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História We Need A Ômega - We Need Lunch


Escrita por: palomamyo

Notas do Autor


Oi amores
não deu pra postar terça, mas cá estou
espero que curtam

boa leitura!

Capítulo 3 - We Need Lunch


Fanfic / Fanfiction We Need A Ômega - We Need Lunch

We Need a Ômega

Cap. 03: We Need Lunch

A M A R O

 

Kyungsoo se sentia estranho.

Mas de certa forma aquilo lhe trazia uma sensação quase boa, e quem olhasse de longe para aquela mesa, veria uma linda família, onde o ômega alimentava seu filho pequeno, enquanto o alfa sorria feito um idiota olhando para aquela cena. E falando em alfa, Jongin realmente estava sorrindo perdido enquanto observava seu filhote abrir a boca ansioso enquanto Kyungsoo levava a pequena colher até sua boca.

Todavia, ainda era triste lembrar que o verdadeiro omma de Jooheon nunca sequer lhe alimentou uma única vez que fosse. Ele foi embora como se Jooheon não lhe fosse nenhum pouco importante, deixando para trás um filhote ômega recém-nascido e um alfa até então irresponsável para cuidar dele sozinho. E isso era desumano, os primeiros dias com seu filhote foram terríveis, Jongin nem sequer sabia como trocar uma fralda, e muito menos o que dar para ele comer. E se não fosse por sua mãe, Jooheon teria morrido antes mesmo de completar seu primeiro mês de vida.

— Então, Kyungsoo, você não tem um alfa, tem?

O Do acabou levantando sua cabeça mais rápido do que seria educado levantar, evidenciando ainda mais o seu susto mediante a pergunta. Mas não seria para menos, não era todo dia que ele saia com um alfa que só havia visto uma vez e de quem não sabia nada a respeito, além de ser extremamente lindo e pai solteiro.

— Não. — respondeu depois de quase um minuto em silêncio, e em um salto inesperado de coragem, resolver fazer a pergunta que não queria calar — Por que está perguntando isso?

Foi a vez de Jongin se enrolar para responder. O alfa sorriu meio sem graça, talvez não esperasse que o pequeno ômega fosse perguntar o motivo de sua pergunta. Teve que fingir estar bebendo um pouco de suco para ter tempo de formular uma resposta que não fosse “Para saber até onde a loucura de Chanyeol vai”.

— Por nada, apenas para ter certeza de que não causarei problemas pra você, se você tivesse um alfa ele poderia não gostar de saber que saiu comigo.

Talvez a resposta de Jongin tenha o deixado um pouco decepcionado, não que estivesse nutrindo algum tipo de esperança no alfa, afinal, nem sequer o conhecia, e sendo bonito como era, Jongin poderia ter o ômega, beta, ou até mesmo alfa que quisesse, qualquer um iria querer estar com ele. E para completar, seu filho era encantador. Tudo em Jongin era encantador. Todavia, não podia cultivar esse tipo de pensamento, ele não era pro seu bico, ou pelo menos, era isso que Kyungsoo pensava.

— O único alfa na minha vida tem 72 anos e é o meu avô. — Kyungsoo se permitiu informar, mesmo não tendo nenhum motivo aparente, só queria conversar — E pode ter certeza de que ele ficará muito feliz em saber que eu estava almoçando com um alfa.

Se arrependeu de ter dito isso no momento em que terminou de falar, Jongin com certeza perguntaria o motivo de seu avô ficar feliz por aquilo, o que acabaria em uma resposta óbvia “Kyungsoo não tinha ninguém”, e isso não deveria ser um problema, ele ainda tinha a vida toda pela frente para encontrar alguém. Mas seu avô não tinha, e tudo o que o velho mais queria, era partir tendo a certeza de que seu neto querido não ficaria sozinho no mundo.

— Seu avô quer que você se case antes que ele morra?

Era como se Jongin lesse seus pensamentos, e isso até mesmo deixou um pouco assustado. Estava tão na cara assim? Quer dizer, todos que frequentavam a lanchonete há mais tempo, já haviam notado que o ômega baixinho e seu avô só tinham um ao outro. Mas Jongin não tinha como saber, a não ser que fosse um ótimo observador, ou deduzia muito bem.

— Como sabe disso?

— Vi a forma como conversavam, quando estive lá, ele parecia ser um parente, e o restante eu deduzi agora. — ele não confessaria que havia prestado muita atenção no rapaz no dia anterior, e nem que mal havia se concentrado no próprio filho, pois seus olhos teimavam em acompanhar o andar do ômega de pele alva.

Culparia o fato de estar próximo ao cio por isso.

— Meu avô tem medo de que a qualquer momento ele parta e eu fique aqui sem família, e que por ser um ômega sozinho no mundo alguém tente me fazer mal. — o Do mal percebia a facilidade que aquele sorriso pequeno que Jongin tinha nos lábios tinha de o fazer se abrir e falar ainda mais — Mas eu sei me virar sozinho, ele não deveria se preocupar tanto.

— Nós alfas somos assim mesmo, Kyungsoo, o instinto de proteção sempre vai falar mais alto, tente entender o seu avô, ele só quer o melhor pra você, mesmo que esse melhor não seja exatamente aquilo que você quer, ele é mais velho, já deve ter visto muitas coisas na vida que o fazem pensar dessa forma.

Jongin parecia ser um homem sábio, ou sabia exatamente como encantar alguém com palavras. Mas ele era um empresário, e as pessoas desse ramo precisavam ter sempre uma resposta na ponta de suas línguas, Kyungsoo só não esperava que essa característica se aplicasse também em suas vidas pessoais. Todavia, sendo ou não um discurso de empresário, aquelas palavras pareciam ser verdadeiras, como se Jongin realmente compreendesse seu avô.

— Não sei se estou preparado para ter alguém. — o menor deixou escapar, muito baixo, mas o suficiente para que Jongin ouvisse.

— Quando se sentir pronto eu tenho certeza de que muitos alfas e betas vão te querer. — Jongin juntou seus talheres sobre o prato, havia terminado sua refeição — Afinal, não é em todos os lugares que encontramos ômegas bonitos como você.

Kyungsoo acabou mudando de cor, não conseguiu evitar ficar com vergonha diante de um elogio daqueles, ainda mais quando vinha do alfa mais bonito que já viu. O fato de Jongin ser perfeito, fazia com que aquele simples elogio tivesse tamanho em dobro. E o pequeno ômega agora se encontrava completamente vermelho, sua pele muito alva não deixava que esse fato ficasse oculto. E ao notar isso Jongin não deixou de abrir mais um de seus sorrisos mágicos.

— Omma. — Jooheon finalmente se manifestara depois de tanto tempo quieto, Kyungsoo estava tão entretido em sua conversa com Jongin que nem sequer notara o garoto com seus bracinhos estendidos.

Ele já havia acabado de comer, ou melhor, já havia se recusado a comer mais, e estava quieto apenas por ter ganhado um pirulito, um desses que são grandes e duram tempo o suficiente para que os adultos tenham uma conversa decente e a criança não suma de uma hora para outra.

— Jooheon deve estar querendo nos lembrar que precisamos ir. — Jongin usou a deixa do próprio filho como oportunidade para pedir a conta.

Kyungsoo usou esse momento para dar um pouco mais atenção para o pequeno ômega, e também era uma ótima saída para fugir do elogio do alfa e se esconder, não saberia a forma certa de agradecer um elogio desses, e também estava tão sem jeito e só de ficar ali já sentia seu rosto esquentar mais.

Sabia que Jongin o observava, e que pai não observaria a interação de alguém com seu filho? E de certa forma o Do se sentia sendo avaliado. E de certa forma, Jongin realmente o avaliava. Não que estivesse cedendo às chantagens emocionais diárias feitas por Chanyeol, Kyungsoo não se tornaria o seu ômega assim de uma hora para outra, e muito menos se o motivo principal fosse apenas fugir do falatório de sua família e de seus amigos.

— Então, uma carona até o seu trabalho? — o alfa se ofereceu assim que terminou de pagar a conta.

Kyungsoo apenas concordou com a cabeça, de certa forma, não saberia voltar sozinho, e o lugar onde estavam era longe demais para ir andando, acabaria se perdendo na metade do caminho. Carregou Jooheon no colo e o prendeu à cadeirinha no banco de trás do carro, depois ocupou seu lugar no banco do passageiro ao lado de Jongin.

Talvez o pequeno se sentisse desconfortável dentro daquele carro, parecia que tudo ali dentro gritava o quão rico Jongin era, e toda essa diferença monetária entre eles o deixava apreensivo. Era como se Jongin fosse bom demais para ser verdade, não conseguia se imaginar fazendo parte da vida do Kim, e o único lugar onde conseguia se encaixar naquele meio, era como uma simples babá.

É, talvez Jongin o convidasse para ser babá de seu filho, com certeza ainda pagaria mais do que ganhava na lanchonete, quem sabe até ajudasse a pagar as dívidas da mesma. O que estava pensando? Um alfa bonito e rico não caia assim do céu, e no máximo tudo o que Jongin queria o elogiando era sexo, afinal, alfas sempre querem sexo...

— Kyungsoo?

O Do acordou de seu devaneio, e não saberia dizer quantas vezes Jongin o chamou. Eles já haviam chegado, e o carro agora estava parado diante da lanchonete. O pequeno ômega se sentiu envergonhado por ter ficado tanto tempo perdido em seus mil pensamentos a respeito do alfa, e agora não sabia em quais acreditar. No fim das contas, que tipo de pessoa Jongin era?

— Oh, obrigado pela carona e pelo almoço. — o rapaz agradeceu ainda tentando se consertar, estava tão perdido por seus pensamentos que quase não conseguiu abrir o cinto de segurança e a porta.

Jongin também desceu do carro, e educado como era, acompanhou Kyungsoo até a porta de vidro. O lugar estava fechado, provavelmente porque Yoona, a garçonete beta que trabalhava no lugar, havia faltado, e seu avô não conseguia dar de conta de tudo sozinho. Por sorte, ele tinha cópias das chaves no bolso.

— Você mora aqui mesmo? — o moreno não resistiu em perguntar.

— Eu e meu avô moramos nos fundos do lugar, ele acha que assim é mais seguro para proteger a lanchonete de algum ladrão, por mais que acredite que um alfa idoso e um ômega de pijama não possam fazer muita coisa contra alguém que provavelmente possa estar armado.

Jongin acabou rindo só de imaginar Kyungsoo e seu avô de pijama correndo atrás dos ladrões armados com pedaços de pau. Seria uma cena para guardar para sempre.

— Eu preciso ir, Kyungsoo, não posso deixar o trabalho por muito tempo. — o mais alto despediu-se, por mais que quisesse fugir da empresa por mais um tempinho — Bem, a qualquer momento eu posso aparecer aqui com uma criança nos braços, então esteja preparado. — brincou, por mais que provavelmente fosse mesmo fazer isso.

Jooheon aprova essa ideia.

— Tudo bem, pode aparecer sempre que quiser, eu gosto da companhia do Jooheon, e a sua também.

Com um último sorriso fino Jongin o deixou, deu as costas e voltou para o carro.

 

[...]

 

— Pelo visto o almoço com o ômega foi bom. — foi a primeira coisa que ouviu assim que entrou em sua sala. Chanyeol estava lá, parecia até que o havia esperado chegar de propósito, só para lhe perturbar. — Alguma chance dele se tornar a nova omma do Jooheon.

Por muito sorte o pequeno não ouviu, estava muito entretido com suas pinturas que ainda estavam espalhadas pelo chão.

— Primeiro, sim, o almoço com o Kyungsoo foi ótimo. — tentou ao máximo manter seu bom humor — E segundo, isso é algo que não tem nada a ver com você.

O maior pareceu se animar com a resposta, mais do que seria normal ficar animado.

— Olha só, ele não falou “Não”, então significa que você gostou mesmo dele.

O Kim preferiu não responder, e que resposta daria? Não sabia exatamente nem que respostar dar a si mesmo, muito menos o que dizer a Chanyeol, que deveria estar trabalhando, e não ali de conversa fiada, como se fossem duas comadres lavando roupa.

— Sr. Park, estou a ponto de te demitir. — usava essa frase quando queria que o alfa ruivo fosse embora.

O altão levantou suas mãos em sinal de rendição. Mas antes saísse Sehun entrou, o rapaz parecia animado, coisa que nem sempre estava, e só o fato de estar ali era estranho, já que o mesmo era muito mais focado em trabalhar do que em ficar enchendo o saco, assim como certas Park pessoas.

O Oh entregou convites para ambos os alfas.

— O que é isso? — Jongin foi o primeiro a perguntar.

— Os convites do meu casamento, não percam, são individuais e vocês só podem entrar se estiverem com eles. — ele parecia cansado ao explicar isso, como se não estivesse de acordo — Coisa do Luhan, não façam perguntas sobre isso, ele se irrita, e o Luhan irritado me assusta.

Luhan irritado assustava todo mundo.

— Tudo bem, mas por que você me deu dois? — o Kim perguntou assim que notou isso.

— Chanyeol me disse que você estava saindo com um ômega, esse convite extra é para que você o leve.

Agora sim cometeria um assassinato. Se já não bastava ficar sempre no seu pé, agora Chanyeol também estava espalhando para todo mundo, e não demoraria muito até que sua mãe também ficasse sabendo e passasse a pegar no seu pé também. Precisava urgentemente rever sua lista de amigos, e de funcionários também. Mas de qualquer forma, guardou o convite no bolso, e talvez, mas só talvez, levasse mesmo Kyungsoo ao casamento de seu amigo. Afinal, seria uma ótima companhia.

 

 

[...]


Notas Finais


Se prepara, Jongin, o complô tá só se formando


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