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História Wasting Your Illusion - Nightrain


Escrita por: MrsHammett

Notas do Autor


Hey babes, aqui mais um cap pra vocês <3
Espero que gostem e essa na capa é a Liz.

Capítulo 4 - Nightrain


Fanfic / Fanfiction Wasting Your Illusion - Nightrain

POV. Liz

Loaded like a freight train
Flyin' like an aeroplane
Feelin' like a space brain
One more time tonight
Well I'm a west coast struttin'
One bad mother
Got a rattlesnake suitcase
Under my arm

A plateia ia ao delírio, e eu ficava estática enquanto ouvia o Guns N’ Roses tocar. Fechava os olhos e absorvia toda aquela insanidade que eles transmitiam no palco, eram inconsequentes, eram provocativos, eram selvagens, mas acima de tudo eram extremamente talentosos.

Peguei minha câmera fotográfica e mirei no palco em que eles se apresentavam, tentando captar a essência de cada um deles em fotografias que no final estampariam mais uma parede do meu quarto e nada mais que isso, infelizmente.

Axl cantava tão profundamente que as vezes parecia que aquele era o último show de sua vida. Sorria as vezes quando ouvia as palavras que algumas mulheres despejavam em cima dele. Conversava com o público e constantemente murmurava alguns palavrões que ninguém saberia dizer ao certo a quem se referiam. Seu corpo se movia junto com as músicas, seus passos eram quase como os de Jagger, mexia seu corpo extremamente sexy, e ele sabia que era sexy.

Said I'm a mean machine
Been drinkin' gasoline
And honey you can make my motor run
I got one chance left
In a nine live cat
I got a dog eat dog smile
I got a Molotov cocktail
With a match to go
I smoke my cigarette with style
An I can tell you honey
You can take my money tonight

Duff sorriu no momento em que percebeu as lentes de minha câmera mirando nele, mordeu seus lábios e sibilou algumas palavras que não pude decifrar, apenas sorri boba, tentando esconder minha vontade de subir no palco e beijá-lo ali mesmo. Jogava seus cabelos loiros para trás, fechava os olhos e acompanhava a música com seus dedos rápidos sobre seu baixo branco.

Izzy tocava muito concentrado, balançava constantemente seus cabelos negros de um lado para o outro, sorria quando ouvia a plateia gritar e cantar as músicas que havia composto.

Steven pulava freneticamente, seu ânimo era invejável, não parava um segundo, rodando suas baquetas pelos dedos e com seus cabelos loiros que cobriam parte de seu rosto, mas ainda sim seu enorme sorriso era notável. Cantava e gritava as músicas atrás de sua bateria.  

 

I'm on the nightrain
Bottoms up
I'm on the nightrain
Fill my cup
I'm on the nightrain
Ready to crash and burn
I never learn
I'm on the nightrain
I love that stuff
I'm on the nightrain
I can never get enough
I'm on the nightrain
Never to return-no

Ao canto do palco um moreno de cabelos cacheados me chamou a atenção. Seus dedos deslizavam pelo braço da guitarra de uma forma completamente hipnotizante, eu não conseguia enxergar seus olhos mas tinha certeza de que se mantinham fechados, acompanhava o ritmo da música com sua cabeça e de vez em quando movia seus braços cheios de joias pratas para retirar o cabelo de seu rosto. Seu sorriso se abria ao observar as mulheres dançando e se oferecendo para ele.

 Slash era seu nome, nunca havia o visto e nem apresentada a ele formalmente, mas ali estava, parada em meio à multidão o observando dedilhar sua guitarra que retribuía com um som tão maravilhoso que me hipnotizava.

Ajeitei a lente da câmera e mirei nele, que percebeu assim que tirei a primeira fotografia. Jogou seu cabelo para trás e sorriu para mim, que ainda o observava por trás das lentes. Afastei meu rosto da câmera assim que percebi que sorria – um tanto quanto maliciosamente – para mim. Não sabia se estava vermelha, mas meu rosto automaticamente estava queimando. Sorri de volta e olhei em seus olhos, o que não durou muito pois fui empurrada por um cara muito alto, e acabei sendo expulsa da multidão.

- Não te falei que os caras eram bons?! – Lola chegou me puxando pela jaqueta para um local mais “calmo” – Eu te falei NÃO FALEI LIZ? – Ela me segurava pelos ombros e me sacudindo freneticamente.

- Sim Lola, você falou – Disse rindo observando seu entusiasmo acima do normal. Me virei para Amy a perguntando com o olhar o porquê da animação da Lola e ela sibilou “cocaína” e deu de ombros, voltando sua atenção para o palco. Observava o show de uma forma estranha, como se a incomodasse estar ali. Não me atrevi a perguntar, pois seu humor não estava dos melhores.

Ficamos ali, completamente alucinadas pelo som, pelo show que aqueles caras sabiam fazer. Eu estava inexplicavelmente apaixonada pelo Guns N’ Roses.

Logo alguns caras chegavam em nós com cantadas extremamente estranhas e até engraçadas, e Amy – com seu humor nada bom – os mandava para o inferno ou qualquer coisa do tipo. Procuramos algum lugar para nos sentarmos, Lola se afastou mais uma vez, esbarrando pela multidão. Logo a perdi de vista, era o típico comportamento dela, não dei muita bola.

- HEY GENTE – Lola chegou se sentando e jogando uma garrafa de whisky na mesa que agora estávamos – Essa aqui é minha namorada – Ela puxou uma garota ruiva que se sentou do seu lado. Eu e Amy nos entreolhamos sem entender porra nenhuma.

- Namorada? Como assim namorada Lola? – Amy interrogava.

- A gente se beijou e eu pedi ela em namoro ué – Ela deu um gole na garrafa – O nome dela é Ruby.

- Robin! – A moça corrigiu e as duas caíram na risada. Estavam completamente chapadas, isso era notório. Apenas dei risada e imaginei o que a Lola ia fazer quando o efeito da cocaína e da bebida passassem. O show havia terminado há alguns minutos e estávamos esperando um tempo – lê se enchendo a cara - antes de irmos encontrar com a banda nos backstages.

Olhei em volta e vi o Steven desviando de algumas pessoas e procurando – o que imaginei ser por nós – pela multidão. Ele abriu um sorriso quando viu Amy, que acenava sem graça e sorria fraco.

- Hey babe – Ele a puxou para um beijo – Gostou do show?

- Sim, claro Stev – Ela sorriu fraco – Só estou com um pouco de dor de cabeça.

- Ahh, sério? – Ele fechou o sorriso – Agora que íamos pra festa lá em casa. – Ele fez cara de cachorrinho pidão. Amy relutou um pouco mas acabou cedendo, o que deixou Steven realmente animado e ela incrivelmente desconfortável, mas ao que parecia só eu havia notado. Não perguntei nada, pois sabia que se fosse realmente importante ela me contaria.

Depois de alguns minutos Steven nos levou até a parte de trás do palco do troubadour, que não era nada de mais, apenas um cômodo grande com dois sofás enormes e uma mesinha de centro, cheia de cigarros e bebidas. Havia um banheiro e uma mesa que supostamente devia ter comida, mas estava cheia de garrafas e afins.

Entramos no lugar e Duff, que estava sentado tomando uma cerveja e conversando com alguma mulher aleatória que estava ali – não sei por que – se levantou e veio sorrindo até mim.

- Hey, você veio! – Ele puxou minha cintura e me deu um beijo longo na bochecha – Aliás, o que achou da banda?

- Vocês são do caralho, sério – Eu dizia animada – Ganharam mais uma fã hoje.

- Do tipo interessante? – Ele me olhou maliciosamente e sorriu de canto.

- Ah vai se foder seu loiro maldito – Ri e o empurrei de leve. Ele me ofereceu uma bebida e disse que não iam demorar para ir pra casa. Assenti e olhei em volta, todos estavam ali, menos Slash. Ignorei, afinal eu nem conhecia o cara, só sabia que ele era do tipo que não socializava muito pelo visto.

- Hey, cadê as fotos? – Levei um susto tão grande que quase derrubei meu copo que estava enchendo de bebida, eu estava de costas e ouvi uma voz grossa perto do meu ouvido – Eu quero elas, vi você tirando várias hoje.

- PUTA MERDA AXL, VOCÊ ME ASSUSTOU PORRA! – Me virei encarando seu rosto, ele estava com uma bandana vermelha que prendia seus cabelos ruivos que grudavam em sua pele suada. Meu deus, como aquele cara era gostoso.

- Parece que hoje todo mundo tirou a porra do dia pra gritar comigo, não é possível – Ele esbravejou e acendeu um cigarro – Você é fotografa ou algo do tipo?

- Ahn? – Estava realmente difícil de prestar atenção em alguma coisa que ele dizia, porra, ele tava sem camisa e perto demais de mim pra eu conseguir raciocinar – Ah, sim, quero dizer, não, eu só tiro fotos porque gosto mesmo, tipo um hobbie.

- Hm – Ele arqueou as sobrancelhas e virou sua atenção para Amy que estava sorrindo, conversando com Izzy. Ele encarou seu cigarro e seu semblante se fechou.

- HEY, ISSO É MEU – Ele tomou o copo de minhas mãos virando todo o liquido. Não disse nada, apenas saiu andando depressa e esbarrando nas pessoas. Cogitei por um misero segundo ir atrás dele e perguntar que porra estava acontecendo entre ele e Amy, mas resolvi deixar pra lá. Já tenho meus próprios problemas, como o fato de eu estar completamente sem emprego. Balancei a cabeça tentando me livrar desses pensamentos, afinal eu queria mesmo era encher a cara, o que estava sendo incrivelmente difícil porque toda hora alguém pegava meu copo ou esbarrava em mim.

Depois de um tempo – e muitas garrafas de whisky, vodca e afins – seguimos para a hell house. Eu e Lola – e sua nova “namorada” – seguimos de taxi e o resto da banda, e a Amy, foram de carro ou sei lá o que eles usam pra ir de casa pro show.

A primeira coisa que fiz quando cheguei naquele lugar foi soltar um “PUTA QUE PARIU” bem alto, o que fez Duff rir da minha cara de espanto. A festa nem tinha começado ainda e a casa já estava bem “animada”. Várias garotas dançando, vários caras – que presumi serem de outras bandas – bebendo, fumando e inalando sabe-se lá o que, incontáveis garrafas de bebidas e cartelas de cigarros espalhadas pelo que deduzi ser a sala de estar.

Eu estava em pé, observando os discos empilhados em uma estante quando Amy me puxou bruscamente me fazendo derramar minha bebida, quase estragando minha câmera.

- AMY? QUE PORRA VOCÊ TÁ FAZENDO? – Ela me puxou até fora da casa, atravessamos a rua e ela olhou pros dois lados com os olhos arregalados. Continuei a encarando e ela afagou o rosto com as mãos.

- Liz você tem que me ajudar em uma coisa – Ela dizia rápido – Na verdade eu preciso mais de um conselho sabe? Eu to prestes a fazer uma coisa que eu sabia que ia acontecer na verdade, mas agora que ta quase acontecendo eu to um pouco assustada, mas acho que eu devia estar assustada, afinal é a primeira vez que eu...

- AMY – Estalei os dedos em frente seu rosto – Calma, respira, e me fala o que ta acontecendo porque eu não to entendendo porra nenhuma.

- Eu sou virgem Liz – Ela disse quase sussurrando, como se alguém pudesse ouvir – Eu nunca transei, e o Steven quer transar comigo, e eu não sei o que fazer ele não sabe que eu sou virgem e eu to com me...

- Calma, espera um pouco Amy, você tá me dizendo que é virgem? Tipo, virgem virgem mesmo?

- Não não Liz, eu to zoando com sua cara, olha aqui to rindo pra caralho.

- Tá, calma. – Segurei suas mãos – Do que você tá com medo?

- Pênis, Liz. Eu to com medo de ser introduzida por um.

Segurei o riso.

- Ok, mas você não tem que fazer nada que não queira. Você sabe disso, não sabe?

- Mas o problema é que eu quero. Mas to com medo, Liz vai entrar uma coisa dentro de mim, tipo DENTRO DE MIM! E eu não sei o que fazer.

- Bom, basicamente você só tem que, sei lá, abrir as pernas?

Ela me jogou um olhar mortal.

- Eu to falando sério Elizabeth.

- Do que você tem medo?

- Vai doer?

- Talvez.

- Ai meu Deus. – Ela colocou o cabelo atrás da orelha – E se eu começar a chorar?

- Você não vai chorar Amy – Eu ri – Acredite, talvez você chore de alegria depois de um tempo – Dei um empurrãozinho dela, que abriu um sorriso que só ela sabia dar.  

- Hoje então eu oficialmente não serei uma virgem.

- Meus parabéns – A abracei fingindo empolgação – É só sexo Amy.

- Obrigada Liz, de verdade.

Assenti e voltamos para a festa, que aliás estava bem alta.

Entrei na sala e vasculhei com meus olhos procurando pela Lola. Ela estava abraçada com a ruiva e conversando – quase gritando – com Duff e Izzy.

- JÁ FALEI QUE NÃO VAI ROLAR MENAGE DUFF – Suas palavras saiam arrastadas por conta de seu estado – E IZZY DARLING EU ACHO VOCÊ MUITO GOSTOSO MAS EU TENHO NAMORADA AQUI Ó – Ela dava um beijo na ruiva que apenas sorria o tempo todo.

- Não acredito que você me prometeu um ménage e não vai cumprir Lola, sacanagem! – Duff dizia enquanto virava uma garrafa de cerveja – Nunca mais acredito nas suas promessas.

- Quem vai fazer ménage aqui? – Cheguei tomando a garrafa da mão do Duff que me olhou com cara de “hey, isso é meu” – Aliás Duff, existe algum cômodo seguro nessa casa? – Dei um gole na cerveja - Tipo um quarto ou algo do tipo?

- Olha eu achei que fosse demorar mais pra você me convidar pra transar, mas já que insiste – Ele levantou as mãos em sinal de rendição.

- Eu não quero transar, só quero guardar minha câmera em um lugar que alguém não derrame bebida nela – Revirei os olhos – E porque você tem tanta certeza assim que eu vou transar com você?

- Você vai – Ele piscou pra mim. Ok, talvez eu queira mesmo transar com ele – Vem eu te mostro onde você pode “guardar a câmera” – Ele fez sinal de aspas com os dedos. O segui por uma escada que dava para um corredor com alguns quartos. Ele foi até o segundo e abriu a porta, me dando espaço para entrar.

- Mi quarto es su quarto. Pode colocar ela ai.

- Ah, obrigada – Entrei no cômodo que era relativamente grande. Tinha uma mesa com vários papeis em cima, algumas garrafas e cigarros no chão e um baixo encostado do lado do criado mudo. Afastei alguns papeis e coloquei minha câmera em cima da mesa.

Me virei para a porta e ele estava lá, encostado de uma forma excessivamente sexy, fumando seu cigarro e me encarando com um sorriso torto nos lábios. Me peguei o encarando tempo demais e inconscientemente mordendo a parte inferior de meus lábios.

Passei lentamente por ele, que segurou meu braço e me puxou de forma que nossos corpos ficassem colados. Ele tragou seu cigarro e o jogou no chão, pisando em seguida. Seu rosto foi se aproximando do meu e logo podia sentir seu perfume, seus lábios roçaram os meus e ele subitamente afastou-os, soltando a fumaça que restava em seus pulmões. Ele me encarou por alguns segundos, e me beijou tão profundamente que perdi toda a noção de lugar ou tempo. Apenas ouvi o estrondo da porta se fechando atrás de nós. 


Notas Finais


O que acharam? A opinião de vocês é de extrema importância.


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