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História Walking Rainbow - Enemy


Escrita por: Cami_Rachadel

Notas do Autor


Oi oi abores!! Sinto muito não ter postado sábado, fiquei sem meu computador...
Sim sim, sei que já pedi desculpas várias e várias vezes, é aquele velho ditado: Vamo fazer o quê né?

Capítulo 7 - Enemy


Fanfic / Fanfiction Walking Rainbow - Enemy

Ficamos observando a loira sair da Arena. Antes que eu me tocasse Aline estava com sua espada apontada para meu pescoço.

- Pronta?

- Claro.

Começamos a lutar, ela era extremamente forte e tinha muita habilidade, era ágil e ficava estranhamente sexy lutando. Eu não era tão ágil e forte como ela, e nem chegava perto de ser sexy, mas consegui bloquear seus ataques com o escudo e com a outra mão atirava contra ela, que se defendia facilmente. Ela ria enquanto lutávamos, eu não conseguia entrar na mente dela, era como se houvesse uma parede de gelo bloqueando.

A garota avançou em direção das minhas pernas, quando fui bloquear ela mudou a direção de seu ataque, fazendo um corte em meu rosto, eu retribuí o ataque, mirei em seu rosto, mas não carreguei a besta, fiz que ia atirar, ela se defendeu do meu suposto ataque, aproveitando atirei em sua perna esquerda, apenas arranhou, fazendo com que ela abaixasse a guarda. Depois de um giro atirei de novo em sua perna e a flecha acertou sou coxa o que a fez urrar de dor. Ela começou a me bater loucamente com a espada ainda urrando, mas dessa vez de raiva. Eu apenas me defendia com o grande e pesado escudo. Ela percebeu que meu braço direito, o qual eu segurava a besta de mão não estava totalmente protegido, uma parte ainda estava vulnerável, aproveitou isso e me cortou. A adrenalina fazia com que eu não sentisse tanta dor, mas eu podia sentir o sangue quente escorrendo na minha pele suada.

Ela ria, eu não sabia se era de raiva, de dor ou de minha fraqueza. Ela era muito mais alta que eu, era difícil competir, mas a flecha cravada em sua perna me dava orgulho. Ela ainda me atacava, fazendo cortes em lugares que eu não podia proteger totalmente com o escudo, minhas pernas, um na minha cintura, outro corte em uma mecha de cabelo vermelho. Ela queria me matar. Não sabia que defender um colega chegaria no ponto de ter um inimiga. Fechei os olhos e atirei, sem saber o alvo. Escutei um grito, um grito de dor, quase chorando e quando abri meus olhos vi que tinha acertado o olho direito de Aline. Ela estava no chão, gritando de dor, não sabia se eu a deixava lá ou se a ajudava. Era contra ao meu caráter e personalidade abandona-la, não ter compaixão. Gritei por ajuda e me ajoelhei em frente a Aline, uma garota esbelta de cabelos negros, como Aline, mas aparentemente mais velha, apareceu.

- Por Zeus! O que vocês estavam fazendo? Isso serve para treinamento, não para se matar!

Aline ainda gritava, a flecha ainda estava enfiada em seu olho.

- Essa puta me deixou cega! Estou cega! Irmã, ela me cegou! Tome uma providencia

- Cale a boca Aline! Pelo jeito que ela está tenho certeza de que você não é santa.

- Mas...

- Chega Aline! Vou levar você pra enfermaria.

Aline abaixou a cabeça e fez uma cara feia. Seu olho sangrava muito, muito. Eu me sentia muito culpada, não queria feri-la tanto. Será que se eu dissesse alguma coisa a situação melhoraria? Será que eu deveria ficar calada? Quando abri a boca para pedir desculpas as duas irmãs me olharam. A mais velha fez um sinal com a mão para que ficasse quieta. Ela ajudou Aline a se levantar e elas foram embora da Arena. Era bonito de ver as duas irmãs, eram unidas, se ajudavam, se amavam. Eu talvez nunca teria isso. Milena sempre me culpou por algo que aconteceu antes mesmo de eu nascer, eu não tinha isso com ela, esse amor fraternal. Era possível que minha mãe, Arco-íris-morta-viva, tivesse abandonado outro filho como eu. Era possível que eu tivesse uma irmã, mas esse fato ainda era desconhecido.

Eu tinha esqueci que tinha prometido que visitaria Joha. Quando apoiei os braços no chão para me levantar Damien apareceu.

- Irina! – Exclamou assim que me viu, com um grande sorriso. Eu levantei o rosto para ele fechando um olho, ele mudou logo para uma expressão preocupada analisando meus ferimentos. – Você está bem? O que aconteceu?

- Nada demais, não se preocupe comigo....

- Você disse que ia apenas treinar, tá toda cortada!

- Estou bem.

- Foi a Aline né? Ela é assim principalmente por ser filha de...

- Estou bem Damien!

- Ok...

Eu me levantei e ajeitei a roupa e caminhei em sua direção. Ele me olhava com uma cara um pouco triste.

- Obrigada por se preocupar – Eu disse colocando a mão em seu ombro.

- Tudo bem. – Ele desviou o olhar de mim para algum canto da Arena por meu ombros. – Tenho que treinar, o.k.? – Disse ele com um sorriso gentil sem olhar pra mim.

- Ah sim, o.k.

Eu tirei a mão de seu ombro e ele saiu andando em direção ao canto, aonde estava um garoto escondido nas sombras, assim que Damien se aproximou o garoto se levantou e revelou seu rosto na luz. Era Arthur, o garoto de cabelos brancos como a neve da noite na floresta.

- Irina... você melhorou sua habilidade... – Disse ele rindo baixo.

- Você viu a luta – Perguntei curiosa.

- Vi... – Riu mas uma vez – Sinceramente, aquela garota continuará linda mesmo sem o olho.

- Como assim? – Interrompeu Damien repentinamente.

- Nada... – Menti.

- Nada é? – Disse Arthur rindo.

Eu senti minhas bochechas corarem pela vergonha, não queria que ninguém tivesse visto aquilo, porém, Charles estava lá. Ele viu. Bom, pelo menos não tinha intimidade com ele nem nada, só não queria que ele contasse a Damien por algum motivo.

- Nada.

- Ok – Disseram os dois em coro.

Me despedi dos dois e fui embora, na direção do chalé de Poseidon. Os chalés eram um tanto distantes da Arena, mas valia a pena ir andando até lá. Já era tarde, por volta das 22hrs, eu estava exausta, machucada e com fome, havia perdido a hora da oferenda (tomara que os Deuses não me castiguem por isso), mas não estava afim de cuidados de ninguém. Ventava bastante, fazendo com que meu cabelo balançasse loucamente, prendi em um coque deixando algumas mexas caírem ao meu rosto. Chegando perto dos chalés, logo identifiquei o chalé 2. Era uma grande construção, meu chalé nem se comparava, mas não era tão movimentado como outros chalés próximos. Joha estava sentado na frente da porta.

- Achei que não vinha mais... me fez esperar – Disse ele forçando uma careta.

- Desculpe por te fazer esperar.

- Tudo bem. Machucada de novo?

- Sim.

- Ainda está ruiva – disse ele rindo – arranjou um inimigo?

- Inimiga.

- Relaxa amiga, "azinimiga" não aguentam sua beleza.

Rimos juntos. Joha, mesmo sendo ignorante ás vezes, tinha uma ligação comigo que ninguém mais tinha. Ele era meu melhor amigo. Ele se levantou e veio na minha direção, me abraçou e depois colocou as mãos sobre meus ombros suavemente.

- E ai? A fulana saiu tão machucada quanto você?

- Saiu cega.

- Sério?

- Sim.

Ele soltou uma risada leve, com orgulho.

- Quando te encontrei você era uma garota fraquinha e perdida, e agora é uma garota forte que sai cegando as pessoas.

- Pois é.

Ele me encarou com um sorriso ainda no rosto. A luz da lâmpada da porta marcavam os detalhes do seu rosto, seus olhos azulados, seu nariz perfeito, seus lábios rosados, sua pele macia, Joha era muito bonito.

- Você é linda sabia?

Corei com seu elogio, não estava acostumada com elogios.

- Talvez.

- Um dos filhos de Ares está de olho em você. – Disse ele rindo, tirando as mãos dos meus ombros e colocando no bolço do capuz.

- Quem?

- Sei lá, um dos seus amiguinhos.

Não me lembrava de ninguém além de Chris.

- Chris?

- Não sei, foi só o que ouvi... Mas olha, não quero você dando mole pra esses caras, eles são todos idiotas.

- Ok.

Ele sorriu satisfeito. Seu sorriso era lindo, seus dentes eram perfeitos, parecia que não havia defeitos na beleza dele.

- Bom, meus irmãos estão me esperando. Eu te convidaria pra entrar, mas em outro momento.

- Tudo bem.

- Então... Boa noite.

- Boa noite Joha.

Ele me abraçou de novo e me beijou na bochecha. Depois entrou no seu chalé. Ouvi umas risadas lá de dentro e ele gritando para calar a boca. Era engraçado ver irmãos... Aline e sua irmã, Joha e seus irmãos, e todos os outros campistas e seus irmãos. Eu queria tanto ter isso, essa coisa de irmãos. Fui andando na direção do meu chalé, ignorando todos os olhares. Quando cheguei, abri a porta e ela regeu, estava claro lá dentro, mesmo estando de noite. Andei entre os beliches vazios na direção do banheiro. Tirei meus tênis sujos, a calça, e a blusa do acampamento e joguei no meu beliche. O chão do banheiro estava úmido e frio, o grande espelho refletia uma garota suada e toda suja de sangue. Eu nem era tão bonita assim. Era branca demais, magra demais, pequena demais. Meu cabelo já não era mais ruivo assim como meus olhos não eram mais vermelhos, mas multicoloridos.

Entrei em um dos boxes de chuveiro, liguei e senti a água gelada cair sobre minha pele. O sangue escorria e eu sentia as feridas arderem. Fiquei um bom tempo em baixo do chuveiro, cansada demais para me arrastar para fora. Um tempo depois escutei baterem na porta. Pensei em ignorar, mas o barulho persistiu. Desliguei o chuveiro, me enrolei em uma toalha e fui abrir a porta. Quando abri Damien estava lá, suado, e um pouco machucado. Seu rosto estava diferente, não era mais aquele sorriso aberto, mas uma expressão assustada e preocupada.

- Irina.

- Olá Damien.


Notas Finais


Bom, esse capítulo realmente é continuação do anterior... Eu separei os capítulos a um tempo atrás por motivos diversos. Espero de todo coração que gostem e agradeço muito a aqueles que estiveram acompanhando desde o início, lendo, comentando... Vcs não sabem o quanto fico feliz em saber que não estou jogando capítulos para fantasmas como era antigamente. Muito obrigada mesmo <3 <3 Amo vcs!!


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