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História Wanderlust - São azeitonas


Escrita por: secretblue

Notas do Autor


Tenham paciência comigo, não escrevo há um longo tempo e essa história ta martelando na minha mente faz um mês.
Espero que gostem, tá sendo meu xodôzinho <3
P.S. Sim, tá sem imagem do capítulo porque eu não achei nenhuma que eu gostasse. Provavelmente eu vou colocar em outros, sou uma bagunça ambulante.

Capítulo 1 - São azeitonas


- Guten morgen! – disse Valentina com um forte sotaque estrangeiro ao entrar na sala para a aula de história e oratória. A menina havia chegado à Alemanha fazia um pouco mais de dois meses.

Ela estudava Jornalismo na Universidade Federal do Rio de Janeiro quando conseguiu uma vaga para um intercambio, através de um programa do governo brasileiro. Ao conseguir aptidão para estudar na Technical University of Dortmund, a menina se viu presa num enorme dilema que era melhorar o seu alemão. Se virava como podia em inglês, segunda língua na Alemanha, mas seu alemão era escasso e isso causou bastante preocupação para a família quando a menina contou as novas. Sua mãe, Verônica, não ficou tão surpresa assim de ver sua filha alcançando voos tão altos. Afinal, ela sempre foi muito esforçada. A família de Valentina era de classe média baixa e quando souberam que sua filha havia entrado numa das melhores faculdades do país fizeram uma festa para comemoração. Agora, aos 22 anos, estava ela lá, com uma imensa chance de alavancar na vida na Alemanha e surpreendendo a todos novamente.

- Hola, Tina! – respondeu Jasmim, sua amiga desde que chegou ao país. Assim como ela, Jasmim havia chegado a Dortmund através de uma conexão que sua universidade fazia com a Alemanha e assim como Valentina, não pensou duas vezes antes de largar Pamplona e vir para o país – Você chegou tarde, o que houve?

- Eu estava tomando café quando meus pais me ligaram no Skype – ela respondeu num espanhol que havia aprendido com um amigo colombiano que cursava História na sua universidade no Brasil – Aí você sabe como é. Eles haviam acordado muito cedo para falar comigo. O assunto estava tão bom que acabei perdendo a hora.

- Pensei que você faltaria essa aula, Tina. Quando saí de casa e fui até o seu quarto, você estava dormindo com o notebook nas mãos.

- Estava escrevendo ou tentando escrever a coluna para enviar ao Hubben – a menina ajeitou os óculos no rosto enquanto bocejava, fazendo sua amiga rir. Afinal, Jasmim estava acordada há muito mais tempo que Valentina. É que tivera uma aula as sete, aula especial do seu curso, Relações Internacionais. Já Valentina só teria sua primeira aula as nove, aula essa que faziam juntas – Estou extremamente cansada e pressionada. Nunca acho que o artigo está certo.

- Vai ficar tudo bem – Jasmim tentou confortar a amiga, passando o braço por sobre seu ombro – Aliás, porque você está com tanta roupa de frio? – perguntou rindo.

- Minha irmã riu disso no skype. São 12 graus, Jas, nem vem.

- E você está com roupa pra 5 – ela disse já rindo. Era impossível não rir do quanto Valentina se envelopava antes de sair de casa.

- No Rio faz 40 fácil no verão. Não sou de sangue chique europeu – disse fazendo biquinho e riu da cara de espanto da amiga com a menção do calor do seu país. Uma porta se abriu e ambas se calaram na mesma hora. Havia entrado o professor e coordenador do instituto que estudavam.

 

 

- Cara, eu sei que você está nervoso, mas vai dar tudo certo – Pierre disse ao telefone tentando confortar o amigo.

 Marco estava se sentindo extremamente impaciente e sem confiança após todas as notas que andou lendo na internet sobre a sua lesão e até mesmo as críticas que estão fazendo a sua vida social. Fato que o estranhava, pois nunca se abateu com qualquer coisa que lera em seus 27 anos de vida.

- Eu sei cara. Eu sei. Mas é que... - ele disse enquanto tinha uma das mãos em seu telefone e outra com uma garrafa de cerveja – Meu assessor está me mandando várias mensagens sobre a minha vida também. Não posso sair pra beber mais?!

- Isso é só preocupação. Querem que você volte o melhor possível. Nós precisamos muito de você, cara. Afinal, você é Marco Re... - a voz de Aubameyang foi trocada por uma de André alegre, para não dizer, bêbado – Brooo, como você tá, pica pau?

- Andre, Tuchel vai comer o teu rabo. Tu tá bebendo no pré-jogo?

- É que a gente tava aqui no Hotel e eu vi uma loira igual a Montana, sabe. E eu fiquei louco, lembrei que... - a voz de Schürrle deu uma queda de euforia significativa fazendo Marco bufar preocupado. Já havia mais de quatro meses que o amigo bebia para esquecer sua ex-noiva – Mas esquece. Quando você volta? Semana que vem?

- Sim. Não pro Der Klassiker, mas talvez pro jogo contra o Légia Varsóvia. Cara, eu preciso desligar, vocês amanha têm um grande compromisso. Vê se toma um banho e disfarça, André – ele finalizou a chamada e ficou olhando o escuro. Terminou a sua cerveja e se encaminhou para a cozinha, a fim de preparar algo para comer, mas notou que faltava ingredientes e precisava manter a sua dieta. Colocou uma roupa, um boné para disfarçar e escolheu um carro nada chamativo, já que ia ao mercado.

 

 

Valentina encarava as latas a sua frente. Que raios era aquilo? Feijão ou ervilhas? Olhou o corredor do mercado a sua frente na esperança de aparecer alguma alma caridosa, que traduzisse para ela as latas que estavam todas em alemão. Não deveriam ser como as pastas de dente no Brasil? Que estão em três línguas diferentes? Pensou em ligar para Jas, mas sabia o quanto ouviria depois da mesma por ter atrapalhado a sua noite com o alemão da vez.

- Vá para a Alemanha só sabendo inglês sim, amiguinha. Você vai se dar super bem sim – resmungou. Olhou novamente para o final do corredor e avistou um homem vindo. Viu uma luz no fim do túnel e na euforia de perguntar o que significava nas latas, ela derrubou umas cinco, fazendo inclusive que uma batesse em seu pé. – Que merda! Como você é otária, Valentina! – bufou levando as mãos aos céus.

- Hallo? – o estranho apareceu na sua frente, com uma cara de interrogação.

-Oi? – respondeu em inglês na esperança de o mesmo a ajudar.

- Você precisa de ajuda? – ele perguntou. Valentina reparou que ele usava um boné tampando o rosto. Parecia na tentativa de não ser reconhecido ou algo parecido. – Desculpa, mas vi você meio que praguejando em algo que parecia espanhol e me pareceu que precisava de ajuda.

- Oh, claro. Era português – ela disse sorrindo para o estranho – Você poderia me ajudar? Isso é feijão ou ervilha?

- Na verdade...- ele pegou a lata e riu, fazendo a menina o olhar com interrogação – são azeitonas – ele saiu do nada seguindo até o início do corredor e logo voltou com outra lata em mãos – isso é feijão. Precisa de mais alguma coisa?

- Não, muito obrigada – ela sorriu novamente enquanto pegava a lata da mão do estranho. Mesmo sem seus óculos, ela notou um sorriso que parecia bem conhecido, mas achou melhor esquecer. Já tivera um dia e tanto hoje.

- De nada...- ele falou, como se fosse para que ela completasse a frase com o seu nome.

- Valentina

- Sou Marco

- Então, Marco, eu preciso ir. Tá um frio absurdo e eu preciso terminar minha matéria da faculdade, mas foi um prazer! – ela falou sorrindo e saiu apressada.

Ele ficou observando a mesma sair com um sorriso no rosto. Só pensava em como alguém chamava aquilo de frio absurdo, além de que, como alguém fazia trabalhos numa sexta à noite? Ou em como ela era bonita com sua pele morena e seus cabelos cacheados. Só conseguia pensar numa princesa havaiana.  Uma princesa havaiana gostosa. 


Notas Finais


Por favor, me digam como ficou. Se flopar eu apago e ninguém viu HAHAHAHAHA


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