POV Rafael
O dia tão temido havia chegado. Isabella estava visivelmente abatida, seus olhos inchados mostravam o quanto ela tinha chorado na noite anterior.
Consegui resolver tudo com a escola, fiz algumas provas e fui aprovado no ensino médio duas semanas antes que os demais alunos. Tudo estava nos conformes, menos o meu coração. Porque eu estaria deixando um pedaço de mim aqui e essa dor provavelmente nunca passaria, mas desistir de ir já não era mais uma opção.
- Só mais nove horas e vinte e quatro minutos – Isabella disse ainda olhando para o relógio
- Quero te levar em um lugar antes de ir... – Respondi e lhe dei um beijo no ombro
- Onde?
- Numa praia onde não vai praticamente ninguém – Sorri e ela me olhou com os olhos semicerrados como se dissesse “safado”
- Vamos então, mas e seus amigos, não vai ficar com eles hoje? Sei lá é o último dia né
- Não, eu já me despedi deles ontem a noite
- Ta vou colocar meu biquíni lá em cima e avisar meus pais – Me deu um selinho demorado e subiu as escadas em direção ao quarto
- Tuti, é verdade que voxe vai embola? – Nina surgiu da cozinha com um doce nas mãos e com o rosto todo lambuzado de chocolate
- É sim minha princesa... vou pra bem longe, mas prometo que venho te ver o quanto antes
- A Bella cholou – Afirmou fazendo carinha de triste e eu concordei – porque voxe vai ir pra bem longe?
- Porque ele ta correndo atrás dos sonhos dele maninha! Ele vai estudar e trabalhar num lugar bem legal – Isabella apareceu atrás do sofá com um sorriso no rosto e me abraçou por trás
- Isso mesmo Ninoca! E vê se não esquece de mim, hein?
- Plometo!
- Vai lá lavar esse rosto Nina! A mana vai sair agora, e o Rafa quer se despedir de você antes de ir.
Quando Nina retornou a sala demos um abraço apertado e eu disse que sentiria sua falta. Fui até o andar de cima me despedir dos meus sogros e por incrível que pareça seu Gael não parecia feliz com minha partida.
(...)
- Amei esse lugar! – Isabella disse assim que chegamos na praia – parece exclusivo, não tem ninguém mesmo! – Animou-se e começou a correr pela areia
- Vamos cair na água? – Perguntei tirando a camiseta e ela parou de correr e voltou para perto de mim – não vai tirar a roupa?
- Vou, só tava gravando bem o teu rosto – Sorriu e tirou a blusa e o shorts que usava
- Vem – Me agachei para que ela subisse nas minhas costas e assim ela fez. Corri para o mar e demos gritinhos ao constatar que a água estava muito gelada. Mergulhamos, jogamos água um no outro, apostamos corrida, mas Isabella estava tremendo – sua boca ta quase roxa! Quer sair? – Perguntei passando os dedos nos seus lábios trêmulos e ela negou
- Só me beija – Disse séria e me puxou pela nuca.
Selei nossos lábios com calma, mas Isabella estava agitada e tornou o beijo mais agressivo. Era como se não precisássemos do ar naquele momento, ou pelo menos não ligássemos para a falta dele. Desci minhas mãos para sua bunda e num impulso ela entrelaçou suas pernas no meu quadril. Aquele beijo me deixou excitado, aliás só a imagem de Isabella de biquíni e molhada já era o suficiente para me deixar nesse estado. Fui caminhando até a areia carregando Isabella e a deitei na toalha que tínhamos deixado no chão, por sorte não ventava e o dia estava lindo. Olhei para os lados para verificar se realmente não tinha ninguém e ao confirmar voltei a olhar para Isabella, que em nenhum momento desviou os olhos dos meus. Me deitei sobre ela e voltei a beijar seus lábios com muita vontade, eu estava louco de tesão e ela sabia disso, pois estava do mesmo jeito. Soltou as tiras do biquíni e revelou seus peitos maravilhosos, não perdi tempo e comecei a chupar um deles enquanto apertava o outro.
- Eu amo quando você faz isso – Disse com a voz arrastada quase gemendo e eu mordisquei o bico do seu seio fazendo com que ela se arrepiasse e me prensasse contra sua intimidade
- Você me deixa louco branquela – disse e voltei a distribuir mordidas pelo seu corpo sentindo o gosto salgado da água do mar misturado com a doçura da sua pele
- Rafa... – gemeu quando eu beijei a parte interna de suas coxas. Abaixei a parte de baixo do biquíni e lambi sua intimidade. Penetrei minha língua devagar, enquanto ela se remexia querendo me aproximar mais – vai logo – Pediu e eu tirei minha cueca, afastei ainda mais suas pernas e passei meu pênis na sua entrada – RAFAEL! – Gritou indignada e eu ri
- O que foi, amor? – Perguntei debochado
- Não tortura... – Pediu mordendo os lábios – mete com força, vai – Ahhh ouvir Isabella dizer isso tendo aquela visão do paraíso era demais pra mim. Fiz o que ela pediu e soltamos um gemido alto com a sensação. Voltei a beijar seus lábios enquanto entrava e saia de dentro dela com facilidade, já que ela impulsionava seu corpo pra frente e pra trás, me ajudando nos movimentos. Atingimos o ápice e ficamos nos encarando e sorrindo, até Isabella corar.
- Porque você ainda tem vergonha de transar comigo? – Perguntei saindo de dentro lado e me deitando a seu lado
- Eu não tenho vergonha de transar com você... eu fico constrangida por estar tão exposta, entende?
- Não, mas tudo bem – Eu disse e ela riu – ta com fome?
- To!
- Então vamos lá pra casa que vou preparar algo pra gente – Levantei e puxei ela.
(...)
Chegamos no aeroporto uma hora antes do meu embarque. Meus pais, Francisco, Amanda e Isabella foram comigo. Todo mundo estava meio tenso, acho que a ficha finalmente tinha caído para eles. Isabella estava bem distraída, ficava olhando a todo tempo para o meu rosto, mas não dizia nada.
Na minha cabeça o pensamento de desistir vinha com muita força, mas eu não podia fazer isso. Até porque mesmo que eu desistisse Isabella já havia me dito que não conseguiria conviver com a culpa, então de nada adiantaria. Respirei fundo, tomando coragem para começar as despedidas.
- Você ta bem? – Perguntei baixo para que só Isabella escutasse
- Não... eu queria mais tempo com você. Não estou pronta pra te perder – Disse e as lágrimas começaram a cair sobre suas bochechas rosadas
- Ei, você não vai me perder, a gente vai continuar se falando Bella...
- Eu sei, mas não é a mesma coisa e agora você acabou tudo comigo eu não sei como vai ser, eu não vou conseguir – Abracei ela e fechei meus olhos para conter o choro
- Você vai conseguir sim. Isso é o melhor pra nós... mas você sabe que é só me dizer pra ficar que eu fico, não é? – Minha voz já saia embargada
- Nem pense nisso, você vai correr atrás dos teus sonhos... se for pra gente ficar junto o destino vai dar um jeito – Secou as lágrimas colocando um pequeno sorriso nos lábios
- Você precisa me prometer que não vai ficar presa a mim, eu não quero trancar a tua vida Isabella – Disse o mais firme que consegui e ela soltou um suspiro
- Eu prometo... tentar – Selou nossos lábios demoradamente – mas eu amo você
- Eu também te amo. Só tenho que te agradecer por tudo, tudo mesmo. Vou sentir falta até das nossas brigas – Ri um pouco e ela me acompanhou concordando – você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida branquela, só quero o teu melhor. Corra atrás dos teus sonhos também, invista em você, se descubra, ta bom?
- Ta bom, obrigada – segurou firme na minha mão – você sempre poderá contar comigo...
- Eu sei, e você comigo – Afirmei e beijei sua testa.
Me despedi da minha família e de Amanda, que se tornou uma grande amiga, além de cunhada. Me aproximei de Isabella mais uma vez, abracei ela forte com vontade nenhuma de soltar. Porque tinha que doer tanto?
- Amo você, boa viagem e arrasa lá babaca – Disse sorrindo e eu a beijei uma última vez. Talvez tenha sido o beijo mais carinhoso que trocamos, porque ali cabia toda a saudade e dor antecipada. Eu sabia como isso deveria estar doendo pra ela, já que ela odiava despedidas, mas era algo necessário, uma última lembrança boa antes de ficar tanto tempo afastados.
- Tchau branquela, eu te amo muito. Se cuida! – Me afastei e abanei para todos, entrei na sala de embarque e a última imagem que tive foi Isabella se jogando nos braços de Amanda e de meu irmão aos prantos.
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