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História Walking With The Dead - Prólogo


Escrita por: whoarewe

Notas do Autor


Comecei a escrever essa história porque minha prima queria, espero que gostem ♥

Capítulo 1 - Prólogo


Miami, Florida

15h 00min , 2014

Um único pensamento passava pela cabeça de Camila Cabello enquanto ela se encolhia cada vez mais na escuridão do seu closet e aperta cada vez mais a menininha em seus braços de apenas 7 anos, o medo de morrer com sua irmã sufocava seu peito, mal conseguia segurar a vontade de chorar, mas sabia que não o podia fazer. O mínimo de barulho que fizesse os atrairia até elas. Até agora, estava meio confusa com o que estava acontecendo, havia dois dias que algo aconteceu com os moradores da cidade de Miami, virá com seus próprios olhos quando seus pais foram atacados, pelo seu vizinho, o senhor Watson, este que estava estranho, gruía e tentava morder seu pai que o segurou o máximo que pode, tentando fazer o mesmo recobrar a consciência, com uma pequena distração, quando Alejandro tentou falar com sua mulher e filhas para fugir, ele o atacou, mordeu seu pescoço e arrancou um pedaço, e fazia isso de forma brutal, Sinuhe gritou o máximo que pode e partiu para cima do velho, que a atacou em seguida, Camila sem saber o que fazer pegou Sofia no colo e correu para seu quarto ao qual trancou a porta e em seguida se trancou com Sofi em seu closet. Fazia dois dias que estavam presas em sua própria casa, sem comida ou água, não tinha ideia do que estava acontecendo nas ruas ou em sua própria casa. Ela sentia medo e isso a impedia de fazer qualquer coisa, Sofia por outro lado estava calada, agarrava sua irmã com força e ainda estava em choque com o que ocorrera. O silêncio foi interrompido de repente, Camila não sabia o que exatamente era, parecia que estavam batendo na porta de seu quarto e para do nada, fica mais um silencio e uma nova interrupção faz um calafrio percorrer a espinha de Camila e Sofi a aperta mais, sente a respiração pesada da irmã junto ao seu corpo e sente vontade de chorar mais segura, não podiam fazer barulho, não podiam chamar a atenção do que quer que sejam aquilo. O silêncio se faz presente novamente e ela pode respirar aliviada por breves segundos até Sofi sussurrar.

- Mila, eu to com fome e eu quero ir ao banheiro.

Camila aperta os olhos e respira fundo, estavam a 2 dias sem comer e sem beber nada, não iriam aguentar mais e ela sabia que teria que tomar alguma atitude, então segura as mãos pequenas da sua irmã.

- Eu sei meu amor, aguenta só mais um pouquinho, eu vou dar um jeito eu prometo.

Camila não sabia o que fazer, estava com medo, o pai dela saberia o que fazer, Alejandro sempre sabia o que fazer, sabia o que precisava ser falado na hora certa e faria o que teria que ser feito e ela não era igual a Alejandro, não tinha a coragem do seu pai, ele sempre fora seu herói e agora estava morto, assim como sua mãe. Considerando o fato de ser a filha mais velha ela quem deveria proteger Sofi, mas nunca conseguiu entender o porquê de ser tão medrosa. Perdida em pensamentos nem percebeu que Sofi resmungava algo, ela estava abraçada aos joelhos e balançando pra frente e pra trás.

- Nunca vai ficar bem , nunca-nunca-nunca.

Camila tirou as mãos da pequena de seu corpo e levantou o rosto fazendo-a olhá-la.

- Vai ficar tudo bem pequena, você confia em mim?

Sofi apenas acenou que sim com a cabeça, então sabia que era a hora de criar coragem e agir como seu pai faria. Levantou e respirou fundo, olhou novamente para a irmã e resolveu prosseguir.

- Fique aqui, não faça barulho e não abra, somente se eu disser que está tudo bem ok? – Sofia volta a assentir e se encolher no canto do armário. Camila abre a porta com extremo cuidado e a fecha novamente, procura em seu quarto algo que possa utilizar para bater e a única coisa que encontra é um taco de baseball que seu pai lhe deu no intuito dela praticar, o que não deu muito certo e nunca achou utilidade pra ele até aquele momento. Com o taco em mão ela grudou o ouvido na porta para ver se havia ruídos estranhos, após 5 minutos resolveu que era hora de sair, era hora de mostrar pra si mesma e pra sua irmã que era capaz de cuidar dela e que podia ser igual ao seu pai, podia ser o herói da sua irmã. Saiu do quarto e fechou a porta sem fazer barulho, levantou o taco e o segurou fortemente, foi andando pelos corredores e entrando nos quartos para ver se tinha algo, felizmente não havia ninguém ou nenhuma criatura, ainda sentia medo mas continuou seguindo em frente, foi descendo a escada bem lentamente e atenta a tudo, ainda no alto da escada pode ver sua mãe, andando de forma lenta e gruindo, se assustou quando seu pai apareceu andando da mesma forma que a mãe e gruindo, lagrimas caiam dos seus olhos, queria entender o que estava acontecendo, só ligou os fatos quando seu vizinho também estava andando pela sala, então entendeu que eles haviam se tornado monstros e se sentou na escada e começou a chorar, deixou o bastão cair ao seu lado o que fez um barulho estrondoso e chama a atenção das criaturas que tropeçam até chegar a escada, Camila leva um susto e pega novamente o bastão, está tremendo e com medo quando o primeiro andante vem até você, é seu vizinho, senhor Watson, começa a correr e tropeçar em seus próprios pés e gruir, está com as mãos esticadas em sua direção, Camila não tem pra onde correr e segura o taco com mais força e quando vê que não tem mais saída e ele está muito perto ela acerta com toda a força que consegue sua cabeça, o andante cai para trás e Camila o observa, ele não se levanta mas para garantir ela bate novamente na cabeça, o próximo a correr em sua direção é sua mãe, sua respiração esta descompassada e ela está assustada, sua mãe está com a boca cheia de sangue e se aproxima dela e ela bate no corpo da mulher, que dá apenas uma volta e vem com tudo pra cima, então Camila bate com força em sua cabeça uma, duas vezes e a mulher cai pra trás e não se levanta mais, então Camila o vê , seu pai, aquele homem que sempre fora seu herói indo em sua direção para ataca-la e ela trava, ela vê o mesmo se aproximando e não consegue se mover até que no último segundo se lembra de Sofi e reúne toda sua coragem e força e bate uma, duas mas seu pai não cai, ela bate a terceira vez e quando vai bater a quarta, ele a agarra e os dois caem no chão, Camila reúne toda sua força para que ele não encoste a boca nela, ela vai tentando o empurrar pro lado, tenta pegar de novo porém não consegue, no chão ao seu lado tem uma faca, a mesma faca que sua mãe deixara cair antes de ser atacada então ela estica ao máximo a mão enquanto com a outra segura a cabeça do seu pai para que ele não a morda também, assim que pega a faca ela olha pra ele e sussurra:

- Me desculpa papai, eu te amo. – E então enfia a faca no crânio do homem que desfalece em cima da mesma, respirando fortemente, Camila joga o corpo dele pro lado e se senta no chão, o choro volta com força total e ela se deixa levar, chorou durante 10 min e então se levantou, limpou o rosto e resolveu tirar os corpos do chão e enfiá-los no armário debaixo da escada para que sua irmã não visse nada disso quando descesse e com muita dificuldade o fez. Camila tranca todas as portas e fecha todas as janelas em silencio para que não chame mais atenção de nenhum e então sobe as escadas correndo e abre a porta do quarto e em seguida bate na porta do armário e chama Sofi.

 

 

- Está tudo bem, estou bem, pode sair pequena. – A voz de Camila estava um pouco falha, acabara de matar de novo seus pais, não sabia bem como definir o que acabara de fazer, por um momento achou que não iria conseguir, mas ai se lembrou dela, se lembrou da sua pequena e que teria que ser forte e enfrentaria qualquer coisa por ela, Sofia abriu o armário e saiu, assim que viu Camila a abraçou com força, e Camila por sua vez retribuiu na mesma intensidade o abraço, a partir de agora eram só elas e faria qualquer coisa pra protege-la. Assim que se soltaram Camila pediu pra Sofi pegasse uma bolsa e a ajudasse a recolher o máximo de coisas pela casa que pudessem carregar, desde roupas, comida e remédios. Saíram de casa com o máximo de coisas que pudessem carregar e colocaram  dentro do carro dos pais de Camila, ela sabia dirigir um pouco pois seu pai a ensinara e então assim que ligou o carro e abriu a garagem, Camila dirigiu sem rumo, sempre desviando das criaturas e sem olhar pra trás, agora era só ela e Sofi em um mundo onde não havia lugar para medos e fracassos.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“A coragem significa um forte desejo de viver, sob a forma de disposição para morrer.” - G. K. Chesterton


Notas Finais




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