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História We're Meant to be - My Fault- part 2


Escrita por: littlegrey_

Notas do Autor


Desculpem a demora, esse capítulo ta pronto há uns três dias mas nao tava conseguindo postar, entao tenho uma surpresa, daqui a pouco já posto o proximo!

Capítulo 29 - My Fault- part 2


Fanfic / Fanfiction We're Meant to be - My Fault- part 2

Pov. Lexie

Eu dirigi sem rumo a noite toda. Jenny já estava dormindo na cadeirinha no banco de trás. Eu tentava esquecer tudo o que estava acontecendo, me concentrava apenas na estrada escura, e mesmo assim essa dor não saía do meu peito. Eu não sei o que fazer, e quando eu me lembro que o Mark não vai me abraçar e dizer "vai ficar tudo bem" meu desespero só aumenta.

Parei o carro em um estacionamento de uma loja de conveniência 24 horas, e deitei a cabeça sob o volante. Eu não sei o que fazer, para onde ir. Como eu vou ir para o trabalho todos os dias, olhar para as mesmas pessoas e saber que eu tirei um pedaço delas. Como vou olhar para a Arizona sabendo que ela perdeu um órgão por minha causa? Como vou conviver com meu cunhado sabendo que ele não irá mais exercer a profissão que tanto ama, por minha causa? Derek é o melhor cirurgião de Seattle. Era. De uma certa forma, eu tirei a chance de varios pacientes dele. Tudo é minha culpa. Como vou dizer aos meus filhos, e a Sofia que o pai deles, morreu para me salvar?

O momento que eu estava guardando aconteceu. Libertei as lágrimas que estavam presas em meus olhos, e em meio a soluços e lágrimas eu tentava respirar. Eu não queria fazer barulho para nao acordar a Jenny, mas eu não estava aguentando, estava doendo tudo, eu queria gritar. Eu me socava no banco, chorava e fiquei mais alguns minutos em minha crise.

Pensei em me hospedar em um hotel, mas não. Eu não podia. Respirei fundo e voltei a dirigir, e dessa vez de volta para casa.

~2 dias depois~

Fazem dois dias que eu não durmo. Nao sei quantos dias que nao como direito. Eu to praticamente morando no hospital, cada hora no quarto de alguem que prejudiquei. Mark ainda não apresentou mudanças, e eu nem tenho esperanças de que vá apresentar. Eu passei um bom tempo trabalhando na neuro, eu sei quando nao se deve ter esperanças.

-Lexie, vai para casa um pouco. Eu te aviso se tiver alguma mudança- disse Amélia entrando no quarto.

-Você sabe me dizer se a Meredith está bem? Desde que ela acordou da cirurgia não tive coragem de ir ve-la.

-Ela está ótima. Ela e o bebê estão bem- disse ela. Soltei um suspiro de alívio, e me sentei na poltrona ao lado da cama de Mark chorando.

-Você sabe que não foi culpa sua ne? Aquele homem é um monstro. Lexie, vai pra casa, você está entrando em depressão. E você tem uma filha que precisa de você, você tem que ser forte... - Amélia se agachou em minha frente segurando minha mão

-três... eu e o Mark vamos ter gêmeos- sorri com os olhos cheios de lágrimas. -descobrimos um pouco antes do tiroteio.

-Me diga que você foi examinada depois de todo aquele trauma?- ela me olhou nervosa

-Nao.

-Vamos- ela me puxou pela mão.

***

~ de noite ~

Amélia me levou para fazer ultrassom. A médica disse que eu tenho muita sorte de meus bebês estarem bem, e que eu devo me cuidar muito daqui para frente para prosseguir com uma gestação saudável. Eu nunca pensei que ficaria tão triste com uma gravidez, me senti desapontada e frustrada. Eu queria que Mark tivesse ido comigo. Mas agora eu vou tentar ser forte pelos meus filhos, pelos pedacinhos do Mark que estão crescendo dentro de mim.

*fim do Flashback*

Quando Callie disse que houve mudanças no exame neurológico, peguei minhas coisas e fui direto para o hospital. O Seattle Grace Mercy West já havia sido aberto novamente, e eu havia tranferido Mark para o mesmo.

Entrei no quarto e lá estava meu tão amado Mark. Deitado na cama, com a cabeceira um pouco erguida. Meu coração doía cada vez que entrava naquele quarto. Cada dia, perco um pedaço de mim junto com a esperança. Cada dia o sinto mais distante de mim, e sei que uma hora ele literalmente irá embora. Mesmo sabendo disso tenho medo da maneira que vou reagir.

Sai do quarto dele, e já me senti aliviada. Era bom ver as pessoas retomando seu ritmo após tudo o que eu causei. Arizona já está trabalhando, Meredith tambem, ela está ótima e o bebê tambem. Derek está fazendo fisioterapia e está com grandes chances de voltar a operar, mas ainda nao tive coragem de conversar com ele. Alex está em repouso em sua casa.

-onde estão os exames de Mark?- disse a Amélia.

-Aqui estão- ela disse me entregando. - Ele teve uma atividade de 2% no quinto minuto, e outra de 6% no oitavo.

-Isso é praticamente nada- falei- mas já é alguma coisa...

-o prazo está se esgotando. Acho que você deveria se preparar- Falou ela depositando sua mão em meu ombro

-Eu não vou desistir dele. Vou lutar até o último segundo, assim como ele está lutando. Se não quiser continuar com isso eu procuro outro neurologista- Disse nervosa, e voltei para o quarto de Mark. Sentei ao seu lado, e liguei a TV.

-Quem eu estou tentando enganar?- sorri- eu nao estou assistindo. Eu sento aqui, e finjo estar assistindo TV, mas eu nao paro de pensar que você poderia abrir os olhos e tirar toda essa dor de dentro de mim. Meu amor...- suspirei segurando sua mão. - Faltam menos de uma semana. Eu nunca desistiria de você, mas sei que nao é justo, você nao queria ficar ligado as máquinas. Você decide, você pode ir se achar que deve. Mas, eu vou continuar vindo aqui todos os dias, até o último dia. Até seu último suspiro, eu vou continuar sentada aqui segurando sua mão, porque nós fomos destinados. E eu não vou fingir que não estou desesperada porque estou. Não vou fingir que a ideia de você me deixar sozinha com nossos filhos não me apavora. Porque apavora. Ah, são dois meninos. Nós vamos ter dois menininhos idênticos- disse debruçando minha cabeça em seu abdômen na cama, deixando todas as lágrimas caírem.

Fiquei mais uns 5 minutos só ali, deitada nele. Eu estava segurando sua mão, e levantei rapidamente ao senti-la apertar meus dedos. Eu sabia que isso era comum em pacientes em coma. E Mark não teve morte cerebral, ele apenas não acordava da cirurgia e a medicina não tinha explicação para isso. Se tirassemos o tubo, provavelmente ele respiraria sozinho. Seu cérebro funciona, ele pensa, ele tem reflexos. E com o tempo seu organismo vai parar de receber informações. Mark detestestaria me ver assim, ele falava "quando eu morrer não quero ninguém chorando, se possível façam até uma festa animada, em comoracao da vida que tive". Tambem lembro dele dizendo "porque ela foi ótima, Lex. A vida com você foi a mais perfeita, e eu sou muito grato por isso.".

-que ótimo, ja estou chorando de novo- ri- eu pareço uma maluca, falando "sozinha"- falei fazendo aspas com o dedo. -mas eu não estou sozinha. Eu sei que você está me ouvindo.

-Mark... eu vou enlouquecer. se eu continuar assim. Eu preciso abrir mão de você, mas eu não consigo, eu não posso. Você iria querer que eu saísse daqui e fosse ser feliz. Você odiaria me ver nessa cadeira todos os dias. Você foi egoísta comigo, sabia? Eu percebi isso porque agora eu te entendo. Eu finalmente entendi o porque você levou aquele tiro por mim. Depois de dias de total desespero eu entendi. Você fez isso, porque não suportaria me ver nessa cama. Mas eu tenho que suportar te ver nela? Você não sabe o quanto ta doendo. A saudade Dói demais.- eu falava. Eu podia até estar falando "sozinha" , mas estudos comprovam que falar com um paciente em coma diariamente estimula a atividade cerebral. E falar com ele faz eu me sentir mais perto dele.- eu tambem seria egoísta se preferisse estar ai no seu lugar. Faltam dois dias. E essa será minha despedida, porque eu nao vou fazer nada além de segurar sua mão quando a Amélia encerrar seu tratamento. Eu gostaria que você estivesse acordado para me ouvir, eu gostaria de ter dito tudo isso antes de você desmaiar, eu gostaria de ter dito o quanto eu te amo e o quanto sou grata, o que você fez por mim...- falava em pausas. Talvez eu estivesse falando tudo aquilo, mesmo que ele pudesse não estar me ouvindo, para me aliviar. Porque se eu acreditar que ele está escutando, eu vou saber que ele me deixou sabendo que eu o amo muito. Meus pensamentos foram interrompidos pelo barulho do meu celular tocando. Era Callie, provavelmente era para ir embora pois ela viria trabalhar e ela está com a Jenny. Beijei a testa do Mark, limpei as lágrimas e sai atendendo o telefone. April, Bailey, Owen e Teddy estavam no balcão, e me olhavam com pena.

***

~4am~

Eu ainda não dormi. Eu ainda fico sentada olhando para a porta pensando que a qualquer momento o Mark vai entrar por ela. Fui até a cozinha tomar um copo de água e o telefone tocou. Já pensei no pior e atendi com as mãos trêmulas.

-A... alô?- gaguejei

-Lexie, eu preciso que você venha até o hospital- disse Amelia no telefone

-É o Mark? O que aconteceu?- disse calçando um pé de minha bota sem tirar o telefone do ouvido

-Eu descobri porque ele não acorda.- ao ouvir isso desliguei o telefone, coloquei Jenny na cadeirinha e dirigi o mais rápido possível até o hospital. Deixei ela na creche do hospital, e quando cheguei no quarto do Mark estavam lá Webber, Callie, Derek, Amélia, e dois internos o preparando, não sei para que.

-O que esta havendo?- disse entrando

-ele teve um pequeno sangramento. Formou-se um coágulo minúsculo no lóbulo frontal, e eu acho que consigo retirar- disse ela.-eu só preciso da sua assinatura.

Assinei. Pelo menos era uma esperança. O levaram, e eu fiquei na sala dos atendentes tomando um café.


Notas Finais


Minha internet ta ruim, vou tentar postar o outro hoje ainda ele ja está pronto


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