1. Spirit Fanfics >
  2. Wanted: Dead or Alive >
  3. Damn Princess

História Wanted: Dead or Alive - Damn Princess


Escrita por: GengXin

Notas do Autor


I'm back, bitches lol

Capítulo 3 - Damn Princess


“—... A vítima de assassinato encontrada num beco da rua leste na última semana foi finalmente identificada: a jovem foi reconhecida por parentes como Lee Soon Kyu, sobrinha de Lee Soo Man, dono de umas das mais famosas empresas de entretenimento de nosso país. Lee Soon Kyu não possuía antecedentes criminais e não tinha, segundo os familiares, qualquer tipo de envolvimento com drogas, o que reforça a tese popular de crime passional. Não haviam sinais de abuso sexual em seu corpo, apenas dois tipos de laceração; uma marca gravada acima de seu seio, onde ficaria seu coração e a outra, um tiro em sua cabeça; este último, sendo a causa mortis. A polícia ainda não sabe quem é o culpado ou o signific...”

Sua risada infantil interrompeu a explanação da repórter na tela e, como se achasse sua fala engraçada, os cantos de seus lábios ergueram-se minimamente.

—Sunny... Nossa pequena princesa Sunny... –dizia, olhando a imagem da garota sendo exibida em rede nacional —Ela não é mais um problema para nós.

 

 

– - -

 

 

Hangeng desligou a TV da delegacia e, cruzando os braços, encarou a equipe.

—Alguém pode me explicar como a imprensa teve acesso a essas informações? -apontou o controle remoto para o aparelho —As condições em que se encontrava o corpo da garota deveriam ser sigilosas.

—Esse tipo de informação é algo que vaza sem que sequer percebamos -dizia Siwon enquanto pegava um copo descartável para se servir de café —É algo que nenhum de nós pode impedir.

—Pois deveríamos! Quando esse caso vier à mídia vai ser um...

—Já veio -manifestou-se Kibum abrindo o jornal que lia e virando-o para os demais— Vejam só o que encontrei: as colunas sensacionalistas estão chamando o caso de “Heart Killer”.

—Urubus!-gritou o delegado arrancando o jornal das mãos do outro para ler melhor— Conseguiram até mesmo fotos da cena do crime! Filhos da puta, vão causar uma comoção nacional!

—É até melhor que saibam, não? Começarão a ter mais cuidado.

—Não é bem assim, Siwon... A população vai entrar em pânico, vão aparecer mil desocupados viciados em casos policiais assumindo a autoria dos assassinatos e maníacos por séries de detetive e otakus alucinados querendo investigar por conta própria. –explicava Zhou Mi, sentado numa poltrona com o laptop no colo —Não dou três dias para que já tenhamos dezenas de comunidades na web dedicadas ao criminoso.

—Mi tem razão, vai apenas dificultar o nosso trabalho. A imprensa marrom vai fazer de tudo para transformar o caso num show de horrores, num verdadeiro circo mambembe; e obter mais ‘ibope’. Tudo o que querem é o sangue das vítimas servindo de tinta para imprimir esse lixo –disse Hangeng, amassando o jornal com uma certa expressão de repulsa e atirando-o na lixeira.

—Yah! -gritou Kibum —Eu pretendia terminar de ler isso!

E então, ignorando Kibum, Siwon lançou um olhar pela sala, como se notasse uma ausência que não deveria existir.

—E Kyuhyun, onde está? Ele não é o responsável pelo caso?

Hangeng suspirou, pensativo.

—Ele foi ter uma conversa com o legista.

 

 

– - -

 

 

A cafeteria estava quase vazia devido ao frio que caía sobre as ruas naquela época do ano, embaçando a grande janela de vidro que ia de uma parede à outra. O ruído baixo de uma televisão se misturava ao de uma fina chuva que começara há pouco, abafando parcialmente o murmúrio que era a conversa dos poucos clientes por ali. O ambiente em si era agradável para um começo de noite.

Ele, enrolado num cachecol róseo, tomava pequenos goles do chocolate quente que a atendente lhe trouxera, enquanto rabiscava um nome; repetidas vezes; na agenda sobre a mesa. Esperando.

Em alguma das mesas de trás, duas garotas do colegial cochichavam sobre ele, sobre como era bonito e tinha um rosto atraente, delicado. Ele podia claramente ouvi-las, mas não dava atenção. Não tinha tempo para elas. Porque estava ocupado. Estava ocupado esperando.

Os noticiários continuavam interrompendo programações, exibindo sempre a mesma matéria, sempre as mesmas notícias... Todos já sabiam sobre a morte de Sunny e os mistérios que a cercavam... E como ela não havia sido a única.

Pôde ouvir as garotas ao fundo protestando quando o drama ao qual assistiam foi interrompido para mais um informativo... Novamente o nome Lee Soon Kyu fora citado: de longe, era o homicídio de maior repercussão dentro daquele ano, sendo que sua família era tão importante. A taxa de suicídios em Seoul era alta, mas a de homicídios, nem tanto, o que reforçaria a permanência da notícia no ar durante muito tempo, mesmo que não fosse ‘fresca’. Mas agora, trazia consigo a alcunha do caso: “Heart Killer”.

—“Heart Killer”? –repetiu para si mesmo: era a primeira vez que ouvia a nova nomenclatura —É bonitinho... –sorriu, passando a rabiscar pequenos corações em sua agenda, cuja página já estava saturada.

O sino da porta fez-se ouvir, anunciando a chegada de um novo cliente, voltando sua atenção para ela, de forma discreta.Um homem alto e moreno entrava.

“Sempre pontual...”

Uma corrente de adrenalina tomou seu corpo quando viu-o se aproximando, mas passou por si sem sequer olhá-lo, sentando-se na mesa de trás. Não sentiu-se frustrado ou sequer triste por ter sido ignorado... Isso estava longe de abalá-lo.

Ouviu o homem pedindo o que sempre pedia à garçonete: um café forte e bem quente.

“Tão previsível...”

Mantinha o olhar vidrado na porta, por onde via parte do reflexo do outro, admirando seus traços fortes e conhecidos. Lindo. Eternamente lindo.

Não perdia um movimento sequer, desde o modo como suas sobrancelhas se arqueavam ao sentir o líquido fervente tocar seus lábios até o jeito com que seus dedos se sobrepunham à alça da xícara.

Ele precisava estar ciente de tudo, de cada movimento, cada gesto... Precisava absorver o máximo da essência daquele homem até em seu mais sutil pestanejar. Era uma necessidade quase fisiológica para si.

Um bocejo, apenas, vindo do outro, já o fazia decifrar o que havia por trás de sua tez e isso o fascinava: conhecia-o tão bem sem nem ao mesmo ter se aproximado dele de fato!

Está cansado, certo? Entendo... Você tem tido tanto trabalho, não é mesmo?” pensava consigo, enquanto seguia seu reflexo pela porta.

As olheiras no rosto alheio o induziram a crer que ele não dormira bem nos últimos dias... Mas tudo bem, ele próprio também não dormira... “Que irônico... Um tirando o sono do outro!”

O moreno se levantou, apanhando o casaco no encosto da cadeira e se dirigindo ao balcão, sacou a carteira. A TV instalada logo acima chamou sua atenção e ergueu o olhar para ela... O rosto de Lee Soon Kyu estava ali, já que agora era presença constante em todos os telejornais, todos os canais.

Lee Soon Kyu sorria, e ele desviou o olhar. Doía.

Nada passou desapercebido por aquele que o observava atentamente. Mesmo de costas para si, vira claramente o mais alto baixar o olhar quando o jornalista citou a garota e sua foto fora novamente exibida no ar. Sentiu raiva.

Ela não estava morta? Por que ele ainda parecia se importar com ela? Aquele tiro não fora suficiente?

“Princesa Sunny... Maldita princesa Sunny..” Será que nem depois de morta ela lhe dava alguma paz?!

Estava tudo indo tão bem! Estava feliz por poder ver seu querido... Por que aquela maldita TV insistia em ficar lembrando aquela garota? Mortos deveriam ser deixados em paz! Ninguém deveria ligar para eles...

O homem guardou o cartão de crédito e saiu, sem sequer imaginar que um olhar feroz era dirigido às suas costas, como se pudesse feri-las.

Lee Sung Min o encarava, irado, enquanto seus dedos trêmulos riscavam de vermelho os corações que havia desenhado a pouco.


Notas Finais


Deixa eu contar uma coisa pra vocês: o uke sempre é o culpado.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...