1. Spirit Fanfics >
  2. Welcome Master! >
  3. Capítulo Quinze

História Welcome Master! - Capítulo Quinze


Escrita por: YukitoPhantom

Notas do Autor


Acreditam se eu falar que esse é o penúltimo capítulo?
E eu ainda tenho que fazer os especiais :v Ainda bem que eu já estou com tudo pronto na cabeça, então eu vou colocar pra fora essas ideias amanhã antes que elas fujam haha! To prometendo especiais a um tempão!
Bye~

Capítulo 15 - Capítulo Quinze


Dois dos sequestradores apontavam para os diversos policiais enquanto os outros dois apontavam as armas para nossas cabeças, tudo parecia acontecer rápido demais para os meus olhos. Meu corpo exalava pura adrenalina enquanto varias perguntas se formulavam, ‘como eles nos encontraram?’ era a pergunta principal.

Os sequestradores usaram nossos corpos como um escudo humano, senti algo escorrer pela minha bochecha e não consegui reconhecer se era suor ou lagrimas, o que eu posso descrever quando os bandidos falaram que não queriam acordo algum? Senti meu corpo se comprimir a nada ao mesmo tempo explodir em um mar de desesperança.

Isso fez algum sentido? Provavelmente não.

Ouvi um tiro ser disparado seguido de vários outros, fechei os olhos pensando que o tiro era para mim, mais ao não sentir nenhuma dor a única palavra que se passou na minha mente foi...

Sebastian.

Foram uma troca de dez tiros mais ou menos até tudo ficar em completo silêncio, abri rapidamente os olhos ao ouvir gritos de dor, o bandido que me segurava esperneava e se debatia como um peixe fora d’agua enquanto o sangue saia surpreendentemente rápido, chutei a arma para fora de seu alcance procurando em milésimos de segundos Sebastian que estava deitado no chão gemendo de dor respirando com dificuldades.

-Sebastian!- Corri até o moreno me jogando de qualquer jeito ao seu lado. - Sebastian...Sebastian!- Agarrei seu tronco ajeitando sua cabeça para tentar melhorar a passagem do ar.

-Ciel...- Balbuciou puxando o ar com mais força, com as mãos tremulas sujas com seu sangue acariciei seu rosto.

-Vai ficar tudo bem...- Minha voz saiu tremula embargada pelo choro- Por favor alguém me ajude!- Gritei derrubando mais lagrimas. A bala havia pegado em seu ombro, alguns centímetros a mais e ela entraria em seu pescoço, Sebastian tossiu cuspindo uma pequena quantidade de sangue.

-Senhor precisa solta-lo.- Uma policial avisou enquanto outro tentava me afastar do moreno.

-Não!! Sebastian!- Me debati tentando me agarrar ao moreno.

-Ciel...- Sebastian balbuciou fechando devagar os olhos.

-Não!!- Um policial me segurou enquanto uma moça e mais três pessoas afastavam o moreno rapidamente. –Sebastian!- Estendi a mão como se pudesse alcança-lo enquanto soltava um grito mudo. –Eu... eu quero acompanha-lo!- Gritei para o homem me debatendo para que o mesmo me soltasse.

-Se acalme, por favor, o senhor está em estado de choque... -

-Porra nenhuma! Me solta!! Sebastian!- Gritei enquanto perdia o moreno de vista.

Levaram-me até o hospital, onde me falaram que o moreno estava passando por uma cirurgia para tirar a bala do ombro, me sentei no chão frio observando o corredor vazio.

Hospitais eram tristes, tudo era branco, sufocante.

Deixei que as lagrimas escorressem em silêncio por meu rosto rezando a todos os deuses para que o moreno ficasse bem, sentia meu coração se apertar dentro do meu peito. Chorei como se voltasse a ser criança, como se não houvesse amanhã. Sentia meus olhos inchados e a cabeça doer, abaixei a cabeça apoiando-as nos meus braços que se apoiavam em meus joelhos dobrados.

Nos escapamos de sermos mortos, eu devia estar feliz, devia estar agradecendo de joelhos por aquele milagre, mas os humanos são gananciosos, nos sempre queremos mais, e eu queria do fundo do coração que nos tivéssemos escapamos sem nenhum arranhão.

-Ciel?- Ouvi uma voz grossa me chamar.

Levantei a cabeça lentamente observando os sapatos de luxo, um sobretudo marrom e por fim o rosto jovial de meu pai Vicent, olhei ao seu lado onde minha mãe vestia um belo vestido florido delicado como ela, enquanto me olhava com piedade segurando as lágrimas.

-Mãe... pai...- Murmurei comprimindo os lábios e voltando a chorar.

-Ah meu filho, shh não chore, eu sei que foi difícil... - Minha mãe rapidamente se acocorou ao meu lado me abraçando. Apertei com força seu corpo contra o meu deitando a cabeça em seu ombro. - Nos estamos aqui... -

-Mãe... ele...mãe- Passei a soluçar entre o choro começando a me sentir sem ar e tentar inutilmente puxar o ar para dentro de meus pulmões.

-Ciel? O que esta acontecendo, querido? Vicent pegue a bombinha de ar na minha bolsa!- Meu pai rapidamente se acocorou também remexendo rapidamente na bolsa de cor creme da minha mãe. Eu puxava o ar com tanta força que chegava a ser audível o barulho desesperado que minha garganta fazia.

Meu pai me entregou rapidamente a bombinha de ar e sem pensar um segundo a mais a coloquei em meus lábios. Suspirei em alivio ao sentir o ar voltar a circular em meus pulmões.

-Obrigado mãe... - Assim como minha mãe, eu tenho asma, mas fazia tanto tempo que não tinha um ataque de asma que simplesmente joguei fora a minha bombinha.

-Vamos para a casa, querido. Depois você volta para ver seu amigo...-Minha mãe me sorriu com compaixão.- Mamãe faz seu chá preferido e-

-Não... Eu preciso ficar aqui... com Sebastian...eu preciso-Comecei a falar rapidamente novamente sendo interrompido.

-Sim querido, eu sei, mais pelo menos vá em casa e se troque, você esta todo sujo de sangue.-

Somente agora percebi que minhas mãos ainda estavam sujas de sangue, concordei em silencio recebendo um sorriso por parte dos dois e me levantei sentindo dor nas costas por ficar na mesma posição por algumas horas.

--

No final eu fiquei na casa dos meus pais até o outro dia, era uma quarta-feira ensolarada, algo difícil para Londres, observava do vidro fume do carro as ruas que passavam em vultos pela velocidade rápida do carro, em menos de 15 minutos podíamos ver a fachada grande do hospital.

Sai do carro a passos rápidos, entrei no elevador um tanto lotado apertando no botão onde os pacientes ficavam internados.

O corredor estava vazio, andei até observar a recepção dali.

-Com licença, Sou Ciel Phantomhive vim visitar o paciente Sebastian Michaelis.- Me apoiei na bancada enquanto observava a moça pegar algumas informações como idade e me preparar um crachá.

-Bom dia Senhor Phantomhive, Porta 37.- Me sorriu entregando o crachá.

Não me dei o trabalho de sorrir pegando o crachá e andando pelos corredores lentamente procurando a porta indicada. Quando a achei bati duas vezes ouvindo um baixo ‘’Entre’’.

Entrei lentamente temendo o que veria, abri os olhos vendo o moreno sem camisa com uma enorme bandagem que pegava seu ombro esquerdo e terminava ate onde ficavam as costelas.

-Olá...-Murmurei sorrindo.

-Ciel... - Ele deu um sorriso antes de torcer a face em expressão de dor.

Sentei-me na cadeira ao lado de sua cama e ficamos em silêncio por algum tempo antes de eu finalmente soltar a pergunta que me atormentou a noite toda.

-Como a policia descobriu onde nos estávamos?- Perguntei olhando-o e acariciando seus cabelos negros que estavam despenteados.

-Quando saí do banheiro eu vi os sequestradores e por sorte eles não me viram, eu me escondi e liguei pra policia mais não deu tempo suficiente de dar todas nossas informações por isso escondi o celular e torci pra policia não desligar achando que era um trote, eles devem ter ouvido a conversa perceberam que era algo serio e rastrearam meu celular...-Contou devagar.

-Esperto... - Comentei rindo.

-Depois de ver a morte de perto, Ciel eu pensei... -Começou a falar, o interrompi.

-Não diga ‘depois de ver a morte de perto’! Você está vivo!- Me exaltei.

-Certo, certo. Mais é a verdade, depois de passar por toda essa situação eu pensei que não podia mais adiantar isso, Ciel toda vez que eu consigo te fazer sorrir eu sinto meu peito arder de paixão, toda vez que você me diz eu te amo eu sinto meu amor crescer cada vez mais, no inicio foi só uma paixonite mas agora eu sinto que já não posso respirar sem você do meu lado, eu não aguentaria viver sem você por isso...Ciel Phantomhive, quer namorar comigo?-

...

-Você bebeu?-

-O-o que?! Não!-

-Está sobre efeito de algum remédio alucinógeno?-

-Não, Ciel! Por que essas perguntas estranhas?-

Eu sorri encabuladamente pegando sua mão entrelaçando meus dedos aos seus.

-Porque não precisava nem perguntar seu bobo, é claro que eu aceito... - Lhe dei um selinho.

-Ah Ciel, as vezes você é tão fofo...!- O moreno sorriu.

-E-Eu te amo... - Murmurei encostando sua mão em meu rosto mantendo minha mão por cima da sua.

-Eu também... eu também.

--



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...