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História Wave - Trip


Escrita por: unknownwriterr

Notas do Autor


Oiii meus amores!! Muito obrigada pelos comentarios e favoritos, voces sao demais!! Leiam as notas finais e boa leitura.

Capítulo 5 - Trip


Fanfic / Fanfiction Wave - Trip

ANGEL PROUSC POINT OF VIEW

Downtown - LA

Casa de Justin    

9:40 AM    

Despertei quando escutei um barulho estranho na cozinha. Parecia que alguém estava batendo panelas. Tá tendo algum protesto?    

Levantei do sofá em que havia dormido, logo abaixo Chaz e Ryan roncavam no colchão. Usava uma blusa que eu não sabia como tinha vestido, não fazia a mínima ideia. Ontem passava como um borrão na minha mente, por pelo menos doze horas do dia anterior eu estava bêbada.    

— Mas o que merda é ess... — Me embolei nas palavras quando tive a visão de um Justin só de calça moletom fazendo panquecas. O fôlego pareceu inexistente por alguns segundos. — Está tentando tirar Obama da presidência batendo essas panelas, querido? — Exalei ironia.     

— Bom dia Angel. — Ignorou meu comentário e colocou mais uma panqueca no montinho que havia se formado no prato e em seguida me deu um beijo na testa. Ele colocou mel em cima das panquecas e empurrou o prato em minha direção.     

— Valeu. — Agradeci, estava mesmo morrendo de fome.     

— Quer surfar hoje? — Perguntou se sentando ao meu lado, logo após se servir com ovos e bacon. Apenas assenti.     

Precisava passar em casa, tomar um banho bem tomado no meu chuveiro e trocar de roupa. Urgente.     

— Então... O que tá pegando entre você e Khalil? — Perguntou indiferente enquanto dava mais uma garfada.    

— Khalil? — Ri. — Nada. Ele é meu amigo. — Dei de ombros.     

— Eu também sou seu amigo.    

— E o que tem? — Franzi o cenho. Onde ele queria chegar?     

— Você beija todos os seus amigos? — Indagou.     

— Algum problema? — Perguntei rindo. Prolonguei aquilo, afinal queria saber o que ele pensa. Apesar de ele ser o único que beijei na Califórnia, vou deixa-lo pensando que beijei Khalil também.     

— Nenhum. — Falou simples. Levantei e coloquei meu prato em cima da pia. — Apenas gosto de exclusividade. — Levantou-se também e me prensou contra a bancada, apertando minha cintura com força. A aproximação inesperada fez minha respiração falhar.     

— Você quer ser o meu amigo exclusivo, Bieber? — Minha voz saiu com mais malícia do que deveria. Foda-se. Envolvi seu pescoço com os meus braços.     

Ele não respondeu, na verdade, respondeu sim. Mas não com palavras. O loiro contornou minha cintura com seus braços e me sentou na bancada, enlacei seu tronco com as minhas pernas. Seu hálito gélido chicoteou minha bochecha, me causando arrepios. E então ele finalmente me beijou.     

Nossas línguas estavam em perfeita sincronia enquanto suas mãos ágeis adentravam a blusa que eu vestia, seu toque preciso fazia caminho nas minhas costas, minhas longas unhas arranhavam sua nuca. Meus pulmões não estavam de acordo, mas simplesmente ignorei o fato de precisarmos de ar.     

— Wow. — Parei o que estava fazendo imediatamente quando os dois idiotas entraram na cozinha. Meu corpo parecia não aprovar a distância dos meus lábios dos de Justin, sentia como se precisasse de mais. Minha respiração estava ofegante e Justin não estava muito diferente. Sua boca estava mais avermelhada do que o normal e parecia até um pouco inchada.     

— Um quarto me parece um pouco mais apropriado, o que você acha Ryan? — Chaz brincou. Revirei os olhos e desci da bancada.    

— Foi mal aí, Bizzle. Tenho que concordar. — Deu de ombros.    

(...)    

No assento do passageiro cantarolava as músicas que tocavam na rádio, Travis me acompanhava soltando gargalhadas vez ou outra. O clima entre nós dois estava bem mais leve.   

Os garotos estavam planejando dormir em Santa Mônica hoje, porque no dia seguinte haveria uma competição de Surf e eles queriam participar. Chaz até tentou me inscrever, mas não conseguiu me convencer. Tudo aquilo me lembrava do meu pai, e eu não queria ter esse tipo de recordação. Só queria curtir o presente e esquecer as coisas insignificantes do passado.    

A Califórnia está me fazendo bem. Me tirou da vida merda que vivia, por incrível que pareça. Como se do dia para a noite todos os meus problemas tivessem sido resolvidos.  O que na verdade é bem irônico, porque depois do desastre enorme que causei naquele PUB, as consequências foram tremendamente maravilhosas.     

Entrei na minha casa, que devo admitir que mais parecia um hotel do que uma casa. Afinal, eu só chego, troco de roupa e saio novamente. Travis se sentou no sofá da sala de estar e eu corri para tomar banho. O dia estava lindo e não havia tempo para perder. Precisava urgente de vitamina D entrando pelos meus poros. Sol.    

Escolhi um vestidinho branco solto com uma rasteirinha, no rosto uns óculos de sol. Coloquei algumas roupas e mais algumas coisinhas que precisaria dentro de uma bolsa. Peguei um dinheiro extra caso fosse necessário e minha ID falsa.    

— Vamos?    

    

O caminho para Santa Mônica estava sendo demorado, mas incrivelmente divertido e insano. Travis havia me deixado na casa de Justin e de lá pegamos a estrada. April se juntou na viagem conosco, o que me deixou mais que feliz. Me identifiquei muito com ela, e quase dei pulinhos de felicidade quando soube que ela e Ryan estão ficando sério há algum tempo.    

O teto solar do carro estava aberto, a música alta, o vento batendo em nossos rostos fazendo nossos cabelos esvoaçarem, tudo estava perfeito. O cigarro de maconha em minhas mãos fazia aquele momento ficar ainda mais intenso.   

Você sabe que está realmente feliz quando deseja que o tempo pare, e que aquele momento nunca acabe. E posso dizer com convicção que há muitos anos não me sentia assim.    

Hoje vamos para o famoso píer de Santa Mônica, dormiríamos numa pousada no centro da cidade e de manhã cedo partiríamos para a praia. Parecia a agenda perfeita.    

Justin dirigia com atenção, Chaz estava no banco do passageiro servindo como nosso DJ. No banco de trás estava April, Ryan e eu.   

Quarenta minutos depois nós chegamos à pousada. Todos dormiriam no mesmo quarto. Havia três camas de casal, um banheiro e uma mini cozinha, que com certeza não serviria para nada já que mal ficaríamos ali.    

Depois de ajeitar as malas e nos acomodar, seguimos em direção ao píer. Já se passavam das quatro da tarde.   

— O Khalil veio com a Shelby. Ele vai se encontrar com a gente mais tarde, parece que vai ter uma festa de noite. — Chaz comentou depois de receber uma ligação do mesmo. Se Khalil estava aqui, com certeza meu estoque de drogas estava garantido, não pude deixar de abrir um sorriso.   

— Shelby está aqui? A irmãzinha ridícula dela também? — April parecia que cuspiria fogo a qualquer momento. E olhe que ela não faz o tipo que fala mal.    

— Quem é essa Shelby? — Perguntei indiferente.    

— Ela é digamos que... Complicada. — Ryan disse, mas aquela simples resposta não me satisfez.    

Justin estacionou o carro e logo pude ver o meu sonho californiano. A praia, o vento forte, os surfistas, as gaivotas. Parecia cenário de filme americano.   

— Anjinha! Senti sua falta. — Khalil me abraçou assim que desci do carro.   

— Mas já? Foi fácil te converter. — Brinquei.    

— Não me importaria de virar religioso se isso significasse que teria você por ao menos uma noite, Angel. — Me soltei de seus braços e revirei os olhos. Qual é, eu e Khalil? Nunca iria rolar! E sendo sincera, todas aquelas cantadas já estava me irritando.    

— Trouxe nossa diversão? — Mudei de assunto.    

— Sempre ando equipado, loirinha. Hoje seremos só eu, você e a nossa rainha branca, não se preocupe. — Ri de orelha á orelha. Adoro esse cara.  

Percebi alguns olhares sobre mim e então notei que uma garota me encarava sem pudor algum. Me lembro do rosto dela de algum lugar, só não sei de onde. Ela não saia do lado de Justin por nada nesse mundo. Deve ser a tal Shelby que falaram mais cedo.  

— Ela é a Shelby. — April sussurrou no meu ouvido. Como imaginei.  

Continuamos a andar em direção ao Pacific Park. Era um parque de diversões localizado no píer. Havia alguns brinquedos e muitas crianças, luzes coloridas piscando, quiosques com algodão doce e essas coisas.   

— Angel, vem nesse comigo! — Khalil me puxou para uma barraquinha de tiro ao alvo. — Quero três chances. — Disse entregando uma nota de vinte dólares para o homem que estava trabalhando na barraquinha. O cara o entregou três dardos. Um pousou bem próximo do centro, o outro não chegou nem perto.  

— Vai K! Só tem mais um. — O incentivei.  

— Senhor, dê aquela anjinha pra ela, por favor.    

— Khalil, você não acertou nenhum ainda.   

O cara me entregou a anjinha, ela era loira e tinha um vestido rosa com asinhas atrás.  

— Ainda. — Dito e feito, ele acertou bem no meio.  

— Isso! — O abracei e ele me tirou do chão.   

— Eu devia ter pego a diabinha, parece mais com você. — Dei língua brincando e ele riu.  

Nos reencontramos com o resto, eles estavam na fila para a roda gigante.   

— Loirinha, você vem? — Chaz perguntou me abraçando de lado.   

— Ahn... Não sou muito fã de altura. — Sorri amarelo.  

Na verdade tenho medo, desde pequena. Não chega a ser uma fobia nem nada, mas com certeza prefiro evitar ao máximo.  Com aviões eu sou mais tranquila, mas tirolesa, paraquedas, rodas gigantes, montanhas-russas... Nem pensar.   

Todos entraram no brinquedo, exceto eu e Justin.   

— Você não vai?   

— Não. Preciso fugir da Shelby, essa é a minha deixa. Vamos? — Vamos? Desde quando eu vou junto?  

— Mas só tem um carro aqui Justin, não podemos simplesmente abandoná-los. — Argumentei.   

— Você tem razão, e é por isso que minha chave está com o Chaz. — Sorriu irônico. — Vamos logo. — Falou já impaciente.  

Justin saiu me arrastando na direção oposta que chegamos, acabamos numa rua que parecia um mini shopping, tinham algumas lojas por ali. Um taxi passou e nós entramos no mesmo. Eu mal sabia onde estávamos indo. Segurava a anjinha com força em minhas mãos. 

— Seu celular não está tocando, Angel? — Justin perguntou apontando, estava no modo silencioso.  

— Alô? — Atendi já temendo pela voz que soaria do outro lado. Mamãe. O que foi dessa vez?   

— Angelina, minha filha! Que saudades, meu amor. Como está por ai? — Revirei os olhos. Como será que é possível tanta falsidade? Ela praticamente me despachou para outro estado e ainda diz que sente minha falta. Faça-me um favor.   

— Ehr, oi mãe. Tá tudo bem sim. — Falei do jeito mais legal que consegui. Justin me encarava sem demonstrar nenhuma expressão.   

— Você gostou do Travis? Onde você está agora?   

— Eu estou... Estou... — Olhei para o loiro do meu lado desesperada. Porra, e agora?   

“Casa de uma amiga” Ele mexeu os lábios sem emitir som algum e eu assenti.   

— Estou na casa de uma amiga. — Respirei fundo.   

— Ah, é? Ok. Que bom que já fez amizades. Eu vou deixar você se divertir. Juízo Angel, nada de bebidas e nenhuma outra gracinha. Já tivemos essa conversa, não é? Seja a Angel que eu criei, a Angel que eu conheço. Amo você. — E desligou. Bufei irritada e joguei meu celular no banco do táxi. Ela me dá nos nervos.    

— Tá tudo bem? — Assenti.  

O motorista parou na frente de um beco. Franzi o cenho e olhei para Justin. Onde porras nós estamos? Ele tirou de seu bolso alguns dólares e entregou para o senhor. Descemos do táxi e eu me encolhi por causa do frio.   

— Posso perguntar onde eu estou?   

— Aqui, Angel, é aonde a magia acontece em Santa Mônica. — Me olhou com uma das sobrancelhas arqueadas. Resolvi não falar mais nada, pois sabia que não iria conseguir muitas respostas.   

Ele segurou minha mão, fazendo com que eu andasse no mesmo ritmo que ele, rápido. Atravessamos aquela rua estreita e tive a visão de algumas pessoas bebendo. O som era alto, e o cheiro de maconha era forte. Não sabia ao certo o que era aquele lugar, nem o porquê de estar ali, usando um vestido e segurando um bichinho de pelúcia.   

— Bieber! Cara, nem acredito que é você mesmo. — Um moreno tatuado falou, o abraçando e dando duas tapinhas em suas costas.   

— Sentimos sua falta, Twist. Khalil está na cidade também. — Continuava o olhando, ele tinha algumas tatuagens espalhadas pelo corpo, e se vestia de um jeito que me lembrava das roupas de Justin.   

— Resolveu fazer uma visita para o seu velho amigo? Mas então, me atualize. Quem é essa deusa? — Falou parecendo notar minha presença, enquanto levava um cigarro até os seus lábios. Dei um breve sorriso pelo seu elogio.  

— Essa é a Angel... — Justin ia nos apresentar, mas “Twist” o interrompeu.   

— Sou Lil Twist. — Me deu um beijo na bochecha. — Loiras nunca foi o seu tipo, Bieber. Vejo que mudou de ideia. — O sarcasmo em sua voz era evidente. Justin ficou sem graça e pude perceber isso pelo jeito que ele abaixou a cabeça e coçou sua nuca. — Ah, bro. Consigo entender perfeitamente o porquê dessa mudança repentina. — Disse me secando de cima á baixo sem pudor. Ele é muito descarado, e me dava um pouco de nojo.  

— Twist...   

— O que acha de um á três? Que nem nos velhos tempos? — Sugeriu e eu o olhei horrorizada. Esse nojento acabou de me chamar para um ménage? Inacreditável. — Khalil ainda gosta das mesmas garotas que você Bizzle? Me diga, Angel, ele está doidinho pra te comer, estou certo? — Tragou o cigarro entre seus dedos e soltou a fumaça lentamente. Que história é essa de Khalil gostar das mesmas garotas que Justin?   

— Porque não arranja uma vida? Alguma coisa para se ocupar, sabe? Eu ouvi dizer que gigolôs estão em falta no mercado da prostituição hoje em dia, porque não pensa no assunto? Já que gosta tanto de saber da vida sexual alheia. — Sorri com veneno escorrendo pelos dentes. A ironia na minha voz soou de forma tão naja que ri por dentro. Justin gargalhou do meu lado e o moreno á minha frente ficou sem reação.  

— Sua garota passou no teste, tá aprovada Bieber. — Disse e virou as costas.   

Justin me olhou ainda rindo e balançou a cabeça em negação.   

— Me desculpe por isso, ele não pensa muito antes de falar. — Disse segurando minha cintura com as duas mãos e me guiando até um barril de cerveja que tinha ali.   

— Esse seu amigo é um nojento. Não acredito que ele me chamou para um sexo a três. — Fiz cara de nojo.  

— Costumávamos fazer isso, sabe. Há um tempo. — Disse dando de ombros e enchendo dois copos com o líquido amarelado. Me entregou um dos copos e eu sorri em agradecimento. Sentamos em cima de um carro, no teto.  

Justin me explicou que Twist era do mesmo colégio que os meninos, mas ele simplesmente largou e se meteu em algumas coisas pesadas. Ele não me falou exatamente o que, mas suponho que seja tráfico ou alguma coisa parecida.   

Justin tirou o bichinho de pelúcia das minhas mãos e me puxou para o seu colo, fazendo com que minhas pernas ficassem em volta do seu tronco.   

JUSTIN BIEBER POINT OF VIEW

Depois de mais alguns copos, notei Angel ficar mais alterada e mais... Engraçada. Digamos assim. Ela dançava de um jeito meio desnorteado, mas de alguma forma continuava sendo sexy. Todos os homens presentes no local a olhavam. Sinceramente, não sei o que ela tem. Se é algum tipo de feitiço, ou imã. Eu simplesmente não consigo tirar meus olhos dela, um minuto se quer. É como se ela sugasse toda a atenção para si.   

— Chega Angel, vamos.   

— Mas Jus-teeen... — Falou manhosa. Ri nasalado.   

Liguei para Chaz e ele disse que já estava a caminho. Angel estava completamente descontrolada e mais bêbada do que pensei que ficaria. Bebemos a mesma quantidade, mas acontece que ela é mais fraca. 

O carro estacionou bem ao nosso lado e eu levantei puxando a loira comigo. Ela mal conseguia dar dois passos sem desequilibrar, então a guiei segurando firme em sua cintura, evitando uma possível queda.  

Abri a porta de trás e a coloquei dentro, entrando em seguida. 

— Dude, a Shelby tá grilada com você. — A voz de Chaz soou no carro e eu revirei os olhos.  

— Ela é um encosto. — Bufei.  

— Tá rolando uma festa lá na nossa pousada, tá afim? — Sugeriu. 

 Sabia que teria que passar o resto da noite aturando a Shelby, afinal ela é louca por mim e me persegue desde... Bom, desde que eu me lembro. Todo canto que eu vou, e ela está lá também, pode ter certeza que não sairá do meu pé. Já perdi as contas de quantas vezes eu tava quase comendo alguma menina e ela chegou dando piti, dizendo que eu não podia traí-la. Ela é patética. Tudo isso porque eu tirei seu lacre. 

— Ah cara, não sei não. A Angel tá meio mal e eu não quero ficar o resto da noite com aquela vadia enchendo meu saco. — Argumentei. 

 — Bieber, acho que você não se ligou ainda que eu não perco uma festa. — Angel falou, ou tentou. Pois sua língua enrolava mais do que Khalil enrola maconha.  

— Pra você fazer outro Strip Tease? — Chaz falou irônico.  

— Lindos, queridos, ouçam, meu pai ficou lá em Massachusetts. E acontece que nenhum de vocês dois é ele. — Disse irritada. Ela fica muito teimosa quando bebe. 

Descemos quando Charles parou o carro no estacionamento da pousada. Escutei um estrondo alto e franzi o cenho, olhei para trás e vi que Angel havia caído. 

— Hahaha, muito engraçado. Alguém pode me ajudar? — Ela falou enquanto nós gargalhávamos.  

Me dirigi em direção á ela e a peguei no colo, a colocando nas minhas costas que nem um saco de batatas. Pois ela não conseguia dar um passo sem se estabacar no chão.  

— Biebur, eu estou de vestido! — Reclamou e eu revirei os olhos puxando o mesmo para baixo, me certificando de que não estava aparecendo nada que não deveria. 

— Dude, vou leva-lá para o quarto. Não diga para você-sabe-quem que eu estou aqui. Invente qualquer merda. — Ele apenas assentiu e caminhei com o meu saco de batatas para o quarto 206. 

Abri a porta, fazendo um malabarismo para segurar Angel com um braço só e conseguir pegar a chave que estava no meu bolso. A coloquei sentada em uma das camas e tirei suas sandálias.  

— Eu sei que você está bêbada e provavelmente cansada, mas acho que seria melhor um banho, para a ressaca ser menor amanhã.  

— Ah, não! Não Justin, por favor... — Choramingou tentando me convencer.  

— Qual é, loirinha. Vai ser rápido. — Disse levantando-a da cama e a guiando até o banheiro. — Você está sangrando? — Perguntei quando a sentei na privada do banheiro e percebi o seu joelho ralado, provavelmente da queda mais cedo.  

— Ahn... Acho que sim. — Deu de ombros. — Não importa só me deixa voltar pra cama, por favor.  

Ignorei o que ela disse e abri o armário do banheiro, procurando por um kit de primeiros socorros. Peguei a caixinha e coloquei em cima da bancada do banheiro. Peguei um algodão e álcool para ajudar a limpar e não infeccionar. Peguei-a no colo e a sentei na bancada. 

— Fecha os olhos. — Disse enquanto molhava o algodão delicadamente no álcool.  

— Mas vai doer. — Falou manhosa, fazendo beicinho.  

— Pensa em alguma coisa boa. — Dei de ombros. 

— Vou pensar em você pelado. Em cima de mim. — Falou fechando os olhos, ficando séria. Como se realmente estivesse pensando nisso. Gargalhei alto enquanto passava o algodão no seu joelho. Se ela sóbria, já é totalmente sem noção, imagine após algumas doses. 

— Eu disse algo bom, não maravilhoso. — Brinquei.

— Puta merda! — Gemeu de dor mordendo seu lábio inferior após eu passar o algodão delicadamente no seu machucado. 

 Parei para observá-la. O cabelo claro desgrenhado jogado para o lado, a bochecha naturalmente corada por ela estar sempre exposta ao sol, a pele dourada e bronzeada, sua boca semiaberta e avermelhada. Ela é linda, ninguém é insano o suficiente para negar isso. Ela abriu seus olhos e me fitou, fiz o mesmo. Os olhos marrons meio esverdeados não demonstravam nada, mas sabia que ela escondia algo por trás deles. Ela os fechou novamente e suspirou, me puxando pela nuca e colocando suas pernas envoltas do meu tronco. Segurei sua cintura com força e a selei. Seus lábios frios abriram passagem para minha língua. Seu beijo tinha gosto de cerveja e não era calmo como costumava ser, ela me beijava com rapidez. Angel me afastou e fez menção que era para eu tirar a camisa, e assim eu fiz. Ela desceu seus olhos para meu abdômen e em seguida passou a ponta de seus dedos pela tatuagem do meu peito. Sua respiração estava ofegante, seus lábios inchados. Com certeza irresistível, mas ela estava muito bêbada e eu não faria aquilo com ela nesse estado.  

Posicionei seus braços nos meus ombros e segurei na sua coxa, tirando-a da bancada e a colocando no chão.  

— Angel, banho. — Ela revirou os olhos e tirou seu vestido por baixo, com dificuldade. Encolheu-se um pouco, por causa do frio. — D... Deixa isso aí. — Falei quando percebi que ela ia tirar seu sutiã. Ter a visão do seu corpo escultural apenas de lingerie já era torturante o suficiente. 

— Você quer que eu tome banho de sutiã? — Riu abafado. Ignorei sua pergunta e a guiei até o box, abri o chuveiro e coloquei no frio. 

Segurava firme sua cintura para ela não cair ou escorregar e tentava ao máximo não ficar a encarando toda hora. Seu corpo era ainda mais bonito molhado, como se tivesse sido esculpida por anjos. Ela se ensaboava de um jeito meio desajeitado, não a culpo. Depois de ela se enxaguar, a enrolei numa toalha branca que estava pendurada ali. Seus lábios estavam roxos e ela tremia de frio.  

Sentei a loira na cama e abri sua bolsa, procurando alguma coisa que a esquentasse. Achei uma calcinha preta de renda, que era minúscula por sinal. Se fosse para usar aquilo, melhor nem usar nada. Não cobria mesmo.  

— Para de tarar minhas calcinhas! — Me advertiu e eu a soltei na cama.  

Voltei a futucar sua bolsa, achando uma camisola branca de seda. Não acho que aquilo a ajudaria muito em esquentar, mas era o que tinha.  

— Me diga que você consegue se vestir sozinha. — Ela assentiu e se levantou da cama, se enxugou e tentou abrir o fecho do seu sutiã.  

— Me ajuda aqui, onde é essa porra? — Ri e andei até ela, que logo ficou de costas. Abri o seu enigma com facilidade, que caiu no chão em seguida.  

Ela ainda tava de costas quando tirou sua calcinha também, e colocou a que eu havia separado. Não conseguia ver pois ela se escondia atrás da toalha.  

— Porque fez isso? — Disse se jogando em uma das camas, já vestida.  

— Isso o que?  

— Me ajudou.  

— Ah... Não sei, Angel. — Eu realmente não sabia. — Você ajudou Chaz quando ele precisou, e eu faria isso por qualquer uma. — Dei de ombros. Ela assentiu e fechou seus olhos, muito cansada para falar qualquer coisa.  

Desliguei a luz do quarto, e quando já estava virando minhas costas para sair, ela murmurou um "obrigada". 


Notas Finais


Espero que tenham gostado, me digam oq acharam nos comentários. Voces acham que deveria criar um ask? voces poderiam mandar suas perguntas sobre a fic lá, e acho que seria legal. Me falem se voces querem, e no proximo cap eu boto o link aqui. <3


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