História Welcome to Harvard - interativa - Chapter Four - How About A Dance?

A batida da música , somada com as doses de bebidas ingeridas e a competitividade de James o faziam se soltar cada vez mais em cima da mesa. Ele olhou para Mario, que observava tudo boquiaberto , e piscou um de seus olhos, fazendo Mario rir e revirar os seus.

- Eu. Não. Acredito. - disse Ângela , pausadamente. Seus grandes olhos azuis ficaram maiores ainda. - Já volto Erik.

 Ela se desfez do rapaz e saiu procurando Daphne. Aos poucos , a atenção da festa se voltava para o louco em cima da mesa dançando sensualmente.

-Daphne! - ela gritou, ao avistar a garota no bar improvisado. - Corre aqui a-go-ra! - Ângela puxa a amiga pelo braço, voltando para onde James dançava.

Pelo contrário das outras pessoas, Daphne não achava a cena engraçada ou ridícula. Sua boca se abriu em um perfeito "O" , e seus olhos quiseram pular das órbitas. Quando viu que ela estava o observando dançar, corou, mas para sua sorte era impossível ver, por conta da pouca luminosidade do local. Ele sorri da maneira mais provocante que pôde para ela, e caminha para a ponta da mesa, de onde Daphne estava próxima.

- Por que está olhando tanto pra lá? - pergunta Brooklyn para Manuel, depois de várias tentativas de falar. A garota simplesmente não conseguia , de tanto rir de James.

- Vendo a desgraça desse filho da mãe.- Manuel fala embolado.Seu sotaque alemão e a vodca pesaram na frase, impedindo a compreensão dela.

- O quê?

- Foi ... uma aposta. 

- Você disse ... aposta ? - Cindy se intromete na conversa.

- É ... - ele prossegue. - Se eu tivesse coragem de chamar a Brooklyn para dançar ... Ele iria dançar em cima de uma mesa. - Manuel termina de falar e as meninas começam a rir.

- E por que tem que ter coragem pra me chamar pra dançar? - Brooklyn fica curiosa.

- É muita coragem mesmo da sua parte , Manuel. Sabia que a Brooklyn tem uma ... cobra? - Cindy deixa a afirmação com duplo sentido, fazendo Manuel franzir seu cenho de forma exagerada e Brooklyn ficar envergonhada.

- Cala a boca Cindy! - ela dá um tapa no braço da amiga.

Enquanto isso , Katrina e Emmely conversavam e rondavam a festa. As duas pareciam se entender melhor. Até que avistaram um rapaz jogado em um canto. Numa mão ele segurava uma garrafa de cerveja e a outra secava seus olhos , encharcados por lágrimas. 

- Nossa, ele é lindo!- Emmely comenta.

- Vamos lá com ele!

As duas caminham e se ajoelham próximo ao rapaz, que estava de cabeça baixa. 

- Tá tudo bem? - pergunta Emmely, colocando uma de suas mãos em seu ombro. 

- Saiam daqui. - ele grita, com a voz embargada pelo choro, tirando a mão de Emmely do seu ombro.

- Só queremos te ajudar , cara. Vem. - Katrina passa o braço dele por seu ombro e tenta levantá-lo. - Ai, ele é pesado. Não fica me olhando, me ajuda! - ela resmunga para Emmely. 

Emmely bufa e faz o mesmo que ela .As duas praticamente arrastam ele de lá até o bar, colocando ele sentado num dos banquinhos. Ele quase não se aguenta, e elas ainda têm de segurar ele, para que o mesmo não caia.

- Quer me contar o que aconteceu? - Katrina se escora na superfície do balcão com os dois cotovelos, suspira e inclina a cabeça para mais perto dele. O rapaz cai em choro novamente e as duas amigas se entreolham, desesperadas. - Pede um copo de água aí do barman Emmely! - pede da amiga, que o faz e entrega o copo cheio a ela. - Toma , bebe . 

O garoto pega , inspira profundamente e solta o ar, bebendo a água até que o copo ficasse vazio.

- Mu-muito obrigado. - sua voz ainda é embaçada. - Mas não precisam se preocupar comigo. Já podem sair daqui.

- Desculpa, mas não vamos deixar você aqui, nesse estado.- Emmely nega. - Pode contar o que aconteceu , estaremos a ouvidos. 

- Não sei se deveria contar a vocês, estranhas, meus problemas.

- Meu nome é Emmely e o dela é Katrina. Pronto, não somos mais estranhas. - elas sorriem, transmitindo confiança. - Agora nos diga o que te aflige.

Um leve sorriso surge de seus lábios , ao olhar as garotas diretamente em seus rostos pela primeira vez, e ele deixa o olhar pender em Katrina , a qual lhe chamou mais atenção.

- Já que vocês insistem. - ele dá de ombros e suspira. - Minha namorada me traiu. - o queixo das garotas cai . O que se passava na cabeça delas era : "Como uma garota pode trair um cara desse?" . Elas ficaram sem palavras, ele começa a chorar novamente. - Acho que estou deprimido. Nós tínhamos planos. Quando nos formássemos, nós queríamos até avançar na nossa relação sabe, tornar algo mais sério. Aí ela fez isso comigo. - e o rapaz cai em prantos, deixando as garotas desesperadas mais uma vez.

Elas sentiram uma certa pena, do rapaz tão belo, com seus planos destruídos. Do outro lado da casa, James já estava tirando a camisa. 

- Cara alguém tem que gravar isso. - o garoto de cabelos cacheados falou. - Cadê teu celular Oscar? 

- Pera, não sei. - o de pele pálida enfia a mão nos bolsos da calça, sem resultados. 

- MARIO! -David , o garoto dos cachinhos gritou. - Filma, filma! - ele fez um gesto com as mãos , e Mario entendeu, sacando seu celular do bolso.

Daphne ainda estava olhando-o , e ele parecia ter esquecido do mundo. Completamente fora de si , parecia dançar somente pra ela.

- Agora quem precisa de um guardanapo é você! - Ângela passa a mão pelo queixo da amiga, como se limpasse alguma coisa , assustando-a.

- Nem vem com essa, idiota.- ela tira a mão da garota de lá.

James estava com sua camisa na mão, ele a rodava para o alto e passava pelo corpo. Daphne volta seu olhar para ele. Ele morde seu lábio inferior de forma sensual, e as outras garotas da festa gritam e assobiam. Repete o ato com a camisa, e Daphne presta atenção dessa vez em cada movimento, inclusive no seu corpo. O rapaz era magro, mas ainda sim com um físico impecável. Seu abdômen era definido, e suas pernas grossas. De vez em quando a garota se perdia ali, esquecendo da apatia que havia criado por ele. Sua camisa é arremessada na direção de Daphne, a acertando. Ela se assusta novamente , e Ângela ri.

- Vou procurar as outras meninas, vê se não se afoga na sua baba aí. - ela brinca.

- Palhaça, eu vou com você. - num gesto automático, Daphne põe a camisa de James no ombro e segue com Ângela.

Elas por Emmely, Cindy , Katrina e Brooklyn. Como Brooklyn estava conversando com Manuel , resolveram não atrapalhar. Cindy dançava alegremente com Mario , lhe restou Emmely e Katrina, mas aí lembrou que havia deixado Erik esperando-a, e foram para lá .

- Não, eu não vim na festa pra segurar vela, não mesmo. Vela não , tocha né meu amor. Divirtam-se.

Daphne sorri e vai para o bar, querendo tomar algo. Se senta num dos banquinhos e chama o barman, pedindo uma dose de uísque. Ela estava afim de se soltar, se divertir. Um garoto com uma aparência um tanto misteriosa senta do seu lado, e ela resolve puxar conversa com ele.

- Oi. - ela sorri e acena para ele, que olha para os lados e pergunta:

- Eu?

- É , você. Quem mais seria , Barack Obama? - faz uma piada e ambos riem. - Qual é seu nome?

- Brock. - sua voz se assemelha mais a um sussurro.

- Hã?

- Brock! - ele fala mais alto dessa vez.

- Aqui sua bebida, gata. - o barman , que era um jovem estudante, entrega o copo de uísque para ela e pisca. A garota olha tediosamente para ele e pega de sua mão, virando de uma vez. Ela faz uma careta e Brock ri mais ainda.

- Mais uma. - ela pede e devolve o copo. - Então Rock ...

- É Brock. - o garoto revira os olhos.

- Brock, - ela se corrige, não era muito boa com nomes. - Tudo bem?

- Uhum. - Brock balança a cabeça em afirmativa e murmura, sem abrir a boca.

- Veio pra ficar com essa cara de defunto ou se divertir? - Daphne era ousada, o que fazia o garoto envergonhar-se.

- Na verdade eu nem sei porque estou aqui. - ele dá de ombros. 

Ela age da maneira mais amigável possível, mas o garoto era um pouco mais reservado. Mais ao lado, Emmely e Katrina tentam consolar o rapaz que ainda chorava. 

- ... Mas se ela escolher terminar de uma vez com você, não insista, isso só te fará mal. - Katrina termina seu longo conselho dado a ele e suspira pesadamente. Os três ficam em silêncio. 

- O que acham agora de irmos nos divertir, esquecer um pouco isso , hein? - justo no momento que Emmely disse isso , uma música lenta e tristonha começa a tocar (*). 

- Epa , não , você não vai chorar. - Katrina o abraça com toda sua força , e ele funga no ombro dela. - Sabe de uma coisa ? - ela pergunta, divertida , e ele ergue as sobrancelhas, um sinal para que ela continuasse sua frase. - Não sabemos seu nome.

- Ah . - ele agora sorri. - Sebastian. - estende sua mão para que Katrina o cumprimente e faz o mesmo com Emmely. 

- Que tal uma dança? - Katrina esbanja seu melhor sorriso e o rapaz não resiste ao convite. Eles saem de mãos dadas até o meio da pista de dança e deixam Emmely sozinha.

- Mereço. - Emmely solta uma risada pelo nariz e se senta no banco que antes Sebastian ocupava. 

Katrina envolve o pescoço de Sebastian com seus braços, ele põe as mãos na cintura dela, e os dois começam a embalar no ritmo da música.

- Você pisou no meu pé. De novo. - ele comenta, e Katrina cora.

- Desculpa. - ela ri.

Os meninos estavam todos reunidos ao redor de Mario, que exibia em seu celular a filmagem de James dançando. Eles se acabavam de rir, e James também estava no meio, mesmo o vídeo sendo dele.

- Seus putos, apaguem isso depois! - ele tentou ser sério.

- Apagar isso aqui? - Mario ergueu o celular. -Nunca! - e gargalhou com exagero.

- Ei James. - Erik o chamou , ele se virou para ele. - Você disse que não queria ninguém perto da "sua ruiva" , certo? - James assentiu.

- Essa ruiva por acaso seria a Daphne? - Ângela, que estava por perto, pergunta.

- Ela mesma.

- Então, olha ela ali com  um carinha. - Erik apontou para onde Daphne conversava com Brock.

James queria não se importar, mas no fundo ele estava com ciúmes da garota, ele apenas mexeu os ombros , fingindo não estar nem aí e se virou, voltando a falar com Mário.

- Vamos Brock, só essa música! - Daphne tinha um certo interesse pelo garoto, mas era só o excesso de uísque.

- Você já está me irritando, mas vamos lá. - ele a puxa pelo braço, põe as mãos na cintura dela e ela encosta a cabeça em seu ombro.

Era desconfortável , já que os dois eram da mesma altura, mas Daphne se sentia bem assim. James tentava não focar seus olhos na cena , e foi até o bar. Se sentou perto de Emmely, a olhando da cabeça aos pés. A garota era muito bonita, mas ele só conseguia pensar em Daphne. Emmely vê James sorrindo para ela e retribui.  

- Obrigado, por tudo , Katrina. - disse Sebastian ao términio da música.

- Não há de quê. - ela sorri timidamente. - Você está com algum amigo aqui?

- Eu conheço quase todos desse lugar. Não sou novo por aqui.

- Ah bom ... É que, eu ficaria desconfortável se te deixasse sozinho aqui.

- Não tem problema. Sei que já deve estar me achando um chato então ... até . E mais uma vez, obrigado. -

Eles se abraçam brevemente e Katrina cora mais uma vez. Ela não desejava que Sebastian visse ela como um prêmio de consolo, isso latejava na mente dela. Só queria amizade e nada mais. Saiu a procura de suas amigas e viu Emmely, que ainda estava sentada no bar , foi até ela. James a viu e pensou que fosse Daphne, mas logo desanimou quando viu que não era.

- Vamos dançar Kat? - convidou Emmely, ouvindo a batida animada que começou a tocar (**).

Daphne tentava segurar Brock para que ele continuasse dançando com ela, mas esse tipo de música não era do agrado dele. James sorriu com a cena, e ao Brock sair , foi até Daphne, que dançava sozinha.

-  Você ainda está com a minha camisa. - ele sussurrou no ouvido dela, agarrando-a por trás. 

- Ai , sai .- ela tentava sair dos braços dele, mas não conseguia. Quando conseguiu, se virou de frente para ele. - Quer essa porcaria? Então toma. - e jogou na cara dele , saindo.

- Para de se fazer de difícil Daphne. - James tira a camisa de sua cara, jogando a mesma no chão e segurando Daphne pelo pulso.

- E você para de correr atrás de mim.

Ele coloca suas duas mãos na cintura dela e a aperta contra seu corpo, juntando os lábios num beijo quente, literalmente.