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História We Found Love - My Bitch


Escrita por: Ollgabriela e JoseliaGastao

Capítulo 3 - My Bitch


Acordei com os gritos do Justin ecooando no galpão, ele parecia estar nervoso ao falar com alguém no celular. Me remexi na cadeira e soltei um longo suspiro, o Justin me olhou e desligou o celular caminhou ao meu encontro.

- Posso ir embora? - perguntei
- Qual parte do "você vai ser minha" você não entendeu?
- E qual parte do "eu não estou a venda" você não entendeu?
- Isso não interfere na minha decisão, já está resolvido.
- EU NÃO SOU UMA VADIA!
- Ah não? Então qual o nome daquelas mulheres que dançam seminuas em cima de um palco?

Engoli seco e deixei sua pergunta no ar, de certa forma ele estava certo, e a única coisa que me restava a fazer naquele momento era chorar e chorar, deixei as lágrimas molharem meu rosto e os meus soluços ecooarem no enorme galpão.

- Dá pra parar de chorar! - gritou ele, enxuguei as lágrimas no mesmo segundo que ele gritou, querendo ou não minha vida estava em suas mãos, e fazer pose de durona não seria uma boa ideia naquele momento.
- Justin... - falei com a voz embargada e tentando encarar aqueles olhos paradisíacos. -Meus pulsos já estão, será que ao menos você não pode me soltar?

Ele bufou e se agachou ao meu lado, segundos depois lá estava eu esfregando meus pulsos e pude percebe alguns cortes no mesmo, toquei em um deles e gemi por conta da dor, o Justin percebeu e segurou meus pulsos e fez uma careta como se dissesse "tá doendo?" sorri sem mostrar os dentes e o Justin pegou seu celular e discou um número e saiu do galpão conversando com alguém no celular.
Olhei em volta a procura de comida, mas nada achei, levantei da cadeira e começei a me alongar fazendo meus ossos estralarem, eu estava exausta, e com fome.

- Jul... - o Justin ia dizer algo mas parou de falar ao me ver, desci um pouco meu vestido e me sentei novamente.
- Continue...
- Esquece. Leva ela pra o meu escritório na Bizzle.

Olhei assustada pra ele e minutos depois eu estava dentro de um carro rumo a "Bizzle" esse nome não me era estranho, forçei minha mente a lembrar e aquela famosa luizinha acendeu, Bizzle era uma boate, ou melhor A boate, a mais bombada de toda Los Angeles, frequentada por pessoas da alta sociedade, ou seja, só filhinhos de papai e patricinhas, concluindo que a luxúria e a soberba reinava lá. Minutos depois lá estava eu jogada em um canto qualquer da enorme boate sob olhar daqueles grandalhões, eu não conseguia raciocinar direito e a única que eu fazia era chorar, minha cabeça parecia que ia explodir a qualquer momento, vi um dos grandalhões se aproximar de mim e me puxar bruscamente pelo braço, soltei um grito de dor e então vi o Justin com cara de deboche apontando pra parte de cima da boate, e foi quando meu sexto sentido entrou em alerta, me deixando mais apavorada do que eu estava antes. E como o Justin havia dito horas atrás "sua situação só tende a piorar", ou seja, eu estava fodida. Subimos uma enorme escada e foi quando senti meu coração pular e o pânico tomar conta de mim, o grandalhão que antes estava me segurado havia sumido,
Fechei os olhos desejando que aquilo fosse um pesadelo e que eu logo acordaria, mas não era, quem eu queria enganar? Eu estava em um beco sem saída, e pelo visto aquilo não ia acabar tão cedo, abracei a mim mesma e pedi a Deus que ele me protegesse, após minha pequena oração eu abri os olhos e encarei aquela figura masculina com um sorriso estampado no rosto e com o olhar guloso em minhas pernas nuas , dei um passo pra trás e escutei sua risada preencher o local.

- Fim de linha Julie Paris! - ele falou em tom ameaçador - Tudo tem um fim, as dívidas, os problemas, o amor, a vida... Então não queira fugir do inevitável, esse será seu fim. Você poderia ter evitado isso, mas já que preferiu assim.

Eu não podia acreditar... Ele ia me matar, não que eu duvidasse da sua falta de compaixão, mas não podia ser agora. Não podia ser hoje, um dia antes do meu aniversário, o único dia com que eu sentava com os meus "amigos" e ia festejar sem me importar com amanhã, sem me importa com essa dívida idiota. Um dia no qual eu esquecia o inferno que era minha vida, e me deixava levar sem medo de viver e sorrir. O único dia que eu me sentia feliz e bem ao mesmo tempo. E tudo isso ia acabar, minha vida ia acabar, eu morreria da pior forma possível, sem me despedir, sem chance de ver as pessoas que amo sorri pela última vez pra mim. Era o meu fim.

- Por favor... - sussurrei de modo com que ele escutasse - É tudo que eu te peço, me deixa viver.
- Você é insistente hein, porra. - ele caminhou até mim em passos largos me deixando encurralada, sua perna direita abriu espaço entre as minhas pernas e logo nossas intimidades estavam juntas, dei um suspiro tentando controlar meus hormônios e vi um sorriso brincar nos lábios do Justin, sorri sem graça e baixei o olhar.
- Ficou sem graça, mas eu nem fiz nada.. Ainda - ele sussurrou em meu ouvido me fazendo arrepiar. - Você tem o que eu quero, eu só preciso de sexo e mais nada. Saca?
- Justin..
- Shh.. Você quer viver? - balancei a cabeça em sinal afirmativo e ele continuou - Viver comigo ou morrer da pior maneira possível?

Se eu estava apavorada antes imagina agora, viver ou morrer? A resposta era óbvia, viver claro, mas viver com ele, o que realmente ele queria dizer com isso? Deixei essas perguntas de lado e tratei de responder logo sua pergunta, não é todo dia que você tem a opção de viver ou morrer.

- Viver. - falei encarando seus olhos. - Boa escolha, a resposta estava óbvia em seu rosto, mas não custa nada zoar um pouco!?
Ele riu e eu apenas engoli seco, "zoar" com a morte não é nada engraçado, como ele pode ser tão frio? Oh céus.
- O que eu tenho que fazer exatamente? - perguntei
- Me satisfazer apenas, ser minha vadia particular.
- Vadia é tão...
- Não é nada, ela está bem cabível a sua função daqui pra frente.

Me ofendi claro, porém o que poderia fazer? Um simples vacilo meu e miolos ao ar. Apenas assenti e baixei o olhar novamente como uma boa vadia que eu era.

- Toma aqui meu número, quando eu precisar de você eu te ligo. - ele pós o papel entre meus seios e voltou o olhar pros meus olhos
- Tudo bem. Só lembrando que eu estudo na parte da manhã!
- Eu sei, te estudo desde sempre.
- Aaah, mas pra que exatamente?
- Gosto de estudar as pessoas antes de matá-las.

Ele pressionou nossos lábios e pediu passagem pra sua língua que eu adiantei logo de dar, ele explorou toda minha boca e no fim ele partiu o beijo dando uma mordida em meu lábio inferior, passei a língua nos mesmos e senti gosto de sangue. Ficamos breve minutos só nos encarando, e depois descemos a escada de volta à boate, sai sem lhe dar um tchau e chamei o primeiro táxi que vi.


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