História We know - A gente ainda vai se encontrar, Lauren

P.OV Lauren

Voltei pra sala tentando digerir mas ao mesmo tempo pulando de felicidade. CARA, ELA ME AMA! Aquelas palavras da Camila não saiam da minha cabeça e eu precisava abraçá-la, eu precisava olhar naqueles olhos castanhos e contar que também a amava com todo o meu ser. Quando cheguei na sala e sentei ao lado da Lucy, olhei ao redor e a cadeira da Camila estava vazia, verifiquei o celular e nenhuma mensagem dela. Fui até a Ally que estava virada pra cadeira de trás conversando com a Mani.

- Oi, coisas lindas, vocês sabem onde está o amor da minha vida?

- Ai meu deus, como você é fofa, Laur. A Mila fez um ótimo trabalho – todas rimos – Mas eu não sei onde ela foi, estávamos conversando, ela recebeu uma mensagem e saiu, disse que voltava logo.

- Uma mensagem de quem?

- Não sei, Laur.

Voltei pra minha cadeira e a aula já tinha começado, mas eu não conseguia me concentrar em nada. E se fosse algo sério? E se ela precisasse da minha ajuda? Comecei a enviar algumas mensagens pra Camz, meu coração já estava apertado e eu sentia um pressentimento muito ruim.

“Camz, onde você está? A aula já começou”

“Ei, minha morena, responde. Ta tudo bem?”

“Amor, eu estou ficando preocupada, dá algum sinal de vida, por favor”

Já haviam se passado 15 minutos, então resolvi sair e procurá-la pela escola. Olhei os banheiros, olhei no nosso depósito, olhei na cantina, olhei toda a escola e nenhum sinal dela, então resolvi sair e procurar pelos arredores da escola, porém quando estava chegando pelo estacionamento, quase fui atropelada e eu pude ver claramente quem foi e que aquilo foi feito de propósito. Quando juntei algumas peças e vi o Austin sair do estacionamento com tanta pressa, meu corpo ficou gelado e minha respiração parou na hora.

P.O.V Austin

Eu não me importava muito com aquele namorinho dela com a Jauregui. A Lauren ia acabar estragando e magoando a minha princesa de qualquer jeito, então o que eu ia fazer era salvar o meu amor. Meu plano já estava quase totalmente pronto, mas eu precisava do idiota do Max pra me ajudar com alguns detalhes. Ele andava muito estranho, com uns papos de querer falar pra polícia, de querer uma nova vida. Esse idiota ia acabar me fudendo, mas eu tava de olho nele, ainda mais depois que o vi de papinho com uma das amigas da Jauregui, aquilo não poderia ser boa coisa, então resolvi investigar.

- Fala, viadinho.

- O que você quer, Austin?

- É assim que fala com seu amigo? Nós somos amigos, cara, nós somos. Você vai até me ajudar no plano da Camila, mas o que eu quero falar é outra coisa. Ta pegando a Dinah?

- Que? Que papo é esse?

- É ué, já te vi algumas vezes de conversa com ela por ai, tá pegando?

- Para com isso, mano, já falei pra me deixar quieto. - eu acabei perdendo a paciência, se ele não ia me ajudar por bem, em nome da nossa amizade, ia ser a força.

- Max, é o seguinte, presta atenção. Tu vai me ajudar sim, vai fazer tudo que eu mandar. É isso ou eu vou ficar muito amigo da tua família, e você sabe, os pais sempre me amam. - imediatamente ele ficou branco e pareceu disposto a me ajudar. Incrível como uma simples ameaça faz as pessoas mudarem de ideia, né? Saber jogar assim com as pessoas significa ter poder e eu sabia que era poderoso. A diferença é que pra mim não era um jogo.

Eu cresci vendo a Camila brincar na nossa rua com as outras crianças e as vezes até tentava brincar com eles, mas ela nunca agiu como eu queria que agisse. Eu sempre a quis só pra mim, perdi as contas de quantas vezes fiquei escondido observando ela e sua casa. Até que em uma dessas vezes, eu vi a Jauregui entrar na sua casa de madrugada e pela primeira vez eu tive vontade e coragem de matar alguém. Aquele corpo era meu, o amor dela era meu.

O que aconteceu com o pai dela foi apenas azar. Ele teve o azar de estar no lugar errado e na hora errada, assim como ele estava tentando ganhar o dinheiro dele, eu tentava ganhar o meu. Enfim, ela não precisa saber disso, só precisa saber que seremos muito felizes juntos.

No dia de por meu plano em prática, mandei uma mensagem pra Camila e fiquei a aguardando no estacionamento da escola, já que nesse horário todos estavam em aula.

“Mila, eu preciso muito falar com você, se você quer ser minha amiga como diz, me encontra agora no estacionamento da escola”

E o tiro foi certeiro, cinco minutos depois ela apareceu no estacionamento e assim que a vi se aproximar, molhei o pano no formol e o escondi com a mão pra trás.

- Ei, Austin, o que aconteceu?

- Oi Mila, que bom que você veio. Você pensou na minha proposta?

- Austin… Nós já conversamos sobre isso, eu não posso ficar com você, eu amo a Lauren!

- Ama? Não, não ama, você não pode amar.

- Austin…

- Não, Mila! Ta errado, você é minha, eu sou seu, nós devemos ficar juntos.

- Você é louco, eu vou embora, já vi que perdi meu tempo achando que você realmente queria minha amizade – ela saiu andando e eu suspirei. Ela escolheu que fosse assim. Corri atrás da Camila e por trás, coloquei o pano com formol no seu rosto, a sentindo desmaiar nos meus braços em questão de segundos.

Pra que ninguém me visse ali, rapidamente amarrarei suas mãos e a coloquei na mala do meu carro. Assim que liguei o carro pra sair dali, vi a Jauregui chegar no estacionamento, então acelerei e ia passar por cima dela, mas ela foi mais rápida e conseguiu desviar. Não foi dessa vez, mas a gente ainda vai se encontrar, Lauren.