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História We push and pull like a magnet do - Tudo pode mudar em 7 minutos


Escrita por: carolpr

Notas do Autor


Hoje tem flashbaaaack!!! *-* e ó, se vocês quiserem uma ajudinha para visualizar a Somi dessa idade, vou deixar um link nas notas finais para ajudar. :) e é isso, espero que gostem. Esse capítulo mora no meu coração. <3

Capítulo 26 - Tudo pode mudar em 7 minutos


Flashback.

É o aniversário de 13 anos de uma das amigas de Nari, Amanda, que, ao contrário da companheira diária, é popular e faz de tudo para provar que não é mais uma criança, então convidou todos os coleguinhas do mesmo ano e começou a festa com brincadeiras tiradas dos filmes adolescentes que gosta. A primeira proposta é 7 minutos no céu, a qual Nari precisa de várias reviradas de olhos para aceitar. Afinal, ela é jovem, gosta de ser, e nunca beijou antes. Sente-se nervosa com a ideia de que o seu primeiro possa ser em uma brincadeira tão idiota, mas não há como negar algo para Amanda quando ela se decide.

Então a garrafa gira, os casais vão para a dispensa no sótão e depois eles saem. Alguns deixam óbvio o que aconteceu, fazem questão de comentar, outros parecem super desinteressados e apenas voltam aos seus lugares, sem falar nada. Depois de um tempo, Nari não está mais nervosa, pois percebe que as chances de ser escolhida pelo destino são baixas e que, se ameaçar seu companheiro com um golpe de taekwondo, tudo estará resolvido. Sem falar que a brincadeira é chata e parada, então ela logo é vencida pelo tédio. Pelo menos até o momento em que a garrafa finalmente a escolhe.

Olha incrédula para aquele objeto transparente que aponta a boca para si, e o sentimento é duplicado quando levanta a cabeça e vê quem está do outro lado, refletindo sua expressão. Claro, tinha que ser a pessoa mais odiosa de todas, Changkyun. Eles se encaram sem saber que pensam a mesma coisa: formas de fugir dali. Mas não há como. No segundo em que são escolhidos, todos os outros moleques presentes piram, finalmente acordados após um período de letargia causado por casais sem graça e espera demasiada. Por serem todos do mesmo ano, sabem da rivalidade homérica, cada um já presenciou alguma briga dos dois, e esse casal inesperado era o que eles mais ansiavam. Apesar dos protestos, Nari e Chang são empurrados para dentro da dispensa e trancados lá.

“Bem, não é a primeira vez que ficamos trancados juntos. A gente só precisa esperar.” Ele resmunga depois de um bom tempo de silêncio constrangedor.

“Imagine o quanto nossos amiguinhos ficarão decepcionados quando perceberem que nós não nos agarramos loucamente.” Ela comenta sarcasticamente e, em seguida, solta um riso meio amargo, mas cheio de vida.

“Não sei por que eles ficaram tão empolgados com isso. Todos os outros casais receberam reações normais, mas quando foi a nossa vez, eles pareciam animais loucos que acabaram de achar comida depois de longos períodos de privação. Eu me senti meio invadido, tenho certeza que alguém tocou nas minhas partes.” Nari solta uma risada alta.

“Você até que é divertido, Chang.” Ela fala após se recuperar do ataque. “Mas pense bem, os maiores inimigos do colégio de repente se tornam calorosos amantes... Até que é uma história épica, você não acha? Daria um livro, ou um filme idiota que teria uma péssima bilheteria.” É a vez dele de rir, embora seja mais controlado.

“É, até que você tem razão.”

“Mas ainda bem que caiu você.” Ela repousa a cabeça em uma das prateleiras, parecendo relaxada. “Se fosse qualquer outro cara, eu teria que ameaçar com um dos meus super movimentos de taekwondo. Mas, apesar de você ser um porre, estou feliz com a escolha do destino.” Seu tom é leve e a parte ofensiva perde sua força.

“Eu tenho certeza que você assustaria qualquer um, principalmente depois que as histórias da sua briguinha se espalharam. Sabia que estão dizendo que você fez o Max perder um dente?” O tom dele é divertido. Chega a esquecer que a menina na sua frente é a sua rival, que eles costumam brigar mais do que cão e gato. Está sinceramente gostando da companhia.

“Talvez ele tenha perdido mesmo.” Ela dá de ombros. “Você pode provar o contrário?”

“Tudo o que eu tenho é a minha palavra, o que não é muito, considerando que eu ainda sou considerado O novato.” Ele também dá de ombros. “Mas enfim, é bom que você esteja relaxada na minha presença. Significa que você sabe que eu jamais te beijaria.”

“Não.” Ela o olha com indignação. “Significa que eu sei que você não conseguiria me beijar, mesmo que quisesse.” O jeito que fala é como se fosse óbvio até para uma criança de 3 anos.

“Pois bem, saiba que eu não sinto a mínima vontade de te beijar. Nem agora, nem nunca. Você é insuportável, feia, nojenta e me dá asco.” Mentira. Embora não goste de admitir, ele a considera bonita e nem tão insuportável assim.

“Se você continuar falando assim, eu vou ficar magoada.” A frase transborda ironia, assim negando o que acabou de ser dito. Para completar, ela revira os olhos. “Deixe de mentira, Chang. Qualquer garoto, em uma situação como essa, sente o mínimo, nem que seja mínimo, desejo de beijar a garota. Pode até ser só por curiosidade. Não estou dizendo que você gosta de mim, só estou dizendo que você não é imune ao efeito da dispensa.”

“Bem, parece que você me deixa imune.” É o que ele diz, mas sua expressão quase o entrega, já que seus pensamentos começam a girar em torno do que está sendo discutido e, ao imaginar a cena de ambos os lábios se encontrando, suas bochechas começam a queimar. Ele precisa desviar o olhar para conseguir se concentrar em achá-la repugnante.

“Eu realmente não acho que você seja imune.” Nari usa seu tom mais implicante após perceber as bochechas rosadas do seu companheiro. “Só acho que você não tem coragem de ao menos tentar. Por isso estou relaxada.”

“Eu teria coragem, se quisesse. Ela solta uma risadinha.

“Eu duvido.”

E é isso. Essas palavras, junto com o riso, são o suficiente para acender uma chama que ele não sabia existir dentro de si. Mais determinado do que nunca, Changkyun se aproxima, segura o rosto da garota com ambas as mãos e força seus lábios contra os dela. Ao contrário do que ele imaginava, ela não luta. Após um segundo inteiro de um selinho que não parece real, ambos percebem o que está acontecendo, mas a reação os surpreende. O coração de Chang começa a bater com força, assim como o de Nari, e eles se aproximam ainda mais, em vez de se afastar. Não intensificam o beijo, nem ao menos sabem como fazer isso, mas também não se separam. O tempo passa voando e eles não têm noção de quanto gastaram assim, unidos, mas finalmente se desgrudam ao ouvirem o barulho de chave girando. Encaram-se, ambos com olhos arregalados e bochechas mais vermelhas do que um tomate. O mundo dos dois parece girar, enquanto buscam uma compreensão do que fizeram. Um beijo, o primeiro beijo, com aquele que deveriam odiar. E o pior, ambos gostaram.

Assim que a porta abre, Nari sai correndo. O silêncio pesa na sala, enquanto todos compreendem o que aconteceu, menos o garoto deixado para trás, com uma cabeça cheia de pensamentos e com um coração incontrolável. Sorri para si mesmo ao constatar que de fato a beijou, depois de ter imaginado e até sonhado com isso. E então percebe, se sentindo burro por não ter notado antes:

Seu primeiro amor é também sua maior inimiga.


Notas Finais


Para ajudar a visualizar: https://www.youtube.com/watch?v=gHK6wkmMPWY
Sei que a Somi estava mais velha aí, mas enfim, é só para ajudar a visualizar.

E aí, o que acharam? <3


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