Naquela noite, eu passei um tempo observando o mar, sentado na areia. As ondas iam e vinham. Eu não gostava muito delas, afinal, eu sempre colocava a culpa de Soon Young ter ido embora, nelas. Por que? Eu não sei. Apenas não queria aceitar que a culpa era minha, de que eu não dei amor suficiente para ele.
Eu não cuidei da nossa relação, sempre o respondia com “tanto faz” ou “tá bom”, quando o que ele mais queria e precisava era atenção. Não me importei com o que ele sentia, e agora aqui estava eu, colocando a culpa nas ondas. Mas o que as ondas fizeram? Talvez, ele estivesse observando-as irem e virem em algum lugar, assim como eu.
As ondas não eram as culpadas pela minha dor. As ondas não eram as culpadas por eu não ter dado o amor que Soon Young merecia. As ondas, talvez, estivessem até mesmo melhorando os dias dele, e mesmo que as culpasse, eu sabia que elas não haviam feito nada, eu sabia que toda a culpa era minha, e não adiantava culpá-las.
Eu culpava as ondas, culpava-as por algo que não haviam feito. Culpava as ondas, quando a culpa era minha.
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