Capítulo 7
-Percy? –digo, mas percebo que ele sai correndo.
E eu então saio correndo atrás dele. Não sei o que me deu na cabeça para eu fazer isso, mas agora já foi. Ouço Luke correndo atrás de mim.
-Annie espere! –não dou ouvidos e continuo a correr, perco Percy de vista e do nada eu tropeço e caio por cima de algo macio.
-Di immortales. –praguejo, olho para baixo e percebo que essa “coisa” macia é Percy. –O que você esta fazendo aqui?
-Nada, eu me perdi de Rachel. –o olho com desconfiança.
-Claro como você não conhecesse esse bosque como a palma de sua mão. Vou fingir que acredito.
-Mas é verdade!
-Aham Percy. Esta bem, agora me ajude a levantar.
Ele me vira deixando-me do seu lado e se levanta oferecendo-me a mão.
-Você esta bem? –me pergunta Luke e eu assinto com a cabeça. Entrelaço nossos braços e o olho.
-Vamos?
-Vamos.
Seguimos em silêncio até a casa, quando chegamos lá, todos nos olham assustados.
-Deuses, estávamos quase ligando pra polícia! –Thalia diz sendo dramática como sempre.
-Vocês são exagerados, estávamos apenas conversando e perdemos o horário. -digo e todos reviram os olhos simultaneamente.
-Enquanto estavam fora, decidimos ir naquele barzinho que tem aqui por perto. -Thalia fala. -E como vocês são a minoria, nós vamos e pronto.
-E quem disse que não aceitaríamos? -Percy responde e Thalia da um sorrisinho.
-Então vão se arrumar.
Subo para um quarto qualquer, pego minha mala e vou para o banho demorado, coloco uma roupa qualquer que trouxe e passo algo em meu rosto para esconder minha cara de derrotada e desço. Todos estão me esperando. Dividimo-nos entre os carros e seguirmos até o bendito bar.
(...)
-Deuses, esse lugar é maneiro. -Leo fala se sentando em uma das mesas.
-Sabia que iam gostar. -Thalia responde comum sorrisinho convencido.
-Achei normal. -argumento e ela bufa.
-Você não é base Annie.
Apenas reviro os olhos, Luke senta ao meu lado e Percy a minha frente, o garçom vem anotar os pedidos, pedimos porções de batata frita e de acompanhamento uma garrafa de vodca. Esvaziamos a garrafa em minutos. Leo pede mai uma e no olha desafiadoramente.
-Hey, vamos jogar verdade ou desafio? –diz alegre.
-Vamos! –Bianca e os demais respondem.
Pegamos a garrafa de vodca e colocamo-la no centro da mesa.
-Eu começo! –fala Jason girando a garrafa, a mesma para em Thalia e Frank. –Thalia pergunta.
-Verdade ou desafio, grandão?
-Verdade.
-Qual foi o pior presente que você já recebeu?
-Um toco de madeira. –fala rindo.
-Deuses que horror! –Piper grita de indignação. –sua vez.
Frank roda a garrafa e ela para em Hazel e Leo.
-Verdade ou desafio? –Hazel pergunta
-Desafio. –Fala alegremente
-Simule um pedido de casamento.
Leo levanta-se e para na frente de Bianca, ela o olha sem entender, ele pisca para ela pegando um copo e uma faca que havia na mesa.
-Atenção, quero a atenção de todos! -grita batendo no copo com a faca. -Quero que todos vocês sejam testemunhas do meu amor por essa garota. -aponta para Bianca.
-O que esta fazendo Leonidas? -fala envergonhada. - Todos estão nos olhando!
Ele da de ombros e começa falar:
-Bianca di Ângelo, você sabe o quanto eu te amo e é tanto amor dentro de mim que eu chego a explodir de amor. -diz e eu reviro os olhos. -Então meu amor, você aceita a se casar comigo?
-Aceito! -ela diz entrando na brincadeira, todos presentes começam a bater palmas e sorrir. Leo se aproveita da situação e beija Bianca.
Nico fica estupefato com a cena e fica vermelho de raiva.
-Valdez, larga a minha irmã!
-Calma cara. -diz se separando de Bianca e nos olha com expressão divertida. -Bom, vamos continuar essa porcaria.
Leo se senta e gira a garrafa, a mesma para em Thalia e Percy.
-Oi priminho, verdade ou desafio?
-Verdade. -Percy responde.
-Hum deixe-me pensar... Vou fazer um misto de verdade e desafio. -Percy revira os olhos e não contesta. -Você já perdeu alguém que ama por algumas besteira que já fez no passado? Se sim, peça desculpa a esse alguém.
Ele automaticamente olha para mim e eu desvio o olhar.
-Sim, já perdi alguém que amo por minha estupidez, não só a perdi, mas a magoei também e eu fui um besta por tê-la afastado de mim. -diz me encarando, vejo seus olhos suplicando perdão, essa é a primeira vez depois de tudo o que aconteceu que Percy me olha com compaixão. -Eu só queria que ela soubesse que eu estou profundamente arrependido do que fiz e que eu me sinto a pior pessoa do mundo, penso nisso todas as noites. O pior castigo é ver essa pessoa todos os dias e ser ignorado por ela, mas não tenho direito de cobrar nada, se eu estivesse no lugar dela faria a mesma coisa.
Termina de falar e vejo uma lágrima solitária deslizando sobre seu rosto, eu também estou igual a ele. Todos na mesa ficam meio perdidos, os únicos que entende o que foi dito é Thalia, Malcolm e eu. Não consigo mais me segurar, me levanto e saio correndo.
-Annabeth! -ouço Malcolm gritando de dentro do bar, mas eu o ignoro e sigo até a casa correndo.
Entro na casa e me jogo no sofá deixando as lágrimas rolarem, respiro fundo e sinto a necessidade de ter a lâmina pressionando em minha pele, não Annabeth, você prometeu a si mesma que não iria mais fazer isso. Respiro fundo novamente e vou até os fundos da casa, lá tem uma balança na varanda e me sento, observo as árvores balançarem com vento, isso me acalma, pelo menos consigo parar de chorar. Ouço a porta da sala se abrindo, garanto que deve ser Thalia ou Malcolm, fecho meus olhos. Logo, sinto alguém sentado ao meu lado, reconheço a pessoa na hora apenas pelo cheiro.
-O que você quer? -pergunto rispidamente.
-Queria conferir se você estava bem... -ele faz uma pausa. -Você saiu sem dizer nada e...
-Eu estou bem, Percy. -abro meus olhos e encaro sua imensidão verde. -Eu estou bem. -repito.
-Não, não está. -diz segurando minha mão, eu não esquivo, estou cansada de fugir. -Eu não estou bem, há dois anos eu não me sinto bem.
-E como você acha que eu fiquei nesses dois anos? Feliz? Eu acho que não. -respiro fundo para continuar. -Porra Percy, foram os piores anos da minha vida, fui abandonada pelo meu melhor amigo, recebi bombardeios de xingamentos, a troco do que? De nada, eu cheguei a... -paro de falar e por impulso levo minha mão ao meu pulso. Percy me olha e depois olha para meu pulso.
-Annie, você não fez isso! -diz passando a mão pelos meus cortes. -Droga, tudo foi culpa minha!
-É Perseu . -fico em silêncio, apenas sentindo seu toque.
-Você me perdoa?
-O que?
-Você me perdoa, Annabeth? -diz com um olhar de compaixão.
-Eu não sei Percy, eu não suporto o jeito que estamos levando as coisas. -olho em seus olhos. -Perdoar é difícil, pelo menos por ora, mas podemos ter um convívio amigável.
Ele abre um sorriso, um sorriso desconcertador, que apenas Percy tem.
-Isso já é um bom começo. -Perseu me abraça forte e eu retribuo.
-Mas não abuse, Cabeça de Algas. -ele sorri.
-Esta bem, Sabidinha.
Encosto minha cabeça em seu ombro e ele se entre-te brincando com uma mecha do meu cabelo, como nos velhos tempos.
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