentos.

Sempre imaginei que estaria junto da minha família, em um lugar seguro, com muros enormes cercando nosso acampamento. Com plantações, animas e comida de sobra. Mas sempre tinha aquele drama familiar e pessoas querendo roubar o que e nosso. Na minha cabeça sempre vencíamos. Mataria uns zumbis que tentava invadir, e no fim de tudo me imaginava fazendo amor com minha mulher.

Nossa por isso que sou tão lerda com as coisas, por viver sempre no mundo da lua.

Mas sempre a realidade lhe dá um tapa na cara. Aqui estou eu, presa encima de um tanque de guerra cercada por zumbis querendo me devorar. Pessoas loucas gritando em um prédio, e outra louca dirigindo um carro em alta velocidade atropelando todos os mortos, vindo em minha direção.

É engraçado falar mortos nem em meus milhares de pensamentos loucos me imaginaria nessa condição de quase morte, quase sendo morta por mortos e virando um morto vivo. Não é louco? Pois nos meus pensamentos eu sempre me dava bem e vivia feliz pra sempre. Mas agora que é real me bate um desespero.

Como se dizem é um sonho sendo realizado, pois sempre na minha cabeça queria que algo do tipo acontecesse. Se é que me entende. Quer dizer todo mundo tem um sonho louco que queria que fosse realizado, mas minhas imaginações não eram um sonho que era pra ser realizado, se ficasse na minha imaginação já bastava pra mim. Mas agora? Agora eu estou completamente fodida.

Aquele velho ditado: Estou rindo pra não chorar. Mas na verdade eu estou chorando mais eu queria estar rindo.

Eu queria que isso tudo fosse fruto da minha imaginação. Que na verdade eu estou dormindo na minha viatura como sempre fazia em vez de estar em patrulha. Que em algumas horas eu vou estar indo pra casa sendo recebido por tudo amor e carinho da minha esposa e meu filho, vamos jantar depois ver um filme, ou eu iria ensinar lição pro Henry, jogar algum jogo juntos e depois todo mundo ir pra cama e começar tudo de novo no dia seguinte.

Eu queria isso... a como eu queria. Mas tudo nessa vida não é como desejamos que fosse. Ou talvez amanhã eu acorde em uma nave espacial lutando uma guerra contra alienígenas. Não sei... Sei lá. Eu ainda não sei se isso que estou vivendo é realmente real. Talvez eu precise morrer pra acordar tipo um sonho. Ou um vídeo game, mais ai eu ia morrer e voltar dês do início, não deixa pra lá, estou muito bem onde estou agora, que é prestes a morrer... Olha sinceramente viu... O que eu fiz pra merecer isso, serio, eu nem joguei pedra na cruz nem nada... Tipo o que custa tudo isso ser um sonho... Ou ainda estou em coma, e ele está me pegando um peça, pra que eu acorde logo...

JESUS CRISTO!!! Seu eu não morro pelo zumbis, será de infarto. É com toda certeza não é o coma me pregando um peça, pois se fosse já teria acordado pelo susto que acabei de levar. O barulho da buzina do carro entrou pelos meus ouvidos, me deixando quase surda, me dando um baita de um susto, quase me fazendo cair direto pros zumbis.

- Entra mulher – A morena de mechas vermelhas gritou abrindo a porta do passeios em seguida.

Não acredito que ela está arriscando sua vida para me salvar. Pelo que posso ver esse mundo não está totalmente perdido, ainda a pessoas boas nele.

- Anda moça não temos todo tempo do mundo – Disse impaciente.

Comecei a atirar nos mortos que atrapalhavam minha passagem, a moça também atirava pra me ajudar, no momento que coloquei os pés no chão, corri para carro entrando na porta que já estava aberta pra mim, fechei ela e a morena meteu o pé no acelerador nos tirando daqui.

-Meu pai amado – Gritou – Eu estou toda me tremendo – Olhou pra mim, eu estava chocada demais pra falar alguma coisas – Me chamo Ruby, qual é seu nome moça bonita?

Perguntou e eu permaneci calada por um tempo, acho que ela percebeu que eu estava em choque com tudo que aconteceu, pois voltou a olhar pra frente e focou o caminho que estávamos percorrendo.

Com todas minhas forças eu pensei que aquele era meu fim, estava começando a me culpar por ter me trazido pra morte, mas como eu ia saber, não é mesmo? Não tem como, é quase impossível saber que eu iria ficar cercada. 

Mas não deixo de me culpar pela morte do cavalo, se eu tivesse o deixado lá, com certeza ele estaria vivo e feliz comendo seu capim em paz. Mas parece que quando eu estou perto eu atraio o caos. Eu quase morri antes de encontrar minha família. Puta que pariu mano... Burra... Burra... Burra... Mil vezes burra e inconsequente.

Tenho que agradecer esse mulher... Ruby, por ter me salvado. Se ela quiser até me ajoelho e beijo seus pés, de tão grata que eu estou por ela ter salvado minha vida. Mas a única coisa que consigo fazer agora e chorar, chorar por ter matado o pobre cavalo que não tinha culpa de nada e ter morrido antes de nos aventurar direito por ai, chorar de felicidade por estar viva e ainda ter a chance de encontrar minha família e chorar por não ter certeza se eles realmente estão vivos. Que ódio viu, eu só queria gritar, talvez só talvez fazer um escando como uma criança, só queria saber se eles estão bem...

Agora que reparei que Ruby me chamou de moça bonita, coitada mal sabe ela que... Deixa pra lá isso é assunto pra outra hora, assusto que me fez sofrer por muito tempo e não quero sofrer por ele agora. Vamos focar no agora, vou sofrer no agora depois eu penso se sofro um pouco pelo passado. Haa... Eu sou tão idiota... Sinceramente... Olha...

Percorremos um longo caminho, totalmente em silencio, ela parece esperar eu me recuperar do meu pequeno surto de choro. Só percebi que estávamos saindo da cidade quando eu vi a placa, ai sim eu tive forças para dizer algo:

- Pra onde você está me levando – Perguntei, meio com medo da sua resposta. Vai que ela é uma psicopata louca, e só me salvou pra me matar em alguma seita maluca...

- Vamos encontrar meus amigos, eles devem estar escondidos em algum lugar na beira da estrada – Falou e olhou pra janela do motorista – Depois vamos para o nosso acampamento – Me olhou – Você tem algum lugar seguro, tipo um... acampamento – Deu um risinho, e neguei com a cabeça – Ótimo – Disse animada, animada até demais... meu pai amado socorro, será que vou ser servida para o diab... – Você vai com agente então. Qual é seu nome desconhecida?

Eu vou é? Ela não me perguntou se eu quero ir, apenas disse que eu ia e pronto... Mas o que é isso? Minha querida não sou um cachorro que você encontra perdido na rua e já pega pra levar pra casa... Socorro... 

- Me-meu nome e Regina Mills Swan – Ela me olhou com os olhos arregalados e com um sorrisinho no canto da boca.

Qual é meu problema? Acabei de falar meu nome todo pra ela, tipo entreguei de bandeja. Se ela for fazer alguma seita maldita e querer me entregar, a única coisa que ela vai precisar e de mim e do meu nome... Serio maldita formalidade... E agora que ela me dá uma cotovelada na cara, eu apago, acordo depois amarrada sentada em uma cadeira no meio de uma roda de pessoas pra entregarem minha alma ao o... Deus me livre... 

Tipo isso é bem provável, no mundo que estamos, vai que eles dão minha alma em troca do fim do apocalipse.

-Tem umas pessoas que vão adorar te ver... – Falou e voltou a olhar pra frente. Pronto e agora que eu tomo literalmente no c...

Continua...