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História War. - Chapter two.


Escrita por: Saga-senpai

Notas do Autor


Olá meus jovens gafanhotos!
Então... Eu ia postar o próximo amanhã, mas eu não tenho nada a perder não é mesmo? *Risos*

Esse capítulo não tem tanta informação, mas é necessário para que o próximo faça sentido.
Desculpem qualquer erro de português
Enfim, boa leitura <3

Capítulo 2 - Chapter two.


 

- Yuu... - Sussurrou contra meus ouvidos e eu pensei estar sonhando, mas não... Era sua voz, calma, doce e pedinte como a muito tempo não ouvíra. - Esta acordado? - Questionou baixo. 

 

- Sim... 

 

- Se importa de olhar para mim por um instante? - Questionou se aninhando em meu colo roçando leve o quadril sobre minhas coxas. 

 

Ergui a cabeça da cabeceira sentindo meus cabelos caírem sobre o rosto, o olhei fixo e suas mãos foram para meu rosto jogando meus cabelos para trás num gesto carinhoso, suspirei fazendo meus lábios se contorcerem num sorriso mínimo, seu rosto avermelhou-se e meu sorriso aumentou, sabe quanto tempo não o vejo assim? Desde que esse tumulto começou, desde que pessoas começaram a morrer e tanques começaram a bombardear inocentes sem motivo aparente... 

 

- Me perdoa se o que eu fizer pode te irritar... - Murmurou e tocou meu nariz com a ponta do dele. - Talvez não seja tempo apropriado para nada disso... - Mantive-me sem silêncio apenas ouvindo o que ele falava. - Mas eu sinto sua falta, sinto falta de tudo, sinto falta de como os tempos eram bons, sinto falta do conforto que nós tínhamos sem precisar temer... Sinto falta de dizer a você o quanto eu te amo. - Seu riso baixo me contagiou e eu apenas sorri. 

 

- Eu amo você, Kouyou e não existe tempo nem lugar para o amor... - Seus lábios se colaram aos meus impedindo-me de continuar, correspondi ao beijo sentindo meu corpo relaxar e deslizar para baixo na cama. 

 

Pousei as mãos em sua cintura afagando o local, num estrondo muito alto Kou apartou o beijo e seus sentidos se apuraram e ele ergueu a cabeça em sinal de alerta, completamente assustado como um felino que eriçaria o pelo em puro pânico. 

 

- Calma querido... - Murmurei a ele e o puxei contra meu corpo, suas mãos foram até os ouvidos aperando-as contra a cabeça mesmo que o som não fosse se repetir.

 

Inesperado, o barulho foi tão alto que o quarto a prova de som não foi o suficiente para conter o barulho. Eu temia. 

 

- Yuu, vamos morrer. - Murmurou e suspirei. 

 

- Não vamos. - Rebati - Vou ver o que aconteceu da janela da sala, espere aqui. 

 

Luzes, todas desligadas dentro da casa, temos geradores a base de gasolina capaz de gerar energia para a casa toda, porém, se uma luz nessa casa for acesa, seremos bombardeados ou coisa do tipo, ninguém sabe o porque... Ou ao menos ninguém sabia, então tudo aqui esta desligado, fora o refrigerador e o sistema de segurança.

 

Ele saiu de meu colo e se encolheu na cama cobrindo todo o corpo com o edredom, ele tremia, tremia como uma criança indefesa, eu não pude fazer nada quanto a isso, sai em silêncio passando pelo corredor e uma luz do lado de fora passava pelas janelas como se procurasse alguma alma viva, arqueei uma sobrancelha e amarrei os cabelos no alto da cabeça e esgueirei-me pela parede até a janela pequena repleta de tábuas que impediam a visualização para dentro e dava um ar "abandonado", deslizei pela parede chegando na janela e abaixando rapidamente quando a luz fora mirada novamente na janela.

 

O que esta acontecendo? 

 

A luz continuou passando por outros  apartamentos e finalmente me ergui para observar a rua... Ou melhor, o campo aberto que servia de túmulo para muitos.  Observei e vi um tanque passando junto com vários soldados vestidos de negro, roupas completamente pesadas, capacetes, armas, coletes a prova de balas e botas longas de salto plataforma que batiam contra o chão ritmadamente. 

 

Bem em frente a nosso apartamento um tanque explodido pegava fogo, esse fora o barulho que ouvimos, mas como conseguiram explodir um tanque? Um homem vestido de verde se arrastava tentando sair da visão dos que provavelmente explodiram o tanque, um dos homens que marchavam ergueu uma arma com silenciador acoplado e apontou para a cabeça do homem que nem ao menos teve tempo de pedir socorro, o gatilho foi puxado e o barulho quase nulo ecoou, os miolos saíram pelo buraco relativamente grande que fora feito na cabeça e o homem parou de se mexer de imediato, engoli seco pela cena e mantive-me em silêncio, meu estômago revirou e eu desviei o olhar sentindo um arrepio medonho percorrer meu corpo, esgueirei-me pela parede e segui em direção ao quarto, abri a porta e a fechei atrás de mim encontrando Kouyou ainda enrolado no edredom visualmente tremulo. 

 

- O que aconteceu? - Questionou num sussurro olhando-me com o olhar comprido. 

 

Eu odeio ter que fazer isso... 

 

- Absolutamente nada. - Soltei os cabelos e segui em direção a ele com um pequeno sorriso mecânico. Eu não podia contar a ele, não agora ou ele entraria em completo desespero e isso seria um desastre. 

 

Naquele momento eu tive certeza de que não era mais seguro permanecer ali... Mas como sairíamos? 

 

Pense Yuu...

 

- No que esta pensando? - Murmurou desajeitado saindo de dentro do edredom e vindo ao meu encontro se sentando na beirada da cama de frente para mim. 

 

- Hã... Eu? Bem... - Boa Yuu, e agora vai falar o que? - Só estou cansado... 

 

- Não me convenceu... - Sorriu nervoso apoiando uma das mãos em minha cintura e eu a segurei e a puxei o trazendo para mim, envolvendo sua cintura em minhas mãos.

 

Não quero dizer a ele, mas não tem outro jeito... 

 

- Kou... - O abracei sentindo seus braços rodearem meu pescoço, aproximei meus lábios de seus ouvidos e antes de começar realmente, senti um arrepio sinistro vagar por meu corpo, suspirei. - Me ouça bem, sim? - Murmurei e ouvi sua confirmação baixa. - Nós não vamos morrer, tudo vai ficar bem... E nós precisamos sair daqui. - Sussurrei afagando suas costas assim que senti seu corpo tencionar. 

 

- Sair...? - Afastou-se de meu corpo e eu não estava pronto para vê-lo se despedaçar bem a minha frente. - Yuu se sairmos vamos morrer, vamos morrer... - Levou as mãos aos cabelos apertando cada fio com força e eu deslisei ao chão no mesmo momento que ele, ajoelhei-me a sua frente e o puxei para um abraço.

 

Que isso não o machuque, mas serei completamente realista, talvez calculista. 

 

- Kouyou, vamos sair daqui e se alguém morrer, esse alguém será eu, eu não deixaria que algo acontecesse a você, estarei sobre você até meu ultimo suspiro e se eu morrer, não morra, viva por mim, me ouviu bem? - Questionei alto assim que seus soluços descontrolados eram diferidos contra meu ombro. 

 

Doía tanto vê-lo assim... Doía demais, e não consegui me manter forte diante disso, meus olhos encharcaram e eu cedi a decadência, seu corpo se jogou contra o meu e fiz um esforço para não ir ao chão acolhendo o corpo fraco que se agarrava a mim, provavelmente, numa tentativa falha de se fundir a meu corpo. 

 

- Me desculpe... - Sussurrei segurando minhas próprias lágrimas com toda a força que eu ainda possuía. 

 

Sua cabeça maneou em sinal negativo e eu sorri tristemente assim que seus lábios trêmulos tocaram meu pescoço num selo afetivo.


Notas Finais


Elogios e criticas construtivas são bem vindas, comentem <3

Espero ver vocês no próximo capítulo. Desculpem qualquer coisa!

Kisses of malice.

30/06/14 - 21:36


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