História We Talk Tomorrow, Daddy! - Sexting adolescentes e suas consequências.

Park Jimin

O dia que estava rezando silenciosamente para demorar a chegar, infelizmente chegou, mais rápido do que o desejado. Sábado passou em um piscar de olhos e quando eu percebi, Kookie e eu já estávamos deitados para dormir depois de passarmos o dia todo passeando, aproveitando aquele dia de céu limpo e sol morno juntos. As poucas horas que nos restavam no domingo, passaram como se fossem segundos, em momento estávamos rindo e abraçados, no outro estávamos aqui, em frente a faculdade e com cara de choro, principalmente da minha parte.

- Chim, a gente vai se ver logo... - Jungkook tentou sorrir para me acalmar, mas até ele estava afetado com esse momento.

- Eu sei... - funguei. O puxei para mais perto e então o abracei apertado, o máximo que conseguia. - Eu te amo muito, muito mesmo.

- Eu sei meu amor, eu também te amo muito. Se concentre nos seus estudos e volte logo pra mim, ok? - seus braços entorno da minha cintura me apertaram mais forte, eu concordei com a cabeça, ainda com o rosto contra o seu peito, ouvindo seus batimentos acelerados e sentindo seu cheirinho gostoso.

- Temos que ir Kookie, se não vamos chegar muito tarde. - Tae o chamou. Jeon me soltou um pouco para olhar o amigo e acenar com a cabeça em confirmação.

- Eu tenho que ir pequeno. - ele sussurrou, Kookie se abaixou um pouco e então selou meus lábios com os seus, um beijo calmo porém rápido demais.

- Se cuida. - falei baixo, olhando para ele que sorriu pequeno antes de entrar no carro. Taehyung me deu um abraço apertado e entrou no carro também, Hoseok veio para o meu lado, colocando seu braço por cima dos meus ombros, tentando me passar algum conforto enquanto víamos o carro com nossos namorados sumir no fim da rua.

- Tudo bem? - Hobi perguntou baixo, ainda olhando na direção que eles tinham ido.

- Não... eu quero que ele volte...! - eu solucei alto. As lágrimas passaram a descer como torrentes por minhas bochechas vermelhas.

- Também... - Hoseok sussurrou antes de me abraçar e tentar me acalmar.

Jeon Jungkook

- Se você ficar chorando, nós dois vamos sofrer um acidente. - Taehyung falou com a voz rouca pelo choro recente.

- Você também esta chorando, então me deixa! - bufei irritado, passando uma das mãos pelo rosto, me livrando as lágrimas.

- A diferença é que eu não estou dirigindo, sua anta! - ele resmungou, mas eu nem dei atenção. Meu peito estava apertado, meu lobo gritava dizendo que era errado eu estar indo embora sem meu ômega, que eu não deveria deixa-lo para trás, que o correto era eu voltar e o levar comigo, mas eu tinha que ser forte e aguentar até que seja a hora de vir o buscar de verdade. Tentei me concentrar na estrada ao invés dos meus pensamentos que só me faziam ficar mais deprimido ainda.

Park Jimin

Sexting adolescentes e suas consequências - Seminário.

 

INTRODUÇÃO:

 

O presente trabalho aborda o tema do uso das novas tecnologias de comunicação e interação e os riscos decorrentes desse ambiente virtual para crianças e adolescentes no caso da prática do sexting. Desse modo, quer verificar se com o uso desmedido de internet, a dependência e o domínio das novas tecnologias podem servir como estímulo para práticas nocivas, como a troca de conteúdo pornográfico entre esses seres em processo peculiar de desenvolvimento.

 

SEXTING: Entendendo o “problema”.

 

Uma prática contemporânea, associada ao mundo digital, que vem corroborando para situações constrangedoras e com danos imensuráveis para as crianças e adolescentes denomina-se sexting. A expressão vem do inglês, da junção da palavra sex (sexo) mais texting (torpedo). Consiste no ato de enviar mensagens, vídeos e fotos com conteúdo pornográfico e/ou obsceno.

 

Consequências emocionais do sexting:

 

Sexting é um termo coloquial que se refere à transmissão de mensagens de texto ou fotografias ilícitas por celular. Não sendo ilegal por excelência, o sexting se torna ilegal quando envolve jovens, pois imagens de adolescentes nus se enquadram em "pornografia infantil". Existem consequências legais óbvias para a disseminação da pornografia infantil, mas as consequências emocionais desta prática são tão importantes quanto as primeiras.

 

Embaraço:

 

A consequência emocional mais óbvia do sexting adolescente é o embaraço. Quando um adolescente manda uma foto pornográfica de si mesmo para a namorada, a capacidade que ela tem de encaminhá-la para seus amigos pode terminar o relacionamento abruptamente. Por exemplo, em março de 2009, um adolescente de Orlando, Flórida, compartilhou fotos de sua ex-namorada nua enviadas para ele com mais de 70 pessoas, incluindo os pais e avós dela. Quando este tipo de foto é circulada, o adolescente retratado enfrenta o embaraço de frequentar aulas com uma sala cheia de pessoas que podem tê-la visto.

 

Ridicularização:

 

Porque uma fotografia de nudez pode ser facilmente repassada de pessoa para pessoa, os adolescentes encaram o potencial do ridículo, além da vergonha, quando participam do sexting. Depois de ter uma foto sua compartilhada por seu ex-namorado da oitava série em 2010, uma adolescente em Lacey, Washington, foi nomeada como "puta". Jovens, principalmente meninas, são mais propensos de serem ridicularizados se uma foto pornográfica que tiraram de si mesmos circular entre os colegas de classe.

 

Culpa:

 

As consequências emocionais do sexting não são sentidas apenas pelo adolescente que posou para a fotografia. Em 2010, depois que encaminhou uma foto pornográfica de sua ex-namorada para um de seus amigos, o adolescente de Lacey se arrependeu de sua decisão, que levou a consequências legais. Ele sentiu o peso da culpa por causar embaraço a sua ex-namorada.

 

Vergonha:

 

Os jovens que participam da disseminação de fotos de nudez de outros adolescentes - não importando se são colegas de classe ou amigos da pessoa na foto ou se são apenas receptores - frequentemente envergonham as famílias e suas reputações. Os jovens do caso de Lacey, incluindo a vítima do ex-namorado, foram acusados de crimes pelo papel na circulação das fotografias. Esta acusação destrói a reputação dos adolescentes e traz vergonha a suas famílias.

 

O que fazer para alertar os filhos?

 

1. Converse:  Fale com os adolescentes sobre sexualidade e exposição do corpo.

 

2. Não critique: Aconselhe-o a não fazer mais isso. Não o critique se ele se abrir.

 

3. Aconselhe: Fale sobre os riscos de ter fotos divulgadas na internet.

 

4. Explique: Diga que isso é uma moda que vai passar e que ele não precisa disso para fazer parte de qualquer grupo.

 

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

 

O ambiente virtual é um espaço que nem sempre é utilizado de forma adequada ou com práticas para a promoção da paz. Tais atitudes são reflexos de uma cultura insensível e individualista, caracterizada pela coisificação do ser humano, onde há total ausência de responsabilidade e solidariedade coletiva.

 

Desta forma, apresentou-se que a prática de trocar conteúdos íntimos nos ciberespaços pode levar a consequências desastrosas as suas vítimas, que por vergonha, medo e até mesmo por depressão pode chegar ao suicídio. O sexting, como ficou conhecido, mesmo sendo uma prática relativamente incipiente, demonstra-se extremamente nociva às crianças e adolescentes e, portanto, não é demasiada a preocupação com essa temática.

Soltei um suspiro assim que finalizei meu trabalho, já passava das três da madrugada. Me sentia exausto, mas eu precisava finalizar ainda essa noite, a apresentação seria na próxima aula. Meu professor tinha dado uma lista de temas para os alunos escolherem sobre o que gostariam de falar. Quando ele me mostrou a pequena lista, esse foi o que me chamou a atenção, talvez porque meu namoro começou por meio disso, mesmo que o Jungkookie ainda não soubesse, poisé, eu ainda não lhe contei sobre esse pequeno detalhe, mas convenhamos, ele não precisa descobrir sobre isso. Eu fiquei um pouco, para não dizer muito, chocado com as pesquisas que fiz sobre o famoso sexting e descobri tudo isso a respeito. Noticias sobre suicídios envolvendo as mensagens me deixaram um tanto preocupado. Eu não era adulto quando enviei apenas uma foto ao Jeon, mas eu sabia que ele nunca faria algo do tipo como sair espalhando por ai e se fizesse eu não iria sofrer as consequências pois ele não sabia e ainda não sabe que era eu.

Mas pensar que tantas vidas se perderam por culpa disso, é bastante preocupante. Adolescentes entrando em depressão por vergonha de terem sido expostos para outros, definitivamente estávamos em uma corda bamba, um monte de crianças e adolescentes querendo ingressar no mundo adulto de qualquer jeito para no final acabarem perdendo suas vidas ou criando uma doença horrível como a depressão. Era para isso que eu estava me formando, para ajudar adolescentes como esses a perceberem que não vale a pena acabarem com suas próprias vidas apenas para se mostrarem mais adultos, ser adulto não é algo magnifico como pensam.

Arrumei meus materiais na mochila e me atirei na cama, precisava dormir um pouco antes do despertador tocar, tinha que ter no mínimo uma hora de sono para não fazer cagada na hora da minha apresentação para a classe, isso mesmo, meu querido professor pediu para eu apresentar para a turma o meu trabalho, motivo? Parece que eu fui o único sortudo a escolher esse tema e ele estava curioso sobre como eu iria abordar o assunto. Não vou dizer que meu trabalho está dos melhores, mas pelo menos uma nota razoável eu tenho que tirar. Fechei meus olhos para um cochilo rápido, apagando logo em seguida.

(...)

- Impressionante, Park! - o homem mais velho de cabelos grisalhos falou enquanto batia palmas junto ao restante da turma, eu estava suando de nervoso assim como minhas mãos tremiam, tinha acabado de apresentar meu trabalho. - Realmente ficou muito bom, estou contente que você conseguiu fazer bom proveito do tema que escolheu.

- Obrigado. - sorri pequeno para o mesmo, voltei para o meu lugar, eu estava morrendo de sono, estava louco para voltar pro meu quarto e ficar deitado na cama até a manhã seguinte, levantando apenas para comer alguma coisa, e se duvidar vou comer deitado. O restante da aula passou arrastado, lentamente, de maneira tortuosa, eu estava cogitando a ideia de dormir sentado ali na sala de aula e abandonar o posto de bom aluno, mas por uma graça divina o sinal tocou, me poupando de um sermão que me daria mais sono. Joguei minhas coisas dentro da mochila de qualquer maneira e sai me arrastando pra fora, eu estava quase um morto vivo, com olheiras arroxeadas em baixo dos olhos, um pouco mais pálido que o normal e andava tão lentamente quase me arrastando que jurava que logo eu iria me espatifar no chão e ali ficaria até uma boa alma de bom coração me arrastar para o meu quarto.

- Nossa que cara é essa? - olhei para o lado vendo Hoseok vir em minha direção.

- Cara de quem dormiu apenas uma hora e meia, agora me deixa. - resmunguei e ouvi seu riso.

- O que aconteceu? - ele passou a caminhar mais devagar para me acompanhar.

- Estava terminando o trabalho que tinha que apresentar hoje, por sorte parece que ter dormido pouco valeu a pena, meu professor gostou, então está tudo bem, agora pretendo sobreviver aos cinco lances de escada para então me jogar na minha cama macia e apagar até amanha. - vi meu amigo revirar os olhos mas nem me importei com seu ato.

- Tudo bem, vai lá, você está horrível mesmo. - Hoseok deu três tapinhas em meu ombro antes de se despedir e seguir caminho até um grupo de garotos que faziam o curso de dança junto com ele. Quando cheguei no meu prédio soltei o ar pesadamente antes de criar coragem para subir as malditas escadas. Tentei subir o mais rápido possível, mas ainda assim levei oito minutos pra subir, oito minutos sagrados do meu sono perdido. Quando entrei em meu quarto, joguei a mochila em qualquer canto, tirei meus tênis e minha calça jeans, permanecendo apenas com a camiseta laranja escura de mangas curtas. Eu poderia dizer que demorei alguns minutos para dormir, mas isso seria uma enorme mentira, na verdade não sei nem ao certo se eu dormi assim que me joguei na cama, ou se deu tempo da minha cabeça repousar confortavelmente no travesseiro macio, apenas sei que aquela escuridão confortável me abraçou por completo, me entorpecendo e me levando para longe de tudo e todos, um lugar calmo e relaxante o qual eu necessitava para um bom descanso.