História Welcome to Hell. - Party and... green?

LEIAM AS NOTAS FINAIS!

E um barulho de água respingar é um dos sons mais altos da casa de fraternidade das YODA, enquanto a música eletrônica está a gritar pela as caixas de som ao lado de mesas ‘‘decoradas’’ com copos vermelhos de plásticos que cheiram fortemente á álcool. Não sou um cara careta, muito pelo o contrário, gosto de aproveitar a vida. Mas do que adianta você querer aproveitar a vida se amanhã você não vai lembrar?

- STYLES! – uma voz grossa e familiar se aproxima de mim e em um movimento rápido, me viro para olhar a figura que se aproxima. No meio da multidão com um copo vermelho na mão e uma camisa que deveria azul mas uma mancha amarelada a cobre, Thomas se aproxima, passando os seus dedos por seu cabelo deixando uma completa bagunça. Eu provavelmente deveria estar feliz por vê-lo, mas ao ver seu olho esquerdo roxo... a preocupação toma o lugar do que deveria ser a felicidade.

- O que caralhos aconteceu no seu rosto? – meu tom de preocupação era claro e rapidamente, o rosto de Tom se tornou uma carranca. Seus punhos se fecharam e pude ver seu maxilar se travar, junto com todo o seu corpo. Seus olhos diminuíram de tamanho, ficando semi-cerrados e um longo suspiro saiu de seus lábios trêmulos – Isso não é da sua conta.

Não existe nada no Universo que me irrite mais do que grosseria. Quer dizer, eu posso ser grosso mas as pessoas não. Meus punhos se fecharem e se grudaram ao meu corpo e lancei um sorriso malicioso para Tom. Desloquei e coloquei meu maxilar várias vezes em uma tentativa de provoca-lo e dei um passo a frente, fazendo minha respiração e a dele se chocarem e a tensão do ar mudar.

- Se eu não te conhecesse o suficiente, eu... – minha voz foi cortada graças uma pequena mão foi tocada em meu ombro e com um aperto no mesmo, soube quem era... Nina.

- Tem certeza disso, Harry? – sua baixa voz sussurrou apenas para mim e eu pude sentir uma pontada em meu coração. Acho que já chega de decepcionar a Nina e quando olhei por cima de meu ombro, pude ver uma carranca estampada em seu bolo rosto, demonstrando a decepção clara e assim que vejo, abro meus punhos os libertando e dou um suspiro ganhando ar e calma novamente.

- Parei – e foi apenas eu dizer isso para o belo sorriso que eu tanto adoro, voltar aos seus lábios. Nina é uma das melhores pessoas que você pode um dia conhecer. Ela é adorável... ok, eu vou parar de mentir. Ela é o tipo perfeito que todo homem gostaria de ter na sua casa, a dama da sociedade e o diabo na vida pessoal. Na sua cintura, três facas andam escondidas e uma arma dourada presa ao seu tênis. Seu apelido nos negócios? Dama da arma dourada, uma das mulheres mais desejadas do jogo. Pena que ela não se vê tão linda quanto é e sim, eu e ela já fodemos. 

- Você tem que par... – e foi a última coisa que eu escutei antes de focar no furacão loiro que passava por ali. A minha garota estava na festa e eu estava interessado nela o suficiente para a abordar de qualquer maneira. Fui tirado de meus pensamentos quando um belisco foi feito em meu braço e em reflexo, levei a minha mão até o local ferido – OH SEU IDIOTA! PRESTA ATENÇÃO! – abaixei um pouco minha cabeça para saber que era Nina que estava a falar. Podem rir, mas esta mulher tem apenas 1,49 e é engraçado a maneira que temos que nos curvar para falar com ela.

Não demorou muito para que a Nina saísse de perto e eu tivesse o meu momento para andar sobre a festa. Todos aqui estão a gritar e rir e eu estou aqui deslocado. Do outro lado da festa, posso ver Louis se agarrando com uma bela ruiva e com suas mãos em seus seios enquanto Liam está a abraçar Sophia sobre o seu peito. Olho para o lado oposto de Louis e Liam e encontro Zayn a observar as meninas dançarem e Niall a atacar a mesa do buffet. Enquanto todos se divertem, mais um estrondo foi escutado e pelo o barulho, podemos ver de onde nasceu. Este barulho é da piscina e quando virei-me para ver quem foi o otário que se jogou mais uma vez, uma vontade de rir foi criada dentro de mim. A minha garota agora estava com seus cabelos molhados e roupas da mesma forma, rosto sujo de maquiagem a escorrer e risadas sendo ecoadas para todo lado ao ver ela dentro da piscina.

Ela não caiu porque estava bêbada demais para ser racional, ela foi empurrada.

Demorei um tempo para cair a ficha e ir correndo atrás dela. Estendi a minha mão assim que me aproximei da borda da piscina e fui recebido com um olhar mortal. Minha mão continuou ali estendida enquanto ela claramente se debatia consigo mesma para ver se pegava em minha mão ou me deixava com cara de otário e certamente, não estava afim de estar com cara de otário. Antes mesmo de ela conseguir pensar, segurei em sua mão, a puxando para fora da piscina e a vendo cambalear quando estava fora da piscina e na superfície.

Seus belos olhos se transformaram em uma atmosfera ameaçadora e isso realmente me surpreendeu. Ela não sabe nada sobre mim e me olha como se tivesse sido mais uma das mil e uma garotas que parti o coração. Por que ela está me olhando assim?

- Você está bem? – foi a única coisa que consegui dizer à ela. Seus olhos cinzentos passaram por todo o meu corpo, olhando de cima abaixo com uma expressão rancorosa e observando atentamente as minhas tatuagens que estão bem destacadas graças ao tecido branco de minha camisa, que expõe a minha pele. Se ela não fosse mulher... seu rosto já estaria virado graças a sua maneira de olhar as pessoas.

Depois do que pareceu séculos, finalmente seus olhos encontraram os meus – Sim, eu estou bem – ela disse e pude ver o forte sotaque nova iorquino e americano nela. Não é por nada, eu odeio o sotaque americano mas parece que se encaixou perfeitamente nela.

Sua voz é aveludada e seu corpo está grudado em um vestido – agora, encharcado - que destaca todas as suas lindas curvas. Ao perceber que seus olhos se desviaram para um pequeno grupo de pessoas nos olhando atentamente como se fossemos algum monumento, pude ver que seus lábios carnudos e que costumam a ser rosados, estavam ao ficar em um tom azul mais partido para o roxo. Rapidamente retirei o meu casaco e olhei para Nina que me olhava atentamente, fiz um sinal para ela dizendo que ia ficar tudo bem e joguei meu casaco pelo os ombros da garota que está literalmente a tremer a minha frente, encobrindo seu belo corpo e fazendo seus olhos desviarem para mim novamente.

Quando voltei a andar com ela para dentro de casa, passamos por um grupo que começaram a rir. Rapidamente, vi seu rosto se transformar em uma carranca pior do que a de antes e pude reconhecer os rostos assim que os vi: os meninos que a jogaram na piscina.

'‘Harry, não...’’ Nina.

‘‘Chega de encrenca por hoje, por favor, não.’’

Me voltei à Nina depois desta bela gracinha de meu subconsciente. Seus olhos abaixaram para o chão e ela começou a fitar seus pés, que dançavam em um ritmo que logo percebíamos que era a maneira dela de se distrair. Segurei na mão da garota e caminhei com ela – na verdade, eu a puxei, ela não é tão fácil de se lidar – para dentro da fraternidade, onde a sentei no sofá cor de rosa logo depois de jogar os copos de plástico com aroma embriagante ao chão.

Suas mãos suaves e brancas apertavam o casaco contra o seu corpo na tentativa clara de se cobrir e retirar o frio. Resolvi ignorar os olhares que estavam em mim e me sentei na mesa de centro da sala que tem detalhes em vidro, cocei a minha nuca para aliviar a tensão e o silêncio já estava a me sufocar. No momento em que ia abrir a boca, a garota começou a falar;

- Sou Lauren – ela disse fitando o chão e com os lábios trêmulos e roxos de frio. No momento em que abri minha boca para se apresentar, ela me interrompeu – Eu sei quem é você. Harry Styles, 19 anos, 2 ano de faculdade e o mais encrenqueiro do campus. – Pela a primeira vez desde de que eu a trouxe aqui, ela levantou a sua cabeça me dando o prazer de poder analisa-la melhor e devo dizer que é uma das mais bonitas.

- Bem, alguém fez o dever de casa – ri em um tom de brincadeira tirando minha mão da minha nuca e a levando para a minha coxa, onde quando se colide com a palma de minha mão, solta um estalo – e sou o encrenqueiro do campus?

- Não precisa fazer dever de casa, Harry, é só você ver como as pessoas reagem ao ver você passar.

Ela tem razão. Uns se escondem com medo, as meninas correm para mim na vontade de fantasiar de namorar um garoto perigoso, cheio de problemas. Ah, se elas soubessem o quão difícil é...

Lauren se levantou e com ainda minha jaqueta em seus ombros, começou a entrar no meio da multidão. Em um movimento rápido, me levantei e fui atrás dela enquanto saia esbarrando em todos a minha frente na tentativa de alcança-la. Sua mão levou até a maçaneta e quando ela puxou, um balde de tinta verde foi derramado em cima de si, fazendo todos na festa parar para olhar. Meu rosto caiu em preocupação e quando os risos começaram, fiquei a esperar as lágrimas caírem de seus olhos mas fui completamente surpreendido quando ela levantou a cabeça, jogou minha jaqueta ao chão e caminhou para fora da casa. Eu não estava interessado no momento em ver a expressão fácil de todos que ali estava, estava interessado em vê-la.

Corri para fora da casa já tendo em mente quem fez a brincadeirinha de mal gosto. Ao ver seu cabelo loiro que agora está verde e manchas de sapatos de tinta verde sobre a calçada, já soube de quem era.

- ESPERA! – gritei enquanto corria até Lauren – LAUREN!

- O QUE, HARRY, O QUE? – ela se virou para mim enquanto caminhava de volta até a minha direção e ao vê-la se aproximar, pude ver lágrimas em seus olhos – EU SÓ QUERIA UMA FESTA, EU SABIA QUE NÃO DEVERIA TER VINDO PARA CÁ E OLHE PARA MIM AGORA! – sua voz está mais grossa e suas mãos percorrem por todo o seu corpo, referindo-se a sujeira que há nela – EU NEM TE CONHEÇO MAS SEI QUE FAZ PARTE DAQUELE BANDO, ENTÃO, ME DEIXE IR EMBORA!

Eu não disse mais nada, o que fez parecer a ela uma permissão de saída. Seus passos eram largos e fortes enquanto andava, fazendo seu quadril requebrar ao seu andar. Manchas verdes eram deixadas na calçada e assim que ela virou a esquina, meu campo de visão dela foi cortado.

[...]

- Foi uma péssima brincadeira – Nina sussurrava para mim na aula de biologia enquanto a professora Stele explicava mais uma vez a matéria dada. Seus óculos estavam em seu rosto enquanto seu corpo estava virado para mim, de uma maneira que todos sabiam que estávamos a conversar. Sua camisa era de uma cor cinzenta e sua calça jeans era escura, que dava o contraste perfeito em seu sapato de cor azul escuro. Seu longo cabelo preto estava a cair sobre seus ombros e seus olhos estavam transformado em raiva. Esse é o problema de Nina, ela toma a raiva dos outros para si.

- Eu sei, ele pensa que estamos no primário ainda para este tipo de brincadeira? – sussurrei de volta à Nina que estava sentada ao meu lado enquanto meus olhos ficavam focados na professora Stele enquanto a mesma andava de um lado e para o outro. Seu cabelo grisalho estava preso em um coque com dóis lápis e seus óculos estava sobre o decote de seu vestido verde musgo longo o suficiente para esconder seus sapatos de cor bege. Para quem tem um caso com o professor de ética, ela não é uma das mais atraentes.

- Eu só queria que ele parasse de agir assim, ele anda meio estranho – Nina se vira para a frente de sua madeira e foca seus olhos nos livros que estão à sua frente. Ela leva seu dedo para o meio de seus óculos e empurra-o, o aproximando mais de seus olhos.

Um silêncio é estabilizado na sala, sendo capaz de escutar apenas o barulho do grafite do lápis rabiscando o papel. Suspiros aliviados são escutados com barulhos de lápis sendo colocados sobre a mesa de madeira e zípers sendo fechados dos estojos.

Um som agudo foi disparado pela a sala, fazendo todos se virarem para ver quem era e lá estava ela...

Lauren.