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História We are Better Together - Novidades do Clube das ex-presidiárias


Escrita por: brunacezario

Notas do Autor


Chocada que mesmo depois do capítulo passado vocês ainda duvidam das minhas intenções sobre todos os próximos capítulos serem puro amor igual o meu coração tsc tsc tsc

Ótima leitura!

Capítulo 5 - Novidades do Clube das ex-presidiárias


Cinco minutos haviam se passado. Nenhum movimento foi feito na porta entreaberta do banheiro anexado no quarto nesse tempo. Os cinco minutos estavam parecendo uma eternidade. Sentada na ponta da cama, sem tirar sua atenção da porta, suas pernas sacudiam sem parar por causa de todo o seu nervosismo e ansiedade. Mal sabia o que fazer com suas mãos que uma hora estavam pousadas em suas pernas, em outra sendo passadas no cabelo, isso quando os dedos não recebiam uma estralada. Tudo isso para tentar conter o nervosismo, falhando com sucesso.

Os cachorros que eram sua companhia naquele momento haviam deixado o quarto a dois minutos atrás. Nem eles aguentaram todo o nervosismo da dona.

A vontade que tinha era de levantar da cama e ir até o banheiro ver se podia fazer alguma coisa para acelerar aquilo, mesmo sabendo que era impossível. Além do mais a esposa tinha sido bem direta quando disse que não queria ninguém a observando e se Alex colocasse nem que fosse um fio de cabelo dentro daquele banheiro antes dela ter terminado ela jogaria o teste dentro da privada e não o faria até a próxima semana.

Era melhor respeitar e esperar Piper vir com o resultado do que ficar mais uma semana naquela expectativa agonizante.

- Eu pensei melhor... – disse Nicky entrando no quarto e sentando-se ao lado de Alex na cama. Obviamente que ela não percebeu toda a aflição da amiga, pois estava muito ocupada com sua própria crise pessoal. – Eu não vou nesse jantar. Nem cozinhar eu sei!

- Não se preocupe... – pela primeira vez naqueles seis minutos Alex conseguiu tirar sua atenção da porta entreaberta e a voltou para Nicky. – Vai ter comida o suficiente feita por mim, pela Piper e pela Polly, você pode levar uma bebida.

- Ela só quer que eu vá nesse jantar pra esfregar a Fernanda – fez uma careta ao dizer o nome da médica. - na minha cara.

- Qual a parte do Fernanda é hetero e casada com um médico que também estava na África você não entendeu? – o tom era sem paciência, mas não era necessariamente como Alex se sentia. Nesse último ano passou a se divertir bem mais com o sofrimento de Nicky. Poderia não se divertir muito caso a amiga admitisse que não superou ao invés de mentir dizendo que superou. - E a Jess não falou nada sobre a Fernanda estar nesse jantar. Ela disse que era só pra gente. E esse “gente” inclui você.

- Eu não quero vê-la! – falou quase em um grito, tentando parecer convincente. Para sua infelicidade não conseguiu enganar Alex que a fitou com uma expressão descrente. – Ela me quebrou! – esbravejou indignada levantando da cama.

- Quantas vezes a Jess pode te quebrar? – perguntou sem esconder o sorriso divertido que tinha no rosto ao ouvir aquilo novamente. – Você disse isso uma vez quando não admitia que estava apaixonada por ela.

- Eu estava bem, tudo bem? – começou a andar de um lado para o outro no quarto, tentando diminuir toda sua irritação e indignação por estar tendo aquela conversa. - Tinha meu próprio apartamento, comia pizza congelada todo dia, conseguia fazer piadas inteligentíssimas sobre o amor no twitter da Floresta Encantada e transava com Nova York inteira até aquela louca postar aquela foto no instagram. Como o lugar tem sinal pra postar foto e não tem médico? Me explica isso! – Alex ouvia toda a indignação da amiga se segurando para não gargalhar, mas mesmo assim o sorriso por estar se divertindo totalmente com aquilo não desaparecia de seu rosto. Estava tão concentrada no que Nicky dizia que seu próprio nervosismo havia desaparecido. – Só foi ela postar a porra daquela foto que eu não consegui transar com mais ninguém e voltei a morar com vocês. Jessica é um retrocesso na minha vida!

- Cala a boca, Nicky! – Piper mandou do banheiro, assustando Nicky que nem sabia que a loira estava em casa. A social mídia do Floresta Encantada tentou ir até o banheiro, mas Alex a impediu. Ia ouvir Piper realmente sem paciência daquele lado do quarto. – Desde quando comer pizza congelada bebendo cerveja com o Keep antes de sair transando com Nova York inteira é ter a vida dos sonhos? – ela ia responder, mas Piper não deu oportunidade. – Você que estragou tudo sua imbecil! A Jess foi pra África por sua culpa pelo amor de Deus! Agora que ela voltou bem que você poderia fazer alguma coisa certa para variar, tipo ir nesse jantar e não ser uma imbecil. Já vai ser um ótimo começo.

- O que ela está fazendo em casa? – perguntou como se não tivesse ouvido uma única palavra do que Piper tinha acabado de dizer. Só ouviu a loira bufando de dentro do banheiro. – Aliás... O que ela está fazendo no banheiro esse tempo todo?

- O teste de gravidez. – Alex respondeu, sentindo todo o nervosismo tomar conta de si novamente.

- Mas já? – sentou-se novamente ao lado de Alex na cama e colocou a mão no ombro da amiga. – Sinto muito. – Alex a olhou com uma expressão de desaprovação pelo comentário. – Por que ela está demorando tanto? Quanto tempo demora pra mijar na porra de um palito?

- Se você parasse de me atrapalhar com suas idiotices eu já teria terminado! – respondeu totalmente ríspida do banheiro.

- E o que você está fazendo aqui? – soltou uma risada. – Não vai me dizer que você é daquelas pessoas que desmaiam assistindo a um parto, Vause?

- Por que eu desmaiaria vendo um parto? Não é como se eu não vivesse com a minha boca na onde meu filho vai sair.

- Você nunca viu um bebê saindo de lá. – afirmou como se Alex não soubesse do óbvio. - E eu tomaria cuidado caso você vá mesmo assistir ao parto do seu filho. Vai que toda vez que você e a Chapman forem fazer sexo depois do nascimento você imaginava um bebê saindo de lá ou fica com medo de sua cabeça entrar na xoxota dela? Por que se sai uma criança de lá de dentro...

- Você realmente está em um daqueles dias que não sai porra nenhuma que presta da sua boca, não é Nicky? – perguntou Piper saindo do banheiro. A loira deu de ombros, não sabia se existia um dia que saia alguma coisa que realmente prestasse da sua boca. – E eu juro por Deus, Alex! Se tivermos problemas na hora de fazer sexo porque você deu ouvidos para o que a Nicky disse, você nunca mais vai fazer sexo na sua vida.

- Você vai fazer greve de sexo para sempre? – a morena perguntou sem saber muito bem se tinha entendido o que a esposa tinha acabado de dizer. – Pipes, você sabe que fazendo greve de sexo, você também não faz sexo, certo?

- E quem disse que a greve vai se estender a mim? – Alex ergueu uma sobrancelha. Mesmo depois de todo esse tempo ainda não conseguia dizer quando Piper estava falando sério ou não e só piorou com o casamento. – Você não vai estragar o jantar hoje.

- Eu não vou estragar o jantar porque eu não vou pra porra de jantar nenhum! Será que vocês conseguem entender isso?

- Quer saber? Faz o que você quiser Nicky. – disse Piper em tom de tédio. – Vai ser até melhor pra Jess se você não for, senão imagine a decepção dela em ver que você não mudou abs...

A frase não foi concluída já que Piper se distraiu com o palito em sua mão que finalmente trazia o resultado do teste.

Demorou alguns segundos para Alex e Nicky entenderem porque ela não concluiu o sermão que estava dando até verem que ela olhava com uma expressão totalmente indecifrável para o palito em sua mão.

- Qual foi o resultado, Pipes? – Alex finalmente quebrou o silêncio.

A loira ainda ficou alguns segundos encarando o palito em sua mão. Imaginaram que pela demora na resposta o resultado não havia sido positivo. Se tivesse sido com toda certeza estariam pulado no quarto pela novidade. Mesmo que Nicky fingisse que não, ela também era uma das que mais estava ansiosa para saber logo se a inseminação havia dado certo. Se a família Vauseman ia mesmo aumentar.

- Não tem problema, amor. – Alex quebrou o silêncio novamente. Aquela falta de resposta estava a matando. – A doutora disse que talvez não desse certo na pri...

- Nós estamos grávidas. – disse sem ainda tirar o olho do palito em sua mão. Alex paralisou ao ouvir aquilo, não sabia se tinha ouvido certo. – Nós vamos ter um bebê. – virou o palito para a esposa, sorrindo. – Nós estamos grávidas, Al.

Sem conter a felicidade, Alex girou a esposa no ar e lhe deu um beijo. Foi a única coisa que conseguiu pensar ao ouvir aquilo. Era oficial! – mais ou menos já que ainda faltava confirmar no exame de sangue, mas não vamos estragar o momento com detalhes. – Elas iam ter seu primeiro filho.

- Porra! – exclamou Nicky sem esconder sua felicidade também. - Vocês vão mesmo aumentar a família. Espero que as paredes sejam a prova de som porque o quarto dessa criança fica ao lado do meu.

As duas riram. Só Nicky mesmo para fazer um comentário daqueles no meio de toda aquela alegria pela notícia.

- E eu vou nesse jantar. – caminhou até a porta do quarto. – Quem sabe eu não consigo a Jess de volta, certo? - deu de ombros deixando o quarto.

As duas encararam a porta do quarto aberta - que não tinha mais nem um vulto de Nicky - sem reação. Entreabriram a boca algumas vezes, tentando dizer alguma coisa, mas nada fazia sentindo e quando fazia não conseguiam colocar em palavras.

Quando decidiram arrastar Nicky para aquele jantar de qualquer jeito era com o intuito de melhorar as coisas entre o clube das ex-presidiárias. Foi Jess que havia pedido para que todas fossem, e mesmo que ninguém tivesse perguntado, deixou bem claro que também queria a presença de Nicky.

Com todo esse tempo que a amiga ficou longe, acreditavam que Jessica havia superado. Que ela queria a presença de Nicky no jantar para tentar melhorar o clima que ficou entre as duas e tentar voltar a amizade que elas tinham antes do namoro. Pelo menos imaginavam que esse era o intuito da viagem – tirando ajudar os necessitados. Não ia fazer sentido nenhum se Jess tivesse deixado seu trabalho de lado para ficar olhando fotos de Nicky no instagram ou stalkeando o twitter da Floresta Encantada para ver o que a ex andava postando.

Para deixar bem claro: ela realmente não fez isso.

O negócio era torcer para que Nicky realmente não estragasse o jantar.

Ela não tinha mesmo superado a Jess.

Às vezes se pegava imaginando o que iria dizer quando a ex-namorada voltasse. Nada dentro de si tinha mudado durante esse um pouco mais de um ano. E mesmo assim ela ainda acreditava que não poderia dar o que a médica queria. Pensou que conseguiria mudar seus pensamentos quando percebeu que o seu “foda-se” não havia funcionado. Que provavelmente sua história com Jessica seria bem parecida com a de Alex e Piper. Aquela história inacabada que só acabava quando as duas estavam juntas.

Muitas vezes torceu para que Jess assumisse mesmo algo com a Fernanda ou com qualquer outra mulher só para que ela fosse obrigada a seguir em frente. Entretanto doía mais imaginar a ex com outra pessoa do que quando ela foi embora.

Poderia passar quantos anos fosse ela ainda ia odiar a porra do amor.

***

Quando a porta do apartamento de Jessica foi aberta, todas foram recepcionadas com o mais largo e sincero sorriso vindo da médica seguido de um abraço. Sorriam da mesma forma, felizes pelo sorriso e o olhar doce ainda existir.

O medo que tinham quando Jess foi para África é que ela mudasse. Que ela perdesse todo aquele brilho e alegria de viver e começasse a ver a vida da forma que a maioria das pessoas viam:  uma porcaria onde nada de bom acontece.

Em algumas conversas, depois da médica ter dado sinal de vida, o clube dizia que se Jess, a pessoa que cantava na prisão e nunca se revoltou um único segundo por estar presa, mesmo depois da ex-namorada ruiva ter lhe dado um pé na bunda, que era fã de super-heróis e tinha uma foto com o Clark Gregg em seu criado-mudo, começasse a ver a vida só pelo lado negativo, a humanidade poderia pedir para Deus ou a concorrência a levar, pois a vida realmente não teria mais nenhum sentido ou significado.

Felizmente ela tinha mesmo seguido o conselho de Alex.

Jessica Lane estava viva! Desculpem o clube das ex-presidiárias pelo trocadilho e não desistam delas.

Claro que após todos os abraços, e a médica ter olhado para a porta aberta procurando por uma pessoa que estava faltando, o sorriso sumiu por alguns segundos. Ela poderia ser a pessoa mais positiva que conheciam, mas não era um robô.

Naquele momento perceberam que ela ainda via a vida com os mesmos olhos, porém se a viagem para África era mesmo para esquecer Nicky, não tinha dado muito certo. Sua expressão de decepcionada pela ex-namorada não ter ido até o jantar denunciava isso.

- Eu trouxe escondidinho de frango! – anunciou Piper erguendo a travessa em suas mãos. – E eu que cozinhei.

- Não se preocupe... – tranquilizou Polly ao ver o olhar assustado de Jess ao ouvir a frase “eu que cozinhei” saindo da boca de Piper. – Ela aprendeu a cozinhar. Pelo menos o escondidinho, caso contrário eu teria trazido alguma coisa ao invés de salada.

- Eu trouxe mousse de maracujá de sobremesa. – disse Alex colocando a travessa na mesa junto com as outras e ganhando um olhar que trazia no mínimo umas cem perguntas de Jess. – Sim... Minha esposa continua obcecada pela culinária brasileira.

- Não é obsessão. – revirou os olhos. – Eu não tenho culpa que eles comem melhor que a gente.

- Você foi parar no hospital por comer quase a feijoada todo do restaurante. – retrucou Alex em tom de tédio.

- Vocês foram comer até no Emporium Brasil? – perguntou com um sorriso divertido por causa da expressão de Alex ao ter que contar a história. Caminhou até a sala e as amigas a acompanharam. – Não consegui comer lá ainda.

- Mas não foi lá que ela passou mal de tanto comer não, foi em um restaurante lá no Brasil mesmo. – mais olhares confusos de Jessica. – No final do ano Devon foi para a Comic Com que tem em São Paulo e, teoricamente, era pra Piper acompanhá-lo já que eu tinha que estar em um lançamento em São Francisco.

- Teoricamente nada. O Devon estava comigo no restaurante. Ele tomou cinco vezes mais caipirinha que eu. Ainda acho que tive intoxicação alimentar e o médico falou que eu só passei mal porque não estava acostumada a comer tudo aquilo. – fez um negativo com a cabeça, achando mesmo aquilo um absurdo. – Eu comia comida da prisão, não tinha como eu passar mal só porque repeti a feijoada três vezes.

- E por você comer comida da prisão tenho quase certeza que não foi intoxicação alimentar. – afirmou Jess. – Se aquela comida nos intoxicou nada mais intoxica.

- Desculpe, mas você não estava lá me examinando, ta bom? – mandou um sorrisinho cínico para Jess que respondeu com um de seus sorrisos mais doces.

Sentiu tanta falta de suas amigas. Sempre que acontecia alguma coisa em seu trabalho seu primeiro instinto era pegar o celular e mandar uma mensagem para elas ou pensar que na hora do almoço as encontraria e contaria tudo que aconteceu, até a realidade de que o sinal de celular lá era raridade e que ela estava muito longe para almoçarem juntas cair em si e ela se perguntar o que estava fazendo ali.

Ela gostava do trabalho que estava fazendo por lá. Ficou mais próxima de alguns médicos que também trabalhavam no mesmo hospital que ela. Sentia que estava fazendo a diferença, mas sempre foi alguém que gostava de estar em casa e por mais que a experiência tivesse sido muito boa, sentia falta de casa, da sua mãe, seu trabalho no hospital e de duas amigas – para não citar a ex-namorada motivo de sua decisão.

Passaram alguns minutos discutindo sobre coisas aleatórias tipo o motivo de Jess não ter ligado para elas irem buscá-la já que Michelle ficou presa em Los Angeles e só chegaria daqui a pouco para o jantar e ainda traria uma novidade que a filha não fazia ideia do que era.

Tentando mudar de assunto, Jess resolveu perguntar a novidade que Alex e Piper falaram que tinham. Quando elas pensaram em responder batidas na porta foram ouvidas.

- Além de não ir me buscar no aeroporto ainda esquece a chave do apar... – não conseguiu concluir a frase, pois assim que abriu a porta deu de cara com alguém que não era sua mãe.

- Como eu não sei cozinhar trouxe um vinho pra ajudar a descer a gororoba brasileira que a Chapman fez. – disse Nicky mostrando a garrafa de vinho em sua mão.

Depois de ter dito que iria no jantar para tentar conseguir a Jess de volta, Alex conseguiu convencê-la a não fazer isso no tempo que ficou na cozinha preparando o seu mousse e Piper seu escondidinho.

A loira ficou em silêncio boa parte do tempo, pois a esposa tinha dito que Nicky só estava agindo daquele jeito porque Piper não sabia conversar direito com as pessoas. Se defendendo, a empresária disse que sabia sim conversar com pessoas, só não sabia conversar com a Nicky porque a amiga não sabia conversar e acabava esgotando a sua paciência.

Alex percebeu isso quando Nicky falou que não ia mais tentar conseguir Jess de volta e minutos depois apareceu dizendo que não iria mesmo no jantar. Conversou mais um pouco com a amiga e ela disse que iria, mas não ficaria muito, depois disse que tinha mudado de ideia e que não iria mais, então Piper a mandou ir se foder porque ninguém fazia questão da presença dela no jantar.

O problema era que as três sabiam que Nicky estava nessa crise por não saber como iria se comportar quando visse a ex-namorada. Foi um pouco mais de um ano só recebendo notícias dela através das amigas ou quando ela conseguia postar uma foto no instagram. Ficou com raiva por um tempo, entretanto a raiva se transformou em saudade e depois em algo que ela achou que fosse superação, até ver a foto e perceber que elas ainda tinham muitas coisas inacabadas e tudo era por causa dela.

Ficou algum tempo trancada em seu quarto pensando se iria ou não no jantar até que decidiu ir. Talvez tivesse acabado tudo mesmo entre ela e Jess, mas isso não significava que elas não poderiam ser amigas e, caso não tivesse acabado, isso não significava que elas não poderiam tentar novamente, só que dessa vez sem Nicky estragar tudo.

As duas ficaram algum tempo se olhando, sem saber ao certo o que fazer após a frase de Nicky.

Os olhares de Alex, Piper e Polly eram de completa expectativa, esperando o próximo movimento que as duas fariam. Haviam feito até apostas sobre aquele reencontro e até agora elas ficarem se olhando sem saber o que fazer estava dando um empate.

- Obrigada. – agradeceu Jess com seu sorriso mais doce pegando a garrafa da mão de Nicky. – É o meu favorito. – alargou o sorriso ao se dar conta que a ex-namorada havia lembrado.

Nicky só deu de ombros.

Assim como o amor por comida japonesa o vinho favorito de Jessica era algo que ela nunca iria esquecer.

Parando a briga entre o seu cérebro e seu coração sobre como deveria se comportar naquela situação para não deixar as coisas mais estranhas do que aparentemente já estavam, Jess puxou Nicky para um abraço. Pensou que Nicky estranharia o gesto de primeiro momento, mas aquele abraço era algo que a loira queria dar a partir do momento que seus olhos foram de encontro aos olhos verdes de Jess.

Abraço que fez com que ambas percebessem que uma não havia superado a outra coisa nenhuma – não que fosse alguma novidade – e que fez com que Alex ganhasse a aposta.

- Quantas vezes Vause e Chapman já contaram a novidade delas? – perguntou Nicky de uma forma tão natural que fez com que todas acreditassem que de uma forma ou de outra as coisas ficariam bem. – Por que já está na hora delas arrumarem outra novidade.

Sentou nas costas do sofá por alguns segundos, mas percebendo o olhar de Jess, deixou-se escorregar até cair sentada ao lado de Polly. Se ela soubesse que o olhar da ex-namorada não era de repreensão e sim de alguém que tinha sentido falta daquele gesto.

- Elas ainda não me contaram. – sentou no braço do sofá ao lado de Nicky. – Polly disse pra eu agradecer por isso, mas eu quero saber. Contem logo!

- Nós estamos grávidas! – dispararam.

- As duas? – franziu o cenho, mesmo sabendo que, se tratando de Alex e Piper, não seria de se surpreender.

- Oh meu Deus, não! – exclamou Alex. – A Piper está grávida, mas para mostrar que estamos 100% comprometidas nessa gravidez...

- Elas estão sendo um daqueles casais loucos. – interrompeu Polly completando a frase de Alex. As duas fizeram uma careta em resposta do que Polly disse. – Você vai ver como só a Piper está grávida quando ela começar a te enlouquecer.

- Ela não vai fazer isso. – respondeu Alex. Polly, Nicky e Jess foram obrigadas a rir, ainda mais por, aparentemente, Alex acreditar mesmo no que estava dizendo. A morena as encarou com um olhar confuso, não via graça nenhuma naquilo.

- Vocês estão mesmo grávidas, então? – Jessica perguntou em um tom animado. A novidade tinha acabado de ser realmente processada. – Parabéns! – abraçou as amigas. – Quando vocês descobriram?

- Hoje entre uma mijada e outra enquanto Chapman descascava as batatas do escondidinho. – respondeu Nicky. Todas fizeram uma careta. – Ingrediente secreto. – recebeu uma almofadada bem no meio da cara de Piper. – E Vause ainda se ilude achando que não será enlouquecida.

- Jess disse que também tem uma novidade. Qual é? – por mais que quisesse mesmo saber a novidade de Jess, a pergunta de Alex foi mais para desviar o assunto antes que começasse a ser chamada de trouxa da relação.

- Tenho certeza que a novidade dela pode esperar. – Polly cortou a médica quando ela ia abrir a boca para dizer algo. – Aposto que ela não tem um filho que diz que certos segredos não podem mais contar para ela só para o pai.

- Pete resolveu ser pai de verdade agora? – Jessica perguntou confusa.

- Pete? Não! Aquele ali já deve ter morrido de traumatismo craniano em uma de suas escaladas porque nunca mais deu as caras. – deu de ombros. – Finn resolveu chamar o Larry de pai. Disse que sabia que tinha outro pai, mas Larry que ensinava ele a jogar beisebol, o levava pra escola, dava beijo de boa noite, então Larry que era o pai de verdade dele. – curiosamente Polly abriu um de seus raros sorrisos não debochados lembrando da cena. – Foi uma das cenas mais lindas que vi daqueles dois.

- E ela passou o mês inteiro falando disso. – disse Nicky. Alex e Piper fizeram um positivo com a cabeça, concordando com o que a loira tinha acabado de dizer.

- Desculpa se você não presencia cenas lindas como essa. – disse em tom debochado. – Mas se eu soubesse que essa história de pai e filho ia me excluir de saber que meu filho deu seu primeiro beijo eu não teria me enganado com a cena linda.

- O que? Finn deu seu primeiro beijo? – Alex perguntou completamente perplexa com a novidade. – Foi na Vivi, não foi?

- Nela mesma! E ela retribuiu! Larry disse que ele não quis nem lavar a bochecha por causa do beijo da menina. Como assim você não sabia também?

- Essa história de pai e filho também está atrapalhando minha relação com meu melhor amigo.

As três ficaram encarando Polly e Alex discutindo aquele assunto como se fosse a coisa mais importante do mundo e que elas tinham mesmo o direito de estarem indignadas por Finn não ter contado a elas que deu um beijo na bochecha de alguma menina da escola.

- Vocês esqueceram de me contar que o filho que a Piper está esperando é o segundo da Alex já que ela tem um filho com a Polly. – disse Jess em tom brincalhão se divertindo com toda aquela discussão, ainda mais depois dos olhares que ganhou pelo comentário.

 - Ele não é meu filho!

- Ele não é filho dela!

As duas falaram juntas e se entreolharam com a cara fechada por terem feito aquilo. Era muito bom saber que algumas coisas não tinham mesmo mudado e a amizade de Alex e Polly era uma delas.

- Será que agora a Jess pode contar a novidade dela ou vocês tem mais alguma coisa para discutir sobre esse relacionamento paralelo que vocês duas tem? – perguntou Piper.

- Nós temos o jantar inteiro para eu contar minha novidade. Não é nada demais não, da para esper... – ouviram algo parecidíssimo com um bebê chorando. – Ou eu posso contar agora. – levantou do sofá. – Eu já volto.

As quatro se entreolharam, uma tentando buscar no olhar da outra se todas tinham ouvido a mesma coisa. Poderia ter dezenas de explicações para o choro de um bebê que elas estavam ouvindo, mas perceberam que a explicação obvia era que tinha mesmo um bebê naquele apartamento quando Jess apareceu com a criança em seu colo.

- Clube das ex-presidiárias essa é a Amy. – todas se levantaram para ver a garota. – Amy essas são o clube das ex-presidiárias.

O sorriso de Jess estava mais iluminado do que qualquer sorriso que elas já tinham visto a médica dar. Davam pra perceber que a morena estava feliz por ter aquela coisinha pequena em seus braços, entretanto existiam alguns comentários que precisavam ser feitos.

- Você tem uma filha? – Alex perguntou sem nem ao menos tentar esconder sua surpresa.

- Qual o seu problema com ruivas? – foi a única coisa “inteligente” que Polly conseguiu dizer por tamanho choque.

- Sério mesmo que com tanta criança na África pra você adotar, você adotou uma criança ruiva? Racista! – Piper fez um negativo com a cabeça, estava duas vezes mais chocada do que as outras.

Bom... Não mais chocada que a Nicky que não disse uma única palavra. Ficou olhando aquela criança no colo de Jess esperando por explicações. Ainda tinha esperanças de que aquela garota não fosse filha dela.

- Eu não sou racista! – se defendeu, ofendida com a acusação de Piper. – Não estava nos meus planos adotar uma criança enquanto eu estava na África. – e a esperança de Nicky tinha acabado de morrer. – Os pais da Amy eram meus amigos e estavam trabalhando junto comigo. Josh morreu em um acidente de carro dois meses antes da Valentina descobrir que estava grávida. Quando ela descobriu não quis voltar para a América, disse que só voltaria para casa quando a neném nascesse. – os olhos verdes de Jess começaram a marejar. – Ela teve complicações no parto e fez com que eu prometesse que cuidaria da Amy como se ela fosse minha filha, pois a menina não tinha mais ninguém nesse mundo, então... – ergueu os ombros.

- Eu não esperaria menos de você, Jess. – disse Alex tentando tranquilizar a amiga que estava com o olhar de alguém que estava esperando algum tipo de sermão. – Tenho certeza que você será uma ótima mãe. – pegou Amelia dos braços de Jess. – E eu uma ótima... Tia? – ergueu uma sobrancelha. – Como vamos ser chamadas?

- Eu tenho certeza que seu filho vai me chamar de qualquer coisa, menos do meu verdadeiro nome. – disse Polly com um sorriso cínico. – E espero que ela me chame de Polly.

- Tia será então. – respondeu Alex se segurando para não rir da careta que Polly fez ao ouvir aquilo. – Daqui a pouco vamos ter uma ou um desse também, Pipes.

A loira se aproximou da esposa com um largo sorriso. Nunca ia perder o encantamento ao ver Alex com um bebê. Ela ficava tão mais iluminada com uma criança no colo e conseguia enxergá-la perfeitamente com o bebê que as duas teriam nos próximos meses.

Jess ficou mesmo aliviada por não ter recebido um sermão. Depois das primeiras reações pensou que as amigas diriam que ela era louca por ter aceitado uma responsabilidade tão grande quanto essa – já tinha sido chamada de louca por coisas menores.

A forma como as amigas estavam mimando a garotinha que tinham acabado de conhecer encheu seu coração de alegria. Ela só sabia sorrir. Pelo menos até seu olhar encontrar com o de Nicky e ver a ex-namorada olhando toda aquela cena com a expressão totalmente indecifrável e completamente imóvel.

Nicky estava surtando por dentro e Jess sabia disso. Assim como também sabia que a partir do momento que contasse sobre Amelia a história das duas teria realmente acabado – não que ela tivesse algum tipo de esperança. Já tinha se conformado sobre o relacionamento que teria com Nicky quando voltasse. E esse relacionamento não era as duas como um casal sendo mães da Amelia.

- Jessica Abigail Lane, você está proibida de deixar Nova York pelos próximos 10 anos, entendeu? – Michelle abraçou a filha, um abraço tão apertado que ela conseguia sentir o ar faltando em seus pulmões. – Nova York! Não os Estados Unidos. Nova York!

- Eu já entendi mãe. Também senti sua falta.

- É ela? – a advogada soltou a filha e caminhou em direção a Alex. – Ela é mais fofa do que nas fotos. – Alex passou a garota para Michelle que abriu um imenso sorriso. – Finalmente eu tenho uma neta! – Jessica cruzou os braços e encarou a mãe com uma expressão de tédio. – O que foi? Sua ex não tinha planos de ter filhos tão cedo e Nicky tinha planos de nunca ter filho, se eu soubesse que a África resolveria eu tinha te mandado lá por uma semana.

- Você sabe que Amelia só é sua neta por que os pais dela, meus amigos, morreram, não sabe? – a advogada ergueu os ombros.

Não era uma pessoa horrível. Já tinha sentido muito sobre a perda dos amigos da filha desde que ela contou que voltaria para casa com uma criança. Agora com Amelia no colo ela não estava se importando muito com o que ocasionou a adoção.

- Será que podemos comer agora? – perguntou Polly. – A última vez que comi foi no almoço, pois fiquei sozinha no escritório hoje. – frisou o “sozinha” olhando para a Piper que fingiu que nem era com ela.

- Estava no banco de trás do carro. – disse Bill entrando no apartamento com uma garrafa de vinho na mão. – Olá garotas. – tentou parecer casual, mas obviamente que nem toda casualidade do mundo faria com que as cinco deixassem de o encarar com olhares curiosos.

- Pai o que você está fazendo aqui? – a pergunta de Piper foi a representação de todas ali. – Oh meu Deus, não! – concluiu algo antes mesmo que o pai pudesse abrir a boca para se explicar. – Michelle disse que tinha uma novidade... – fez uma careta por causa de tudo que estava passando em sua cabeça. – Tantas mulheres heteros e que a Nicky não transou ainda em Nova York e tinha que ser logo a Michelle, pai?

- Qual o problema comigo? – a mãe de Jessica perguntou realmente confusa.

- Espera! – finalmente Jess tinha entendido o que estava acontecendo. – Mãe, você e o Bil... – a expressão mudou para completamente chocada. – Mãe! – mudou a expressão para contrariada. – Acho que eu deveria ter sido consultada sobre querer ou não ter a Piper como irmã.

Alex, Polly e Nicky – que já tinha recuperado todas as suas reações com a entrada de Bill no apartamento – soltaram uma gargalhada, tentando abafa-la com a mão, uma virada de rosto e um fingimento de que tinha engasgado com algo. Aquele definitivamente estava sendo o melhor jantar – que nem havia começado ainda – para se atualizar de todas as novidades.

- Nós não somos irmãs. – Piper disse entre dentes, mas após terminar a frase teve um estalo. – Pelo amor de Deus, pai! Me diz que a Jess não é um dos frutos das suas puladas de cerca de quando eu era mais nova. – fez uma expressão de choro. – Nós éramos rivais até outro dia, não podemos ser irmãs.

- Não, Piper! – exclamou achando totalmente absurdo o que a filha dizia. – Nós nos encontramos seis meses atrás em um restaurante e só aconteceu.

- Vocês estão namorando tem seis meses e não me disse nada? – perguntou Jess totalmente indignada. – Que tipo de mãe você é?

- Minha mãe já sabe?

- Eu não tenho certeza. – respondeu Michelle.

- Oh ela sabe. – disse Nicky fazendo um positivo com a cabeça. A loira olhava para a tela de seu celular com um de seus sorrisos mais perversos. De alguém que estava se divertindo com algo. – Sabe aquela foto que você postou mais cedo no aeroporto de Los Angeles? – Michelle fez um positivo com a cabeça. – “Atenção senhores passageiros, segurem seus maridos porque a ladra está prestes a embarcar”. Ela marcou minha mãe no comentário também, mas acho que Marka não deve estar em um bom dia, pois a mandou lavar uma louça.

- É que sua mãe sabe de nós dois. – respondeu Michelle tentando fazer com que aquilo não aparecesse mais absurdo do que fosse. Mesmo que para Piper e Jess só o fato da advogada e Bill ainda respirarem era um absurdo. – Eu ia contar para a Carol! Estava esperando ela ficar mais estável emocionalmente, sabe?

Alex, Polly e Nicky mais uma vez tentaram disfarçar a gargalhada, obviamente que sem sucesso. Aquilo ficava cada vez melhor.

- Se meu filho crescer sem um avô porque a mãe te mandou eu juro que te mato de novo pai.

- Seu filho? – o homem franziu o cenho.

- Sim, meu filho. Eu estou grávida, pai e esse bebê já viu o estresse que será nascer na família... – antes que pudesse completar a frase Bill a puxou para um abraço que ela recebeu de bom grado. Não esperava uma reação diferente do pai assim que contasse. – Isso não significa que a Michelle será a avó do meu filho.

- Pelo jeito Amelia é mesmo minha sobrinha. – comentou Alex com um sorriso divertido levando um soco no braço logo em seguida. – Qual o seu problema? – perguntou passando a mão no braço atingido. – Sempre achei você e a Jess um pouco parecidas mesmo.

- Vai se foder! - Todos repreenderam Piper pelo linguajar, pois Amelia ainda estava no colo de Michelle. – Ela só sabe babar, não vai aprender a falar palavrão tão cedo.

Depois de mais alguns minutos de discussão, todos finalmente sentaram a mesa para jantar. A conversa durante a refeição passou por diversos assuntos, começando com o relacionamento de Bill e Michelle e terminando nas histórias de Jess enquanto estava na África. Todos estavam orgulhosos da médica. Ela tinha feito um ótimo trabalho e ainda voltou antes do planejado por causa da promessa de cuidar de uma garotinha que antes de nascer não era nada sua.

- Pediram pra avisar que a mesa já está arrumada para jogarmos. – disse Nicky encostada na porta do quarto de Amelia.

Fazia bem uns dois minutos que estava parada ali e Jess nem havia a percebido de tão concentrada que estava olhando a filha dormir.

- Eu te assustei não assustei? – perguntou com um pequeno sorriso.

Nicky riu e se aproximou do berço para ficar ao lado da ex-namorada.

- Você me assusta desde sempre. Já não é mais novidade.

O silêncio tomou conta do quarto após Jessica ter dado risada do comentário de Nicky. Não era um silêncio constrangedor, mas sim um silêncio de duas pessoas que tinham muitas coisas para falar, porém nenhum falaria.

O medo de estragar o momento e o clima que aparentemente havia melhorado era maior do que a vontade de dizer qualquer coisa. Poderiam deixar assim por enquanto.

- Ela tem sorte em ter você como mãe. – Nicky resolveu quebrar o silêncio, ainda mais por ter sido a única pessoa que não havia dito absolutamente nada sobre a maternidade de Jess. – Você vai ser uma mãe incrível Jess pode ter certeza disso.

A única forma que encontrou de responder aquilo foi abrindo um sorriso tímido. Para Nicky foi o suficiente. Nada dizia tanta coisa quanto o sorriso de Jess.

Ficaram algum tempo paradas em silêncio olhando Amelia dormir no berço. Agora Nicky entendia porque a ex-namorada parecia hipnotizada parada na frente daquele berço. Amelia era o bebê mais adorável que já tinha visto na vida e também poderia passar horas olhando a neném dormir. Sentimento totalmente estranho, pois nunca foi de se apegar em bebês e muito menos sentir algo diferente sobre eles como a maioria das pessoas sentiam.

- Vocês vão jogar ou...? – a vontade que Piper tinha era de fazer um milhão de piadas sobre aquele momento que estava presenciando, mas não sabia se o clima estava estável ou se mudaria a qualquer momento.

As duas despertaram do transe e, totalmente desconsertadas, deixaram o quarto, esperando realmente que não fossem alvos de piadas.

***

- Quanto tempo você acha que vai demorar pra cair a ficha da Nicky de que Jess tem mesmo uma filha? – a pergunta partiu de Piper.

Estavam no quarto. Piper estava deitada no peito de Alex, enquanto a morena mexia levemente nos fios de seus cabelos. Comentavam sobre todo o jantar. Riam sobre os acontecimentos do jantar. Queriam mais jantar como aqueles.

- Eu tenho quase certeza que a ficha já caiu. Não duvido nada que ela está deitada agora repetindo diversas vezes “A Jess tem uma filha”.

Piper riu.

- Você é uma péssima amiga, sabia disso? – Alex só ergueu os ombros. – Estou orgulhosa de você, meu amor. – Alex soltou uma risada entre o beijo que recebeu da esposa. Estava casada com a melhor pior pessoa do mundo. – Nós vamos estar lá por ela, certo? Ela não pode fazer isso sozinha.

- Claro que nós vamos estar lá por ela. – deu um beijo na cabeça de Piper. – E tenho certeza que não será só a gente. – Piper mandou um olhar descrente para a esposa, não conseguia passar pela sua cabeça o que Alex estava afirmando. – Não estou dizendo que elas vão casar e formar uma linda família, mas a Nicky se importa. Ela também estará aqui caso a gente precise dela.

- Eu sei. – mandou um pequeno sorriso para a esposa. Não duvidava da lealdade de Nicky em toda essa amizade. Sabia o quanto a loira as amava e todo o amor era recíproco. Ela poderia ser um pouco fechada e às vezes fazer as coisas por impulso, mas tinha o maior coração do mundo. Pegou a mão de Alex e levou até a sua barriga. A morena abriu um largo sorriso. Poderia não sentir nada ainda, mas sabia que seu filho estava lá e só de saber disso seu coração já se enchia de alegria. Elas seriam mães. – E você vai precisar muito da Nicky. – o olhar doce que Piper estava mudou para um de provocação.

- Eu juro por Deus, Piper! Se você for daquelas grávidas loucas que tem vontade de comer tijolo bebendo gasolina esse vai ser o primeiro e último filho que vamos ter.

- Lúcifer não vai ser filho único.

- E eu já disse que o nome do nosso filho não será esse.

- Vamos ver. – mandou um sorriso desafiador para a esposa.

- Vamos ver. – retribuiu o sorriso com um divertido, puxando Piper para cima de si a beijando.

Elas teriam muito tempo para discutir sobre o nome, a cor do quarto, os desejos de Piper – os que seriam atendidos - entre milhares de outras coisas. Só não imaginavam que teriam uma surpresa sobre ter que se referir ao filho no plural.


Notas Finais


E no próximo capítulo obviamente que o ultrassom já vai fazer essas duas brigarem, pois Vauseman sem brigar por qualquer coisa não é Vauseman.

Até o próximo <3


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