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História We're Meant to be - Light at the End of the Tunnel


Escrita por: littlegrey_

Capítulo 30 - Light at the End of the Tunnel


Fanfic / Fanfiction We're Meant to be - Light at the End of the Tunnel

Pov. Lexie

Mark já estava em Cirurgia há 2 horas. Eu ainda estou na sala, tomando minha quinta xícara de café.

-Posso entrar? - falou Derek

-claro- disse nervosa. Eu não falo com ele desde o ocorrido.

-Ei, vai dar tudo certo. Amélia levou os exames dele para mim, e eu descobri o coágulo.- ele falou sentando ao meu lado

-Você deveria estar operando ele. Derek, me desculpa por ter feito você passar por isso, eu não consigo nem me imaginar ficar sem poder operar- falei

-Lexie, eu nao quero que você pense, nem por um segundo que a culpa disso tudo é sua, ok?- disse ele segurando minha mão - lembra quando o Gary Clark entrou no hospital? Passei exatamente o que você passou. Mas você tem que colocar na sua cabeça que a culpa não é sua. Se não, você nunca conseguirá se livrar desse sentimento- ele disse, se levantou e saiu. Eu me senti tão liberta ao ouvir isso, parece que toda a angústia havia sumido.

-Lexie?- ouvi a voz conhecida me chamar. Me virei rapidamente e vi Amélia com seu avental e touca cirúrgica, ela ainda estava usando a proteção nos pés. So pode ter dado algo errado mas eu estava conformada.

-ocorreu tudo bem. Dentro de duas horas vamos ver se ele acorda- sorriu ela. Suspirei em um imenso alívio, e fui até o quarto dele. No Corredor, escutei um barulho de monitor apitando, entrei em um quarto e tinha uma paciente mulher sofrendo parada cardíaca.

-enfermeira?- chamei, mas esse horario é troca de plantão, e havia pouca gente nos corredores. Olhei o prontuário dela rápido, e estava escrito que ela teve uma cirurgia de Whipple. Duas enfermeiras entraram e eu comecei a fazer massagem cardíaca nela.

-Injetem 2mg de Epi- falei - quem é o médico dela?

-Dr. Grey- disse a enfermeira. Provávelmente e obviamente a Meredith.

-o oxigênio está caindo- disse a enfermeira, olhei no monitor e peguei a bandeja de entubacao. As vias aéreas estavam fechadas demais, se eu não entubasse agora ela morreria. Eu teria que fazer uma traqueostomia. Peguei o bisturi, medi o pescoço com dois dedos e cortei, abrindo espaço para o tubo, fazendo o peito da moça começar a se movimentar e seus batimentos se estabilizarem.

Sai do quarto meio sonsa, com as mãos cheias de sangue. Encontrei Meredith no corredor.

-Lexie o que aconteceu?- ela perguntou assustada mas eu continuei caminhando. Entrei no banheiro, agachei na pia e comecei a derrubar lágrimas. Eu me olhava no espelho e só conseguia chorar, chorar e chorar.

-Lexie o que aconteceu?- Meredith veio atrás de mim assustada. Eu nao respondia. Ela pegou o celular, e ficou ali esperando. Eu deixava toda a tristeza sair em forma de lágrima. Toda angústia, todo desespero, que estava sentindo ultimamente, havia sumido. O simples ato de salvar aquela moça que não conseguia respirar, fez eu me reencontrar. Por algum tempo eu estava perdida, eu era apenas uma pessoa oca. E agora eu me redescobri, eu senti a emoção de ser médica novamente, eu me encontrei como pessoa, mãe, irmã, esposa... Eu percebi que eu posso sim salvar uma vida. E que algumas vezes eu vou perder, mas nunca sem tentar. Os ganhos sempre serão maiores que as perdas.

-o que foi?- April entrou no banheiro.

-eu nao sei ela não fala comigo. Ela está com as mãos sangrando, ela simplesmente entrou nesse banheiro e começou a chorar- Meredith explicou.

-Eu estou feliz- sorri lavando as mãos. -eu redescobri a paixão de ser médica, não sei, sinto que uma luz se reacendeu em mim, como se eu tivesse encontrado a luz no fim do túnel. Quando tudo parecia acabado para mim... eu me reeencontrei- sorria derrubando lágrimas.-Meredith, me desculpa por eu ter feito você passar por aquela cirurgia. Eu conversei com o Derek e ele abriu meus olhos. Eu salvei sua paciente agora a pouco. Parece que tudo faz sentido novamente, eu já não estou mais com medo das pessoas, ou de falar com Voces que são meus amigos, minha família. Eu me sentia tão culpada que não conseguia olhar para Vocês e achava que jamais voltariamos a ser como antes. Mas eu percebi que era apenas eu, porque voces nao estavam me culpando entao tudo dependia de eu me aceitar.- sorri e Meredith veio me dar um abraço apertado. Meu celular tocou e eu me afastei para ver. Era uma mensagem de emergência para o quarto do Mark. A olhei assustada e sai correndo até o quarto dele.

Quando entrei, meu coração saiu por um estante, e logo voltou para dentro de mim. Mark estava acordado. Era inacreditável a imagem de seus lindos olhos abertos. Ele ainda estava entubado e fraco aparentenente. Mas ele estava acordado e isso é o que importa. Continuei paralisada ali, vendo Derek examinar suas pupilas com a lanterna, e Callie sentada ao seu lado chorando de alegria.

-Siga meu dedo- Derek disse com a lanterna dos olhos de Mark, com o indicador erguido movendo o mesmo para o lado.-Aperte os meus dedos- Derek dizia segurando a mão de Mark.- ele está respondendo bem- disse ele

Mark apenas piscava. Dei leves passos, e me aproximei. Quando Mark me viu, seus olhos encheram-se de lágrimas. E os meus tambem.

-Achei que você fosse me deixar de novo- sorri segurando sua mão. -Eu te amo tanto...- suspirei fechando os olhos deixando mais lágrimas caírem. Eu devo ter desidratado de tanto chorar, não sei como ainda posso ter lágrimas. Eu não queria chorar, eu estava feliz, mas como eu pedi por esse momento. Houve tantas noites nas quais eu passei em claro, em desespero, com medo de nunca mais ver esses olhos lindos do Mark. Tantas vezes não fiquei sentada nesse mesmo quarto, sussurrando varias vezes "acorda, acorda, acorda". Eu perdi as esperanças, uma parte se mim já havia se perdido. Porque sem ele eu não me sinto completa.

-Quando você acha que podemos tirar o tubo?- falei. Mark tentava apertar minha mão, mas seus dedos estavam trêmulos e ele nao conseguia.

Derek guardou sua lanterna no bolso do jaleco, e fez sinal para irmos para fora do quarto.

-Lexie ele ter acordado não significa que está fora de perigo. Ele está muito fraco e hipotérmico. A temperatura dele está muito baixa e sua pressão está 80x50. Eu não posso te dar esperanças- ele disse.

-Eu entendo...- abaixei a cabeça e voltei para o quarto. Callie continuava sentada ao lado de Mark. Sentei do outro lado, e acariciei seus cabelos. Eu percebi que seus lábios estavam sem cor, e ele não tinha força nem para segurar minha mão, ou virar a cabeça para me olhar. Eu pude ver lágrimas escorrerem de seus olhos, e isso causou uma tristeza em mim. Eu gostaria de poder falar com ele. Mas é um passo de cada vez.

***

~no dia seguinte~

Mark apresentou uma melhora significativa. Sua pressão arterial se estabilizou nessa madrugada, mas ele continua um pouco fraco. Derek está vindo fazer uma avaliação, enquanto não pode operar ele cuida dos pós operatório, e sua irmã se mudou para Seattle e está operando aqui.

Eu passei a noite aqui para variar. Mark ficou um tempo me olhando e acabou dormindo. Eu tambem dormi um pouquinho, e incrivel que foi minha melhor noite de sono desde o ocorrido.

-Boas notícias- Derek entrou sorridente- podemos tirar o tubo. Vamos colocar oxigênio no nariz.

Sorri, e Mark acordou ao sentir a enfermeira começar a tirar o tubo. Ele respirava com muita dificuldade, e melhorou quando colocou a canula de oxigênio em seu nariz.

-Achou...- ele suspirou e parou para tossir.

-nao fala nada...- sorri olhando seus olhos cheios de lágrimas.

-vou deixar vocês a sós. Bem vindo de volta amigão- Derek deu um tapinha no braço do Mark e saiu.

-nós vamos ter dois meninos- falei puxando uma cadeira para perto da cama-como você queria... Eu fiquei com tanto medo Mark- me aproximei de seu rosto dando um leve beijo em seus lábios.

-Estou aqui... eu não podia deixar nada acontecer com você Lex, eu não aguentaria- ele falou gaguejando com a voz rouca.-agora vai ficar tudo bem.- ele disse se ajeitando para o lado. Assenti com a cabeça e deitei na maca com ele, o abracei forte sentindo seu cheiro. Ele ficou enrolando meus cabelos em seus dedos, igual ele fazia antes de dormir na nossa casa todos os dias.


Notas Finais


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