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História Wednesday - Doenças do Coração


Escrita por: LordTemplar

Notas do Autor


Opa, aqui segue o segundo capítulo, como disse no capítulo anterior, esse daqui tem bem mais ação, quando escrevi ele, percebi que precisava montar todo um cenário antes de ingressar de vez na mitologia nórdica, então resolvi fragmentar o segundo capítulo em dois, o terceiro vai sair com um texto bem mais comprido e com uma história mais densa também, quero logo terminar essa parte introdutória da fic, então conto com o apoio de vocês ^^

Capítulo 2 - Doenças do Coração


Estas são as lembranças de minha infância que tive enquanto esperava a morte pelas mãos de Trudelmer, uma das coisas que mais me recordo, são das visitas de meu tio por parte de mãe, Mímir, ele tem sempre boas histórias para contar.

– Papai, conta mais histórias do vovô Buri! – Falei para meu pai

– O que quer saber Odin? – Bórr falou num tom meio distante.

– Tudo! Como ele derrotava os Jotuns... O jeito que uma vaca lambeu ele até se descongelar, hihihihi! – Ri comigo mesmo quando terminei de falar, por algum motivo, achei engraçado o que acabara de falar.

– Não há nada para ser comentado! Coma sua carne antes que esfrie! – Disse de forma ríspida.

Estava eu e minha família escondidos no alto de um penhasco, o dia indicava que estava acabando e tínhamos acabado de assar um cervo que meu pai e meu tio Mímir tinham caçado. O abrigo improvisado em que estávamos era bem simples e rústico, a nossa frente havia um imenso desfiladeiro e a nossas costas uma alta encosta, dessa forma, tínhamos uma relativa proteção natural, para completar, uma paliçada cercava nossa fogueira e nossas camas de palha e turfa cobrindo o rochoso solo do penhasco.

– Vamos lá cunhado, que custa falar um pouco sobre seu velho? – Comentou Mímir, enquanto limpava o couro do cervo numa mesa de pedra improvisada.

– Meu pai não deve ser inspiração para ninguém, nesse mundo, só sobrevive quem souber fugir.

– Ledo engano Aesir, nesse mundo, aquele que for mais sábio sobreviverá, você precisa dar o exemplo pro seu filho, ele pode ainda ser uma criança pequena, mas virá a ser uma peça vital no futuro.

– Quem é você pra falar algo Jotun?!

– Bórr! – Minha mãe Bestla entrou na discussão.

Em minha família, encontrávamos a junção de dois clãs, eu era filho de pai Aesir e mãe Jotun, Mímir era irmão de minha mãe, e pelo que sei, filho de um poderoso Jotun chamado Bolthorn, já meu pai tinha uma ascendência bem mais nebulosa, apenas sabia que ele era filho de um famoso guerreiro chamado Búri, porém eu mesmo nunca vim a conhecer nenhum dos meus avós, Buri morreu antes do meu nascimento e Bolthorn não era lá o melhor exemplo de vô. Por conta da intensa intriga entre os dois clãs, meu pai arrumou briga com meu tio, mesmo sabendo que ele o apoiava e que havia renunciado a selvageria dos Jotuns, mas não adiantava, Bórr estava nervoso, odiava toda aquela situação, a de refugiado e a de viver com medo.

– Bestla! Não fala nada! Ou você está do meu lado ou do seu irmão!

Mímir estava parado, ficou olhando a fúria de meu pai e não proferiu mais nenhuma palavra, meu pai percebeu então que exagerou e voltou a fazer qualquer coisa que estivesse fazendo, já minha mãe, estava com um olhar distante e agoniante, sem qualquer esperança, eu, em minha inocência infantil, apenas pude olhar para os dois confuso.

– Odin, pegue mais lenha ali, a noite vai ser bem fria. – Meu pai tentou quebrar o silêncio, mas foi inútil, meu tio permanecia na mesma posição, eu em minha situação, apenas podia obedecer as ordens de meus familiares.

Dou as costas para pegar alguns gravetos no canto do abrigo, pensava que a intriga se resolveria brevemente, mas o contrário aconteçou, enquanto catava a lenha, acabou ouvindo o som de metal deslizando, minha apreensão se confirmou quando olhei de volta para meu tio, pois ele havia desembainhado sua espada e estava apontando para meu pai.

– Seu medo marcará sua desgraça, Bórr, filho de Búri! – Falou meu tio.

– M.. Mí... Mímir?! – Meu pai ficou apreensivo.

– Mímir por favor! NÃO FAÇA ISSO! – Minha mãe ficou horrorizada.

– Tsc! Heh... HAHAHAHAHAHAHA! COMO É UM HOMEM TOLO BÓRR, FILHO DE BURI! – Mímir se exaltou e depois falou mais calmo – Odin, preste atenção, jamais seja como seu pai, o medo nos ajuda a mantermo-nos vivos, mas seu excesso e a falta de habilidade para lidar com ele acaba trazendo ruína para um homem, a ponto de cega-lo completamente.

Ouvia confuso as palavras de meu tio, não entendia o que ele queria dizer, apenas queria que as coisas voltassem ao normal, então abaixei minha cabeça e olhei fixo para o chão, afim de evitar olhares, mas quando faço isso, vejo aos meus pés um pequeno fruto dourado na forma de uma vagem, aquela coisa não era normal, tinha um brilho intenso e vívido, como se estivesse encantado, olhei de novo para meu tio e vi que ele sem produzir som falou mexendo os lábios:

– Pegue.

Abaixei e apalpei o fruto, em seguida o coloquei no bolso e escondi, em seguida, meu tio começa a falar para meu pai:

– O fruto de Yggrasil tem poderes mágicos, pode curar qualquer enfermidade e trazer respostas para suas dúvidas, vocês podem usar para resolver o problema de vocês, inclusive, você pode usar para curar seu medo Bórr, antes que ele se alastre pro seu filho.

Meu pai visivelmente se irritou com aquela declaração, ele e minha mãe ainda não perceberam o presente que Mímir havia dado para mim, então comentou:

– O que está falando Mímir? Enlouquecestes?! É mesmo um homem tão sábio como as bocas afirmam?! – Bórr falou com certo asco e repulsa de meu tio.

– Pelo jeito, um fruto não é suficiente para curar sua doença, talvez ainda haja esperança de cura pro seu filho, diga para ele usar num momento de necessidade. – Mímir falou novamente em segredo comigo.

– JÁ CHEGA! – Meu pai pegou uma estaca de madeira e apontou no pescoço de meu tio.

– Bórr! Mímir! Parem por favor! – Minha mão falava inutilmente.

– Você afundou sua família Bórr, se não percebeu a idiotisse que fez ainda, não me restam escolhas.

– CALE A BOCA!

Meu pai avançou com a estaca e tentou perfurar Mímir, mas falhou, meu tio se esquivou fácilmente e logo em seguida o nocauteou com um uma cotovelada no rosto, após terminar, pegou sua espada e deu sinal de que ia perfurar meu pai.

– PARE! – Minha mãe gritou.

– O que eu achas que eu ia fazer irmã?

Ela ficou estática, lágrimas corriam em profusão de seu rosto agora, aquela era uma intriga que estava quase resultando em morte.

– Pegue seu marido e apenas observe.

Mímir jogou o corpo desacordado de meu pai e logo e no mesmo instante em ato insano finca sua espada na terra, falando em seguida:

– Eu sei que você está ai, pare de causar discórdia.

Fiquei olhando confuso para Mímir, parecia que ele enlouquecera de vez, mas em poucos segundos, toda a confusão gerada foi explicada.

– UAAAAAAAAAAAAH!

Um ensurdecedor grito parecido com um trovão e um forte terremoto se acometeram e em seguida, perdi meu equilíbrio caindo imediatamente no duro rochedo, enquanto ficava tonto com o terremoto, os gritos continuavam, todo o acampamento foi destruído e os estranhos urros agora se misturavam com os gritos de minha mãe.

Tentei me levantar e olhar mais atentamente para aquele caos todo, os gritos que ouvíamos vinham de dentro da montanha e pareciam reverberar até onde a vista alcança, em seguida os gritos se misturaram também a palavras.

– MAS QUE DROGA MÍMIR! POR QUE ESTÁ TRAINDO NOSSO CLÃ?!

– Mímir! Não me diga que esta montanha... – Bestla começou a falar.

– Exato irmã, esta montanha é na verdade, um Jotun!

“Um Jotun?! Tão grande assim?!” Pensei comigo mesmo, enquanto me surpreendia com o colossal tamanho daquela criatura, logo pude observar seu corpo se formando, o lugar em que estávamos era na verdade um de seus ombros, o que pensávamos ser a encosta, na verdade era um lado de sua cabeça, quando ele se levantou e ficou de pé, seu tamanho mais do que dobrou, chegando a atingir cerca de absurdos duzentos metros de altura, ele levantou sua mão para bater na região do ombro que estávamos, logo vimos uma sombra estupidamente colossal, em meio aquele caos, Mímir se aproximou de mim e disse.

– Odin! Muita gente procura o fruto de Yggdrasil para curar suas enfermidades físicas ou para enriquecer, mas o fruto não serve só pra isso, ele também cura as doenças do coração! Basta você aceitar, livre-se desse endêmico medo! Acorde! Odin... ACORDE!

Abri meus olhos e eu estava na batalha do vale com Trudelmer, a lua já despontava no céu e as estrelas permeavam o céu negro, coloquei a mão no bolso e senti a fruta que meu tio me dera naquele inesquecível dia, enquanto estava inconsciente pela forte pancada do chute de Trudelmer, acabei sonhando com aquele momento.

Levei a fruta na boca para poder come-la, mas o Jotun já estava quase me esmagando com uma rocha que havia arrancado e atirado contra mim.

– É o seu fim Aesir!

“Droga! Preciso ser rápido, melhor esse fruto fazer mesmo jus a fama Mímir!”

Consegui engolir o fruto, sendo sequer o mastiguei, apenas o traguei direto para meu estomago, mas já era tarde, a pedra arremessada por Trudelmer me atingiu.

– Tsc! É por isso que não se pode esperar muito dos Aesir! – Comentou o Jotun quando me viu submerso pela rocha.

Ele deu as costas e se pôs a andar, acreditou que meu corpo fora esmagado e completamente destruído pela rocha, porém, logo após eu ter comido o fruto, senti algo diferente, quando a pedra me atingiu, senti ela golpear meu corpo, mas o mesmo não se feriu, era como se minhas capacidades plenas tivessem sido libertas.

“Entendo... Então é isso que acontece quando as doenças de seu coração são removidas? Realmente este fruto possui propriedas mágicas, mas duvido que ele sozinho tenha resolvido meu medo, talvez o fruto tenha apenas impulsionado o que eu já havia percebido com o discurso de meu tio. De qualquer forma isto é incrível! Minhas feridas estão curadas e eu sinto que toda minha energia está restaurada!”

Trudelmer estava de costas quando ouviu o barulho da rocha se mover, ele olhou de volta então para mim e se surpreendeu, eu estava de pé sem nenhum arranhão e com a pedra levantada do meu lado por uma das minhas mãos.

Terminei de empurrar a pedra e olhei fixo para ele, o Jotun apenas ficava parado me olhando surpreso, era como se estivesse lutando com outra pessoa, perplexo, Ele olhou para mim e questionou:

  – Você é aquele Aesir que eu sepultei? Que magia é essa?!

Não o respondi, ao invés disso, corri e me preparei para desferir um soco em seu estomago, Trudelmer arregalou os olhos e se concentrou novamente na batalha, ele colocou suas duas palmas estendidas para absorver o impacto de meu soco, mas eu sabendo o resultado, apenas dei um sorriso de canto. Quando estava bem próximo e meu soco perto de bater em sua defesa, chuto a terra abaixo de mim e recuo meu braço que iria desferir o golpe, cegando e confundindo o Jotun.

Trudelmer dá indícios que está sem visibilidade de minhas ações, aproveito e agora sim, dou um forte soco em seu estomago.

– Ghaaaa! Urgh!

Não dei tempo para ele superar a dor estomago e logo em seguida desferi outro soco em seu queixo.

“O que estou fazendo é quase suicídio, mas foda-se, percebi que só se vive uma vez e só se agarra uma vez pela sua vida, se vou morrer aqui ou continuar, honrarei minha passagem no tempo espaço, não vou me render!”

Novamente, após o soco no queixo, dei outro soco, e mais outro e mais outro, queria causar o máximo possível de dano, então estava direcionando todos os golpes em sua barriga, mas Trudelmer percebeu o que eu planejava, num relance em que baixei a minha guarda, recebi um forte soco e girei no ar antes de cair, o soco foi tão forte que não pronunciei grito nem gemido, com um único golpe, Trudelmer parou meu ataque de fúria, ele olhou para mim enquanto eu cuspia sangue e esperou eu me levantar.

Coloquei a mão no chão e me impulsionei para levantar, mas mal fiquei de pé e meu carrasco me desfere um poderoso chute, minha sorte é que num puro estado de instinto, coloquei minhas pernas acima de seu pé e as usei como mola para absorver o impacto do chute. Voei novamente no ar, desta vez foram uns dez ou doze metros no ar, mas consegui absorver o impacto e quando cai usei a técnica de rolamento para absorver a força gravitacional da queda.

– Você ficou mais forte Odin, mas ainda não é o suficiente, por acaso quer morrer?

– Tsc! Acha que sou idiota?! Vai deixar eu fugir se eu der as costas? Se lutar morro, se fugir morro, se imploro clemência também morro, e ai Trudelme, vai fazer o quê?! A única bosta que pode fazer é me matar! Por que eu te temeria?!

– Quanta determinação, parece até um deus da morte.

Corri e dei um salto para chutá-lo, ele se defende afastando meu pé com o antebraço e estendendo sua mão para agarra minha cabeça, como eu estava no ar e o seu movimento do antebraço deixou meu rosto livre, não podia fazer nada, só o impensável. No momento em que ele quase agarra minha cabeça, eu viro o jogo.

– AAARGH! – Gritou Trudelmer

Ele me solta e volto para o chão, sua mão estava sangrando em profusão agora, olhei fixo para ele e percebi que estava tentando entender o que ocorrera, aproveitei a chance e soquei sua axila esquerda, lado em que estava sua mão estava sangrando, Trudelmer dá outro grito.

– AAAAAAH! GHEE!

Num acesso de fúria, aproveitei e soquei também seu pescoço, ele ficou sem ar e caiu no chão, enquanto tentava entender o porque sua mão estava sangrando tanto, buscar aliviar a falta de ar e controlar a dor da axila, eu pisei em seu peito e olhei fixo em seus olhos, por fim, cuspi da boca algo que explicou toda a situação.

– MEU DEDÃO! Você... VOCÊ MORDEU MEU DEDÃO!

Dei um malicioso sorriso de canto e pisei com força em sua garganta, esmagando-a no mesmo momento, matando Trudelmer e encerrando o combate, o que selara sua morte foi um golpe de sorte em que eu mordi e arranquei com a boca seu polegar no momento em que ele se preparava para segurar minha cabeça, mostrando que desta vez, ainda não era a hora de eu partir.

Lembrei que precisava correr contra o tempo para chegar à gruta onde minha família estava escondida, então pus-me a correr em direção a caverna, a lua indicava que a noite começava descer no céu, mostrando que o auge da noite já passara, enquanto corria, notei que o caminho em que passava era estranho, pois possuía diversas pegadas como se pessoas estivessem andando por aquelas bandas, não parecia pertencer a um único indivíduo, mas sim a um grupo ou milícia.

Quando estava perto da gruta, meus olhos viram que não alcançariam a paz, ao invés de ver minha família, uma pilha de corpos espalhados e um horripilante cheiro de carne podre se espalhava no ar, deveriam ser ao todo uns doze ou dezesseis corpos estirados, desmembrados e imersos em sangue, felizmente não encontrei minha família entre os corpos, então corri para dentro da gruta verificar se minha família ainda se escondia lá, porem uma voz me interrompe.

– Você deve ser o Odin, seus pais e irmãos não estão aí, nem adianta procurá-los.

Olhei para trás e vi um garoto que parece ter minha idade se levantar, ele tinha cabelos negros e lisos como os do meu, a diferença é que eles eram mais bem cuidados e encaracolavam nas pontas, seu rosto era fino e sua pele branca como a neve.

– Quem é você?! Que corpos são estes?! Cadê minha família?!

– Wow! Quantas perguntas! Mas de qualquer forma te respondendo, sou Loki, filho de Fárbauti, um Jotun como deve imaginar, estes corpos são os dos meus parceiros, acabei me cansando deles e dei um jeito de fazer eles calarem a boca, quanto a sua famíla, bem... É um assunto delicado...

Estava atônito, imediatamente diversas perguntas e indagações surgiram na minha mente, tudo o que eu podia fazer era esperar ele falar, minha espada quebrou com o combate com Trudelmer e duvido que meus dardos deem conta dele se sua história for verdadeira.

“aquele garoto da minha idade tinha realmente causado aquela pilha de corpos?! Por que estava deitado na grama fingindo de morto?! Como sabe meu nome?”

Por fim, Loki completo:

– Sua família foi sequestrada por capangas de Ymir, infelizmente não pude salvá-los.

– O QUÊ?!

Ymir segundo as histórias de meu pai foi o primeiro ser vivo a aparecer no mundo e é o percussor de todos os Jotuns, dito como uma criatura de tamanho titânico, é falado que seu corpo abrange o tamanha de um mundo inteiro, é tão avassaladora e absurdamente colossal que ele vive fora de Jotunheim e Niflheim, outro mundo habitado pelos gigantes, meu pai disse que ele surgiu da junção de fogo e gelo no Ginnungagap, o eterno vazio do universo.

Se o que Loki dizia era verdade, então uma série de indagações começaram a surgir em minha mente, por que um ser tão importante se preocupa com um clã pequeno como o meu?

– O que vai fazer Loki?!

Ele olhou com uma cara de desprezo para mim e disse:

– Eu é que pergunto Odin filho de Bórr, o que você vai fazer?!


Notas Finais


Como vocês viram, o Loki apareceu na história, yeah! Haha, de qualquer jeito vou aproveitar esse espaço para tentar esclarecer algumas coisas, apesar dessa fic ser baseada na mitologia nórdica, eu vou tomar e abusar constantemente de licença poética para florear e incrementar a história, isso se dá porque quando se trata de mitologia, não há uma coisa única e consistente (como a Bíblia por exemplo), um mesmo mito possui várias versões e brechas que geram dúvidas na história como um todo, então nessa história será na verdade como eu enxergo os mitos e como eles fariam sentido na minha cabeça, por isso espero que gostem e comentem o que acharam, se tiver argumentos, estarei sempre aberto a criticas!


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