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História What Could Have Been Love - Don't walk away, Pauline


Escrita por: kaats

Notas do Autor


Obrigada pelos favoritos e comentários...espero que gostem desse capítulo. <3

Capítulo 12 - Don't walk away, Pauline


- Alô? – Grace atendeu a ligação já no quinto toque, e ela tinha uma voz estranha.

- Oi. – eu sorria feito um bobo através do telefone.

- Ah, oi Henry?

- Está tudo bem?

- Está sim. – ela respirou fundo. – Eu só estou com mil coisas da escola para fazer.

- Entendi. Eu te liguei para saber se você quer dormir aqui em casa hoje? A gente pode ir jantar no restaurante da última vez e você passa a noite aqui. – na verdade eu pouco me importava com o jantar, eu estava mesmo com segundas intenções com ela e queria finalmente fazer o que deveria ter feito na semana passada.

- Hoje não vai dar.

- Por que? – eu fiquei um tanto chateado.

- Eu tenho que terminar de corrigir algumas coisas das crianças e preparar. – ela respirou fundo. – Podemos deixar para amanhã? Esses dias são complicados para mim Henry.

- Tudo bem.

- Me desculpe, está bem? Eu queria muito menos dormir com você hoje, mas é meio complicado.

- Não se preocupe Grace. – eu ia sugerir em ir para a casa dela, mas talvez eu devesse dar um espaço para ela. – Vou desligar e não te atrapalhar mais.

- Eu te ligo mais tarde ursinho. Beijo.

- Está bem, beijo.

Desliguei a ligação e me senti meio irritado, o trabalho dela era diferente do meu e eu tinha de entender isso, mas eu a queria mais que qualquer coisa e isso me deixou frustrado. Eu olhei no relógio e ainda eram três da tarde, resolvi que a única coisa que eu poderia fazer era ir malhar e depois arrumar algum lugar para comer.

Quando voltei para a minha casa horas mais tarde depois de malhar e comer, vi que meu telefone tinha algumas mensagens de um número que eu não conhecia e todas elas diziam para ligar para Pauline, eu fiz isso no mesmo instante e para minha surpresa ela atendeu, estando um pouco mais alegre do que costumava ser, pelo menos comigo.

- Pauline?

- Henry, mi amooooor... – eu ouvi ela dar uma risada divertida.

- Aonde você está?

- Acho que estou no bar ao lado da cafeteria, mas eu não tenho tanta certeza assim.

- Diego está com você?

- Ai, quem é Diego? – ela deu uma risada forçada e gritou alguma coisa que eu não entendi para alguém.

- Não sai daí está bem? Estou indo te buscar. - não demorei mais nada, peguei as chaves do carro e corri para ir atrás dela.

Quando cheguei no bar encontrei Pauline sentada no colo de um cara qualquer, ela tinha um copo de tequila na mão e um pedaço de limão na boca, eu sabia o que ia acontecer ali e não pude evitar de ir até os dois, tirando ela do colo do cara.

- Você não vai fazer isso. – eu a fui afastando, mas de alguma forma ela jogou o líquido do copo na minha boca, fui obrigado a beber e tirar com minha boca o limão da dela, o corpo dela estava bem colado ao meu e eu tive a impressão de que ela tentou me beijar. Em outras circunstâncias isso teria sido bem sexy.

- Você esqueceu o sal. – ela abriu um sorriso sapeca depois de tirar a minha boca da dela e eu cuspi o pedaço de limão na mão que não a estava segurando.

- Eu odeio tequila Pauline. – coloquei o limão, o copo e duas notas de 100 libras no balcão. – Então você deveria agradecer por eu ter livrado você de uma dst ou coisa pior.

- Quer que eu beije seus pés por isso? – ela ficou nas ponta dos pés e tentou sussurrar em meu ouvido. – Ou então beije seu... – ela deu uma risadinha e colocou a mão no meio das minhas calças, ela sentiu que alguma coisa estava diferente naquela região. - ...acho que dessa vez vai funcionar.

- Chega, vamos para casa Pauline. – eu retirei a mão dela do meio das minhas pernas. - Consegue se lembrar o endereço da sua casa para me ajudar?

- Minha casa? – ela deu uma gargalhada. – Ai, essa é boa Henry.

Ela não estava em seu juízo perfeito e eu soube que não me daria nenhuma informação útil, o jeito foi levar Pauline para a minha casa. Quando chegamos ela estava dormindo e eu resolvi preparar um café para ela depois de deitá-la na minha cama.

Assim que o café ficou pronto eu fui até o quarto e ela continuava dormindo, eu fiquei com dó de acordá-la e resolvi deixa-la ali. Pauline era esquisita dormindo, a boca era meio aberta e eu pude vislumbrar um pouco de baba, mas aquilo aos meus olhos pareceu fofo, talvez fosse pelo fato de nunca ninguém ter sido tão natural assim comigo. Sai, fechei a porta do quarto e depois fui para a sala. Sentei no sofá, mandei uma mensagem de boa noite para Grace e depois fiquei assistindo tv por algum tempo até pegar no sono.

Fui acordado algumas horas depois com Pauline tocando meu braço como se verificasse se eu estava vivo ou morto. Os olhos escuros dela me fitavam e eu percebi que ela tinha tomado banho porque o cabelo estava molhado e ela tinha cheiro de shampoo e sabonetes.

- Você está cheirando a homem. – eu passei a mão no meu rosto e me ajeitei no sofá.

- Estou cheirando a você, usei seu sabonete e shampoo. – ela sentou ao meu lado e eu vi que estava usando uma blusa minha. – E sua blusa, espero que não se importe. – eu me importava porque Grace havia usado aquela blusa e estava com o cheiro dela, mas eu não estava com cabeça para começar uma discussão naquele momento.

- Não. – menti e passei a mão pelos cabelos. – Vem, vamos tomar um café.

Eu me levantei e Pauline fez o mesmo me seguindo em direção a cozinha, aonde eu coloquei o café para esquentar e ela me olhava fixamente, tinha algo a mais no olhar dela que eu não consegui identificar.

- O que foi?

- Acho que eu devo te agradecer por ter me tirado de onde eu estava. – ela ficou meio sem graça e se sentou na ilha da cozinha. – Obrigada Henry.

- Acho que estamos quites agora.

- É, acho que sim. – eu olhei para os mamilos dela que estavam aparentes através da camiseta escura. – Ou, a minha cabeça é aqui em cima! – ela apontou para o rosto.

- Desculpe. – eu lancei um sorrisinho para ela e virei para pegar as canecas. – Eu teria te deixado na casa do Diego, mas você não quis me passar o endereço.

- Diego me expulsou de casa. – assim que ela disse isso eu desliguei o fogo e virei para encará-la.

- Como?

- Ele não me ‘expulsou’. – ela fez aspas com os dedos. - É que o livro que você me deu me deixou em apuros.

- Não entendi. – eu realmente não entendi o que ela me disse e passei a colocar o café nas duas canecas.

- Neruda não é o tipo de livro que você dá para qualquer um Henry, só se alguém é muito especial. – ela bufou. – Ele acha que você está apaixonado por mim. – eu pude ver algumas lágrimas se formando nos olhos dela. – É ridículo, eu sei, mas ele viu suas mensagens constantes e também soube que você foi na casa dele, então ele...

-...você quer que eu fale com ele? – eu me aproximei e me coloquei entre as pernas dela.

- Eu não sou a Grace que precisa de ajuda com o namorado. – ela foi ácida. – Além do mais ele não vai me aceitar de volta, ele disse que passou tempo demais afastado de mim e que seria injusto cobrar de mim o mesmo amor que eu sentia dois anos atrás, e mais injusto ainda seria achar que eu não despertaria o interesse em alguém ou mesmo me apaixonaria.

- Você está apaixonada por mim? – eu a encarei, Pauline analisava o meu rosto e se ela não tivesse acabado de voltar da bebedeira eu podia jurar que ela havia congelado com a minha pergunta.

- Claro que não Henry! Você não faz o meu tipo.

- Por que? Eu sou bonito demais para você?

- Você tem cérebro de passarinho. – ela colocou a mão nos meus cabelos e os bagunçou. – Gosto de homens intelectualizados, não é o seu caso amor.

- Assim você me magoa. – eu fiz um biquinho e ela colocou os braços em volta do meu pescoço.

- Se você não estivesse com a Grace iria servir para outras coisas, mas não para namorar.

- Achei que o trato fosse só uma vez. – eu coloquei as mãos ao lado do corpo dela.

- Eu levei um pé na bunda, estou muito chateada, então qualquer um serviria para curar meu coração partido.

- Obrigado pelo ‘qualquer um’. – acho que meu tom saiu chateado porque ela abriu um sorriso, me deu um beijo no rosto e começou a fazer carinho na minha nuca, estava muito gostoso e eu não queria que ela parasse. - Eu posso fazer alguma coisa por você? – eu falei em quase um sussurro.

- Só me abraça Henry. – eu a abracei de maneira forte, senti a curva do meu pescoço ficando molhada e eu soube que ela estava chorando.

- Pauline, por favor, não fica assim. – eu tirei ela de cima da ilha e ela entrelaçou as pernas na minha cintura, em outro momento aquilo seria sensual demais, mas eu não podia me aproveitar daquele momento, eu estava com Grace. – O Diego era um babaca, ele trocou você por outra garota. – eu estava carregando ela de volta para o quarto.

- E dai? – ela falou com a cabeça ainda no meu ombro. – Faz dois anos que isso aconteceu, ele mudou.

- Você gosta tanto dele assim? – eu entrei no quarto ainda a carregando.

- Você gosta tanto da Grace a ponto de brochar com ela? – eu a joguei na cama depois que ela disse isso.

- Não desconte seu namorado inseguro em mim. – dessa vez eu fiquei irritado com ela.

- Você me provocou.

- Eu só perguntei se você gostava tanto dele assim, não precisa me atacar.

- Meu relacionamento mal começou e acabou por sua culpa Henry, fora que eu fiquei sem casa e provavelmente vou parar com os estudos que eu mal comecei.

- Quanto ao seu ‘relacionamento’... – eu fiz aspas com as mãos e me sentei ao lado dela. - ...eu posso falar com o Diego.

- Que droga, não quero que você fale com ele Henry.

- Posso te arrumar uma casa então? – eu olhei para ela que tinha o rosto avermelhado e a minha camiseta estava bem acima das coxas dela mostrando parte da calcinha.

- Eu não tenho dinheiro para pagar e não quero te dever favor.

- Me sinto mal por ter feito você perder a casa e odiaria que você parasse seus estudos. – eu peguei na mão dela e dei um beijo, precisava desviar a minha atenção dela. – Você pode morar aqui comigo Pauline.

- Que?

-- Até você se estabilizar. Londres é cara e... – eu dei uma boa olhada nela que com certeza a deixou desconfortável. - ...aonde você está morando?

- No escritório da cafeteria.

- Você não pode ficar lá Pauline.

- Ou é isso ou voltar para a minha casa, o que no momento tem sido a melhor opção. – eu fiquei um pouco chateado ao ouvir isso. – Talvez voltar para Barcelona, ir morar com meus pais, arrumar um emprego dec...

- Fica aqui! – eu a interrompi. -  Meu apartamento é bem grande, você pode ficar em um dos quartos.

- E quanto a Grace? O que você acha que ela vai pensar dessa história?

- Não acho que ela vai se importar com isso. – eu deitei na cama e ela deitou ao meu lado. – E vai ser legal ter a possibilidade de sexo a três.

- Você não dá conta de uma, acha que vai conseguir duas?

- Ei, quer parar de zombar do pequeno problema que eu tive? – eu belisquei a barriga dela. – Acho que eu dei uma demonstração que funciona.

- Eu sei que sim... – ela abriu um sorriso lateral. - ...mas é bom brincar com o seu ego frágil.

- Cala a boca. – eu apertei o nariz dela dessa vez. – Vai morar aqui então?

- Estou me sentindo folgada aceitando isso.

- É de bom grado Pauline e além disso eu vou ter a chance de ver você seminua por ai, além do sexo a três. – eu insisti nessa possibilidade.

- Não vai rolar se eu ficar aqui.

- Espera, o sexo ou te ver seminua?

- Vou deixar no ar. – ela piscou para mim e eu entendi o que ela quis dizer.

- Eu devia ter feito essa proposta antes. – eu dei risada e ela balançou a cabeça. - Então, sim ou não?

- Está bem, mas é por pouco tempo.

- Amanhã a gente pega suas coisas. – eu olhei para ela e depois encarei o teto. – Posso te fazer uma pergunta? É meio pessoal.

- Pode.

- Como era transar com o Diego? Eu sei que parece uma pergunta estranha, mas é que eu nunca transei com alguém que eu realmente amo, então queria saber se é diferente.

- Sexo é bom. – ela virou e ficou encarando o teto. – Você tem plena consciência disso, mas fazer amor é diferente. Você não se importa muito com desempenho, só quer dar mais do que receber. Aquelas coisas de transar no lustre não fazem muita diferença, claro que é bom, mas não importa muito. Olho no olho é muito mais gostoso.

- É sério isso? Nada de posições esquisitas.

- É mais do que posições esquisitas. – ela tocou no meu ombro e deu uns tapinhas. – Você vai entender quando transar com a Grace.

- Eu te conto se foi tudo isso.

- Não quero detalhes, muito obrigada. – ela me deu um beijo estalado na minha bochecha. – Eu preciso ir deitar agora. – ela fez que ia levantar e eu a segurei pelo braço.

- Seria muito pedir para você dormir comigo?

- Seria. – ela ficou me encarando.

- É só deitar do meu lado, sem beijo, sem abraço, sem carinho nenhum. – eu fiz um biquinho e ela ficou me analisando por um tempo, depois fez uma cara estranha, fechou os olhos e respirou fundo.

- Melhor não. – ela se soltou e levantou.

- Está com medo de não resistir Pauline?

- Acho bom você começar a pensar se está mesmo apaixonado pela Grace.

- Eu amo a Grace, você sabe disso.

- Se amasse mesmo acho que você não estaria me fazendo propostas desse tipo. Boa noite Henry.

Pauline saiu sem me dar a chance de responder, na minha cabeça eu não havia feito nada errado, mas talvez eu devesse começar a prestar atenção no que eu fazia antes que fosse tarde demais e eu colocasse em risco minha relação com a Grace.



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