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História Watch Boy e Lucky Girl - Indo para Casa, parte I


Escrita por: csg-III

Notas do Autor


Imagem de capa: Upgrade / Ultra-T
(Créditos ao leitor Johnstorm, que fez a edição da imagem)

Capítulo 20 - Indo para Casa, parte I


Fanfic / Fanfiction Watch Boy e Lucky Girl - Indo para Casa, parte I

 

Indo para Casa, parte I

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Ben

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“Droga! O Lagrange está escapando!” Vô Max gritou. O trio Tennyson estava a bordo da Lata Velha numa perseguição a um criminoso procurado de nome Lagrange. “O carro dele é muito rápido, vamos perdê-lo…”

“Não se preocupe, Vô!” Watch Boy disse, discando o Omnitrix, “O XLR8 é ainda mais rápido!”

Lucky Girl segurou o braço dele antes que ele pudesse bater no relógio. “É, mas talvez o XLR8 não seja forte o suficiente pra parar um carro, Panaca. Porque você não dá um upgrade na Lata Velha ao invés disso?”

Ben pensou em ignorar a sugestão dela, e dizer que ele já tinha tudo sob controle, mas ele decidiu ouvi-la. Ele esfregou de leve o dedo no nariz dela e disse, “Dessa vez até que você me deu uma boa ideia, Bobona.”

“Tá na hora do herói!” Ben selecionou o Upgrade, bateu no relógio, e sentiu seu corpo perdendo consistência e se transformando numa forma gelatinosa preta, coberta por circuitos elétricos verdes.

Upgrade se fundiu com o trailer do Vô Max e poucos segundos depois eles estavam lado-a-lado com Lagrange. Upgrade se desfundiu da Lata Velha e pulou para o carro de Lagrange, tomando o controle dele. “A corrida acabou, Lagrange.” Upgrade parou o carro e usou o cinto de segurança para prender o criminoso.

Max e Lucky Girl desceram da Lata Velha e Max algemou o bandido.

“Isso foi uma trapaça! Você roubou!” Lagrange gritou enraivecido. Seus olhos, por trás dos óculos de sol vermelhos, estavam provavelmente lançando um olhar de puro ódio para o herói. “Va t'faire mètt, connard!” Upgrade nem precisava das funções de tradução do Omnitrix para entender que estava sendo xingado.

“Ladrão que rouba ladrão tem cem anos de perdão.” Upgrade respondeu irônico.

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Algumas horas depois, Vô Max dirigiu até a base mais próxima da S.E.C.T. De lá, a Lata Velha foi teletransportada de volta para Bellwood num dos “elevadores de teletransporte” da S.E.C.T. Já de volta em Bellwood a caminho de suas casas, Ben e Gwen estavam conversando sentados no sofá da Lata Velha.

“Essa missão foi legal, mas eu espero que a S.E.C.T. me dê algo mais desafiador.” Ben estalou os dedos, “Parar vilões mequetrefes como o Lagrange parece um desperdício do meu talento.”

“Dá pra você ser um pouco mais cheio de ego, Ben? Tá muito pouco até agora.” Gwen suspirou. “Pelo menos você me ouviu quando eu disse pra usar o Upgrade e não o XLR8.”

“De vez em quando eu tenho que fazer você se sentir útil, né?” Ben disse, com um sorrisinho.

“Panaca.” Gwen lançou um olhar cheio de raiva para o Ben. “Esse sofá já tá cheio demais com você e o seu ego.”

Gwen se levantou, mas Ben a segurou pelo braço. “Ei, ei, você sabe que eu tô só brincando né, priminha? Você é tudo pra mim, eu estaria miserável sem você.” Ele disse, beijando a mão dela várias vezes.

“Eu vou pensar se te desculpo, Panaca.” Gwen disse, com um sorriso, num tom de brincadeira.

“Eu faço qualquer coisa que você quiser?” Ben fez cara de cachorro pidão.

“O que o seu eu de um ano atrás diria para o seu eu de hoje se te visse se jogando aos meus pés desse jeito?” Gwen arqueou a sobrancelha, ainda sorrindo.

Ben olhou discretamente para ter certeza que o Vô Max estava distraído na direção, e abaixou o tom de voz para responder a Gwen, “Ele diria: ‘A garota mais linda do mundo tá afim de você, se você estragar isso eu vou arrebentar a sua cara!’.”

Gwen riu. “Bom, eu vou pegar o gravador, aí você repete que eu sou a garota mais linda do mundo e está perdoado.”

“Espera um minuto,” Ben disse em tom de brincadeira, “O Ben de um ano atrás diria isso. Eu não conhecia a Encantriz naquela época, agora eu acho que vocês estão empatadas como as duas garotas mais lin-” Gwen deu um soco no braço do Ben. “AI!! Você me bateu de verdade.”

“Você mereceu, panaca.” De algum jeito, Gwen estava brava e rindo ao mesmo tempo.

De repente os olhos da Gwen brilharam num tom azul idêntico a cor da magia dela por um segundo, e então a Gwen pareceu congelar.

“Gwen, o que está acontecendo?” Ben sacudiu o braço dela, já começando a entrar em pânico.

Vô Max parou o trailer. “Gwen? Está tudo bem?”

“Eles estão falando comigo…” Gwen disse, como se estivesse em outro lugar, “Eles estão falando com todos nós.”

“Nós não estamos ouvindo nada, Gwen.” Vô Max se aproximou dos adolescentes, preocupado.

“Nós… ela quis dizer Feiticeiros.” Ben pensou em voz alta. Ele rapidamente acionou o Omnitrix para se transformar no Magus Viridis.

“-sa é provavelmente a única chance que teremos de voltar para casa, para Anodyne.” Magus ouviu uma voz diretamente em sua cabeça. Ele também sentiu o Vô Max sacudindo ele, tentando falar com ele, mas o Vô Max parecia tão distante.

A voz continua falando com ele. Deu um endereço - que ficava em outro Estado - e pediu que estivesse naquele endereço em um certo dia e horário, uma semana depois, pronto para ir para casa. Tudo seria explicado lá.

Magus e Gwen ‘despertaram’ ao mesmo tempo.

“Graças a Deus, estava preocupado com vocês, crianças.” Vô Max suspirou, “O que aconteceu?”

Magus estava quase tão confuso quanto o Vô Max, então esperou que a Gwen tivesse alguma resposta.

“Alguém usou um feitiço muito poderoso para falar com a gente. Não só comigo e com o  Ben, mas com todos os feiticeiros que vivem aqui.” Gwen disse.

“Aqui? Você quer dizer em Bellwood?” Vô Max perguntou.

“Não,” Gwen balançou a cabeça “Talvez aqui nesse país? Eu não sei quão longe esse feitiço pode ter chegado. Eles estão reunindo todos os feiticeiros. Parece que conseguiram um jeito de transportar todo mundo para Anodyne, nosso planeta-natal.” Gwen disse.

Gwen era tão... humana… Era fácil esquecer que ela era descendente de alienígenas.

“O QUÊ?” O queixo do Vô Max caiu.

“Eu vou contar a vocês o que a minha avó me contou, a história que é passada através das gerações para o nosso povo. Milhares de anos atrás, Anodyne foi devastado por guerras ao ponto de ficar inabitável. Todo mundo morreria aos poucos se permanecesse lá. Um grupo de Feiticeiros sobreviventes das guerras se juntou e, usando magia, conseguiram encontrar um outro planeta onde poderiam viver, a Terra. Mas… a Terra era longe demais. Eles pagaram um alto preço para criar um portal de Anodyne para a Terra. Muitos Feiticeiros morreram para conjurar o feitiço do portal que garantiu a sobrevivência da nossa espécie.” Gwen disse, e fez uma pausa.

“Hoje com certeza Anodyne já está habitável de novo.” Gwen continuou a dizer, “Mas nós Feiticeiros estamos todos relativamente bem aqui. Ninguém arriscaria a vida para criar um portal de volta para lá. Devem ter conseguido um jeito seguro de levar todo mundo pra lá.”

“Você me disse que sua avó tinha ficado com o bracelete que evoluiu a Sunny.” Magus lembrou, “Os amigos dela podem ter conseguido um jeito de usar aquilo para evoluir outros Feiticeiros. Um grupo grande de Anoditas evoluídos pode ser poderoso o suficiente para criar um portal daqui até Anodyne sem perderem suas vidas.”

“Você está certo.” Gwen disse. “Eu tenho que conversar com a minha avó, com a Encantriz, e provavelmente com a minha mãe também.”

Magus sentiu um frio na espinha. Será que a Gwen iria querer ir para Anodyne? Será que ela  iria embora com o povo dela?

Talvez ele pudesse ir com ela? Magus Viridis era um Feiticeiro também, talvez eles permitissem que ele fosse junto. Mas e quanto ao Vô Max? A sua mãe? O seu pai? Se ele tivesse que fazer uma escolha...

“Gwen, eu quero que você saiba que…” Magus respirou fundo, hesitou um pouco, mas finalmente disse, “Eu seguiria você pra qualquer lugar.”

Primeiro Gwen olhou para ele confusa. Depois, ela abriu um sorriso de orelha a orelha. “Não se preocupe, sair da Terra nem passou pela minha cabeça, priminho. Mas suas palavras significam muito pra mim!” Ela deu um abraço bem apertado nele.

Outra coisa fácil de esquecer, era quando o Ben era o Ben e quanto o Ben era o Magus Viridis, já que os dois tinham exatamente a mesma aparência.

Se a Gwen lembrasse que o Ben era o Magus agora, ela não teria o abraçado. Se o Ben lembrasse que ele era o Magus agora, ele a impediria de abraçá-lo.

O segundo que a Gwen colocou os braços em volta dele, eles sentiram a forte conexão mágica que havia entre suas auras.

Ambos sabiam que o Vô Max estava ali, olhando para eles, então eles não podiam se deixar levar pelos ‘instintos’. Mas ao mesmo tempo, a sensação de estarem ali tão próximos era simplesmente maravilhosa, eles não queriam se soltar. Então, eles permaneceram naquele abraço apertado durante alguns minutos. Gwen deu vários beijos no rosto dele, e ele fez o mesmo com ela. Ben precisou de todo o seu auto-controle para não deixar as coisas irem além disso.

Finalmente, o tempo do Omnitrix expirou e o Magus voltou a ser o Ben.

Vô Max simplesmente os encarou com cara de quem já sabia de tudo. Ben e Gwen obviamente não falaram nada. Os minutos de viagem até a casa da Gwen foram um silêncio embaraçoso. Mas assim que a Gwen saiu da Lata Velha, Vô Max fez uma cara séria e pediu que o Ben se sentasse no banco do carona. Ben sabia que aquilo provavelmente iria acabar mal.

Após alguns instantes, Vô Max finalmente quebrou o silêncio, “Antes da sua avó, eu conheci uma alienígena. Ela era uma Uxorita. Uma espécie reptiliana com dois tentáculos na cabeça e uma longa cauda.  Ela ‘naufragou’ na Terra, e ficou sob a proteção da S.E.C.T até que a nave dela fosse consertada. O nome dela era Xylene.”

Ben estava surpreso. O vovô nunca havia contado isso a ele. “Vocês dois…”

“Sim, nós namoramos por um tempo. Mas meus amigos e minha família não gostaram disso. Você sabe que meus irmãos, seu tio-avô Gordon e sua tia-avó Vera, foram agentes da S.E.C.T. também. Eles perceberam o quão próximo eu havia ficado da Xylene.” Vô Max disse.

“E o que aconteceu?” Ben perguntou.

Vô Max suspirou. “Ela ofereceu para que eu fosse embora com ela. A nave dela seria nossa casa, e poderíamos ir pra qualquer lugar na Galáxia. Mas… eu não a amava o suficiente para deixar tudo pra trás e segui-la pra qualquer lugar.” Max fez uma pausa. “Quando você falou pra Gwen que você a seguiria para qualquer lugar foi só um impulso de momento ou você realmente a ama o suficiente para abandonar tudo por ela?”

Ben corou de vergonha. O Vovô já sabia. Ele havia contado sua história para o Ben saber que ele não o julgaria.

Ben suspirou. “A Gwen é a garota mais maravilhosa que eu já conheci. Ela tem um bom coração, é divertida, está sempre do meu lado pro que der e vier. E, claro, ela é muito gosto- muito bonita.” Ben fez uma pausa, e depois continuou num tom mais baixo, “Enquanto no fundo, eu sou só um perdedor cuja única qualidade é ter um relógio alienígena maneiro. E ela ainda gosta de mim. É claro que eu faria qualquer coisa por ela.” E então Ben deu de ombros, “De qualquer jeito, a Gwen disse que não tem intenção de ir embora para Anodyne, não tem com o que se preocupar quanto a isso.”

“Ben, eu quero que saiba que eu vou apoiar você seja qual for a sua decisão, mas…” Vô Max disse com uma expressão preocupada, enquanto dirigia, “Eu quero que você tenha certeza que está fazendo isso pelos motivos certos.”

“O quê?” Ben perguntou, confuso.

“Eu te contei a minha história.” Vô Max disse.

“Você não ficou com a Xylene…” Ben sussurrou.

“Eu fiquei feliz com a minha escolha. Eu me apaixonei pela sua avó, me casei com ela e tive uma família maravilhosa - incluindo dois netos fantásticos - e eu vivi muitas aventuras como um agente da S.E.C.T. Se eu tivesse ido com a Xylene, eu provavelmente teria sido feliz também, mas talvez não tanto quanto eu fui.”

“Você quer dizer que eu não deveria ficar com a Gwen?” Ben perguntou, triste.

“Não, não é isso que eu quis dizer.” Vô Max respondeu, “É só que… Vocês dois são primos. Você tem que estar preparado para sua vida virar de cabeça pra baixo. Sua família, seus amigos… Muitas pessoas não vão entender isso.” Vô Max disse, “Ben, se você está pronto para tudo isso, ou é porque você ama a Gwen mais do que qualquer coisa, OU você está pulando de cabeça numa paixão porque você está infeliz e quer encontrar um pouco de felicidade na sua vida. Eu só quero que você tenha certeza que o seu caso é a primeira opção para que não tenha arrependimentos depois.”

“Eu garanto que é a primeira opção, Vovô.” Ben respondeu.

“Obrigado, Ben.”  Vô Max disse, “Você e a Gwen tem o meu apoio incondicional.”

“Você conhece os seus filhos melhor do que ninguém. Você acha que o meu pai e o pai da Gwen vão nos apoiar também?” Ben perguntou.

Eles haviam chegado na casa do Ben. Vô Max estacionou o trailer na frente da casa. Depois ele olhou para o Ben e soltou um longo suspiro. “Não, eu não acho que Carl e Frank vão apoiar vocês, Ben.”

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Naquela noite, a família da Gwen foi jantar na casa do Ben. Ben notou que a Gwen estava cabisbaixa e triste. Depois do jantar, enquanto seus pais conversavam na sala, Gwen e Ben foram para o quarto do Ben.

“Eu não gosto de ver minha Panaca tristinha desse jeito,” Ben disse, fechando a porta. “O que está acontecendo?”

“Eu liguei pra minha avó, Ben…” Gwen disse, se sentando no chão do quarto. “Ela vai para Anodyne. Depois de semana que vem, eu nunca mais vou vê-la de novo.”

“Eu sinto muito Gwen...” Ben se sentou ao lado dela e a abraçou bem forte.

CONTINUA…

 


Notas Finais


* Desculpe, pessoal, tô muito ocupado ultimamente com o fim do semestre da faculdade, então o capítulo acabou ficando mais curto mesmo, e não sei quando vou conseguir ter tempo de escrever o próximo :/

Quero que saibam que o apoio de vocês é a minha motivação para escrever, se você gosta da fic e ainda não favoritou, por favor favorite :)

Eu estou finalmente terminando o plot dos Anoditas nesse arco. Depois disso, vão haver dois grupos de feiticeiros: os feiticeiros evoluídos, em Anodyne - eles serão os Anoditas. E os feiticeiros (quase) humanos, na Terra - eles passarão a ser chamados por outro nome. A grande pergunta é se a Verdona vai embora para Anodyne ou se ela vai ficar na Terra com a Gwen e a Encantriz. Qual você acha que será a decisão final dela? Conte-me num comentário!! :)


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