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História Welcome To The Sh*t Of My F*cking Life - Capítulo 16 - oh, FUCK!


Escrita por: lveedsh

Notas do Autor


OI MEUS AMORES! <br />Como estão na quarentena? Eu já não aguento mais! <br />Curiosassss? Hahahaha Esse capítulo vai trazer algumas respostas! <br />Agora chega de enrolação! Leiam, se divirtam, favoritem a fix e a Aproveitem!

Capítulo 16 - Capítulo 16 - oh, FUCK!


Fanfic / Fanfiction Welcome To The Sh*t Of My F*cking Life - Capítulo 16 - oh, FUCK!

Felizmente (ou não), Brian morava perto, no mesmo condomínio, somente na rua errada. Fui andando calmamente pela rua, pelo menos era isso que eu achava até sentir uma mão me puxar pela cintura. Imediatamente me defendi, levando o cotovelo até a altura do queixo da criatura idiota que decidiu me agarrar. 

— Porra, Ashley! Você é doida! — ouvi a voz conhecida falar e virei curiosa encontrando Myles segurando o nariz com a mão ensanguentada — Caralho, você quebrou meu nariz, cara!

— WOW! Desculpa, eu não sabia que era você! Meu Deus, me desculpa! — disse nervosa balançando as mãos no ar buscando fazer alguma coisa. 

— Porra … o que você tinha na cabeça? Merda, preciso ir ao hospital — ele murmurou e eu soltei um gemido. 

— Vem, eu te levo! Vamos na minha casa e eu te levo de carro! — disse indicando para ele me seguir. 

— Meu carro está ali! Vamos, você dirige — ele me tacou a chave do carro e indicou o tão conhecido Mustang 1966 conversível vermelho do outro lado da rua. Eu adorava aquele carro e se não tivesse quebrado o nariz dele, estaria super feliz por dirigi-ló. 

— Me desculpa mesmo, Myles! — gemi apreensiva e não pude deixar de encarar o tanquinho dele quando tirou a camisa, para usá-la para estancar o sangramento do nariz. 

—Ok Ashley! Só … dirige! — ele falou fanho e soltou um gemido de dor. Porque eu tinha que ser tão desastrada? — E por favor, olhe para a estrada.

— Okay, olhos na estrada — tirei os olhos de seu abdômen definido, tentando focar no caminho a minha frente. 


 

— Eu achei que ela ia comer com a gente — Zacky disse logo após a ruiva sair pela porta de entrada. Dei de ombros. 

— Você só pensa em comer, Zacky? — perguntei entre risos. 

— Até com comida esse gordo deve sonhar — Jimmy disse e eu ri. 

— Isso é gordofobia, sabia? — Zacky respondeu e eu e Jimmy rimos — Vou fazer o café da manhã só pra mim também! 

— Aaaah, qual foi Porpeta! — reclamei.

— Essa é a minha vingança! Vou me vingar sete vezes — ele disse e não aguentamos e rimos. Ele se retirou da sala, indo para a cozinha e quando ia segui-lo, Jimmy me segurou com um dos braços. Lhe olhei curioso e assustado, já que ele normalmente não fazia isso.

— Você lembra do que fez ontem? — ele perguntei e lhe encarei curioso. Eita porra, que pergunta era essa?

— Sei lá man, o mesmo que vocês — dei de ombros suspeitando sua pergunta. Ele me olhava como quem sabia de algo e como eu não lembrava de metade da noite, queria saber o que ele tinha a dizer. 

— Você não lembra de nada mesmo? — ele começou a fazer uma cara de quem não estava entendendo nada.

— Não, Rev! Eu de fato não lembro de metade da noite — disse e nos sentamos. Nessa hora Zacky veio a sala com um prato cheio de bacon e ovos e um copo de suco de laranja — Hmm, isso ta com uma cara boa!

— Vai se foder — ele disse com a boca cheia e nós rimos — O que vocês estão falando? 

— Eu to querendo saber do que o viado do Brian lembra de ontem — Jimmy respondeu.

— Ah, a gente fumou maconha, todo mundo ficou louco e ele e a Ashley transaram no sofá — respondeu ele com naturalidade e eu me engasguei com minha própria saliva. 

— MAS QUE PORRA — gritei e os dois começaram a rir do meu desespero — Então é verdade mesmo? 

— É verdade! Mas pera, você disse que não lembrava de nada — Jimmy respondeu intrigado.

— Eu não lembro, isso é verdade. Mas acordei nu do lado dela e não entendi como a gente foi parar lá. Aí quando ela acordou a gente conversou tentando lembrar o que houve e a gente chegou à conclusão que transamos devido às marcas nos nossos corpos.

— Claro! Vocês pareciam dois animais! — Zacky disse entre risos. 

— Pera, a gente fez na frente de vocês? — gritei com a voz fina e os dois se mataram de rir. Zacky se engasgou com ovos e ria enquanto tossia. 

— Do nosso lado! E não estando confortáveis com a plateia, vocês simplesmente filmaram! — Jimmy respondeu e meus olhos pareciam que iam sair do rosto de tão arregalados. 

— Aí quando acabou o primeiro round, você levou ela para seu quarto e logo estávamos ouvindo vocês dois de novo. Acho que foram mais umas duas rodadas até vocês apagarem lá em cima. Não sei como seu pau não caiu, foi uma atrás da outra — Zacky respondeu e enquanto ele e Jimmy morriam de rir juntos eu encarava as paredes. Mano … eles foram Voyer da gente. A gente gravou. MEU PAI A GENTE GRAVOU! 

Corri buscando meu celular, revistei a galeria de vídeos, a nuvem do celular, revistei todas as conversas e não achei nenhum vídeo. Que merda! 

— A gente enviou pra alguém? — gritei nervoso.

— E Eu vou saber? A gente não ficou de babá de vocês não — disse Zacky

— Já bastou termos assistido você se dando bem e a gente não — Jimmy completou rindo.

— Vai se foder — respondi e decidi ligar para ela, contando a história do que houve para também pedir para ela vasculhar o celular. 

Fui para a área da piscina que era mais silenciosa e disquei o número. Três toques e ouvi a doce voz dela. Só que não.

— O que você quer, arrombado? 

— Nossa, não lembra mesmo da nossa noite de amor — provoquei e até conseguia imaginá-la revirando os olhos.

— Se você queria me fazer desejar arrancar minha pele por ter te tocado conseguiu. Tchau, Gates! 

— Calma! É importante, não desliga! — respondi desesperado pra que ela não desligasse.

Você tem cinco minutos — depois de um silêncio ela respondeu. 

— Jimmy e Zacky viram tudo ontem. — disse logo e ouvi o seu grito agudo perguntando “O QUE?!”. Quase ri, mas ouvi alguém falando de fundo “Senhora, estamos em um hospital. Por favor, não grite ou se retire” Como assim? Ela está num hospital? — Você está num hospital? 

Arh … Longa história. Depois te conto. Anda, o que eles viram? — ela suspirou.

— Tudo. Literalmente tudo, Ashley … — passei a mão nos cabelos — Segundo eles, a gente começou a transar na sala na frente deles e depois subimos e transamos mais umas três vezes.

Misericórdia … 

— Pois é. Você tá sentada? — Silêncio.

Agora estou.

— Jimmy disse que a gente gravou — silêncio novamente. E mais silêncio — Ashley?

Caralho — foi tudo o que ela disse. E mais silêncio.

— Você tá viva? 

To, Eu … você viu o vídeo?

— Não gravamos no meu celular. Por isso preciso que você veja no seu — e dale silêncio. Ouvi uma voz masculina falando com ela e juntei os olhos numa careta, confuso. Quem estava com ela? “Terminaram. Vamos?” Disse o homem. A voz não me era estranha. 

Okay, eu … eu vou verificar aqui e te retorno mais tarde. Bye! — ela disse e desligou. Mas que porra? O que estava acontecendo? Ela simplesmente desligou na minha cara?! 


 

Acordei com braços musculosos sobre minha barriga. Dei um sorriso e olhei para o lado, encontrando Matt dormindo como um cavalo, roncando com a boca ligeiramente aberta. 

Logo veio a minha mente a noite anterior e não pude deixar de ficar satisfeita com o quanto transamos. Estava sexualmente satisfeita! Tirei o braço dele de cima de mim e fui ao banheiro decidida a fazer minha higiene matinal. Tomei meu banho, penteei os cabelos e me vesti, decidida a ir buscar café em seguida. Passei pelo quarto e Matt ainda roncava. Fui até a cozinha fazer algo para comermos. 

Devido ao meu ótimo humor naquela manhã, optei por fazer panquecas e café. 

— O que você está fazendo? — ouvi a voz sonolenta de Matt atrás de mim. 

— Panquecas — respondi mexendo a massa. 

— Hmmm … Quer ajuda? — ele deu um gemido que arrepiou meu pescoço e perguntou. 

— Sa-sabe fazer café? — gaguejei e dei um pigarro. Ele riu. 

— Sei, é só colocar na cafeteira.

— Pode adiantar pra mim? A cafeteira está ali, o café no pote de vidro dentro do armário. Você vai saber qual é — Respondi e logo ele me obedeceu. Um silêncio tomou conta da cozinha, mas ambos estávamos concentrados nos nossos deveres. Não que fazer café seja difícil … 

— Jess — Shadz me chamou.

— Matt — respondi me virando para ele. Ele estava sem camisa, vestindo apenas a calça da noite anterior, descalço. Aquele homem é um paraíso.

— Eu to com uma dúvida … — ele coçou o cabelo e eu assenti, estimulando-o a continuar — Sobre essa noite … por favor, não me entenda mal! 

— Relaxa, Matt — respondi rindo.

— Eu não quero que você fique chateada comigo nem nada, só que me entenda — ele disse nervoso e eu ri — Isso não muda nossa amizade, certo? 

— Claro que não! — gargalhei como resposta — Foi ótimo, incrível! E de forma alguma afeta nossa amizade! 

— Ufa! Estava esperando vc me chutar daqui sem panquecas já — ele disse rindo e eu lhe imitei. 

— Sem expectativas! Somos bons amigos e isso pra mim não deve mudar — disse sorrindo também — Agora vamos comer porque estou com fome!

— Oh yeah — ele disse sorrindo maliciosamente, daquele jeito grave, e por um instante me senti ouvindo Bat Country novamente. 

Me servi de panquecas e peguei o café, enquanto isso resolvi dar uma olhada nas mensagens do celular, já que saímos ontem sem nem avisar a ninguém. Haviam mensagens da Sarah dizendo que estava com o Johnny, da minha mãe perguntando pela Ash e um vídeo que a própria Ash havia me enviado. Fiquei curiosa, já que não tinha nenhuma mensagem explicativa junto. Uni as sobrancelhas curiosa, Ash não era de enviar vídeos. 

— Tudo bem? — Matt perguntou com a boca cheia de panquecas. 

— Sim, acho … a Ashley me enviou um vídeo, mas não colocou nenhuma mensagem junto — expliquei, me inclinando para mostrar o mesmo. 

— Às vezes ela esqueceu ou então só encaminhou de outra pessoa … abre pra ver o que é — ele sugeriu e dei de ombros. 

— Tá fazendo o download. Vamos ver juntos — disse e ele assentiu. Logo após o vídeo carregou e dei play no mesmo. 

A imagem iniciava escura, ouvia apenas risadas de fundo. “Vem Zacky, você precisa gravar isso” era a voz do Brian e ouvi uma risada feminina de fundo.

— Por que diabos a Ash te mandou um vídeo do Brian e do Zacky? — Matt perguntou com a cara assustada. 

— E eu vou saber? Será que eles fizeram alguma merda? — perguntei.

 “Você está com a mão na câmera, Zee” agora ouvi a Ashley dizer arrastado, com mais risadas. “Porra, desculpa” Zacky respondeu e nesse momento a imagem ficou clara, mostrando a sala do Brian, com Jimmy fumando um baseado numa poltrona. Assim que o mesmo foi filmado, ele esticou o dedo do meio para a câmera. “Sabe Gates, eu achei que você fosse mais ágil pra usar isso aí. Você tá demorando!” Ashley disse e uni as sobrancelhas. Do que ela estava falando? “Calma porra, eu não to conseguindo abrir minha bermuda” ele respondeu “Vocês estão pior que pornô barato” Jimmy comentou rindo e ouvi um cala boca em coro. Logo a câmera parou de filmá-lo, mostrando Brian de cueca e Ashley somente de calcinha beijando-o.

— Que porra é essa?! — Matt perguntou dando um pulo.

— MANO, COMO ASSIM?! — gritei imediatamente. O vídeo seguiu, com Brian tirando a cueca e Ashley a calcinha. Pra minha felicidade só estavam filmando a bunda do Brian, que logo deitou minha irmã no sofá penetrando-a. Fechei o vídeo naquele momento com vontade de vomitar. 

— Dude … eles fizeram uma sex tape. Com o Jimmy e o Zacky vendo — Matt disse olhando pro nada. 

— Eu vou ter pesadelos até amanhã, porque essa maluca me mandou isso?! Aí que nojo … — resmunguei num choro, enjoada com o que acabei de ver.

— Cara … ela não ia te mandar isso de propósito! Tenho certeza disso! — ele me consolou, passando os braços por meus ombros.

— Será que os 4 transaram?! — perguntei arregalando os olhos. 

— Nossa, espero que não! — ele fez cara de nojo. 

— Vou ligar pra essa filha da puta! — gruni já discando o número da vagabunda da minha irmã.

 

Abri meus olhos e logo tudo girou. Ótimo, o dia nem começou e eu estou com ressaca. Me remexi na cama estranha, dando de cara com Johnny ao meu lado, dormindo com o dedo na boca. Involuntariamente ri, nem parecia o homem das cavernas que transei ontem à noite. Tentei sair da cama sem acordá-lo, o que foi uma tentativa em vão, já que logo recebi um tapa na bunda e a motivadora frase:

— Sossega, porra! 

Como reflexo dei uma gargalhada, o que foi uma péssima ideia devido a ressaca.

— Aí … — gemi, graças a pontada na cabeça que senti ao rir — Eu quero fazer xixi, Johnny! 

— Só mais cinco minutinhos — ele murmurou e me agarrou, usando-me como travesseiro.

— É sério, eu vou mijar em você! — frisei e ele me soltou bufando. Sai da cama rindo, indo para o banheiro dentro do quarto para urinar como lhe disse. Enquanto urinava, olhei rapidamente o celular, como faço em todas as manhãs. Desconsiderei as mensagens idiotas e respondi as importantes (ou única importante, no caso), uma mensagem que Jessica perguntava se ainda estava no Johnny e perguntando se tinha notícias da Ash. Respondi que ainda estava sim e que não tinha notícias da Ruiva 2. Retornei ao quarto e Johnny estava sentado na cama, com o lençol no colo e cara de sono.

— Bom dia — ele murmurou emburrado de sono.

— Bom dia Jojo! — respondi com um sorriso — Viu minha roupa por aí?

— Já vai se vestir? Achei que faríamos algo agora pela manhã … — ele comentou e eu sorri maliciosamente. 

— Acho uma ótima ideia — respondi e mordi o lábio em seguida, me guiando para a cama. Ele me puxou, me jogando na cama e pairando sobre mim. 

Lhe puxei para um beijo imediatamente, aproveitando o fato que nós dois estamos nus. A mão dele logo foi pairar na minha bunda, massageando minha pele. Johnny me puxou, colocando-me no meio da cama e apoiando um travesseiro na minha cabeça. 

— Obrigada — agradeci.

— Agradeça-me com sexo — ele respondeu beijando meu pescoço e eu ri. 

— Johnnny … eu odeio acabar seu clima, mas antes eu preciso te falar uma coisa — murmurei e ele logo parou de me beijar, encarando com aqueles lindos olhinhos.

— Ihhhh, lá vem — ele comentou e eu não tive como não rir.

— Eu só quero pedir pra que a gente não confunda as coisas. Sabe, pra que isso aqui não atrapalhe nossa relação de trabalho! — disse.

— Relaxa, Sarah. Aqui somos Jonathan Seward e Sarah Miller, Eu e você. Agora fica quietinha que eu quero te fazer gozar — ele disse e eu prontamente obedeci. Que mulher não aceitaria ter um orgasmo do Johnny?!

 

O hospital estava vazio, para a felicidade de Myles. Dirigi tão rápido que tenho certeza que tínhamos ganhado alguma multa, mas ele estava tão emburrado comigo que eu pagaria o valor que fosse só pra fugir daquele olhar. Ele havia ido me buscar para tomar café em alguma lanchonete e graças a minha burrice, perdi um café da manhã de graça com meu ex namorado gostoso que ainda está afim de mim. Vou esconder que ainda estou afim dele simplesmente por causa do orgulho, já que tenho certeza que está bem claro que eu ainda cultivo sentimentos por ele. Estava entediada na sala de espera, esperando ele ser atendido, quando recebi uma chamada do Brian. 

— O que você quer, arrombado? — respondi com a cara fechada. Se ele achou que porque transamos seremos amiguinhos, ele está bem errado. 

Nossa, não lembra mesmo da nossa noite de amor? — ele disse e eu revirei os olhos. Como eu pude transar com alguém TÃO idiota?

— Se você queria me fazer desejar arrancar minha pele por ter te tocado conseguiu. Tchau, Gates! — disse já me preparando para desligar, mas sua voz me chamou atenção.

Calma! É importante, não desliga! 

— Você tem cinco minutos — fiquei em silêncio e respondi.

Jimmy e Zacky viram tudo ontem. — disse.

— O QUE?! —  gritei chocada e uma enfermeira chamou minha atenção pelo grito. Lhe fuzilei com o olhar, mas não falei nada. Ela estava certa. 

Você está num hospital? — Brian perguntou.

— Arh … Longa história. Depois te conto. Anda, o que eles viram? — suspirei e escondi minhas motivações por estar ali. Não é porque transamos que ele vai saber da minha vida pessoal. 

— Tudo. Literalmente tudo, Ashley … Segundo eles, a gente começou a transar na sala na frente deles e depois subimos e transamos mais umas três vezes — ele disse e fiquei sem reação, estática no meio do corredor. 

— Misericórdia … 

Pois é. Você tá sentada? — ele perguntou e corri para uma cadeira. Uma velhinha me encarava curiosa, enquanto fazia seu crochê. Não vou culpá-la, eu era uma doida, com roupa de balada, cheia de chupões no corpo que trouxe um roqueiro ao hospital com o nariz quebrado e gritando no telefone. Estava pedindo para ser encarada.

— Agora estou.

Jimmy disse que a gente gravou — Puta que pariu. PUTA QUE PARIU! MANO … PUTA. QUE. PARIU. Eu como merda — Ashley?

— Caralho — tudo o que consegui dizer.

Você tá viva? 

— To, Eu … você viu o vídeo? — perguntei preocupada. Sentia minhas mãos geladas e meu coração a mil.

Não gravamos no meu celular. Por isso preciso que você veja no seu — e dale silêncio.  Não fui capaz de responder, principalmente porque Myles chegou logo depois. 

— Terminaram. Vamos? — Myles murmurou emburrado. Seu nariz trazia um curativo leve, parecido com um band aid, que se não estivesse tão chocada com o que o Haner me disse, estaria rindo. 

— Okay, eu … eu vou verificar aqui e te retorno mais tarde. Bye! — disse ao Brian e guardei o celular, como quem foi pega roubando algo.

— Tá tudo bem? Você tá pálida — Myles perguntou. Merda! Precisava arrumar uma desculpa!

— Tá sim … só estou me sentindo culpada com seu nariz. Quebrou? — pensei rápido. Não era mentira, só não era o motivo principal do meu desespero. Ele deu um sorriso de lado.

— Só deslocou, mas já colocaram no lugar. Relaxa, tá tudo bem … eu só preciso ficar uns dias de repouso porque pode inchar um pouco mais, aí respirar pode ficar difícil.  Relaxa, tá tudo bem — ele explicou e me abraçou de lado — Você parece mais nervosa do que eu!

— Não gosto de machucar as pessoas que não merecem — dei de ombros e sorri. Fomos andando para o seu carro. Lhe entreguei a chave — Isso lhe pertence! 

— Achei que nunca mais ia devolver — ele comentou e rimos com a piada. Ele fez uma leve careta de dor — Vamos, eu te deixo em casa!

— Cara, você não existe! Eu quebrei seu nariz e você ainda é gentil comigo! — disse sorrindo. Lhe beijei o ombro como agradecimento.

— Esse beijo seria mais bem recebido na boca, mas tudo bem — ele disse e eu dei uma gargalhada. Antes que eu pudesse responder meu celular tocou. Hoje eu estou disputada, hein! Duas ligações em menos de uma hora! 

— Fala Piranha — disse ao ver o nome da Jess no celular, ainda sorrindo para Myles.

ASHLEY, VOCÊ COME MERDA?! — ela gritou, com a voz carregada de ódio. 

— O que houve? — perguntei estranhando.

VOCÊ TRANSOU COM O GATES E ME MANDOU UM VÍDEO?! Que PORRA é essa?! — ela gritou e fiquei pálida na hora. Não, eu não fiz isso. Não eu não fiz isso. Não eu não fiz isso! 

— Jess … Eu não to te entendendo — disse ofegante. O ar estava sumindo e eu não conseguia respirar. 

É isso mesmo que você ouviu! Caralho Ashley … onde você tá?! Que merda cara, eu não precisava ver! Eu REALMENTE não precisava ver! E o Matt ainda estava do meu lado! Você tem noção do quão vergonhoso isso é?! — ela não parava de falar e Myles já me olhava preocupado. Merda, ele não pode saber disso! 

— Jess … Eu to chegando em casa. Aí a gente conversa tá? — respondi e desliguei a ligação , colocando o celular no modo avião em seguida. 

— O que houve? Aconteceu alguma coisa? — Myles perguntou e segurou minha mão. Porra, porque esse homem tem que ser lindo e compreensivo agora?!

— Eu fiz uma merda com a Jess — respondi. Precisava mentir — Foi algo do trabalho, nada demais. Ela tá puta da vida comigo e ficou gritando no celular — fui completando a mentira. 

— Ui … boa sorte! — ele fez uma careta fofa e eu ri. Que homem maravilhoso — Vai ficar tudo bem, relaxa! 

— Vai sim, eu acho — respondi e fiquei olhando pro vazio. Nem notei quando chegamos em casa.

— Entregue — ele disse parando em frente a minha casa.

— Myles, desculpa mesmo! Eu te chamaria pra entrar, pra fazer um café decente pra você já que estraguei seus planos, mas a Jessica vai comer meu cu quanto eu entrar — fiz uma careta e ele gargalhou. 

— Se você me der um beijo eu esqueço tudo — ele provocou e eu não respondi nada. Apenas fiquei encarando aqueles lindos olhos azuis. Ah, um beijo não tem nada demais, certo? 

Antes que eu pudesse responder, sua mão puxou gentilmente meu pescoço e seus lábios encostaram nos meus. Foi um beijo calmo, por causa do seu nariz, mas foi o suficiente para acender todo o fogo existente em mim. 

Finalizei o beijo com leves selinhos e fiquei lhe encarando por alguns segundos, nossos rostos incrivelmente perto. 

— Tenho que ir — disse baixo depois de alguns segundos. 

— Preciso do seu número de telefone novamente … já que você me fez o favor de trocar — ele comentou divertido e eu ri. 

— Me empresta seu celular — pedi rindo também. Ele me entregou e eu anotei meu número — Pronto! Agora você já tem meu número novamente! 

— Obrigado! Vou te ligar em breve para cobrar nosso café da manhã interrompido graças a sua agressividade — ele fingiu revirar os olhos e eu gargalhei.

— Tchau, Myles! — disse ainda sorrindo e saí do carro, correndo para entrar em casa. Por um minuto havia esquecido que o furacão Jessica me esperava.


Notas Finais


Querem ou não me matar? Hahahaha


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