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História What is love? - Fillie - Cap.04 - Goodbye Luany


Escrita por: MillsWolfhardBr

Notas do Autor


Triste estou, é isto...

Capítulo 4 - Cap.04 - Goodbye Luany


Fanfic / Fanfiction What is love? - Fillie - Cap.04 - Goodbye Luany

Pov. Finn

New York, 16:17 

Angustiado e desnorteado, corro pelos corredores brancos do hospital, não estava nem aí se eu estava encharcado pela chuva ou esbarrava nas pessoas, preciso ir ver minha tia, já tinha informado todos os meus dados para a mulher da recepção e ela me informou que minha tia está no necrotério que fica no terceiro andar.

Seguro-me nas paredes, estou meio tonto e enjoado, comi muito no café e quero botar tudo pra fora. Uma enfermeira aparece perguntando se estou bem e apenas confirmo com a cabeça. Entro no elevador e aperto no botão que me levará aonde eu quero. 

A porta do elevador se abre e eu corro como nunca corri antes, não sei de onde tirei tanta energia, estou aflito, chorando, estou desesperado, ainda não acredito que minha tia, que minha doce tia Lua, que sempre quer o bem de todo mundo, que adora livros e que sempre me ajudou está, está….escuto uma voz me chamando, me viro e não tem ninguém atrás de mim, Jesus Cristo é você querendo me levar também? 

Fico parado no meio do corredor, é tudo muito branco e tem várias portas azuis, olho ao redor mas não vejo ninguém, me viro e então vejo um homem alto, branco de olhos bem azuis, seu cabelo é loiro e enrolado, ele tem uma prancheta em mãos e está vestindo um jaleco branco.

-Jesus Cristo! - falo sem pensar ainda meio assustado

-Não, sou o doutor Jerry, você deve ser Finn Wolfhard certo? - ele se aproxima e eu desconfiado confirmo - não se assuste, sou responsável pelo necrotério e quem pediu que o ligassem - fala e estende a mão, com minhas mãos suadas e trêmulas o cumprimento - me acompanhe filho - fala retirando a mão e sai andando, vou atrás.

Ele para em uma sala que diferente das outras não é azul e sim vermelha, no meio tem uma placa de vidro escrito “Necrotério”, essa palavra me deu calafrios. Ele insere um cartão magnético perto da maçaneta e a porta se abre automáticamente. Assim que se abre sinto um frio intenso e meu corpo estremece, céus, está um gelo aqui dentro

Jerry se aproxima de mais um homem, mais novo, aparenta ter uns 20 e poucos anos e veste uma roupa azul marinho, máscara e luvas, fico parado onde estou, observo a sala fria com atenção, paro minha atenção em uma cama com um corpo,um lençol verde está por cima, arrepio-me por inteiro. 

-Venha - ele chama e eu o encaro, o homem mais novo me encara também. Me aproximo o suficiente, Jerry e o outro homem de um lado e eu no outro, a cama no meio. - Podemos? - ele pergunta e eu mordo meu lábio inferior aflito, confirmo com a cabeça - Willian por favor - o médico fala ao mais novo que confirma com a cabeça. 

Willian retira o tecido até o ombro do corpo, suspiro e então deixo com que as lágrimas invadam meu rosto. Lá estava ela, pálida, com o cabelo úmido penteado para trás, está de olhos fechados, e há vários machucados em seu rosto, retiro seu braço debaixo do tecido vendo vários cortes finos e hematomas, ela está tão gelada, pego sua mão e a aperto.

Sinto meu rosto queimar, as lágrimas caem desenfreadamente, passo meus dedos delicadamente sobre seus cabelos e fecho meus olhos. 

-Ô tia lua - falo com a voz falha e o homem suspira - O que aconteceu doutor? - falo abrindo meus olhos, olho fixo para o rosto de titia que parecia que estava em um sono profundo. 

-Finn, sua tia sofreu o acidente durante a tempestade, ela passou por uma curva muito perigosa e perdeu o controle do veículo, o carro derrapou de um barranco e ela faleceu instantaneamente. Um motorista de caminhão que vinha atrás viu tudo e ele que nos chamou, o carro e o corpo foram encontrados próximo a EF Academy New York High School - merda, ela estava próxima a minha escola, começo a negar com a cabeça ainda chorando - eu realmente sinto muito filho - Jerry termina e eu o encaro mas não falo nada, não consigo.

Encaro novamente titia e dou um beijo em sua testa tão gélida, respiro fundo e a abraço, meu corpo estremece pela frieza, chego bem perto de seu rosto e a encaro uma última vez, limpo minhas lágrimas e respiro fundo. 

Luany Wolfhard, uma mulher linda, determinada, alegre, minha tia que sempre zelou e cuidou de mim, tão cheia de vida, e agora, morta, sei que está em um lugar melhor pois ela sempre teve muita fé, e se existe mesmo um Deus, sei que ela está com ele agora. 

-Adeus tia Lua, eu amo você - sussurro em seu ouvido e me distancio. 

Saio daquela sala e daquele hospital sem dizer uma palavra, fiz o sonho de titia, ela sempre me falava que se morresse queria servir de material para estudos em um hospital, pelo menos isso eu pude fazer por ela. 

 

Escute “If you want love - NF” 

Em choque caminho até minha casa, é um pouco longe, mas não me importei, apenas precisava caminhar, sentir o vento frio em minhas bochechas, as pessoas me olham com cara de preocupação mas eu não ligo. 

Entro em casa vendo suas coisas, o cheiro de seu perfume doce ainda exala o cômodo, fecho meus olhos lembrando da última vez que a vi com vida, escuto em meu pensamento o seu último “eu também amo você”, e posso ainda ouvir o som da sua risada, merda tia, cambaleando caminho até o banheiro, me encaro no espelho e estou em ruínas, olheiras, pálido, mais magro que o normal, cabelo grande, só não cresce barba, me encaro e então eu sem ter forças mais, desabo. 

Começo a chorar como uma criança com o joelho ralado, sabe o tipo de choro com soluço? Eu estou assim, caio de joelhos no chão e coloco minhas mãos em meu rosto, meu coração está mais acelerado que o normal e eu sinto que estou tremendo, me deito no chão gelado do banheiro e encaro o teto ainda chorando. 

Eu não aguento mais! Minha família, minha alma, minha tia! Eu não tenho mais forças, eu não consigo mais continuar, eu não quero mais conviver com essa dor, o que eu quero fazer agora é cortar meus pulsos de uma forma tão funda a ponto de separar pele e braço. 

É isso! Minha dor acabará de vez e eu não sofrerei mais, sim, basta dois cortes, um em cada pulso, sem erro, sento-me, e encaro a banheira em minha frente, desvio minha atenção ao armário e me levanto soltando um gemido de dor, meu corpo inteiro dói, abro e vejo uma caixinha de lâminas, respiro fundo encarando fixamente as lâminas tão brilhosas e chamativas. 

Retiro minha roupa úmida e coloco uma mais quentinha, entro na banheira, olho para o meu celular na pia e o pego, sem mensagens ou ligações, coloco no chão e encaro fixamente o pequeno objeto metálico em minha mão, suspiro fundo e fecho meus olhos. É isto, mamãe papai, Nick e tia Lua, estarei em breve com vocês.

 


Notas Finais


Ai meu Deus Finn, por favor não faça isso!


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