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História Welcome to My Life - Fuck, energy!


Escrita por: Datura

Capítulo 5 - Fuck, energy!


A garota continuou me encarando, sem mover um músculo da face.

–Adam? – Luke disse, tentando chamar minha atenção.

Não conseguia desviar meus olhos da réplica exata de Zoey que estava a alguns metros, mesmo estando ciente de Luke me chamando.

–Adam? Qual é cara? – Pude notar um pouco de preocupação em sua voz.

Com muito esforço, me virei para o meu amigo. Ele estava visivelmente preocupado.

–Você a viu? É ela! É a Zoey! – Disse, tentando não parecer desesperado, mas sem sucesso.

O garoto olhou para onde eu apontava, e suas feições se tornaram mais tensas.

–Adam, aquela garota não se parece nada com a Zoey. – O pouco de preocupação encheu sua voz, e se tornou gigante.

Olhei novamente, e vi uma menina loira, de pele bronzeada e cabelos lisos até a cintura onde eu acabara de ver Zoey White. Ela me olhava, curiosa. Me virei para Luke, e esbocei um sorriso.

–Te peguei, cara. – Engolindo em seco para não gaguejar.

Suas feições relaxaram, e ele soltou uma risada curta.

–Por um momento achei que você tinha ficado neurótico.

Forcei uma risada, que, por sorte, saiu natural.

–Eu? Neurótico? Até parece. Então, vamos ou não à sorveteria?

. . .

Passei o resto da semana pensando no incidente daquele dia. Será que eu estava ficando louco? Eu realmente tive uma alucinação com a Zoey? Não, jamais chegaria a esse ponto. Principalmente porque ela só me mandou um DVD, e eu não estou nem um pouco curioso para saber o que virá no próximo. Ok, só um pouco.

Me sentei à escrivaninha do meu quarto e tentei me concentrar na atividade de álgebra que estava à minha frente, mas era impossível. Depois de muito relutar, desci as escadas e abri a porta de casa. Estava fresco, e uma brisa atingiu meu rosto enquanto eu me sentava no degrau da porta de entrada. Assim que avistei o carteiro cruzando a esquina, senti meu coração disparar. Meu sangue gelou. Era agora. O momento que eu esperei pacientemente a semana inteira! Corri até o homem uniformizado.

–Oi Jack. Tem algo para mim? – Falei, esperançoso.

Ele pareceu ligeiramente surpreso.

–Adam? Ah, deixe-me ver.

Apesar da idade, Jack era uma referência como carteiro. Com seus 67 anos, tinha um físico atlético e a pele bronzeada digna da Califórnia, e estava sempre de bom humor.

–Aqui está. – Disse, me entregando alguns envelopes.

–Obrigado. Te vejo depois. – Falei, deixando o carteiro para trás e correndo em direção à casa.

Abri a porta e comecei a observar os envelopes, e ali estava ele. O único sem remetente. Peguei-o e corri para o meu quarto. Abri a porta de supetão, mas antes que pudesse fechá-la...

–Adam. – Disse uma garotinha de seis anos à porta. Ela tinha seus cabelos ruivos amarrados em duas tranças, e vestia um lindo vestido rosa. Sempre fora mimada por todos da família por ser a caçula, tirando todos os meus possíveis holofotes.

–O que foi, Rose? – Falei, apressado.

–Brinca comigo? – Ela disse, com o olhar de uma criança pedindo doce.

–Não posso agora. Mais tarde, sim?

Ela fez cara de choro.

–Se você chorar, conto pro papai que você quebrou o computador dele. – Falei com precisão, e ela desfez o bico e saiu pisando forte dali.

Finalmente tranquei a porta e coloquei o DVD para rodar. A imagem de Zoey apareceu na tela. Ela sorria.

–Olá querido amigo. Estamos juntos mais uma vez, não é? Acredito que a última gravação me fez bem, por isso vou prosseguir com estas. Onde eu tinha parado mesmo? Ah, sim. O começo do começo. Eu fiquei surpresa por encontrar Nick numa escola pública. Esperava que ele fosse filho de um empresário famoso, ou um banqueiro milionário. Bom, talvez estivesse ali pelos mesmos motivos que eu, afinal, pais são todos iguais e só mudam de endereço. – Ela suspirou – Decidi me aproximar do, instigante, bad boy. Sentava a seu lado em todas as aulas possíveis, e ficava jogando charme. Ele mal me olhava, e se olhava, eu via apenas nojo em suas feições. Ele começou a se tornar um desafio para mim, um prêmio que eu precisava conquistar apenas para mostrar que eu era capaz. Ah, como eu me arrependo dessa atitude. Por ironia do destino, nossas aulas eram quase as mesmas. Na necessidade de conquistá-lo, comecei a observar sua personalidade. Ele era o estereótipo do bad boy perfeito e eu faria de tudo para conquistá-lo. Eu nunca fui uma patricinha saída de Meninas Malvadas, mas nada perto do que eu precisava ser para Nick finalmente me notar como sua igual. E foi aí que eu comecei a minha transformação.

De repente, a televisão se apagou. Entrei em desespero.

–Adam, a luz apagou sozinha! – Ouvi Rose gritando do andar de baixo e desci rapidamente.

Droga. A energia caiu.



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