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História West Coast - 01; devils


Escrita por: tonb

Notas do Autor


Até que não demorei, não é mesmo?
Quero deixar um big obrigada a todos que favoritaram/comentaram, fico muito feliz com esse feedback <3

Sem mais delongas, enjoy it!

Capítulo 2 - 01; devils


Fanfic / Fanfiction West Coast - 01; devils

POV DUFF

Após dirigir por mais algumas quadras enxergo há alguns metros de distância um letreiro em neon vermelho brilhante. Aperto os olhos na tentativa de conseguir ler o que estava escrito: Devil’s. Ok, eu definitivamente encontrei um bar.

Estaciono o carro e vou caminhando calmamente, já não tão nervoso, até a entrada do bar.

Por dentro o bar era bem simples, com algumas paredes em madeira e outras pintadas de branco, um balcão de tamanho mediano e alguns banquinhos altos para sentar, ostentando ao seu fundo prateleiras de vidro com diversas garrafas de whiskey, vodka, tequila, etc. No lado contrário possuía algumas mesas de madeira com cadeiras de igual material, ao fundo, possuía um palco, provavelmente para shows de strip tease ou então para as aventuras de alguma banda underground, em noites em que só o que o público quer é ouvir o bom e velho rock n’ roll.

Sento em um dos bancos dispostos em frente ao bar e faço um sinal para o rapaz que trabalhava ali, peço uma dose dupla de whiskey puro, eu realmente estava precisando de algo bem forte, e fico olhando para o meu reflexo no vidro que ficava por trás das garrafas em exposição, minha aparência nunca esteve tão péssima!

Logo a minha bebida chega e eu não tardo em dar o primeiro gole da noite, sentindo aquele líquido forte rasgando a minha garganta e me dando uma sensação de alívio momentâneo. Sorrio satisfeito, pelo menos por hora o álcool iria me ajudar a esquecer de todos os problemas.

Ainda com o copo em mãos resolvo virar o meu corpo para o restante do local e perco alguns instantes observando tudo a minha volta. Para um anoitecer de quarta-feira até que o Devil’s se encontrava bem movimentado: em uma das mesas de madeira havia um homem sozinho tomando uma dose de algo enquanto fumava seu cigarro, em outra mesa mais a frente, dois amigos dividindo uma garrafa de vodka e tendo uma discussão fervorosa – provavelmente sobre algum assunto banal -, já bem ao fundo do bar havia uma mesa com quatro garotas bebendo, rindo e falando um pouco mais alto do que o normal, uma delas direciona o seu olhar a mim e parece me reconhecer, soltando um sorrisinho de canto.

Retorno meu corpo a posição original e percebo que meu copo já se encontrava vazio, faço sinal ao rapaz, que logo pude perceber pelo seu crachá – que estava mais para um pedaço qualquer de papel amarelado preso a sua camiseta da Harley Davidson - se chamar Alex, e mais rápido do que pude prever meu copo se encontrava novamente cheio de Whiskey Cowboy, minha companhia da noite.

Dou mais um longo gole em minha bebida e sinto um leve toque em meu ombro, provavelmente a tal garota criou coragem para vir falar comigo.

- Sim? – falo enquanto viro o meu corpo novamente.

- Sr. Duff Mckagan, devo confessar que eu não estava realmente acreditando em meus olhos, mas agora vejo que é realmente você.

A garota soltou a frase com a maior desenvoltura, enquanto me lançava um olhar que pude classificar como extremamente sedutor. E bem, ela era realmente linda, possuía os cabelos longos, ondulados e castanhos, olhos de mesma cor e o corpo moldado por um pequeno e apertado vestido vermelho e sapatos em igual tom e extremamente altos – altos até demais para o meu gosto.

- Sim, sou eu mesmo – sorrio – e o seu nome é?

- Pode me chamar de Nikki.

- Muito prazer Nikki, eu sou o Duff. – falo enquanto ergo meu copo em um típico cumprimento.

- Eu sei muito bem quem você é Duff, eu sou sua fã número 1! - ela fala isso enquanto me lança um olhar de cima a baixo, dando uma leve mordida em seu lábio inferior, carnudo e desejável, muito desejável.

- É sempre bom conhecer uma fã – sorrio maliciosamente – você quer um autógrafo ou talvez uma foto?

- Não é bem isso o que eu quero de você – ela fala enquanto se aproxima um pouco mais de mim e coloca a sua mão direita levemente em cima da minha coxa esquerda – eu gostaria de ter algo seu, Sr. Duff Mckagan, que eu não fosse perder com o tempo, como aconteceria com um simples pedaço de papel ou uma foto, eu gostaria de algo mais inesquecível.

Ela havia sussurrado essa última palavra em meu ouvido esquerdo, e juro por Deus que todos os pelos do meu corpo se eriçaram naquele momento.
Agora seu rosto estava a apenas alguns centímetros do meu, tanto que eu podia até mesmo sentir sua respiração quente se misturando com a minha, seu hálito exalava a vodka, perfeita escolha. Era mais do que evidente o que a minha “fã número 1” queria de mim: sexo.

Coloco o meu segundo copo de whiskey já vazio em cima do balcão e tateio os bolsos da jaqueta jeans que vestia a procura dos meus cigarros, retiro um de dentro do masso logo o acendendo e o levando até a boca, dando uma longa tragada, a garota ainda me observava, prestava atenção em cada movimento meu, pude ver dentro dos seus olhos o quanto a espera por uma resposta, ou até mesmo uma atitude minha, a deixava ansiosa, e de certa maneira isso me agradava.

Nesse momento o bar já se encontrava um pouco mais cheio, ao fundo eu podia ouvir que pelas caixas de som, um pouco abafadas pelo som que saia da televisão ligada na MTV, ecoava Big Guns, do Skid Row, ela tinha canhões apontados para meu coração! Dei mais uma tragada em meu cigarro e no exato momento em que eu ia responder a proposta da garota, ouvi a voz de Axl Rose saindo da pequena televisão que ficava ao lado das bebidas, me virei mais do que rápido no banco e foquei os meus olhos nos dele.

“Sim, o baterista Steven Adler não mais faz parte da banda. Ele preferiu seguir a vida curtindo e dançando com o Mr. Brownstone, do que com o Guns n’ Roses”

Uma entrevista!

Sim, Axl já estava concedendo uma maldita entrevista a um jornalista qualquer da MTV, falando sobre a saída do Stee. Confesso que não sei ao certo o que senti naquele momento: raiva, tristeza, dor, vontade de chorar, vontade de socar alguém – e socar muito -, tudo o que sei é que naquele momento eu me encontrava chocado e de boca aberta, com o fogo do cigarro praticamente queimando os meus dedos devido ao seu fim.

Pude ouvir algumas exclamações vindas das pessoas que estavam no bar. O barmam se aproximou de mim, tão chocado quanto eu, denotando certa tristeza em seu olhar, e me alcançando mais um copo de whiskey e foi nesse momento que voltei a realidade, a minha mais nova realidade. Aceitei a bebida de suas mãos, lançando-lhe um sorriso triste, tomei-a em um único gole e lhe deixei grandes notas na mesa, tanto para pagar pelo consumido como também para agradecer pela sua empatia.

Levantei meu corpo em uma atitude um tanto brusca, Nikki ainda se encontrava parada na mesma posição e possuía os olhos castanhos embaçados pelas lágrimas, e posso dizer que esse foi um dos momentos mais tristes que já presenciei na minha vida. Acima de tudo ela era uma fã e o nosso dever principal era trazer alegria a vida dela, e não o contrário. Peguei rapidamente em suas mãos, sussurrei um me desculpe e lhe dei um beijo na bochecha, rumando apressadamente para a saída do Devil’s.

Nome bem propício.

Entrei correndo em meu carro e sai em disparada dali.

Droga! Droga! Droga!

Droga, Axl Rose!

Comecei a dirigir totalmente sem rumo, e um pouco acima do limite de velocidade, pelas ruas de Los Angeles, o meu nervosismo havia voltado com força total. Todas as estações de rádio em que eu já havia sintonizado estavam falando sobre a saída do Stee, mas que merda! Tudo o que eu queria era ficar um pouco distante de toda essa situação, mas aparentemente isso não seria possível, não mais. Desligo o rádio rapidamente e começo a cantarolar baixinho uma música qualquer de punk rock, apenas para manter o meu cérebro ocupado e centrado – tentativa que me pareceu totalmente falha -. Após mais uns trinta minutos de cantoria e direção sem rumo, começo a voltar ao meu normal e quando dou por mim, lá estava eu.

Naquela rua.

Na frente daquela casa.

Me peguei sorrindo abertamente, estranho como as coisas funcionam não é mesmo? Resolvi estacionar meu carro e descer, naquele momento eu não tinha muitas coisas a perder então tentar a sorte me pareceu realmente uma excelente ideia. Bem, por um breve momento me pareceu uma ideia maluca, mas resolvi ignorar o meu lado um pouco mais racional e seguir com o pensamento de “excelente ideia”.

 Fui caminhando lentamente até a frente da casa pintada em algum tom de cinza claro e porta de cor marrom. Subi vagarosamente os degraus existentes em frente a porta e toquei a campainha na espera de que aquilo que eu acreditava fielmente ser a solução de todos os meus problemas aparecesse.

E então a porta foi aberta, e ela apareceu.

- Olá Isabel. – eu disse com um pequeno sorriso de canto.


Notas Finais


And now what?


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