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História Wave - Lonely


Escrita por: unknownwriterr

Notas do Autor


Mil desculpas pela demora, e obrigada por todos os comentarios e favoritos. esse capitulo é mais sobre a angel sozinha e seus pensamentos e inseguranças, sem muitas emocoes porem essencial para historia. espero que gostem. Boa leitura!

Capítulo 15 - Lonely


Fanfic / Fanfiction Wave - Lonely

ANGEL PROUSC POINT OF VIEW

 

— Você vai ficar bem? Posso confiar que irá para casa? — Luke me olhou apreensivo, tocando meu ombro com seus olhos pequenos repletos daquele sentimento que eu abomino que sintam por mim; pena.

— Eu estou ótima, você não precisa se preocupar. — Fiz mais esforço do que o normal para que a musculatura do meu rosto obedecesse aos meus comados, formando então, um sorriso horrível e falso. Mas tenho que agradecer eternamente aos céus por ele ter se convencido com tal sorriso.

Que tipo de ser humano horrível eu sou?

Luke é um cara incrível que sempre me escuta, aconselha e faz questão de me lembrar que eu não sou tão desprezível assim.

Quer dizer, há serial killers que sacrificam inocentes por pura maldade, presidentes corruptos que desviam milhares de dólares para suas contas bancárias, pessoas que maltratam cachorrinhos e estupram crianças...

E eu, bom... Eu gosto de mexer com o psicológico das pessoas. De entrar no mais profundo de sua mente possível, tê-las na palma da minha mão, para que possam me servir, acobertar e defender quando necessário. Isso não deve ser tão ruim quanto a maldade das pessoas por aí, certo?

Ok, estou tentando convencer a mim mesma que não sou tão ruim assim, mas acabei de mentir para o garoto que me escutou chorar por uma hora.

— Anjinha, como consegue ficar mais bonita a cada vez que a vejo? Senti sua falta. — Olhei para os lados antes de entrar no veículo, me certificando que ninguém me seguiu até a esquina escura em que me encontrava.

— Apenas dirija.

Khalil prontamente obedeceu ao meu pedido, pisando fundo no acelerador e voando sobre o asfalto liso.

Encostei minha cabeça na janela enquanto sentia a sobriedade que tinha mantido intacta pela noite inteira sumir apenas por estar ao lado de Khalil.

A solução dos meus problemas. Por pelo menos algumas horas.

(...)

— Vai com calma aí, gatinha. — Um garoto qualquer falou, mas não me dei ao trabalho de olhar para o mesmo, ignorando completamente seu comentário.

Virei mais um daqueles copinhos com tequila, afim de esquecer toda a minha existência, mas quanto mais consumia o mesmo, mais a tristeza parecia se fazer presente e resistente.

Ela simplesmente não ia embora e fazia questão de me lembrar da pessoa inútil que sou.

Khalil se sentou ao meu lado, roubando um gole da minha bebida.

— Ela é sem sal. — Falei baixo.

— Quem? — Perguntou, franzindo o cenho.

— O motivo pelo qual você me deixou aqui sozinha para ir fuder dentro de um banheiro sujo. — Respondi amarga, sentindo uma lágrima escorrer pelo canto dos meus olhos.

Não, claro que não estou chorando por Khalil, ou por dor de cotovelo ou qualquer coisa parecida. É só a dor que eu sinto e que não vai embora, não importa a absurda quantidade de álcool que eu tome.

— Você está com ciúmes?

— Claro que não. Mas eu sou melhor que ela, não sou? Khalil, me diga que eu sou melhor que ela! — Esbravejei, tomando toda a atenção do bar para mim.

Naquele momento não me importei de ter todos aqueles universitários me olhando, rindo, como se eu fosse mais uma daquelas calouras que se apaixona pelo veterano e logo tem um pé em seu traseiro.

Não me importava nada disso, na verdade, no momento essa é uma das menores das minhas preocupações, eu só precisava escutar alguém dizer que eu sou melhor do que qualquer uma.

Em Boston eu tinha uma dúzia de pessoas para me lembrar o quanto eu sou melhor do que qualquer pessoa, mas aqui, eu não tenho ninguém para me lembrar que eu sou impecável independente do vazio que consome grande parte de mim.

Um vazio que jamais seria preenchido, pelo menos até então.

Um vazio que ninguém poderia cessar.

Um vazio chamado amor.

Ou a falta dele.

O bip no meu celular me despertou do sono que custei a pegar.

Um sonzinho tão insignificante quanto esse, tirou-me o sono e paz pelo resto da noite.

Depois do meu vexame e necessidade por atenção no Rags Bar, próximo a Riverside, cujo toda a universidade da Califórnia se encontrava, Khalil dirigiu até Palm Springs para me deixar em casa, mas não antes de me falar pelo caminho inteiro o quanto eu sou maravilhosa e melhor do que as veteranas magrelas de sua faculdade.

Quando cheguei em casa ainda tinha esperanças de encontrar alguém, qualquer pessoa que fosse, esperando meu retorno.

Em Boston meus pais sempre esperavam eu voltar das minhas farras, por mais que fosse para me botar de castigo depois e me falar inúmeras vezes o quanto eu sou irresponsável e uma decepção para a família, pelo menos eu tinha alguém que se importava.

Ou pelo menos se importava com o nome da família que eu constantemente manchava.

Então eles se cansaram e me mandaram para outro estado.

Desejei com todas as forças do meu ser fechar os olhos, e em seguida, quando os abrisse, tudo estivesse do jeito que costumava ser; minha vida normal, com a Bex e todas as outras garotas com o mesmo corte de cabelo que eu e agindo exatamente igual a mim. Meus pais fingindo ainda sentirem algo um pelo outro, minhas notas altas e o meu futuro brilhante completamente planejado e arquitetado pelos meus pais.

Mas nada disso aconteceu.

Eu abri meus olhos e continuava com a roupa da noite anterior, mais sozinha do que nunca e com uma notificação no celular da Unknown Writer.

Respirei fundo antes de clicar na mensagem, tendo, como sempre, meu nome como título do post. Suspirei cansada, já sabendo o que vinha a seguir.

“The Angel’s Show:

Vocês sabem que eu tenho olhos pela cidade inteira, e uma das minhas maiores diversões no momento é acompanhar a vida agitada de Angel Prousc. Pegue seu balde de pipoca e um copo de coca-cola, por que o programa da Angel acaba de começar.
Se eu contar, ninguém acredita. Mas sim, Angel chegou na festa de Tyler Yard acompanhada de April Young, e seu primeiro alvo da noite, foi uma garota. Julie Andrews e Angel sensualizaram ao se beijar e um leitor fez questão de nos mandar a prova do exato momento em que aconteceu. Mas, não para por aí, depois A foi vista aos prantos nos braços de ninguém menos que Luke Channing. Há alguém melhor para consolar do que ele? Nós duvidamos. Mas como o céu é o limite para a anjinha, ela ainda foi pega entrando no carro do nosso sonho-de-consumo-universitário-gostoso Khalil. Não sabemos o que vem a seguir, mas mal posso esperar para o próximo episódio do meu reality show preferido... A vida de Angel Prousc”

Joguei o celular na cama de casal e me convenci a levantar e parar de esconder-me no quarto pelo resto do sábado. Tomei um banho tentando esquecer de tudo e vesti um dos meus biquínis.

Dirigi por quase duas horas, completamente imersa em pensamentos até Long Beach.

Praia é e sempre será meu eterno refúgio e abrigo em dias assim, e quando toquei a areia fofa enquanto segurava a minha prancha embaixo do braço, me senti leve.

Nada poderia me consolar, a não ser a incrível sensação de afogar todos os meus medos e inseguranças na água salgada.

O sol foi descendo dando espaço a uma tarde agradável. Long Beach estava calma e serena, trazendo a paz que tanto precisava.

A paz que eu não sabia que iria embora após ouvir a voz rouca que me persegue nos meus piores pesadelos.

Justin Bieber estava ali.

Com tantas praias distribuídas por Los Angeles, Justin Bieber escolheu justo a praia em que eu estava.

Me dando a certeza que somos como imãs em um campo magnético, não importa a distância, o tempo e as milhares de incertezas rodeadas pelas dificuldades que nos cerca. O destino, de algum modo, de algum jeito louco, nos junta quando menos esperamos.

Não há razão existente que explique isso; mas dentro de mim, na parte mais profunda de mim, eu sinto;

O mundo não quer que eu e ele nos afastemos, não importa as brigas e as diferenças, a falta de coerência que nos formamos juntos e nosso futuro mais incoerente ainda. Quando o vi cruzando a praia com seu cabelo loiro queimado pelo sol, seu jeito descontraído de andar e de certo modo confiante, eu tive aquela sensação de que eu não deveria jamais ter conhecido ele, porque algo em mim constantemente se obriga a voltar para ele.

E então ele gargalhou alto — provavelmente de uma das piadas idiotas de Chaz — e eu desejei com todo o meu ser que isso não tivesse acontecido, pois no exato momento que aquela risada maravilhosa soou, eu não me senti mais sozinha.

E por mais que eu odiasse a solidão, pela primeira vez, tive medo de não sentir nem mais uma gotinha dela.

Ele viria até mim, se sentaria ao meu lado e me aconchegaria em seus braços como fez repetidas vezes nas férias. Mas não foi bem assim que aconteceu...

Ele subiu o fleche de sua roupa de surf e entrou no mar sem olhar para trás.

Memórias da noite passada voltaram e suas palavras me faquearam como se tivesse acabado de ouvi-las.

“Esquece que eu existo, e por favor, não me inclua mais nos seus joguinhos ridículos. Eu cansei.”

Um soluço inesperado sai da minha garganta sem permissão. Logo vejo Chaz, Ryan e April entrando no mar também, felizes, despreocupados.

Eu não faço falta, eu não importo para nenhum deles.

Tudo que eu fiz foi causar problemas desde que cheguei, é só isso que eu faço mesmo; problemas.

Eles nem ao menos me notaram.

Então a solidão me atacou novamente e eu dirigi de volta para Palm Springs com toda a minha amargura escorrendo pelo canto dos olhos.

É isso Angel. Ele cansou, na verdade, todos cansaram de você. Aceite. Você sempre termina sozinha mesmo.


Notas Finais


O qu acharam? me digam tudo nos comentarios. amo voces e ate a proxima! trailer da fic: https://www.youtube.com/watch?v=u8Q57oXpajE


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