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História Wanna A Ride? - Afraid of Secrets


Escrita por: PamelaDalme

Notas do Autor


Olá, pimpolhos!!
Cá estou pedindo desculpas mais uma vez pela demora. Eu só estou tentando não tropeçar no meu próprio enredo, mas esta indo tudo nos conformes. Entre bloqueios e ataques, eu chego lá! E já aviso que não irei prolongar demais esta fic, ela não tem muitas reviravoltas.

Sugestão de Trilha sonora: Almost Honest - Megadeth <3 / Lost Heaven - Black Label Society

Boa leitura.

Capítulo 11 - Afraid of Secrets


Fanfic / Fanfiction Wanna A Ride? - Afraid of Secrets

 

 

— Jim, amore mio, ela ainda não desconfia de vocês... Certeza absoluta. — Cristina segurava o celular com o um dos ombros, terminando de lavar os copos na pia da cozinha. — Mas é bom avisar a ele que não se mantém segredos de uma mulher como ela... Como assim, qual o problema? Vocês estão no jornal, na TV, na internet e...

A campainha tocou a fazendo correr para atender. Verificou pelo olho mágico que não precisaria hesitar em abrir a porta ainda com o aparelho encostado na orelha.

— E falando nele... Sim, Taylor. — E sorriu para o rapaz do lado de fora.

— É o James? — Ele perguntou e Cristina afirmou algumas vezes com a cabeça enquanto o convidava para entrar fazendo gestos. Então negou, se apoiando no batente com o braço. — Vou esperar aqui mesmo, obrigado. Mande um abraço para aquele poste.

— Ouviu? — falou com Jim ainda na linha. — "Poste é o que eu vou enfiar na sua bunda", ele disse.

Stephanie vinha descendo as escadas:

— Quem vai enfiar o quê em quem?

— Esquece, querida, esses dois só sabem falar besteiras um para o outro. — sua amiga parou de rir ainda com o telefone colado ao ouvido, chacoalhando o molho de chaves para que a amiga pegasse ao passar por ela. — Me avise se for chegar tarde.

 

— Tenho uma surpresa pra você — disse Corey, ao vê-la trancar a porta por fora.

Ela virou para a calçada e deu de encontro com uma motocicleta diferente, uma Ninja. Completamente preta, sem nenhuma parte cromada a não ser o cano de escapamento. A marca Kawasaki estava gravada no grande tanque, confirmando bem o estilo Motoracer da qual ela já tinha visto na televisão. Ao olhar para ele, percebeu por fim que Corey vestia luvas e havia trocado a jaqueta costumeira por uma mais justa, também negra, mas que definia bem sua silhueta o fazendo parecer um piloto de corrida.

— Oh, deus! Você não... ?

— Angie está de folga — explicou. — Comprei esta de Sid há uns anos, mas não consegui me acostumar. É um pouco mais difícil de pilotar do que uma moto convencional então pensei que, se você se equilibrar nesta, não vai ter mais tanta dificuldade com a outra.

— Ela tem nome?

— Rayroad.

Ele a viu prender a risada. Pouco depois estava rindo junto.

— É eu sei, horrível, foi Sid quem batizou. Gosto de chamá-la apenas de Ray — disse de bom humor e ofereceu o capacete vermelho para ela. — Ainda tenho muito o que te ensinar. Quer dar uma volta antes da aula de hoje?

— Com certeza.

— Acho bom se segurar — avisou assim que a sentiu se sentar no pequeno espaço que era a garupa. — Ela não tem esse nome por acaso.

Haviam pegado a rodovia mais tranqüila da cidade quando Stephanie soltou um grito de exaltação, abafado pela proteção em sua cabeça. A adrenalina invadiu seu corpo debruçado sobre o de Corey que ultrapassava os carros desviando com muita agilidade. Tentava enxergar o velocímetro, mas o vento extremamente violento batendo contra eles a fez ter receio de se movimentar o mínimo que fosse.

O céu começava a escurecer pelo fim de tarde e mais uma vez ele acelerou. Os pilares de iluminação da pista agora formavam um conjunto de linhas brilhantes, como estrelas cadentes apontadas para o horizonte. Raio da estrada, ela concluiu. Rodavam em tão alta velocidade que nada nem ninguém aparentavam ser mais do que feixes borrados ao redor. Não era apenas o perigo que a deixava maravilhada, mas a sensação de liberdade que Corey lhe trazia sempre que estavam juntos.

A partir daquela dose de agitação, aprender a pilotar se tornou mais divertido. Nos dias seguintes, o instrutor levou alguns equipamentos como cones e placas para auxiliar no treinamento. No quintal de Cristina ficavam mais a vontade, sem câmeras ou necessidade de esconder algum afeto entre eles. Risos se tornaram frequentes e Stephanie podia sentir seus sentimentos se aflorarem por ele. As mãos que a seguravam forte para que não caísse da moto, os olhos azuis que a fitavam com ternura após beijá-la. Estes e outros tantos detalhes que faziam seu coração a bater cada vez mais rápido.

Mas ela não podia contar sobre seu pai. Não por enquanto.

***

 

Apressado, seguiu com seus passos largos por entre aquele pequeno beco nebuloso. À medida que se aproximava e a imagem do homem parado se tornava mais nítida, reconheceu Matt Shadows lhe esperando de braços cruzados abaixo de um foco de luz. Ele estava sozinho.

— Onde ela está? — perguntou estridentes antes mesmo de chegar até o sujeito.

— Está atrasado, Taylor.

— Eu vou acabar com você...

Synyster apareceu pelo lado direito e o segurou, mantendo o cano de uma pistola pressionado contra seu tórax.

— Vai com calma, garanhão – falou ao ver que Corey queria reagir.

— Tragam a garota — disse Matt.

A moça veio carregada por Zacky e Johnny, com os pulsos amarrados. Indefesa, seus cabelos emaranhados e as marcas em seu rosto mostravam que ela havia resistido e muito à força deles. A mordaça foi tirada e então ouviu Stephanie gemer seu nome com o mesmo esforço que erguia a cabeça e mostrava os olhos molhados e avermelhados pelo choro.

Logo ele emergiu em angústia e ira:

— O que fizeram com ela?  

— Tentamos conversar, mas ela não facilitou as coisas.

— Eu já disse que não sei do que estão falando — balbuciou ela.

— Por que não contou, Corey? — Shadows aproximou-se dela tirando sua arma da cintura, a qual usou para alisar o rosto de Stephanie delicadamente enquanto falava. — Por que esconder de garota tão bela sobre quem você realmente é?

— Ela não tem nada a ver com isso, deixe-a ir.

— Você gosta dela. De verdade. — Um leve sorriso brotou nos lábios de Matt quando seu polegar desarmou o cão da pistola. — Este é seu ponto fraco, não é?

— Não a machuque, por favor — pediu, cedendo sem pensar. — Podemos resolver isso. Já conseguiu me trazer aqui sozinho.

— Você está certo. É a sua cabeça que eu quero, não a dela. — Shadows assentiu para que Synyster o pusesse de joelhos no chão. E foi quando redirecionou a arma do rosto de Stephanie para a testa de Corey. — Mas não vou poder deixar que ela viva depois que eu te matar.

O medo estremeceu todo o seu corpo.

— Não...

— Você podia ter evitado tudo isso, Corey.

— Por favor...

— Eu disse para não se meter no nosso caminho.

— Eu imploro...

— Ela pagará pelo seu erro. E morto haverá nada que você possa fazer.

Notou as lágrimas rolando pela face dela, que se contorcia desesperadamente tentando gritar apesar do pano de volta em sua boca.

Matt permanecia risonho. E no segundo seguinte, o tiro.

 

Então ergueu as pálpebras, sobressaltado, se deparando com a escuridão do quarto. Ainda meio zonzo e suando frio, se mexeu para acender o abajur e ao voltar da posição quase bateu o braço em Stephanie dormindo ao seu lado na cama. Estavam em sua casa e tudo não havia passado de um sonho ruim. A luz fraca não iluminava muito bem o rosto dela, mas isso não o impediu de admirá-la por um tempo, aliviado. E por mais que desejasse fazer, qualquer carícia provavelmente a acordaria. Achou melhor se levantar e sentar na beirada do colchão, descansando os cotovelos contra as coxas.

Stephanie abriu os olhos e o viu massageando o próprio pescoço, distraído. Deslocou-se silenciosamente, ouvindo o respirar pesado dele. Foi quando suas mãos deslizaram pelos desenhos nas costas nuas, o abraçando por trás. Assim pôde ver a grande tatuagem numeral estampada na nuca grossa, sem sequer se interessar pelo que significava.

— Ei... — sua voz falhou pela sonolência e logo ele se ajeitou, endireitando a coluna para que pudesse ouvir melhor o murmúrio ao pé do ouvido. — Conte o que está te incomodando.

— Muitas coisas me incomodam — disse ele, sentindo os seios quentes da mulher tocarem sua pele. — Mas eu não posso falar sobre isso com você.

Stephanie desvencilhou, trazendo o lençol branco para se juntar ao lado esquerdo de Corey nos pés da cama.

— Você me lembra Peter Parker com medo dos próprios segredos.

— Peter é um herói — respondeu, curvando o tronco novamente. — E eu não sou um herói.

— Peter é humano — ponderou ela, logo enfatizando ao perceber o semblante do namorado virado para si. — Spider Man é o herói. "O destemido  mascarado".

O olhar oceânico se iluminou, pois sem saber ela o definiu com aquela frase. Corey não era um salvador de vidas, ou um seguidor de leis governamentais. Ao colocar seu macacão e vestir sua outra face de borracha, ele apenas deixava que outro ser o controlasse. Um ajudante da desordem; alguém cujo ódio predominava em cada golpe lançado a bens materiais de estranhos. Por detrás do disfarce ele se sentia invencível, não tinha medo de nada, não até a chegada do Nightmare. Mesmo que Shadows e Cia não fossem seus primeiros rivais desde sua entrada para o Pulse of The Maggots há alguns anos.

— Mas quando querem destruir o Spider — rebateu ao acordar de seus pensamentos. —, não é o herói que eles atacam.

— Ameaçam quem Peter ama para atingi-lo. — Corey virou a cabeça para frente, concordando em silêncio. — É com isso que se preocupa?

— Eu também tenho inimigos. Não sei o que faria se algum deles tocasse em você.

Stephanie se levantou sem fazer barulho e se ajeitou sobre o colo do homem, o segurando pelo maxilar para que ele continuasse com o olhar virado para ela. As íris azuis de Corey cintilavam diante dela que achava impossível estar tão próxima e não depositar um beijo sequer naqueles lábios. Logo foi vista contornando o pescoço masculino com um dos braços e selando sua boca no ombro dele antes que ambos fechassem aquele abraço protetor. Seguro. Quente e confortante, como em um sonho bom.


Notas Finais


O que acharam da referência do Homem Aranha? É o fav do Corey, achei interessate colocar. <3

Moto Ninja Kawasaki - http://www.orientexpress.com/images/OERHomeImages/zx1420122copy.jpg


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