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História Waterflows - Grow together


Escrita por: evilnoona666

Notas do Autor


estamos chegando ao final, eu acho... minha expectativa era terminar em 3 capítulos, porque não tenho disciplina para investir em long fics, mas acabou que o negócio se desenvolveu além do que eu esperava. agradeço todo mundo que tá acompanhando, sim vcs 2 aí, quem é sabe kk 9-9 e quem eventualmente aparecer aqui no futuro, obrigada pela atenção e deixem comentariozinhos com suas opiniões, elogios ou críticas construtivas são sempre bem vindos.
ia dividir esse cap em dois, mas deixei pra lá ¯\_(ツ)_/¯

Capítulo 6 - Grow together


Fanfic / Fanfiction Waterflows - Grow together

Taeyong já tinha assistido alguns filmes e séries no quarto do Taemin, mas aquela “sessão de cineminha” especificamente no diminutivo – é importante pontuar – como os membros chamavam, era outra coisa. Johnny contou que na época que treinava com os sunbaes do EXO era comum se reunirem pra assistir filmes adultos, pois a tecnologia dos celulares era limitada e só tinham um PC por dormitório, as vezes nem isso, então acabou virando um rito de amizade, como os banhos em grupo que Baekhyun insistia na importância para o bem-estar geral do grupo. Mark participou umas três vezes, mas só admitiu uma para Taeyong, jurando que não sabia do que se tratava até que Baekhyun abriu uma garrafa de absinto e ligou a TV conectada ao tablet em uma página em grid view com várias cenas diferentes sendo transmitidas ao vivo. Aparentemente era um site de CamGirls/Boys. Os hyungs conversavam, bebiam e de vez em quando faziam comentários sobre algo que acontecia na tela, relembrando experiências próprias, ou relatando fantasias.

Mark disse que não conseguiu ficar ali muito tempo, sentindo-se extremamente envergonhado – ou excitado? – e foi para o próprio quarto dormir. “Hm haha”, o outro pensou. Ele só deixou de mencionar a Taeyong que voltaria a comparecer outras vezes e ficaria até o final, quando todos apagavam embriagados, amontoados sobre o cobertor. Mark também omitiu que, quando acordava na alta madrugada, alguma cena estranha se desenrolava. Peças de roupas aleatórias espalhadas pelo chão, movimentos suspeitos sob as cobertas, ou risadinhas de dentro do closet que ele preferiu não descobrir de quem era. “Apenas provocação.” A fala de Ten rodava e rodava em sua cabeça. É, Mark parecia bem provocado, diria que quase traumatizado, mas ao mesmo tempo aparentava estar estranhamente contente. “Ah, dane-se.”

Ele arrumava seu lado do quarto meticulosamente, tentando não se deixar distrair pela zona do Mark na outra metade. Sentia falta das suas plantinhas e aquário, mas confiava que Doyoung e Johnny iriam seguir à risca a lista de tarefas indispensáveis que ele deixou colada na parede. Na verdade, “lista” é um eufemismo, era mais como um manual dolorosamente detalhado com palavras-chave em caixa alta e sublinhadas, muitas exclamações. Ele também deixou ordens explicitas para que não tentassem repassar nenhuma das tarefas para Haechan, pela saúde mental e segurança física dos seus amigos fotossintéticos e aquáticos.

Duas batidinhas na porta, o ranger das dobradiças e a cama recém feita sendo maculada pelo tailandês mais folgado que Taeyong conheceu em sua vida. Ele respirou fundo contando até dez, mas ao chegar no dez, que em sua cabeça não era mais um numeral e sim o rosto irritante em sua frente, ele se sentiu furioso novamente. Levou uma mão ao próprio rosto expirando longa e ruidosamente, jogando o pano que usava para lustrar a mesa de cabeceira no chão.

“Por que você faz questão de dificultar a minha vida?” O coreano rosnou entre os dedos.

“Achei que estava contribuindo para facilitar.” Ten abraçou um travesseiro mordiscando o nó do dedo indicador.

Taeyong abriu a boca pra retrucar, mas optou por não dar continuidade. Apanhou o retângulo de tecido do chão e voltou ao seu serviço em silêncio, sentindo o olhar aguçado do tailandês o perfurando por trás de sua cabeça.

“Kai-hyung chegou com as bebidas. Ele trouxe um monte de garrafas.” O outro continuou, numa óbvia tentativa de chamar sua atenção.

“Sou fraco pra álcool.” Taeyong resmungou sem interromper sua atividade. Ten o assistiu calado por alguns segundos, olhou em volta e finalmente se deu conta do motivo da reação negativa do rapper. Levantou da cama em um salto e se pôs a esticar as cobertas com urgência. O loiro se virou curioso com a agitação atrás de si e Ten o recebeu com o sorriso frágil num semblante cheio de remorso, as mãos ainda deslizando sobre as estampas abstratas. Taeyong dobrou o pano e o depositou cuidadosamente sobre a mesinha. “Palhaço...” O insulto perdeu o propósito assim que saiu dos seus lábios ao passo que percorria a distância entre eles e o envolvia num abraço.

“Prometo que saio de lá com você na hora que quiser.” Ten soprou em seu pescoço.

“Obrigado.” O perfume floral do mais baixo o reconfortava.

 

Não era tão constrangedor quanto parecia. Todos estavam bem descontraídos conversando e rindo, os gemidos que saíam das caixas de som até pareciam a coisa mais natural e adequada para se ouvir enquanto discutiam a melhor forma de beber gin: com água tônica ou suco de limão? Baekhyun tentava convencer Taeyong a colocar só mais um pouquinho de bebida alcoólica em seu copo, mas o mais novo estava decidido a completar a maior parte com suco e gelo. Lucas e Kai tinham perfurado o fundo de latas de cerveja e bebiam o mais rápido possível, enquanto Taemin os ameaçava de morte caso derramassem uma gota em seus lençóis. Mark ria sem saber se acompanhava os acontecimentos à sua volta ou à TV, a bebida sacudindo perigosamente em seu copo, mas se controlou rapidamente assim que Taemin abandonou os outros dois e apontou para ele em um gesto letal.

Gradualmente a agitação foi diminuindo, à medida que a sobriedade os abandonava ficavam mais propensos a se deixarem entreter pelo vídeo exposto na tela plana. A cama super king size comportava todos eles, mas Mark preferiu ocupar a poltrona ao lado, apenas as pernas descansando no colchão enquanto se afundava no sono embriagado. Lucas, Kai, Taemin e Baekhyun semissentados na cabeceira, enquanto Ten e Taeyong se acomodaram atravessados aos seus pés. Ten mais próximo da TV com Taeyong pousando um braço em sua cintura e o outro sustentando a cabeça mais elevada.

“Hyung, sério?” A voz do Lucas era incapaz de se manter num cochicho por mais que tentasse. Um “shh” de alguém que poderia ser Kai ou Taemin. “Ok!” Risadinhas. A coberta foi arrastada, descobrindo um pedaço de Ten que virou para reclamar, mas se interrompeu ao notar que Taeyong balançava sobre o apoio da mão, tentando segurar a cabeça que pendia toda vez que a sonolência derrubava a sua consciência.

“Quer deitar na sua cama?” O tailandês perguntou baixinho, Taeyong assentiu de olhos fechados e se deixou arrastar pelo mais novo. Antes de sair, Ten voltou para despedir dos outros, Lucas, Kai e parte de Taemin estavam enterrados pelo cobertor, que se movimentava caoticamente com risos abafados, Mark num sono profundo, copo vazio solto em seu colo, restando apenas Baekhyun e o olhar intrigado bebericando uma mistura estranha. Ten sorriu consternado dando de ombros, recebeu o sorriso solidário do outro em retorno. Se ele tinha algum objetivo em mente, com certeza não era fazer Taeyong dormir. Sabe quando você acende uma bombinha de São João esperando um estouro, mas ela dá chabu? A sensação era essa.

 

Boca, pele, língua, cabelo, mãos, suor, genitálias. Taeyong não lembrava detalhes, mas o sonho tinha uma temática explícita. Resquícios do filme em seu subconsciente, ou feitiço do homem que tinha se apossado de metade do lado direito da sua cama. Checou o relógio. 4:30. Ótimo, no único que dia que eles não tinham obrigações pela manhã, não apenas sua mente estava plenamente desperta, mas todo o seu corpo palpitava com uma necessidade implacável. Girou o corpo para abraçar Ten, procurando conforto no calor e aroma suave que ainda permanecia em sua pele, apesar das notas alcóolicas no hálito. O tailandês se remexeu sob seu abraço.

“Acordado?”

“Eu te acordei? Desculpa...”

“Hm-hm” Ten negou balançando a cabeça, ainda de costas pra ele. “Não consegui dormir.”

“Tem alguma coisa te perturbando?” Taeyong franziu o cenho em preocupação, erguendo o tronco para avaliar a face do outro, mas Ten segurou a sua mão e a deslizou pelo corpo até a frente da calça. Um rubor subiu pelo pescoço do coreano se esparramando por todo seu rosto. “Relatable.” Proferiu em um inglês carregado de sotaque que o tornava ainda mais cativante na voz rouca de quem acaba de acordar.

 

Taeyong achava que já tinha recebido um boquete antes, mas agora ele estava convicto de que não sabia o que era ser chupado até que a aula do Ten começou. Ele assistia a cabeça do moreno se movendo pra cima e pra baixo, as bochechas ocasionalmente afundando para dentro e a língua faminta dançando na ponta sensível, ele mal usava as mãos. Toda vez que os olhos marejados do Ten encontravam o seu, ele esquecia de soltar o ar dos pulmões e se sentia sufocar por alguns segundos e então lembrava de expirar sofregamente com um chiado no fundo da garganta. Tentava ao máximo não ceder ao impulso de empurrar o quadril pra frente no encalço da satisfação dos seus sentidos, porque temia machucar o outro, mas Ten não parecia se importar, pelo contrário, parecia gostar quando Taeyong reagia por impulso e estocava com mais força do que intencionava.

Quando Taeyong assumiu a execução, ele não tinha a mesma destreza, mas também não era um caso perdido. Servia ao propósito. Aperfeiçoando a performance ao passo que percebia as reações do outro e desvendava o que mais o aprazia. A sensação de desfrutar o Ten em sua boca era tão gostosa que ele quase se sentiu ferido quando o tailandês o segurou pelos cabelos e o arrastou para um beijo lambuzado. “Como você prefere?” o moreno perguntou mal desacoplando os lábios. Como Taeyong demorou para responder, ele se afastou para estudar sua expressão, o coreano parecia alheio ao questionamento, um tanto confuso. “Dar ou comer, o que você prefere?” Repetiu categoricamente.

“Oh.” Taeyong se abismou com a própria falta de tato. “Eu nunca explorei realmente as opções para desenvolver uma preferência.” Ten levou uma mão para continuar estimulando o parceiro, enquanto seguia esquadrinhando seus traços. Ele sorria.

“Isso é perfeito.” Respondeu, surpreendendo o outro. “Podemos fazer de tantas formas, por que se prender a um só jeito, não é?”

 

É, ele nunca tinha explorado realmente as opções. Já sentiu a língua de Ten em tantos lugares diferentes em seu corpo, mas nada o tinha preparado para o momento em que foi invadido por ela na sua região mais reservada. Com os joelhos e os cotovelos na cama, o quadril o mais arrebitado possível, Taeyong se colocava completamente entregue. Ten avançava aos poucos, ganhando mais e mais espaço, adicionando um, dois, três dedos, enquanto Taeyong se contorcia e arfava à sua frente. Era uma visão extraordinariamente excitante. Quem diria que seu líder e hyung se desmancharia tanto com o seu toque, o tailandês estava inflado de orgulho e volúpia. Apesar de não querer perder mais nenhum segundo sem se apoderar do corpo do outro, ele tomava seu tempo amaciando a entrada apertada e inviolada do coreano, decidido a tornar a experiência o mais agradável possível. Uma sorte que o próprio Ten não teve com o trainee australiano que era tão desajeitado quanto ele na adolescência, pelo menos ele evoluiu, o australiano não teve o mesmo destino, em todos os sentidos, e acabou voltando para casa antes mesmo do debut da primeira unit do NCT.

Taeyong mal conseguia formar uma palavra, era um emaranhado anencéfalo constituído apenas de receptores sensoriais, sendo conduzido até o limiar da consciência através dos toques do Ten, que o virou de frente e se posicionou entre suas pernas assim que se deu por satisfeito com o resultado empreendido pelos seus dedos. “Como você tá?” Ten perguntou, se debruçando para o beijar gentilmente, em resposta Taeyong o atacou com a boca, aprofundando o contato lascivamente. Ten se afastou uma última vez, admirando a imagem do loiro todo bagunçado e desesperado, esticando os braços magros para forçá-lo a se aproximar novamente e foi o que Ten fez. Devagar, com zelo e carinho, se empurrou para dentro dele, atento para as possíveis expressões de incômodo, porém Taeyong fechou os olhos em êxtase, arqueando as costas quando a pequena glândula sensível, localizada estrategicamente logo abaixo da sua bexiga, foi estimulada pelo comprimento do tailandês.

Ao se acostumar com o estiramento, o corpo do Taeyong instintivamente passou a se mover, convidado o outro a tomar parte. “Mais, mais.” Ele balbuciava embolado, atordoado, e Ten ofertava mais e mais, do jeito que ele queria. Um fio de saliva caiu dos lábios do moreno em direção ao ponto em que seus corpos se encontravam, adicionando viscosidade ao contato. O movimento mais veloz, o barulho das peles se chocando, os gemidos e grunhidos animalescos. Taeyong levou as mãos para agarrar os próprios cabelos, enquanto Ten passava a língua no pequeno broto eriçado em seu peito. Ele estava quase em seu limite. Abriu os olhos vidrados encarando o outro que levantava o rosto em sua direção, boca entreaberta, mirada embriagada. Ten também estava completamente entregue às sensações que Taeyong proporcionava, elogios e vulgaridades se intercalavam em sua fala e excitavam o loiro igualmente, porque não era tanto o conteúdo que o provocava, mas o simples som da voz do tailandês rastejando pelos seus ouvidos.

Os quadris colidiam impiedosamente, suas mãos deslizavam, apalpavam, apertavam e arranhavam aflitas. Ten ocasionalmente os fazia mudar de posição a fim de prolongar ao extremo aquele momento, mas sabia que não podia exagerar, ou Taeyong teria problemas para dançar adequadamente mais tarde. Deitado de lado, um braço afastando as pernas do coreano, Ten se aproximava do seu clímax e, pelo jeito que Taeyong fincava as unhas em sua bunda e o puxava para mais fundo, os dois não demorariam para atingir a descarga libertadora que tanto ansiavam. As estocadas ficaram sem ritmo, anárquicas, mas poderosas. Taeyong foi o primeiro a se contrair revolvendo o corpo, cavalgando seu orgasmo e provocando o do Ten logo em seguida, que mordeu o seu ombro suprimindo um gemido, que do contrário seria alto demais, ao se dissolver em espasmos inebriantes.

“Uau.” Ten suspirou ainda recuperando a capacidade de formar pensamentos nítidos, rolando de barriga pra cima com um sorriso estampado na face. Taeyong se virou para ele, com os olhos brilhando, lisonjeado e aliviado por sua falta de experiência não ter sido um empecilho para ambos. Os dois se enroscaram de maneira morosa, acariciando um ao outro até que o sono repousasse novamente sobre eles.  Extraordinariamente, Taeyong não se sentiu nem um pouco incomodado pela bagunça em seus lençóis.

 

Os sete arrumavam a cozinha em silêncio após um brunch, o tilintar de talheres e pratos eram os únicos sons ecoando pelas paredes durante longos minutos. Gradativamente a atmosfera foi ficando mais apreensiva, até que Mark colocou um copo na dispensa com um barulho de impacto mais alto do que o necessário. “Não consigo!”

Taemin fechou os olhos com a mão livre de espuma, Kai mordeu os lábios respirando fundo, Baekhyun tentava manter a expressão neutra sem sucesso e Lucas corria os olhos pelo recinto evitando Ten e Taeyong numa feição aterrorizada. “Caras, eu amo vocês, mas vocês são muito barulhentos! Tenham dó!” Mark balançava o pano de prato em direção aos dois que vestiam os pijamas trocados, a camisa do Ten, que na verdade era do Taeyong, do avesso. “A gente combinou não comentar nada, mas se continuar assim não vai ter condições. Ou transa quieto, ou vai pra um motel.” Baekhyun estourou em gargalhadas com as últimas palavras, os outros acompanharam em sequência, até Mark abandonou a expressão furiosa e riu de si mesmo. Taeyong ficou mais do que vermelho, sentia sua cara rodopiar em mil cores como uma Beyblade desgovernada. Sentiu a mão tranquilizante de Ten em sua perna e o fitou, o tailandês parecia se divertir, então Taeyong se permitiu relaxar.

“Foi mal, galera, não percebemos.” Ten falou de forma inocente, Mark deu um soquinho na mesa em um misto de irritação e graça. Taeyong entendia perfeitamente, Ten o fazia se sentir daquela forma frequentemente.

“Tudo bem, acontece.” Taemin deu de ombros. “Fez com que nos sentíssemos bem próximos, sabe, participantes. Agradeço a oportunidade.” Lucas deu tapinhas no ombro dele, engasgando na risada.

“Digo o mesmo, acho que aprofundamos ainda mais nossa amizade.” Kai completou, atraindo murmúrios de concordância dos dois outros sêniores.

“Agora só falta uma coisinha.” Baekhyun acrescentou, o riso pernicioso crescendo em seu rosto.

Taeyong já sabia o que estava por vir e, dessa vez ele não se importava mais, já se sentia completamente exposto mesmo, acabava de rasgar a página com o termo “constrangimento” do dicionário ilustrado de sua vida.


Notas Finais


O próximo capítulo deve demorar mais um pouco, mas vou tentar postar o mais rápido possível.


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