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História War Of Hearts - NCT Dream - O bom filho nem sempre a casa torna


Escrita por: starrjjun

Capítulo 22 - O bom filho nem sempre a casa torna


- Primeiramente, eu odeio todos vocês - Renjun resmungou segurando um saquinho de gelo na cabeça, jogado num divã qualquer em uma das salas de espera do palácio - E segundamente, eu nunca mais vou beber nada sem saber a procedência, nossa que inferno.

- Você precisava beber, senão como iríamos ficar embaixo d'água? Não tinha nem jeito - Jaemin fez um carinho nos fios escuros do elfo, que apenas choramingou mais ainda - Precisa voltar ao seu normal, temos que continuar a missão.

- Isso é um ponto importante, agora que temos nossos poderes completos não dependemos tanto das habilidades de Renjun, e para nossa sorte não precisaremos sequer usar habilidades para chegar, seja lá onde iremos - Chenle disse brincando com o bilho esverdeado que saia de suas mãos, era engraçado como dançava entre seus dedos, sua aura brilhava tanto quanto as jóias de sua coroa.

- Chenle, a coroa - Taeyong lembrou na hora, caminhando em direção ao irmão e a retirando de sua cabeça - Um dia vamos repetir isso, mas eu serei rei e você será coroado como príncipe guardião, dará tanto orgulho para nossos pais quanto eles deram a nossos avós.

- Não vejo a hora de voltar para a casa e recuperar meu lugar de direito - Jeno estava com o pé encostado no de Chenle, e como com qualquer mínimo contato conseguia saber o que a outra pessoa estava sentindo, seu rosto ficou sério imediatamente.

Chenle estava confuso, nervoso, agitado, com medo, mas... Do que ele tinha tanto medo? Muito provavelmente de como ficariam as coisas depois que aquela missão chegasse ao fim e tivesse que decidir o que fazer junto de Jisung.

Por falar do príncipe dos oceanos, o mesmo caminhava em direção aos outros com a rainha e o rei ao lado, com algumas criadas da corte e seus sorrisos perfeitos, conversava com os monarcas, algo que parecia realmente interessante se não estivessem todos sobre um estresse excessivo por conta do que encontrariam no próximo reino.

- Papai, mamãe - Chenle correu em direção aos pais como uma criança novinha, sendo abraçado e mimado pelos mesmos - Vou sentir tanta saudade, prometo voltar o quanto antes, e também cuidar de Mark.

- Na verdade... Lele, senta aqui - Sua mãe sentou em um dos bancos e o garoto sentou em colo, durante muito tempo os irmãos pensaram que ele teria vergonha de fazer aquilo quando fosse mais velho, mas para a surpresa de todos ali, Chenle cresceu só em tamanho, continuava o mesmo bebê sapeca que pregava pegadinhas nas criadas e corria para o colo da mãe quando era repreendido - Estávamos vendo com Taeyong mais cedo, você não acha melhor deixar o seu irmão seguro em casa? Você já tem seus poderes de direito, sabe se defender e de quebra tem amigos que tem poderes tão poderosos quanto, acha que é necessário por seu irmão em perigo?

Os outros cinco garotos ficaram calados, não sabiam até onde os príncipes da natureza haviam contado a seus pais, então tinham medo de acabarem soltando alguma besteira.

- Mamãe, papai, temos uma coisa para mostrar a vocês - Mark se aproximou de Renjun, Jaemin e Donghyuck se afastaram, depois de algum tempo de concentração, suas mãos voltaram a ter o brilho da primeira vez que usou seus poderes, esse que se intensificou com o contato com a cabeça do elfo negro - Minha conexão direta com a natureza quase não existe, ela apenas está ali para que eu produza energia mágica, mas a base dos meus poderes vem da minha mãe de sangue, a primeira princesa mestiça do reino dos elfos negros.

- Você tem poderes de elfo? - A rainha não parecia brava, na verdade estava muito curiosa, as vezes os filhos sentiam arrepios com a forma como sua rainha era curiosa, a mãe de criação dos dois primeiros filhos do rei perdia horas e horas dentro de sua estufa enquanto desvendava mistérios de cada essência de seu reino - É mais um motivo para que fique, podemos aprender sobre juntos, eu posso ajudar a usar os poderes e unifica-los a conexão com a natureza.

- Mamãe... É aí que vem o problema, precisamos do Mark justamente por seus poderes de cura, vivemos perdendo forças e nos machucando, energia mágica não é algo fácil de restaurar, mas quando consome energia humana, dependemos dele para continuar andando - Era difícil explicar, eles mesmos estavam aprendendo juntos a usarem seus poderes, e estava fluindo tudo tão bem que não tinha certeza se valia a pena abandonar todo um processo.

- Certo, meus meninos tem razão, não podemos deixar que eles corram riscos - A rainha sorriu por fim e abraçou os filhos, arranando suspiros aliviados dos outros príncipes - Príncipe Park, você iria dizer algo não ia?

- Sim, e é algo muito bom, eu arrumei nossa carona para chegar a fenda de Atlanta - Jisung caminhou até uma das criadas, pegando as capas e entregando uma para cada um de seus amigos, todas prestas e discretas - Teremos que usar isso, os cabelos coloridos são muito característicos de nossos reinos, e piratas não gostam que pessoas façam distinção de reinos.

- E de onde você arrumou piratas para nos levar a esse lugar? - Donghyuck colocou a capa, cobrindo os fios em vermelho vivo. tal como Chenle, Jeno e o próprio Park, os elfos tinham as tonalidades iguais as de humanos e não precisariam se preocupar com aquela formalidade.

- Isso é algo complicado de explicar, mas por hora podemos dizer que eu usei uma concha do mar e o canto da sereia - Jisung se aproximou de Chenle, o ajudando a se cobrir da forma correta.

- Sereias e piratas não se odeiam?

- Isso é outra coisa complicada, podemos ir logo? - Se aproximou de Chenle, ajudando o garoto a por a capa, cobrindo o máximo que podia os fios verdes, mesmo que alguns ficassem soltos pela testa - Fique perto de mim, não confio em todos os piratas do navio.

Concordou, se despediram dos monarcas e saíram apreensivos em direção ao porto, seguindo Jisung, todos muito preocupados.

Se tinha uma coisa que piratas tinham mais interesses que bebidas eram tesouros, e sete cabeças que valiam muito para a coroa não era nem um pouco dispensável, principalmente a de elfo negro, eram difíceis de serem encontrado e mais ainda capturados, e como estava com os amigos, Renjun não poderia correr o risco de se descontrolar e machucar seus amigos.

- Jisung! - O garoto de cabelos escuros, nariz pontudinho e sorriso aberto caminhou em direção ao grupo, abraçando o príncipe, o que fez Chenle dar uma leve tremida de raiva, Jeno que tocou seu ombro acabou rindo, e como consequência recebeu uma encarada do mais novo - Oi meninos, não se preocupem com as capas, não é como se fossemos pegar vocês e torturar, mas nosso capitão achou melhor, não podemos confiar em toda tripulação.

- Não se preocupe sobre isso, é até melhor assim, é um saco andar por aí com as cabecinhas coloridas chamando atenção o tempo todo - Renjun sorriu e cumprimentou o pirata, que o olhou um assustado.

- Ai meu deus, você é um elfo negro - O olhar de susto passou para um sorriso inacreditado - Muito prazer, sou Ten.

- Como sabe que eu sou um elfo negro? - O elfo ficou alerta, não era confiável que as pessoas soubessem sobre ele, principalmente quando três dos seis reinos pediam sua cabeça.

- Chitta consegue saber quais são os poderes de qualquer pessoa, é um dom - Jisung sorria orgulhoso para o amigo, que concordou balançou a cabeça.

- Nesse caso, prazer, eu sou Renjun, um elfo negro - Riram, se cumprimentando com as mãos dessa vez - Chitta ou Ten?

- Ten foi o nome que eu escolhi quando me juntei a tripulação, nosso capitão diz que devemos mudar nossos para começarmos uma nova vida, e em partes eu concordo com ele.

- Então... Como você conhece Jisung? - Donghyuck se aproximou do pirata, que encarou o príncipe e sorriu, fazendo todos ali segurarem o riso.

Porque Chenle estava se mordendo de ciúmes.

- Chitta... Ten, ele era meu guarda oficial antes de largar a ordem e vir para o mundo humano, ele é como um irmão mais velho - Chenle estava realmente irritado e dava para notar claramente, suas orelhas estavam vermelhas e leves faíscas cintilantes saiam de seus dedos - Ele acabou se apaixonando por um pirata, que ironicamente é seu capitão.

Foi tiro e queda, Chenle parou de espumar imediatamente, os olhos antes dilatados de raiva voltaram ao normal, a feição gentil voltou a seu rosto, o que arrancou gargalhadas altas imediatas de Jeno, Renjun e Donghyuck.

- Idiotas - Sussurrou e se aproximou devagar de Jisung - Muito obrigado por nos ajudar Ten, meus pais fazem questão de retribuir quando estiver disponível, você, seu capitão e toda a tripulação em um grande banquete com nossa família.

- Fico muito grato príncipe, mas infelizmente teremos que ir apenas eu e meu capitão, esses marinheiros amargos não gostam muito de criaturas mágicas, só sou bem vindo porque não consigo conjurar nenhum tipo de energia mágica - Sorriu fraco, e Chenle como o príncipe empático que era (nas horas que não estava com ciúmes) deu um sorriso triste - Já vamos partir, creio que queira se despedir de seu reino melhor, pelo que eu soube vão demorar a voltar para casa.

Zhong suspirou e concordou, acenando para os pais e os irmãos, olhando ao redor, sua historia começou ali, sua casa, as enormes florestas coloridas que brincava na infância, a grama sempre verde a qual se ralava incansavelmente, um pedaço do templo da mãe natureza, aquele lugar onde havia beijado pela primeira vez o príncipe dos oceanos, e onde foi muito feliz, mesmo sem saber o que viria depois.

E saber que talvez sua vontade não fosse voltar para casa depois de tudo doía, amava aquele paraíso verde, e sentiria saudades.



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