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História Welcome to Murderville - I knew I shouldn't trust you


Escrita por: boombayah_tk

Notas do Autor


~☆~

Capítulo 11 - I knew I shouldn't trust you


Fanfic / Fanfiction Welcome to Murderville - I knew I shouldn't trust you

Estava uma loucura de pessoas espalhadas em frente a casa de Mrs. Lang, onde o corpo dela há pouco tempo atrás havia sido levado pela perícia.
- Uma flecha? O assassino usou uma flecha? Really? - Audrey continuava questionando incrédula.
- Quando foi que entramos em Arrow e eu não sabia? - Noah questionou em tom de brincadeira.
- Não sei vocês, mas acho que o assassino é a Katniss! - acabei não resistindo e rindo junto com Noah.
Os outros preferiram levar a situação a sério, por mais que a vontade maior deles eu tinha certeza que era rir junto com a gente.
Stavo cochichou algo no ouvido de Brooke e a garota sorriu assentindo, em seguida pegou o celular e digitou alguma coisa. Segundos depois meu celular apitou e eu vi uma nova mensagem da loirinha.

"Reunião na minha casa amanhã à noite, em respeito aos novos mortos. Com direito a bebida! Xx"

- Brooke, as pessoas morrem e você dá uma festa? - Emma a repreendeu.
Stavo apenas riu fraco e eu fiquei o encarando por alguns segundos, ele se virou para mim e sustentou seu olhar misterioso que me intimidava.
- Não é exatamente uma festa. - Brooke rebateu.
- Quem liga? Vai ser bom pra nos distrairmos! - Audrey opinou direcionando um sorriso para mim que me deixou sem reação.
- É-é, isso aí. - concordei um pouco desconsertada ainda e ela riu baixo.
- Ótimo, assassinos nunca atacam em multidão, vale lembrar o detalhe. - Noah comentou, pelo visto concordando também.
Emma revirou os olhos e finalmente sorriu em rendição. Brooke comemorou abraçando o Stavo e foi logo embora para a casa dele.
- Filha, oh meu Deus! - papai chegou por trás de mim de repente e quando me virei fui pega em um abraço.
- Ei, ta tudo bem! - retribui o abraço e sorri.
- Vamos para casa juntos, prometo não ficar mais distante. - as palavras de meu pai no mesmo instante alegraram meu coração.
Mas então lembrei de Audrey e que iria dormir na casa dele hoje, virei-me para o lado e a mesma me encarava com uma expressão triste, porém compreensiva.
- Nos vemos amanhã então? - ela perguntou sorrindo fraco e eu assenti retribuindo o sorriso.
Não sabíamos o que fazer naquele momento, ainda mais perto do meu pai então acabamos por dar o aperto de mão mais constrangedor da história, o que fez com que as duas rissem.
Dei tchau para Noah e Emma também antes de ir com meu pai para casa e chegando lá nós jantamos juntos como não fazíamos há bastante tempo.
Depois do jantar papai acabou se desculpando por ir dormir, mas não liguei e fui lavar a louça de bom grado. E quando estava terminando de guardar os pratos recebi uma mensagem no celular.

"Sei que está com saudades minha pequena mentirosa, mas nos veremos em breve, prometo! =D"

Apaguei a mensagem de número desconhecido no mesmo momento e desliguei as luzes antes de sair correndo subindo a escada feito um flash e indo direto para o meu quarto fechar a porta.
[...]
A reunião na casa da Brooke estava ótima, bem melhor do que eu esperava. Ela e Stavo estavam se pegando dentro da casa, onde vários outros dançavam com a música alta que tocava, Noah já havia me mandado mensagem que estava conversando com uma garota legal na cozinha chamada Ana e eu estava empolgada para saber as novidades.
Estávamos numa rodinha perto da piscina onde um garoto chamado Sean cantava More Than Words -o que eu estava adorando por gostar de músicas antigas- e encarava Emma incessantemente, ela ria só não dava pra saber se era por já estar bêbada.
Eu cantava junto até Audrey aparecer ali admirada e sentar ao meu lado, parei de cantar na mesma hora e sorri fraco sentindo as bochechas corarem.
- Sua voz é linda! - ela comentou baixo e eu sorri mais ainda.
- Obrigada. - disse quase explodindo de alegria pelo comentário ter vindo dela.
- Eu estava pensando... Quer sair comigo amanhã? - Audrey perguntou um pouco sem jeito tamborilando os dedos na garrafa de cerveja que segurava.
Meu coração disparou no mesmo momento, eu podia sair gritando e pulando dali a qualquer momento, contraí os lábios num sorriso envergonhado sem mostrar os dentes e balancei a cabeça num sinal afirmativo.
- Eu adoraria. - respondi a fazendo sorrir também.
- Ótimo, então te busco na hora do almoço. - ela falou animada e eu concordei.
Quando desviei o olhar dela pairei o mesmo na varanda da casa onde percebi que Stavo me chamava discretamente. Virei para Audrey percebendo que ela estava distraída com a música e levantei do banco indo a passos rápidos até ele.
- O que foi? - perguntei curiosa e ele me puxou de leve para os fundos da casa, o que estava começando a me preocupar.
- Eu vi alguma coisa entre as árvores e estou preocupado devido a festa. - Stavo finalmente explicou apontando para a pequena floresta que tinha aos fundos. Engoli em seco um pouco assustada.
- O que você acha que é? - decidi confirmar o que já pensava ser.
- Considerando a capa preta que eu vi já dá pra ter uma ideia. - ele me olhou apreensivo. - Eu chamei você porque não achei o Noah, a Brooke e a Emma já estão muito abaladas e a Audrey já teve problemas demais por essa semana... - o garoto riu fraco e eu arqueei a sobrancelha.
- Sou a última opção? - questionei incrédula.
- Não foi o que eu quis dizer! - ele tentou se explicar, mas eu logo ri.
- Ok, vamos logo. - tratei de me apressar e peguei a garrafa de vidro que tinha na mão dele.
- Tem certeza? - o outro perguntou e eu afirmei antes de sair na frente.
Segurei a garrafa com bastante força e adentrei pelas árvores seguida de Stavo bem atrás de mim. Quando passei por um tronco velho ouvi um grito vindo de trás de mim, me virei e vi Stavo olhando assustado para os lados.
- Eu o vi, está nos cercando! - ele afirmou me fazendo olhar para os lados apreensiva.
- Nem ouvi nada. - falei confusa.
- Não sei você, mas vou dar o fora daqui! Péssima ideia a nossa. - Stavo anunciou e antes que eu pudesse dizer algo saiu correndo na minha frente.
- Ei! Espera! Stavo! - comecei a gritar por ele, mas logo o perdi de vista.
Continuei parada no mesmo lugar com cara de paisagem, totalmente incrédula que ele havia me deixado ali sozinha! Bufei e fui caminhando de volta para fora dali com passos pesados, pensava em mil palavrões para xingar Stavo quando o visse.
Mas ouvi o barulho de passos sobre folha seca, passos rápidos, comecei a ficar assustada e virei para trás gritando o mais alto que podia ao ver quem estava atrás de mim.
Aquela máscara me dava mais arrepios que quando eu vi O Chamado aos quatro anos de idade!
Tentei correr, mas ele me puxou pelo braço e jogou-me com toda força no chão, fazendo com que eu soltasse um gemido forte de dor.
- O que está esperando pra me matar?! - bradei com o sangue fervendo de ódio.
Mas me arrependi no segundo seguinte das minhas palavras quando vi aquela faca vindo em minha direção, rolei para o lado desviando da mesma e me levantei com certa dificuldade, mas logo fui pega pela cintura por ele e erguida no ar.
- SOCORRO! - comecei a gritar me debatendo para tentar me soltar dele.
O assassino soltou a faca no chão e passou sua mão coberta pela luva no meu rosto, estava... Acariciando? Só o toque dele já me causava arrepios de pavor, tentei virar o rosto, mas ele era insistente, me soltou no chão e virou-me de frente para ele.
Puxou-me pela cintura e segurou firme nossos corpos juntos. O que era aquilo?! Voltou a passar sua mão pelo meu rosto e eu fechei os olhos tentando controlar meu medo, mas quando os abri vi ele tirando uma faca bem menor de dentro da manga e passou-a em minha bochecha causando um corte fundo.
Voltei a me debater para tentar me soltar e gritar o mais alto que podia, mas ele me soltou por livre e espontânea vontade, pegou sua faca no chão e saiu correndo dali.
Estava tão fraca depois daquilo que apenas me joguei no chão com lágrimas nos olhos e nem notei Noah chegar ali bastante apavorado.
[...]
- Stavo foi um babaca com você ontem! - Audrey afirmando parecendo ter mesmo ficado bem brava com ele.
- Não foi ele que deu a ideia de entrar lá. - acabei por defendê-lo e ela me olhou incrédula.
Audrey havia nos levado até um campo perto do lago e estacionado não tão longe dali, agora estávamos andando até o ponto onde ela dizia ter uma paisagem linda para um piquenique.
- E te chamar falando que o assassino estava ali não foi uma forma de te chamar para ir lá? Logo depois ele some e te deixa lá pro assassino aparecer, nossa isso foi ridículo! - a morena disse bastante irritada.
Espera aí? Stavo me induziu a entrar na floresta, logo eu, foi apenas ele que viu o assassino, e assim que ele some o assassino aparece? Oh meu Deus, não, não pode ser!
Minha mente estava começando a processar as coisas, e eu senti um medo repentino me dominar, não podia ser ele, precisava de outra explicação. Afinal ele estava dentro do cinema quando eu fui atacada, certo? Ta, mas ninguém me confirmou se ele tinha saído ou não depois de mim.
É, mas quando Mr. Edward foi encontrado Stavo estava dentro da sala com a gente... Só que ele podia ter feito aquilo antes! Ai não, não, não, não podia ser, não podia fazer sentido!
- Chegamos! - Audrey anunciou me tirando de meus devaneios assustadores.
Prestei atenção na vista maravilhosa que tinha a minha volta e abri um enorme sorriso.
- É lindo! - afirmei maravilhada.
- Não tanto quanto você. - Auds piscou me fazendo rir sem graça.
Ela forrou uma toalha num canto e eu coloquei a cesta em cima do mesmo me sentando logo em seguida assim como ela.
- Sabe porque te trouxe aqui? - a morena perguntou e eu neguei com a cabeça. - Precisava de um lugar tranquilo e sem interrupções pra dizer o que eu realmente sinto por você. - Audrey disse com o olhar e sorriso mais sinceros que eu já vi na vida.
E meu coração disparou fazendo uma felicidade enorme tomar conta de mim, sorri também, ansiosa para ouvir, mas então lembrei que ela seria honesta com alguém que não merecia.
Eu não estava sendo verdadeira com ela, estava escondendo coisas, escondendo tudo, não só sobre o que eu sentia, mas eu precisava contar, precisava tirar esse peso das minhas costas e aquele parecia o melhor momento.
- Espera, Auds, eu preciso contar umas coisas antes. - falei um pouco receosa e pela minha expressão ela ficou um pouco preocupada.
- Pode dizer. - mesmo assim sorriu para tentar me tranquilizar e eu assenti com um gesto de cabeça.
Respirei fundo tentando conseguir forças para fazer aquilo, nem sequer conseguia encará-la.
- E-eu, eu estudava com a Rachel e era amiga da Riley, eu vi tudo acontecer e também perdê-las. Ano passado eu era amiga da Zoe antes dela começar a andar com vocês e era completamente apaixonada pelo Eli, eu perdi eles sem saber o que estava acontecendo e o porquê... - comecei a dizer e ela me encarava bastante surpresa. - Por causa disso nas férias de verão eu decidi que precisava saber o motivo de tudo aquilo e como havia acontecido, então eu... - engoli em seco e encarei aqueles olhos azuis esverdeados que me encaravam com curiosidade. - Eu comecei a fazer visitas ao Kieran, para que ele me contasse tudo, e acabamos nos aproximando, dividíamos um ódio em comum sabe, mas um ódio que não existe mais da minha parte! Só que eu continuo vendo ele, sou o mais próximo de amizade que ele tem e eu escondi isso esse tempo todo porque tinha medo que vocês... - eu ia terminar de explicar, mas Audrey não me deu a chance.
- Eu sabia! Sempre soube! Você é uma mentirosa, eu sabia que não devia confiar em você! - ela alterou o tom de voz e eu comecei a sentir meu coração doer.
- Eu tinha medo de perder vocês se eu contasse! - também levantei o tom de voz, mais como uma súplica.
Audrey negou com a cabeça diversas vezes e se levantou sem dizer mais nada.
Ignorou as diversas vezes que eu chamava seu nome e foi embora dali. Fui deixada sozinha mais uma vez, mas dessa vez doía mais do que qualquer machucado causado pelo assassino, era meu coração que doía!
Senti as lágrimas começarem a escorrer por meus olhos e o desespero tomar conta de mim por não saber o que fazer. Eu não podia acreditar naquilo, Audrey estava a ponto de se declarar pra mim e eu estraguei tudo, acabei de estragar o que finalmente estava dando certo pra mim! E não podia aguentar a dor de ter a perdido...
[...]
- E eu nem consegui ter a chance de dizer o quanto sou apaixonada por ela. - finalizei de contar tudo o que havia acontecido naqueles dois dias e ele me encarou bem impressionado.
- Não devia ter contado sobre mim. - Kieran me repreendeu e eu tive que soltar uma risada sarcástica em meio às lágrimas.
- Ah não? E deixar que o assassino contasse depois pra ser bem pior?! - questionei irritada.
- Ok, tem razão. - ele assentiu. - Mas não precisa ficar assim devastada, a garota não morreu, ainda tem chances de vocês se acertarem. - concluiu com aquele sorrisinho de lado que me irritava.
- Muito obrigada pelo voto de otimismo, nossa, você sabe mesmo como animar alguém! - disse irônica e ele deu de ombros.
- Na verdade eu sei um jeito ótimo de animar, mas considerando que agora sua praia são garotas... - Kieran debochou e eu revirei os olhos rindo.
- Você é inacreditável Wilcox! - afirmei e ele riu também.


Notas Finais


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