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História We - Kira


Escrita por: anacisbi

Capítulo 16 - Kira


Fanfic / Fanfiction We - Kira

Não se preocupe, eu estou com você.

*Kira*

Eu não gostei de como todos os acontecimentos estavam me afetando, sai da casa de Leticia depois de ter passado a noite lá. Eu não contei a ninguém mas em meus sonhos eu via alguém, eu via ele, no começo ele parecia um anjo vindo direto para mim, me salvando e tirando de toda aquela tortura, mas logo em seguida assim que meus olhos se cruzavam com os dele, sua íris mudava, era um tom amarelo perturbador e eu me desperava... Não era normal ter o mesmo sonho todas as noites, mesmo que de formas diferentes...era sempre ele, primeiro um salvador depois minha morte.

Depois de tudo que aconteceu eu precisava voltar pra minha vida normal, se é que seria normal mesmo mas eu tentaria, precisava concluir o ensino médio se eu quisesse sair de Deep Hills e ir pra uma faculdade (o mais longe possível dessa cidade) enfim.

******

Kira pegou o celular assim que chegou em casa e confirmou com o diretor se poderia voltar o mais rápido possível e o parecer foi positivo.

- Pai? Pai o senhor v... Luca? O que tá fazendo aqui? Achei que já estivesse em casa.

- Eu pedi pro seu pai me deixar entrar, ele saiu da cidade disse que precisava ver alguma coisa relacionada com sua mãe.

- Estranho...ele não me falou nada.

- Eu preciso conversar com você. Eu pensei que esse dia nunca chegaria mas depois de tudo acho que você vai entender.

- Tudo bem... Estou ouvindo.

- Minha mãe morreu Kira. E eu descobri que tenho um irmão por parte de pai.

Kira que antes estava no último degrau da escada desceu e foi até Luca para abraçá-lo, mas ele se afastou.

- Você me abraçar só dificulta as coisas Kira, eu te amo e não como amigo mas acho que você já sabia disso não é?

- Luca o que você tá fazendo?

Os olhos de Luca estavam fundos e vermelhos, claramente ele não dormiu.

- Kira por favor só me ajuda a fazer o que vim fazer tá? É um último pedido e...

- QUE? Como assim último pedido, Luca para de falar porque se você disser...

- Eu quero que você se cuide e siga sua vida longe daqui, eu já conversei com seu pai Kira. Sua mãe tinha uma tia avó e ela deixou uma casa em Miami pra você, seu pai só foi ajeitar os últimos papéis. Você vai embora daqui hoje.

- Luca que droga de história é essa? Nem você nem meu pai tem direito de mandar na minha vida desse jeito. Eu não vou embora daqui, não agora.

- Kira eu e seu pai estamos fazendo isso por você. Depois de tudo que aconteceu - Luca parou e engoliu em seco - você sabe eu não posso perder mais ninguém, não você.

- OK! - Kira passou por Luca e foi até a cozinha - Primeira coisa você não está fazendo isso por mim, é por você. Segundo Luca eu já estou cansada de as pessoas me protegendo excessivamente, eu tenho 18 anos e ao que parece uma casa em Miami mas isso não é suficiente! Droga e meus amigos, e meu pai e você?

- Eu sou o que menos importa agora Kira, essa cidade está a ponto de explodir e não vou deixar você no meio da catástrofe.

- Eu não vou e pronto.

- Kira por favor, por favor, você precisa ir embora.

- Afinal quem é seu irmão?

- Isso não importa agora.

- Ah importa sim! Você é meu melhor amigo e...

- É sempre vou ser seu melhor amigo.

- Desculpa eu juro que prestei atenção em tudo que você falou mas eu, eu não posso Luca. Não é você.

- Eu sei disso Kira... Eu só...achei que você deveria saber.

- Eu já sabia a um tempo Luca mas achei que você tivesse superado, poxa você estudava em outra cidade, tinha várias garotas eu achei que você pudesse ter se apaixonado por algum e só não quisesse me falar.

- Pois é Kira, você achou errado.

- Luca não é culpa minha, ninguém manda no coração... Eu tenho certeza que você vai entender - Kira senta ao lado de Luca.

- Eu pensei que se eu falasse você me entenderia, e talvez sei lá dissesse que sentia o mesmo.

- Ei, olha pra mim - Kira pegou em sua mão - eu estou do seu lado, somos amigos e por favor acredite em mim quando digo que amizade é o laço mais forte que podemos ter um com o outro.

- Você tem razão.

Luca contou tudo que aconteceu a Kira e finalmente conseguiu chorar, tirou do peito tudo que o sufocava e conseguiu respirar novamente.

Luca e Kira eram amigos e isso não iria mudar, a ligação entre eles era inegável. Porém confundir amor e amizade em tempos tão difíceis era exatamente fácil e tristemente vazio. Não se entende por amor a menos que tenha toque, beijos e sexo, o resto é descartável como ligação mas não deveria.

- Eu vou te ajudar Luca mas eu preciso que você me esclareça mais uma vez que luz foi essa que você viu?

- É eu sei - ele deu um pequeno sorriso - era uma luz lilás e cintilante, ela estava parada em frente o lago e parecia me chamar. Eu não tive medo o que foi estranho, ela parecia ter paz e era tudo que eu precisava naquele momento.

- E como você tem tanta certeza que seu irmão é o James?

- Quando eu estava vindo pra sua casa eu vi o James e o Rick em frente a igreja, os dois estavam abraçados e o James chorava muito e gritava. Eu pensei em ir até lá mas não me pareceu certo, não naquele momento.

- Tá agora eu estou com medo, o que pôde ter acontecido dessa vez?

- Sinceramente eu não sei mas logo vou descobrir, preciso contar a ele que corre perigo, não só ele mas ao que parece eu também.

- Tudo bem eu vou até lá com você, preciso ter certeza de algo.

- Vai ser bom ter você lá, eu não sei comi ele irá reagir a essa notícia.

- Vai ficar tudo bem Luca - Kira deu um sorriso - qualquer coisa fugimos pra Miami.

- É.!

Os olhares trocados naquele momento congelou Kira por um segundo, pois em sua mente os olhos amarelos rondava seus pensamentos.

- Vamos comer alguma coisa depois vamos até lá.

Luca fez que sim com a cabeça e acompanhou Kira até a cozinha.

°•°•°•°•°•°

Thalia estava limpando seu quarto quando viu atrás da penteadeira um papel colocado de uma forma que ela conhecia bem.

Ela e Lola desde pequenas criaram um código que só as duas entendiam e ver aquele papel alí deixou Thalia intrigada.

No papel estava escrito a seguinte frase:

Correnteza de incertezas se mostrem a mim.

Thalia imediatamente entendeu o que aquele bilhete queria lhe avisar, e seu coração foi tomado de adrelina. Desceu correndo pelas as escadas e encontrou Leticia na sala.

- Letica precisamos... Ir...temos que avisar...

- Thalia calma. Respira um pouco e me conta o que aconteceu!

- Não dá. Só vem logo comigo.

- Okay.

Elas sairam o mais rápido possível e foram até a praça da cidade, demorou uns 20 minutos, minutos que voaram porque Leticia perguntava mas Thalia não parava para responder.

- Leti foi aqui, esteve aqui o tempo todo.

- Do que você tá falando?

- Tá espera eu vou explicar - Thalia respirou fundo e continuou - eu estava arrumando meu quarto e encontrei isso, esse bilhete, eu sei que vai parecer loucura mas só duas pessoas nesse mundo sabem o que significa o que tá escrito aqui, eu e minha irmã.

- Thalia você não tá querendo dizer que...

- Talvez.

- Tá olha eu sei, eu sei, eu daria tudo só pra ter alguma coisa do meu irmão depois de tudo e eu juro que também surtaria com algo assim mas Thalia, sua irmã está morta!

- Leti só me escuta OK?! Eu sei o que essa frase significa, como eu não pude perceber, eu deveria saber.

- Continuo sem entender.

- Correnteza de incertezas se mostrem a mim. Significa "eu sei que você corre perigo, vá até onde me viu a última vez".

- Thalia você tá querendo dizer que de alguma forma Lola está falando com você?

- A última vez que eu vi não significa exatamente a última vez, significa nosso lugar "seguro" e ele é exatamente onde estamos agora. Na praça, pra ser mais exata onde você está agora e onde seu... Meu deus ela sabia.

- Thalia ela sabia do que?

- Onde seu irmão ia ser encontrado Leticia, pode não fazer sentido mas quem matou Lola não foi a mesma pessoa que matou seu irmão.

- Thalia por favor para.

- Leti você não entendeu o que eu acabei de falar? Nós podemos finalmente dar um fim nisso.

- Thalia por favor - Leticia sentia os olhos queimando e sua garganta se fechando - por favor não faz isso, o que aconteceu, aconteceu e não podemos fazer nada pra mudar isso.

- Leticia eu não queria te deixar assim.

- Mas deixou...

Leticia se virou e foi andando por aquelas ruas sem chegar em casa, o mais longe daquilo que ela podia estar era na estrada que levava horas até sair encontrar a placa com os letreiros "você está deixando Deep Hills" e era essa sua direção. Poderia demorar muito e um tempo sem pensar em nada era o que ela precisava agora.

Não pensar em nada.

Não sentir nada.

Porque se, permitisse sentir e pensar, tudo voltaria. E cair naquele poço sem fundo não era uma opção.

*******

Por acaso (ou não)  Rick estava passando por aquela praça e encontrou uma Thalia triste e ao mesmo tempo perturbada por tanta coisa que havia descoberto.

- Thalia você não me parece bem, aconteceu alguma coisa?

- Ela sabia Rick, não é o mesmo assassino, e quem matou Lola agora está vindo atrás de mim.

Rick se assustou e se pôs a ajudar Thalia.

- Ei, ei olha aqui pra mim, Thalia foco. Respira e inspira, de novo. OK! - ele pegou um sua mão e a levou para se sentar num dos bancos daquela praça.

- Rick eu deveria saber, estava o tempo todo aqui.

- Me explica com calma tudo que você sabe.

- Eu achei esse bilhete arrumando meu quarto e nele tem um código, que é mais uma frase, só eu e minha irmã sabemos, e nele tá dizendo tudo que eu precisava saber.

- Tá o que diz.

- Diz que eu estou correndo perigo e que eu deveria estar aqui, na última vez que a vi.

- Isso não faz tanto sentido já que a última vez que você a viu foi na festa da clareira.

- É eu sei, não é isso que significa. Esse lugar onde o Louis foi encontrado era nosso lugar seguro, eu não tinha percebido até ler isso mas agora eu sei, quem matou minha irmã quer me matar também, e seja lá quem for que matou o Louis, não é o mesmo.

- Eu preciso que você venha comigo.

- Rick eu preciso voltar pra casa, a Leticia estava aqui comigo mas quando eu falei do irmão dela ela... Talvez ela tenha voltado pra casa eu preciso ir e me desculpar.

- Thalia eu sei que você precisa ir pra casa, mas antes eu tenho que te levar a um lugar. Confia em mim.

- Tudo bem mas que seja rápido.

- Eu prometo que vai.

°•°•°•°•°•°

Madison tinha menos que 3 dias ao lado de Azazel e já estava a ponto de mandar ele pro inferno novamente.

- Azazel vem aqui agora!!

- Estou aqui pra quê essa urgência toda?

- Não se meter com ninguém significa ningém mesmo.

- Ainda sem entender Titia.

- Para de atormentar os sonhos daquela garota ela não merece nada disso.

- Aaaa sim agora eu entendi. Não vou parar não, gosto dela.

- Você não gosta nem de você mesmo!

- Isso não é verdade, assim você me ofende.

- Azazel é sério ou eu mando você pro inferno.

- Não manda não, sabe porquê? Se quisesse mesmo já tinha feito.

- Tem razão posso fazer agora se você tá com saudades de lá!

- Olha você precisa entender duas coisas, primeiro, ela pode controlar os sonhos dela, se ela sonha comigo é porque ela quer que seja assim. Segundo eu já parei de "artomentar os sonhos da garota" - Azazel falou a última frase imitando a voz de Madison.

- Até parece que ela ia querer uma coisa feia igual você nos sonhos dela.

- Bherrrr! Errada de novo, não se esqueça que você vê minha forma real, tudo que ela vê é essa casca bonita que eu arrumei.

- Não importa! Com casca ou sem casca você fede a enxofre a quilômetros.

- Puts! Errada de novo, a menos que ela tem um lado "sensível" digamos ela também não sente meu cheiro... Então talvez eu seja um desejo sexual reprimido dela.

- De qualquer forma vamos ao que interessa. Eu descobri que Seleste, a alma que vim buscar, não é a culpada por isso. Pelo o que eu entendi ela está ajudando da pior forma, aqueles garotos a descobrirem a verdade.

- De espírito vingador a luz que ilumina... Que previsível!

- É eu pensei o mesmo, todas aquelas almas inocentes perdidas no incêndio, de alguma forma só Jonh sobreviveu. E Seleste o detesta.

- Deixa eu advinhar... O pirralho era pior que meus irmãos e queimou o orfanato que morava por diversão?! Acertei?

- Quase... Ao que parece ele incendiou todo o orfanato por acidente mas não fez sozinho, Seleste o ajudou.

- E como ela morreu?

- John adorou o que fez mas Seleste se sentiu culpada e falou que iria contar toda a verdade.

- Eles eram crianças, por acaso não eram batizadas?

- Engraçadinho! John ficou com medo de prenderem ele então ele mesmo a matou.

- E ele só tinha o que? 4 anos?

- É.

- Tem certeza que ele não é filho do meu pai? De vez em quando ele solta uns desses na terra. Tipo o bigodinho com síndrome de herói que achava ariano a única raça aceitável.

- Seu pai era pai dele?

- Não exatamente, mas ninguém que seja realmente filho do "bem" sai matando pessoas por ai só porque elas não são como você.

- Olha um demônio com consciência! Surpresa que seu tipo exista.

- Querida eu sou uma força do mal mas não sou burro, pra fazer nosso trabalho sujo sempre usamos alguém.

- Eu sabia! Era isso que faltava.

- O que você quer dizer com isso?

- Você vai saber na hora certa.

°•°•°•°•°•°

O bem e o mal em Deep Hills escolhe lados diferentes da moeda quando jogam.




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