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História We push and pull like a magnet do - Um hospital quase esclarecedor


Escrita por: carolpr

Notas do Autor


Gente, não tenho certeza se está bom porque to com muito sono e lesada q. Desculpa se estiver repetitivo, não consegui perceber, mesmo relendo (to realmente lesada). Mas enfim, eu realmente queria postar hoje, então... espero que gostem. ^^

Capítulo 20 - Um hospital quase esclarecedor


Escuro. Com a maioria das luzes apagadas, as sombras da madrugada dominam o quarto, mas, mesmo assim, o branco é insistente. Está em volta deles, marcando sua presença em todos os lugares possíveis, e causando uma sensação de estranheza, contrária à paz visada. Somado ao cheiro esterilizado e o silêncio opressor, Changkyun consegue entender porque tantas pessoas odeiam hospitais. Principalmente quando olha para a cama que não aparenta ser nada confortável e constata que é verdade, de fato as últimas horas aconteceram.

Lembra da forma frágil de Nari em seus braços, o sangue rubro escorrendo pelo rosto delicado, para se concentrar no casaco de Chang, onde ele a apertava com força. A mancha ainda está lá, sendo outra prova do ocorrido. Também lembra de como se sentiu desesperado. Ele e Nari não se dão bem, vivem brigando e competindo, e ele deveria se importar no máximo como um ser humano se importa com a vida de um igual, afinal, não é desprovido de empatia. Mas sabe que seu sentimento foi forte, o desestabilizou profundamente. Ele se importou de verdade, com todo o seu ser, e soube, por um segundo, que se algo de ruim acontecesse, nunca mais seria o mesmo. A salvação de Nari foi um momento decisivo.

Shownu adentra o quarto e quebra sua linha de raciocínio. O mais velho correu para o hospital no segundo em que Chang ligou para ele, sem entender porque o fez, sem saber o que falar, só soltando frases desconexas e desesperadas. O líder não precisou entender completamente para ir ao seu socorro. E, no segundo em que chegou, tomou as rédeas da situação. Lidou com tudo e proporcionou o tempo que o mais novo precisava para respirar, processar o que havia acontecido, enquanto assistia Nari ser levada para salas de exames.

“O médico disse que ela está bem. Se tivesse demorado mais para ser atendida, provavelmente o quadro seria pior, mas, como não foi o caso, ela só tem um pé torcido e uma leve concussão. Nada que um bom descanso não resolva.” O mais velho fala com a voz suave.

Só então Changkyun solta o ar de verdade. Não que estivesse prendendo por todo esse tempo, seria impossível, afinal, horas se passaram. Mas sentiu que não é seu físico, sim sua alma que solta o ar. Lembra da textura da pele de Nari, da preocupação em seus olhos, e da promessa feita. No momento em que ela confiou nele, quebrou sua casca de invulnerabilidade para deixá-lo entrar, e mostrou o sorriso mais lindo que já viu em suas feições, ele soube que não podia decepcioná-la. Iria fazer a sua promessa se realizar, mesmo que tivesse que passar por cima de céus e infernos. Mas não faria isso só por ela, embora fosse boa parte. Agora já volta a tentar reprimir tais sentimentos, mas, a um segundo atrás, ele mesmo desejava, com todas as suas forças, que tudo ficasse bem, só porque desejava ouvir a voz birrenta dela mais uma vez.

“Eu também liguei para a amiga dela, a Naomi, que já deve estar chegando. Ela é a responsável por Nari, segundo o hospital.”

“Oh...” Changkyun se sente culpado por não ter pensando nisso, embora não devesse, pois algo assim estava além da sua capacidade. Enquanto a situação de Nari era incerta, não existia nada na sua cabeça além dela. Por isso o mais velho cuidou de tudo. “Obrigado, Shownu. Eu teria ficado completamente perdido sem você.”

Shownu fica um pouco sem jeito, já que não sabe lidar muito bem com elogios, principalmente quando eles vêem nas entrelinhas. Soa errado agradecer a um agradecimento e, após ponderar sobre, é salvo pela porta que se abre. Naomi adentra o quarto e, embora pareça a personificação do controle, seus olhos gritam de desespero. Os garotos também notam que ela arranha a alça da sua bolsa, que é de couro e possui diversas marcas, prova de que a garota provavelmente veio o caminho inteiro praticando tal atividade, o que não combina nada com a aparência calma de sempre.

“Obrigada.” Antes que possam impedir, ela faz uma reverência ultra inclinada, e, dessa vez, ambos ficam sem jeito. “Obrigada por terem cuidado de Nari. Não precisam mais se preocupar, eu assumo daqui.” Shownu responde a reverência, sendo seguido pelo mais novo.

“Agradecemos por cuidar dela agora.”

“E, por favor, certifique-se que ela vai ficar 100%” Chang completa. Ao se levantar, encontra o olhar fixo de Naomi em si e é desconcertante. Ela o olha como se fosse capaz de enxergar sua alma. Por fim, acaba mostrando um pequeno e delicado sorriso.

“Eu vou me certificar disso.”

E então não há mais desculpa para continuar ali. O mais velho se despede e sai, mas Changkyun ainda está relutante. Arrisca mais uma olhada na direção de Nari, para ter certeza que ela está respirando e bem. Seu semblante calmo o convence. Ele começa a se dirigir em direção a saída, mas é visível como não quer ir. Sente o olhar de Naomi a observá-lo.

“Normalmente, eu só falaria, já que ela é como uma irmã para mim e nós não temos segredos, mas, como estou em dívida com você por tê-la ajudado, eu vou perguntar... Eu devo contar para a Nari o quanto você se preocupa com ela?” O garoto sente suas orelhas queimarem, assim como as bochechas. Nesse momento, agradece por estar escuro.

“Por favor, não.” Naomi assente.

Ele vai embora e se recusa a pensar sobre o que a garota disse. Como Naomi poderia contar para ela algo que ele não contou nem para si?


Notas Finais


E aí, o que acharam? ^^ Quando eu estiver mais acordada, venho responder os comentários atrasados <3


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