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História We Need A Ômega - We Need a Bandage


Escrita por: palomamyo

Notas do Autor


.oi
Esse é meu primeiro ABO e meu primeiro Kaisoo
espero que gostem ^^

Boa leitura!

Capítulo 1 - We Need a Bandage


Fanfic / Fanfiction We Need A Ômega - We Need a Bandage

We Need a Ômega

Cap. 01: We Need a Bandage

A M A R O

 

Jongin sempre foi um homem muito seguro de suas escolhas, sempre teve uma boa vida, e um caráter muito bem formado, seu pai lhe deu toda a educação e o bom senso que um alfa deferia ter. Porém o Kim jamais se descreveria como alguém perfeito e livre de problemas, pois afinal, também carregava um passado cheio de falhas, e a prova disso estava à sua frente, um pequeno ômega que brincava no meio de seu escritório.

Jooheon não era um problema, na verdade, o menino fora a melhor coisa que lhe aconteceu, por mais que tenha vindo em um momento não muito apropriado, após um cio sem controle com um colega de faculdade. O menino agora beirava os quatro anos, e até então seu maior desejo era ter uma mãe. Jongin já perdera as contas de quantas vezes o menino já lhe pediu uma mãe.

Infelizmente, o ômega que gerara Jooheon havia o entregado ao pai, dizendo ao mesmo que não se sentia pronto para ter um filho, e que sua família já era lotada de ômegas, o que fez com que o garoto não fosse aceito pelos avós, que ansiavam mais que tudo por ter um neto alfa, todavia, o cheiro adocicado do menino entregava sua real situação. Jongin ficou com o filho, que foi muito bem aceito na família composta em sua maioria por alfas, tornando-se assim o centro das atenções.

Todavia, no fim das contas, era sempre Jongin que tinha que se virar para cuidar do filho, todos trabalhavam, inclusive ele, e ninguém tinha tempo para cuidar de Jooheon. Sempre dera seu jeito com babá, todavia, nenhuma babá seria capaz de suprir a ânsia que Jooheon tinha por uma mãe.

— Por que ele está aqui? — Chanyeol nem mesmo lhe dera um bom dia, assustou-se ao ver o quanto a sala estava bagunçada, e uma criança de cabelos mais bagunçados ainda completando aquele cenário, o dia mal havia começado e Jooheon já havia desarrumado tudo o que via pela frente.

No fundo, Jongin acreditava que aquilo tudo era um protesto por estar ali.

— Hoje não tem aula e a babá está no cio, não tinha com quem deixar e não tive tempo de ligar para uma agência ainda. — o moreno explicou ainda com seus olhos voltados para os papeis postos sobre a mesa, uma das únicas coisas ali presentes que Jooheon ainda não havia posto suas mãozinhas.

Chanyeol suspirou, soltando uma risada baixa logo depois, em quatro anos vira a vida de seu amigo virar do avesso, antes de ser pai, Jongin não era a pessoa mais responsável do mundo, e não estava muito animado em cuidar da empresa dos pais, porém, após a chegada do pequeno ômega, o Kim havia finalmente se dado conta de que precisava trabalhar para dar a ele o conforto que seus pais lhe deram.

Além de que fralda era a coisa mais cara do mundo.

— Se você tivesse um ômega as coisas não estariam assim, seu filhote estaria em casa no colo confortável do seu ômega, e seu escritório não estaria parecendo uma zona de guerra.

Aquela conversa já havia se repetido várias vezes, funcionava como uma espécie de complô, sua família e amigos haviam se unido na tentativa de convencê-lo a ter um ômega, como se isso fosse salvá-lo de todos os seus problemas, uma espécie de salvação. Todavia, Jongin sabia que, no fundo, sua família só queria ter mais um ômega procriando e fazendo a linhagem crescer — como se os Kim já não fossem pessoas o suficiente —, apenas queriam que Jongin formasse de vez sua própria família, e tivesse ainda mais filhos, para compensar o fato de que seus pais só haviam tido um. Em contrapartida, seus amigos todos tinham seus ômegas, a maioria há bastante tempo, e era como se Jongin fosse o solteirão do grupo.

— Por que você não vai fazer seu próprio filhote e me deixa em paz?

Aquilo havia sido uma provocação, Jongin sabia que o ômega de Chanyeol tinha dificuldades em engravidar, já estavam juntos há quase quatro anos, e Baekhyun não conseguia lhe gerar um filhote, o que deixava o pequeno muito abalado. Isso era o suficiente para que Chanyeol não tocasse mais no assunto, girasse os calcanhares e saísse da sala.

— Papa, Jooheon fome fome. — o pequeno esticava seus bracinhos em direção ao pai, que suspirou ao se dar conta de que já passara das nove da manhã e ainda não parara para alimentar seu filho.

Às vezes se sentia o pior pai do mundo por esquecer de necessidades tão básicas e queria se bater por isso. Era uma pena estar sempre com a cabeça tão cheia, e mesmo que nunca fosse admitir em voz alta, sabia muito bem que nem sempre dava para conciliar seu trabalho com a criação de seu filho, e vivia se enganchando com aquilo.

— Fome, filhote? — o mais velho meneou sua cabeça formando um pequeno bico em seus lábios, perceber que havia esquecido de algo tão importante dava razão às palavras de Chanyeol.

Um ômega não esquecia de alimentar seu filhote, esqueceria?

Verificou se sua carteira estava no bolso de trás da calça, e pegou o filho nos braços, sabia como o menino era trabalhoso com comida, por isso deixaria para si a tarefa de alimentá-lo, e tentaria não ser pego no flagra dando comida de lanchonete a uma criança de quatro anos como café da manhã.

Desceu até o estacionamento, mas preferiu caminhar um pouco, não iria muito longe dali. O menino não parava de reclamar da fome que sentia, e com o menino nos braços, Jongin podia ouvir o som dos roncos da barriga da criança, cada ronco funcionava como um tiro em seu subconsciente, se martirizando ainda mais por ter esquecido.

Entraram em uma lanchonete ali perto, Jongin sentou-se em uma das mesas próximas ao vidro, ajeitando seu filho ao seu lado. Jooheon rapidamente se distraiu com o jogo de labirinto que havia atrás de um dos cardápios dispostos sobre a mesa. Não demorou muito até que fossem atendidos por um rapaz, que aparentava ser ainda muito jovem, e pelo cheiro doce de morangos, Jongin logo percebeu se tratar de um ômega.

— Bom dia, senhor, já quer fazer seu pedido? — o baixinho perguntou de maneira educada, abrindo assim um leve sorriso.

E Jongin com certeza culparia o fato de estar se aproximando do cio, culparia as palavras de Chanyeol ditas naquela manhã, culparia até mesmo sua família por tocar tanto no assunto, mas nunca admitiria para ninguém o quanto achou aquele sorriso atraente. Era um ômega muito bonito, de fato.

— Vocês têm alguma coisa que não seja ofensivo para uma criança de quatro anos comer como café da manhã? — era uma pergunta séria, mas o ômega acabou rindo, demorando ainda um pouco mais até notar o pequeno menino ao lado do homem.

— Acho que podemos preparar algo que não lhe faça mal. — o baixinho respondeu, anotando alguma coisa em sua pequena caderneta — E para o senhor?

— Um café, não sou muito fã de comer algo pela manhã.

O rapaz pareceu inquieto por dois segundos, como se repetisse algo apenas em sua mente, porém não disse nada, apenas anotou o pedido e saiu. Não havia muitos clientes aquela hora, por isso o pedido não demorou para ficar pronto. O mesmo garçom voltou para entregar os pedidos, com aquela mesma expressão doce e sorriso fino nos lábios.

Já estava começando a ficar incomodado, nunca olhara tantas vezes para um ômega assim, não depois de Jooheon nascer. Deveria ser algum tipo de macumba feita por Chanyeol, ou por Lu Han, o ômega de SeHun, sempre achou o marido de seu amigo um pouco estranho.

Tentava dar de comer a Jooheon enquanto parava alguns segundos para bebericar seu café. Por sorte, mas muita sorte mesmo, o garoto pareceu ter adorado o que estava comendo, ou apenas estava com muita fome. Olhava para o relógio constantemente, teria uma reunião naquela manhã e não podia se demorar muito ali. Jooheon comida rápido, demonstrando ao pai o tamanho da sua fome, e derramando pequenos farelos em seu calção azul.

Depois de alguns minutos o menino acabou sua refeição, e aparentava estar bastante satisfeito. Jongin pediu a conta, pagando por ela e deixando para o rapaz uma gorda gorjeta, que agradeceu e voltou para o balcão enquanto não havia mais nenhum cliente com pedido pendente.

Jooheon saiu da mesa antes do pai, correndo para a saída. Jongin ficou preocupado, Jooheon poderia acabar correndo para a rua, mas não foi necessário que fosse tão longe para que alguma coisa ruim acontecesse, o menino acabou pisando em um de seus cadarços desamarrados e caindo de cara no chão. O alfa se desesperou assim que viu as gotículas de sangue se espalhando pela testa do garoto, que havia se cortado.

Mas não foi ele o primeiro a chegar até o menino, antes disso o garoto que chorava muito foi acudido pelo ômega de sorriso bonito que havia o atendido. Jooheon chorava muito e tentava a todo custo colocar suas mãozinhas no ferimento, contudo era sempre impedido pelo rapaz que o carregava.

— Você precisa leva-lo para fazer um curativo. — foram as palavras do rapaz para Jongin que se aproximara para pegar o filho.

O garoto chorava aos soluços enquanto o ômega o ninava em uma tentativa de acalma-lo. Agora sim Jongin tinha um problema, se levasse Jooheon ao hospital perderia sua reunião e se fosse para a reunião Jooheon choraria o restante do dia com a testa rachada. Todavia, precisava socorrer o filho de qualquer modo, ele era mais importante, e o fato de seu carro estar na empresa e de não saber o endereço de nenhum hospital complicaria isso ainda mais.

— Meu carro está na empresa, e daqui que eu ande até lá, ele já vai ter desidratado de tanto chorar. — o comentário poderia até mesmo parecer uma piadinha de mau gosto, mas não deixava de ser verdade.

O ômega pareceu se compadecer da situação, Jongin parecia um daqueles pais que não tinha muito costume de cuidar de seus filhos sozinhos, típico de alfas que trabalhavam muito, e raramente tinham que tomar alguma atitude quando acontecia algo com seu filhote.

— Tenho material de primeiros socorros nos fundos, posso fazer um curativo simples, mas leve ele ao médico assim que puder.

Seguiu o rapaz até os fundos do lugar, ele ainda carregava o pequeno ômega que chorava bastante, sentia seu coração apertar ao ver o corte na testa branquinha de seu filhote, mais uma vez tornando as palavras de Chanyeol ainda mais certas, e já podia até mesmo imaginar as palavras do amigo assim que o Park visse a testa cortada do garoto “se você tivesse um ômega ele estaria em casa são e salvo”.

Apenas observou o rapaz deixar o menino sentado sobre um caixote, enquanto se esticava para pegar uma caixa branca em uma das prateleiras, o que evidenciava ainda mais o quanto era baixinho, e seria cômico se a cena não envolvesse um garoto com corte na cabeça, era como se o garçom se encaixasse perfeitamente naquele clichê de ômega baixinho e fofo.

Desconfiaria, se não estivesse mais preocupado com Jooheon.

— Vai doer só um pouquinho, pequeno. — o rapaz sorriu tentando passar confiança para Jooheon. O garoto fez careta ao sentir o algodão molhado tocar sua testa.

Ainda chorava, mas dessa vez chorava mais baixo, parando aos poucos até que finalmente restasse apenas as lágrimas molhando as bochechas e alguns pequenos soluços. Não demorou muito até que o curativo ficasse pronto, o garçom até mesmo limpara toda a testa do garoto, o tornando apresentável de novo, novo em folha e pronto pra outra.

— Jooheon bem agola. — o menino finalmente sorriu — bligado.

— Eu vou te dar um beijinho e você não vai mais sentir dor. — o ômega se aproximou beijando a testa do garoto, que sorriu mais uma vez e o abraçou pelo pescoço.

Um abraço que parecia não ter fim, e ao notar isso o rapaz levantou-se trazendo o garoto junto, na intenção de que o pai o tirasse de seu colo. Jongin entendeu o recado e recebeu o garoto, que acabou soltando o rapaz com muito custo. O garçom parecia estar confuso diante de tanto carinho vindo menino, não esperava que essa fosse a reação dele.

— Moço cuidou Jooheon. — o menino disse a seu pai — Moço poder ser omma de Jooheon.

Jongin suspirou, sabia que começaria com aquele assunto de novo, e que aquilo duraria o dia inteiro, sempre que Jooheon era bem tratado por qualquer pessoa, começava a dizer que queria que aquele alguém fosse sua omma, nem mesmo Chanyeol havia escapado de ser a omma da vez, o que acabou sendo bem engraçado para os dois alfas.

— Jooheon, já conversamos sobre isso. — o moreno suspirou novamente, optando por ignorar essa parte, e fingindo que Jooheon não havia dito nada, sempre usava essa tática, por mais que nunca funcionasse — Bem, eu agradeço por sua ajuda, e a propósito, me chamo Kim Jongin.

O ômega sorriu fino mais uma vez, estava vermelho, provavelmente pelas falas do menino, que ainda esticava os bracinhos e o chamava de omma baixinho, dizendo coisas como “omma, me pega”.

— Não precisa agradecer, fiz o que era certo. — sorriu novamente, intercalava seu olhar entre o chão, o menino, e o homem à sua frente — E eu me chamo Do Kyungsoo. 

 


Notas Finais


>-<
bem, esse foi o primeiro
espero que tenham gostado ^^


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