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História We Need A Ômega - We Need a Mother


Escrita por: palomamyo

Notas do Autor


Oi
desculpem, não consegui postar semana passada, mas hoje teve UHUL!
Feito com muito carinho e banhado do fofura >-<

Boa leitura

Capítulo 4 - We Need a Mother


Fanfic / Fanfiction We Need A Ômega - We Need a Mother

We Need a Ômega

Cap. 03: We Need a Mother

A M A R O

 

— O seu filhote está causando problemas na escola!

 

Quando Chanyeol apareceu em sua sala com a seguinte exclamação, Jongin esperaria ser qualquer coisa, desde ter comido um giz de cera, até ter mordido um de seus coleguinhas, só não esperaria que o problema tomaria proporções ainda maiores. Estava ciente de que seu filho havia apegado ao ômega baixinho que havia conhecido na lanchonete, só não esperava que chegaria naquele ponto.

Culparia Chanyeol por isso.

— Entrou em uma casinha de brinquedo e diz que só sai de lá se a omma for busca-lo. — o Park, nem mesmo se quisesse, conseguiria esconder seu sorriso ladino, ele estava se divertindo com aquilo, além de ser a cabeça do complô em prol daquele relacionamento que futuramente poderia existir.

Park Chanyeol aprovava Do Kyungsoo na vida de Kim Jongin.

— Ele já está passando dos limites. — o moreno suspirou, estava cansado, a noite passada havia sido difícil, e o culpado era justamente seu filho, que se recusava a dormir e perguntava por Kyungsoo o tempo todo, dormiu apenas pela madrugada, quando já estava cansado demais para discutir, e Jongin não saberia dizer qual dos dois dormiu primeiro — Arranque ele lá de dentro, não posso sair correndo sempre que meu filho faz birra.

O Kim estava certo, atender sempre os seus pedidos acabaria tornando Jooheon um garoto mimado que sempre choraria por tudo. Todavia, esse era o problema, Jooheon não era assim, o menino quase nunca chorava por motivos bobos, o único motivo para tanto drama era justamente o fator omma. Concluindo, Jooheon sentia cada vez mais a necessidade de ter um ômega para cuidar dele, ele estava crescendo, e não sabia como controlar seus sentimentos extremamente sensíveis.

— Jongin!

Aquela voz lhe dava calafrios, e aquele tom o assustava, era Lu Han, que havia acabado de entrar na sala, carregava uma pilha de papeis e uma expressão nada agradável em seu rosto, ele com certeza havia ouvido o que tinha acabado de ser dito, e já estava pronto para mais um de seus discursos em defesa dos sentimentos do pequeno Jooheon.

— Precisa parar com essa mania de esquecer que seu filho é um ômega sensível, o garoto já é obrigado a crescer sem a pessoa que o gerou, e ainda por cima com um pai ranzinza cheio de cios insaciados que desconta sua frustrada vida sexual em seus pobres empregados... — ele sempre puxaria a sardinha para o lado dos funcionários, seus discursos tinham tudo, com direito a tocar no assunto frustração sexual e qualquer coisa que irritasse ainda mais o alfa — Fodendo com as nossas vidas, o que custa você levantar essa sua bunda dessa cadeira e levar o ômega até a escola do seu filhote?

De longe, Lu Han era quem mais tinha moral sobre Jongin, por mais que aparentemente não existissem muitos motivos para isso, simplesmente o chinês conseguia ser convincente, e mesmo sendo um ômega, mandava em praticamente todo mundo que cruzasse seu caminho. Lu Han era assustador quando queria.

— Sabe que eu posso te demitir, não sabe? — o moreno tentou se defender usando sua carta mestre, que funcionaria com praticamente todo mundo.

Praticamente.

— Não pode demitir um ômega grávido.

— Você não está grávido.

— Eu tenho amigos médicos e um alfa com um pênis em bom estado, não duvide nada em relação a isso, Sr. Kim. — o chinês largou a pilha de papeis sobre a mesa de mogno maciço, exibindo bem de perto o sorriso de vitória que sempre carregava no rosto — Vai logo, Jongin, o garoto vai desidratar de tanto chorar!

O moreno levantou muito a contragosto, não queria ter que obedecer seu próprio funcionário, todavia sabia quando era derrotado, e perder para Lu Han não era nenhuma derrota humilhante, afinal, todos sempre acabavam fazendo o que ele queria, sendo de bom grado ou não, o rapaz era muito convincente e muito assustador.

— Tomara que o Sehun te abandone no altar! — e com esse desejo bem adulto, o Kim saiu de seu próprio escritório.

 

[...]

 

Estava parado diante das portas de vidro da pequena lanchonete, ao longe podia ver Kyungsoo anotar os pedidos de alguns clientes, e por dois segundos se permitiu apenas admirá-lo, era mesmo um ômega muito bonito, e agradável ao ponto de realmente se pegar imaginando como ele se encaixaria bem em sua vida. Tolices! Mal conhecia o rapaz, e provavelmente ele em breve acabaria se chateando com o apego de Jooheon e querendo se afastar, afinal, ele não tinha a obrigação de criar um filhote que não era seu.

Kyungsoo só era educado, por isso sempre os tratava bem, essa era a visão de Jongin sobre a situação.

Entrou no lugar e caminhou até o balcão, esperou alguns minutos até que Kyungsoo viesse até ele, não desejava o atrapalhar no trabalho, seu avô acabaria não gostando de ver tantas interrupções, mesmo sendo de um alfa que poderia estar de alguma forma interessado romanticamente em seu neto. Limites, apenas isso.

— Ah, olá Sr. Kim. — o ômega não parecia surpreso, muito pelo contrário, já era como se esperasse ele aparecer, ou nutrisse esperanças por isso, em seus olhos podia-se ver um pequeno brilho, brilho este que Jongin poderia interpretar da forma que quisesse.

— Kyungsoo, já pedi para parar com o “Senhor”, eu sou jovem ainda. — Jongin até tentava agir como alguém realmente jovem, mas sua rotina como pai e empresário o faziam esquecer isso algumas vezes — Mas eu tenho muito tempo, preciso de um grande favor seu.

No momento que notou que Jooheon não estava ali, o Do já imaginou que algo poderia ter acontecido, então já se preparava para o que viria a seguir.

— Aconteceu alguma coisa com Jooheon? — seu tom saiu preocupado, de verdade se importava com o garoto.

— Meu filho está naquela fase em que... Não sei se isso é uma fase normal no crescimento de um ômega, só sei que ele realmente se apegou a você e preciso que vá comigo o tirar de dentro de uma casinha de brinquedo na escola. — o alfa já começava a se enrolar, não tinha notado o quanto aquela história poderia ser complicada, ou o quanto ele conseguiria complicar — Ele entrou e diz que só sai se você for o buscar, eu não quero te atrapalhar, mas preciso mesmo da sua ajuda, Jooheon é muito sensível e eu não quero brigar com ele.

O Do ficou quieto alguns instantes, raciocinava consigo mesmo a respeito da situação em que estava me metendo. Uma criança, estava realmente deixando-se entrar na vida de uma criança, e pior ainda, uma criança com um pai solteiro tão bonito que arrancaria suspiros até mesmo de outros alfas.

O que fazer? Não poderia correr sempre que o garoto chamasse, também tinha sua vida, tinha a lanchonete e sei avô, e por mais que gostasse do pequeno Kim, não poderia voltar tudo para ele, ele não era seu filhote.

— Senhor.. Jongin, eu não sei se meu avô vai me deixar ir com você sempre, eu ainda sou um ômega solteiro, ficar por aí andando com um alfa que não é o meu alfa pode acabar me deixando mal falado entre os vizinhos, na rua de trás as pessoas gostam de ter esse tipo de fofoca, não é como no seu bairro onde as pessoas estão ocupadas demais para falarem sobre isso.

Se Kyungsoo soubesse o quanto as pessoas da tal classe alta falavam e fofocavam aos quatro ventos o fato de Jongin ser pai solteiro, ele certamente ficaria decepcionado com as tais pessoas ricas e ocupadas.

— Eu entendo.. — era impossível não demonstrar sua decepção, e dessa vez era por si mesmo, de certa forma, gostava de ver o ômega — Mas, por favor, só dessa vez? Meu filho vai acabar passando o dia inteiro lá.

O ômega parou para pensar, e brigava com sua própria consciência, queria ajudar o alfa, queria cuidar de Jooheon, mas ao mesmo tempo se sentia inferior, como se a qualquer momento o tal alfa rico e bonito fosse colocar as garras para fora e lhe pôr no seu lugar. Afinal, o que teria de atrativo nele? Kyungsoo era só um garoto ômega que morava com seu avô idoso e cuidavam de uma lanchonete a beira da falência.

— Tudo bem, só dessa vez.

Avisou ao seu avô que sairia, e o velho abriu um sorriso assim que avistou o alfa alto ao lado do neto, o Sr. Do era quem mais tinhas esperanças de que no fundo aquelas saídas de seu neto com o alfa resultassem em algo de futuro, e talvez, mas só talvez, ele já soubesse no que aquilo iria dar.

E mais uma vez o seu complexo de inferioridade se ativava, dentro do carro de Jongin o Do se sentia pra baixo, ele tinha dinheiro, tanto que não saberia dizer quantos dígitos tinham nos números de sua conta bancária, bom demais para si. E se tinha uma coisa que precisaria evitar era se apaixonar por ele.

Se apaixonar? Kyungsoo já havia conhecido vários alfas, alguns que até se arriscavam a pedir sua mão para seu avô, porém sempre se recusou a estar com qualquer um deles. Não se classificaria como um santo, e nem negaria que já havia passado alguns cios com alguns alfas e até com betas, porém jamais se apaixonou por qualquer um deles, sendo que a maioria eram netos dos amigos de seu avô, que o ajudavam como uma espécie de favor.

Kyungsoo nunca tinha amado ninguém, e seria clichê demais se apaixonar justamente pelo alfa que não poderia ter.

— Está me ouvindo?

Fez de novo, havia se prendido em seus pensamentos ao ponto de nem notar Jongin falando. Já haviam chegado, o carro estava parado diante das portas da escola.

— Oh, me desculpe, me distraio fácil.

— Tudo bem, vamos, meu filhote já deve estar todo vermelho de tanto chorar.

Os dois saíram do carro, e Jongin caminhava a passos largos, Kyungsoo tentava acompanha-lo, por mais que suas pernas fossem bem mais curtas. E do corredor ambos já podiam ouvir os gritos de Jooheon, e gritava para quem quisesse ouvir que ele tinha uma omma e que ela iria busca-lo na escola. Mas o pior viria a seguir, Jooheon não era o culpado por seu choro, e sim, o que as professoras respondiam.

Ao parar diante da porta, esteve presente para ouvir a pior coisa que poderia esperar de alguém que se dizia uma educadora de primário.

— Você não tem uma omma, precisa ir para casa com seu motorista, entenda, Jooheon, sua omma não vai vir te buscar, pare de contar mentiras!

Você não tem uma omma.

Agora entendia o motivo do garoto estar tão desesperado assim, suas professoras repetiam isso, e mesmo sendo por cansaço e por quererem muito que o garoto fosse embora, isso não era coisa para se dizer a uma criança tão pequena, que ainda por cima sofria a falta da mãe. Isso era cruel demais.

— Está ficando maluca? — Jongin não teve medo de ser grosseiro assim que abriu a boca, ver seu filho chorando agarrado a uma casinha de brinquedo enquanto uma mulher de forma agressiva o puxava para fora e dizia aquelas coisas fez seu sangue ferver — Então é assim que tratam o meu filho?

— Sr. Kim, o Jooheon ele... — a mulher largou o menino imediatamente, tentava se explicar, mas não havia explicação para algo assim.

Kyungsoo não esperava ficar tão irritado quanto ficou, seu estômago embrulhou diante da cena, como podiam tratar o pequeno daquela forma. Jooheon sofria tanto assim por não ter uma mãe? No começo, não conseguia entender o que deixava o garoto tão carente, mas agora entendia perfeitamente.

— Jooheon tem uma omma sim, e eu estou aqui para busca-lo. — o pequeno ômega não saberia dizer de onde havia saído tamanho coragem e petulância, a única coisa que queria naquele momento era mostrar para aquelas betas que elas estavam erradas — Jooheon, vem com a omma, vem.

Estendeu seus braços para o garoto, que não pensou duas vezes antes de correr desesperado na direção do rapaz baixinho e se jogar em seu colo. O menino estava completamente vermelho e seu rosto inchado devido a tantas lágrimas, era de cortar o coração.

— Nunca mais gritem com o meu filho dessa forma! —e depois disso o baixou saiu da sala, levando consigo o garoto nos braços.

Jongin os seguiu depois de ter dito que trocaria seu filho de escola e que elas tinham sorte por ele não processar a escola por maus tratos e tortura psicológica. Estava surpreso com a atitude de Kyungsoo, jamais esperaria que ele fosse defender seu filho daquela forma, e enquanto caminhava e o observava pelas costas, não conseguiu evitar o sorriso.

Era mesmo um ômega especial.

Jooheon dormiu no caminho, estava tão cansado devido ao choro que acabou pegando no sono ainda no colo de Kyungsoo, e agora Jongin o recebia de volta depois de ter descido diante da pequena lanchonete cheias de janelas de vidro. O pequeno Kim parecia tão frágil de molinho, seu coração se partia diante daquela cena, dormindo tranquilo e agora seguro no colo de Kyungsoo, por dois segundos o alfa sentiu que era somente aquilo que completaria a vida do garoto.

— Realmente tenho que agradecer, e confessar que fiquei surpreso com a sua atitude. — o alfa estendeu seus braços tomando seu filho no colo, o garoto mal se mexeu, estava em um sono profundo — Meu filho nunca teve ninguém que confirmasse isso, ele sempre foi o ômega filho de um alfa solteiro que foi abandonado pela própria omma.

— Não podia deixar que elas o tratassem daquela maneira. — ficou sem jeito, havia usado toda a sua coragem naquele outro momento — E sei que um dia ele vai ter uma omma, sendo eu ou outra pessoa.

Quando percebeu já havia falado.

— Sendo você? — o alfa arqueou uma das sobrancelhas enquanto o encarava, estava arrumando Jooheon na cadeirinha do banco de trás e até mesmo parou de fazer isso apenas para observar e esperar a resposta do pequeno ômega.

Kyungsoo havia ficado sem jeito.

— Quer dizer, eu quero dizer que, bem, você pode... Bem é que... — não saia nada com nada, o Do havia mesmo falado sem pensar, e agora estava em uma saia justa.

O alfa sorriu. Jongin terminou de prender Jooheon na cadeirinha, fechou a porta do carro e virou-se uma última vez para Kyungsoo antes de entrar no carro e ir embora. O ômega olhava para seus próprios pés, estava com vergonha, mas mesmo assim ainda não havia saído de perto.

— Jooheon vai sim ter uma omma, sendo você ou outra pessoa. — o alfa se abaixou diante do rosto do menor, o olhou bem de perto e segurou seu rosto com uma das mãos para que ele o olhasse de volta, e em um ato de coragem, sabe-se lá de onde, o alfa se aproximou um pouco mais, selando rapidamente seus lábios aos do ômega e se afastando logo em seguida — Ainda vamos nos ver, Kyungsoo.

E depois disso ele foi embora, deixando para trás um ômega confuso que ainda olhava para vazio com o coração martelando no peito.

 

[...]


Notas Finais


Morta com esse selinho discreto e inesperado O.O
Se Chanyeol souber vai ser a fofoca do ano na empresa


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