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História What is love? - Fillie - Cap. 40


Escrita por: MillsWolfhardBr

Notas do Autor


Nesse capítulo será necessário a música

-Nightcore - Surrender / Natalie Taylor (Male Version


Bom capítulo!

Capítulo 41 - Cap. 40


Pov. Millie

O restante do mês se passou voando. Semanas em que minha vida anda estranhamente bem, semanas essa em que problemas envolvendo o nome “Jacob” não me pertuba

Nessas ultimas semanas antes de chegar Dezembro, muita coisa aconteceu. Pra começar David e Win estão namorando, ele a pediu justo em uma quarta-feira, dia em que ela faz uma sessão espirita, foi engraçado, pois ele chegou bem na hora em que ela estava gritando com uma voz grave, bem, em um relacionamento não pode haver segredos né, e ele viu a parte mais assustadora dela

Sophia e Jaeden terminaram, é, fiquei triste com a separação dos dois, mas aconteceu que os pais de Sophia arrumaram um emprego melhor em Chicago e então tiveram que se mudar, Jaeden ficou bem triste, ainda está, e eu com Finn o ajudamos nesse processo, no final ele apenas desejou que a vida dela fosse repleta de alegrias e ela desejou o mesmo, terminaram de forma madura e clichê, pois se beijaram no aeroporto e então ela se foi, mas prometeu nos visitar no Natal ou no ano Novo, ela ainda irá decidir com seus pais

Gaten e Lizzy conseguiram receberam a carta de admissão no Instituto de Tecnologia de Massachusetts, em Cambridge, os dois ainda terão muito sucesso com esse ramo nerd que tanto amam.

Sadie recebeu sua carta também, foi aceita em Harvard e obviamente ficamos todos felizes, ela ficou tão feliz que mandou fazer um bolo com a carta estampada em cima. Caleb foi aceito na Ucla, sim, na Universidade da Califórnia em Los Angeles, o casal irão para faculdades diferentes e em lugares diferentes mas disseram que não vão desistir deles, e que o amor só irá crescer e crescer, o que é lindo, eles são um casal lindo, Cadie é perfeito.

Eu, Noah, Finn, Jack e Jaeden ainda temos o ano que vem inteiro pela frente, até lá vamos indo juntos, para quando chegar essa época ficarmos felizes por entrarmos em alguma faculdade dos sonhos.

Iris também recebeu sua carta, ela foi aceita na Universidade de Oxford, vai cursar direito lá, o que eu amei, e desejo todo sucesso a ela, e Louis, ele ainda não recebeu sua carta, mas sei que quer cursar em Stanford e sinceramente, inteligente do jeito que ele é, sei que irá entrar.

E sobre Jacob? Nunca mais soube dele, para ser sincera parece até que ele sumiu do mapa. Bem...as investigações continuam de pé, e mamãe ordenou que só nos contatassem quando o pegarem. Concordei com ela, pensar, comentar, falar sobre esse garoto me faz mal. Tudo o que sei sobre ele é sua família, após as notícias sobre o Sartorius mirim saiu em todos os canais internacionais e nacionais, o ramo político de seu pai Rolf caiu drasticamente e os dois saíram daqui de Seattle, soube isso por Iris, que ainda mantinha contato com Patricia Sartorius, a mãe do embuste.

E meu relacionamento com Finn? Bem....estava indo bem, até começar a brigarmos. As vezes brigamos por motivos bestas, e outras vezes brigas mais sérias, como a nossa primeira briga feia, e o motivo? Um motivo inútil, que eu odeio aliás, ciúmes, isso está me incomodando muito, ele tem ficado ciumento demais e eu não gosto, não gosto de ter que sair com alguém e ter que ficar dando explicações de onde eu estava e tudo mais, isso cansa.

Louis e Sadie foram convocados para a organização do baile, que ganhou como tema o meu, “baile de gala”, assim que todos souberam qual seria o tema ficaram animados, e Louis me pediu ajuda para a confecção de cartazes, decoração, enquanto Sadie e Caleb cuidam da comida, músicas e essas coisas. Louis é um dos meus melhores amigos, e óbvio que eu não neguei, e sei como essas coisas demoram pra ficarem tudo perfeito, estou saindo praticamente todos os dias depois da aula para sua casa e então de lá vamos aos lugares comprar ou alugar as coisas, pelo menos o dinheiro não sai do nosso bolso e sim do governo

Só que, como o tema é “baile de gala” a decoração envolve a época antiga, o que é muito, muito difícil de se encontrar, e acabamos demorando demais, e isso tem incomodado Finn, até demais, mesmo eu falando que tudo o que estamos fazendo é pelo baile.

Entendo que Finn possa não gostar muito, mas não precisa ter tantos ciúmes assim, poxa, ele tem que confiar em mim não é? Finn não deveria ser tão inseguro quanto ao meu amor, e já devia ter entendido isso...

 

*Flashback On*

 

1 semana antes

 

-Aonde estava? – é a primeira coisa que Finn fala ao me ver entrar em meu quarto, estava exausta, passei o dia fazendo cartazes e saindo pra comprar materiais com Louis e tudo que eu desejava era a minha cama

-Oi pra você também – digo e retiro meu casaco o colocando em uma cadeira, são 20:00 e eu estou morrendo de sono

-Oi, agora me fala, aonde esteve que não me deu sinal de vida?

-Finn, meu celular descarregou, e ficou carregando na casa de Louis, eu te falei que iria pra lá depois da aula

-Ah claro – fala e posso perceber irônia em sua voz – carregando por oito horas Millie?

-Eu não tive tempo de pegar Finn, estava ocupada

-Ocupada? – ele ri – ocupada com o que Millie? Ocupada com Louis né?

-Pera aí? Oi? Está insinuando que porra Wolfhard? – sinto meu sangue ferver aos poucos mas tento me manter calma, ele me olha de canto irritado e caminha até a janela – puta que pariu eu não posso acreditar – rio – é sério isso? Acha que eu estava trepando com Louis?

-Não foi isso que eu disse...

-MAS FOI O QUE PENSOU NÃO FOI? OU VAI ME DIZER O CONTRÁRIO? – Grito e ele me olha enfurecido

-Escuta aqui Brown! – ele se aproxima e fala com a voz tão grossa e rouca, que eu me assusto e dou um passo pra trás – Eu não sou um idiota se é o que está pensando! E se você me traiu...

-Se eu o que? Como que você pode pensar uma merda dessas? Tá maluco? De onde tirou isso?

-Você quer que eu pense o que? Que vocês foram brincar?

-Pensa qualquer merda Finn, qualquer porra nessa tua mente, TUDO, menos que eu trairia você porra! – sinto meus olhos lacrimejarem e acabo soltando um soluço alto fazendo Finn me olhar – você é um idiota! Um idiota da pior espécie por achar isso de mim! Achar que eu faria uma coisa horrível dessas com você! – aponto para ele e me repreendo por estar chorando e com a voz embargada

-PUTA MERDA MILLIE NÃO CHORA! – ele grita irritado e joga um vaso de flor meu no chão, me assusto, não parece ser Finn, não parece ser o meu doce e carinhoso Finn, não é ele – não chora meu amor por favor – se aproxima e eu caminho ao outro lado

-Você está me machucando ao pensar isso de mim Finn, me matando por achar que eu seria capaz de trair você – falo sincera sentindo meu estomago revirar – Louis e eu estamos fazendo a porra da decoração do baile, e você sabe disso, mas eu não posso me duplicar e atender os dois ao mesmo tempo, e se eu estou passando tempo demais com ele, não significa que eu estou deixando de te amar

-Millie...

-Cala a porra da boca Finn Skata! – digo enfurecida e ele me olha profundamente - Quantas vezes eu tenho que repetir que você precisa CONFIAR EM MIM! – acabo me alterando, cheguei em casa cansada em exatas 20:00 e ainda tenho que aturar Finn com ciúmes

-Puta merda não Millie, eu confio em você

-Não Finn, não confia! E estar com ciúmes prova isso

-Sabe o que é Millie? Eu odeio te ver com ele, odeio ter que ver ao lado dele e não aqui comigo! Eu preciso de você, e não posso ter a insegurança de te perder!

-Então não tenha! Louis é meu amigo! Meu amigo Finn! Quantas vezes vou precisar repetir

-Eu também era seu amigo Millie, e olha agora – fico calada e ele bufa – eu não quero que saia mais com Louis

-Como é?

-Isso que você ouviu – rio sarcasticamente

-Meu pau que não vou – digo e ele me encara com raiva – nem me olha assim, o errado é você em não confiar em mim! – aponto com meu dedo e Finn o segura rapidamente, tento soltar meu dedo de sua mão, mas ele é mais forte

Finn, consegue pegar meu corpo cansado, e nos joga com força na cama, ficando por cima de mim, segurando meus pulsos por cima da cabeça

-Millie eu confio em você, e não no Louis – ele se aproxima e eu não encaro seus olhos – me entende – fala e eu me concentro para não o beijar, já falei que ele fica sexy com raiva?

-Não Finn, você me entenda! EU O AMO, amo, se não, não teria me entregado tanto a você, e sabe por que me entreguei? Porque eu confio em você!

-É diferente

-Diferente como? Hein? Eu não tenho inseguranças com você, nunca tive, nem mesmo quando você foi sair com Lisa, não tive inseguranças e muito menos ciúmes, mesmo sabendo o quão jararaca ela é, porque eu confio em você Finn! Confio demais, e tudo que eu preciso, é saber que você confia em mim na mesma intensidade que eu confio em você! – digo limpando as lágrimas que escorrem de meus olhos e escuto um suspiro pesado de Finn

-Eu confio

-Não parece – tento me debater para sair mas ele não me solta, enlaço minhas pernas em volta do seu corpo e tento jogar seu corpo para o lado, mas falho e acabo relaxando meu corpo, retiro minhas pernas colocando meus pés no colchão macio e Finn fica no meio, suspiro sentindo as lágrimas escorrerem, mais uma vez

-A confiança não exige controle Finn – falo calma olhando a imensidão de seus olhos negros como a noite lá fora, e neles não vejo brilho e sim, medo - Pelo contrário, confiar em alguém é permiti-lo ir embora, porque você sabe que vai voltar. Confiança é o oposto de ciúmes, ela abomina o domínio forçado de uma pessoa sobre outra. É preciso confiar, em si e nos outros – digo e Finn relaxa um pouco suas mãos em meus pulsos – não sinta ciúmes, não tem necessidade

Consigo retirar uma mão de seu pulso e passo em seu cabelo que está voltando a crescer, desço meus toques para seu rosto, contornando cada tracinho e suas sardas, ele permanece me olhando e sei que seu coração está amolecendo

-Não consigo confiar em Louis – revela em um tom mais brando e eu suspiro

-Finn, ficar com ciúmes de um garoto que me trata como sua irmã! Como sua melhor amiga?! – ele suspira e eu reviro os olhos escutando um riso nasal seu - eu conheço Louis a tempos, e sei que ele não irá tentar nada comigo, pois ele me respeita, e o único sentimento que sente por mim é fraternal! – Finn parece relutante em acreditar e eu suspiro, como domar esse cavalo meu Deus? Ele me encara e com minha mão, ergo seu queixo, direcionando seu olhar ao meu – você pode confiar em mim e em meu amigo, por mim, pelo amor que diz que sente por mim? Consegue Finn? – penetro meu olhar no seu e Finn solta meu outro pulso, ele coloca as mãos em minhas pernas cobertas pela calça e aperta a região levemente e então suspira

-Finn? – pergunto e Finn me olha

-Desculpa Mills, mas não dá – fala e sai de cima do meu corpo, me levanto junto

-É sério isso? Eu amo você Finn, só você. Mas se você não pode confiar em mim, então não podemos continuar – digo e ele me olha incrédulo

-Quer terminar comigo por causa daquele bosta?

-Olha lá como fala de Louis Finn Wolfhard! Ele é meu amigo! E eu Finn, eu tô destruída de saber que você desconfiou de mim – limpo as lágrimas que voltaram e Finn passa as mãos nos cachos

-Millie – o encaro – eu não quero isso, não quero terminar, não quero acabar com tudo que construímos, mas por favor me entenda – ele começa a balançar as pernas e a respirar rapidamente

-Você é o culpado Finn – falo com a voz embargada - E eu vou continuar saindo com Louis, queira você ou não – digo e ele arregala levemente os olhos – porque macho nenhum manda em mim.

-Millie, ou é ele ou eu – fala como uma intimação e eu dou um passo pra trás

-O que? Que porra Finn

-É Millie, a escolha é sua – Fala e uma onda de irritação me invade

-Vai à merda Wolfhard, você não pode me fazer escolher entre você ou outro – ele ri nervoso e nega com a cabeça – qual é hein? Por que caralhos esse ciúmes desnecessário? Porra tá duvidando do meu amor? Por que quem está começando a duvidar aqui sou eu – vou falando as coisas que não tem muito sentindo, mas que na minha cabeça tinha, fecho os olhos e suspiro procurando calma, porque se tiver forças eu dou tanta tamancada nesse garoto até meu tamanco virar uma rasteirinha

-Você não pode estar falando sério

-Olha para com isso está bem? Não faz isso Finn, para por favor! – digo lagrimando, Finn fecha os olhos e pelos movimentos corporais de agitação, a respiração alterada, percebo que está tendo uma crise de ansiedade – Finn? – me aproximo e ele se afasta

-Fica longe – não posso acreditar em suas palavras, que pela primeira vez entraram como flechas em meu coração – eu me viro sozinho

-Finn deixa de ser imaturo! Você está agindo como uma criança besta, birrenta e orgulhosa! Me deixa de te ajudar!

-Millie eu não quero! - fala mas sei que quer e sei que precisa, e me mata vê-lo dessa forma

-Finn não, me deixa te ajudar – digo e ele me olha com um olhar triste

-Eu não preciso de sua ajuda – e então, vai embora...

 

*Flashback Off*

 

-Millie, está tudo bem? – Louis me pergunta me tirando do meu devaneio e eu suspiro

-Não – respondo e coloco alguns objetos no carrinho – Finn e eu brigamos

-O casal perfeito briga? – o encaro entediada e suspiro – desculpe, posso saber o motivo?

-Ciúmes – saio andando e Louis vem ao meu lado

-Ué? Finn está com ciúmes?

-Acho que foi isso que eu falei né – digo e ele revira os olhos

-De quem já? – pergunta e eu o encaro com uma sobrancelha arqueada e ele arregala os olhos – não!

-Sim!

-NÃO!

-SIM! – digo na mesam entonação e rimos – dá pra acreditar nisso? Nos resolvemos, mas meu caro amigo, foi difícil olha

-Isso foi quando?

-Já faz uma semana – digo e ele arregala os olhos – uma semana que não falo com Finn

-Então é por isso que ele não foi a escola – fala pensativo e eu confirmo – quer que eu falei com ele?

-Não! Isso só iria piorar tudo – falo e ele levanta as mãos em sinal de rendição

-Olha Millie se a culpa de vocês brigarem foi por estar comigo pode parar de vir tá, eu consigo resolver essas coisas sozinho e... – ele bate em um jarro de porcelana e por sorte consegue o pegar antes que ele caia e se quebre ao chão – puta merda, olha isso, essa porcaria feia custa 400 doláres! Meu pau que dou tudo isso – fala e eu rio – continuando, eu...

-Não Louis, Finn precisa confiar em mim, ele fala que confia mas seus atos não demonstram, eu confio inteiramente nele sabe, até demais, mas e ele? – continuo caminhando – só queria isso, confiança, relacionamento.....olha que lindo aquele negócio vermelho, pega ele – aponto e Louis pega uma espécie de balão vermelho de plástico, que brilha no escuro – relacionamento envolve mais que tudo confiança, sem confiança não tem como funcionar

-Ele confia em você, não confia em mim, mesmo eu mostrando total apoio em relação a vocês dois – ele suspira e me olha – e você, errada não está – ele fala colocando as mãos no bolso – mas dá pra entender o cara

-Como é?

-Millie, Finn te ama, muito, e eu no lugar dele também ficaria com ciúmes de ver que minha namorada, fica mais tempo com o amigo gato e gostoso e inteligente do que comigo – fala e eu rio, mas fico pensativa – Finn ao meu ver é inseguro, e sabe... Insegurança , não é falta de confiança ,e uma forma de demonstrar que você ama muito e tem medo de perder

-Acho que não entendi – digo caminhando com ele ao meu lado – as vezes duvido do amor que Finn diz ter por mim...- falo cabisbaixa e Louis nega com a cabeça

-Dizem que ciúme é falta de confiança, mas já parou pra pensar que talvez seja excesso de amor? – Louis me responde com uma pergunta e eu o encaro – sabe Mills, namorar com uma pessoa que sofre de ansiedade, como Finn tem – ele fala e sim, ele sabe porque em uma de nossas conversas eu o contei – é saber e entender que vai haver dias em que terá que lidar com lágrimas, dias em que nada vai estar “bom” sabe, e que não é proposital, é saber lidar com suas crises de autoestima e o mais importante, dias em que a insegurança é o ponto forte – fala e suspira – mas pode ter certeza de uma coisa você é verdadeiramente amada e única, e sabe por que? – nego sentindo meu coração apertar – porque da mesma forma que ansiosos são intensos em suas crises, eles são intensos no amor – lagrimo, estou triste, triste com Finn e triste por ter duvidado do seu amor – e bem, é normal e até bonito sentir ciúmes, mas não em excesso e é normal ele ter ciúmes, ainda mais tendo um mulherão foda que é você – sinto minhas bochechas corarem e ele ri limpando minhas lágrimas com um lenço branco que retira do bolso

-Você carrega um lenço? – digo sorrindo o deixando limpar e ele revira os olhos

-O cavalheirismo nunca morre em meu ser – rio e ele me abraça rapidamente e encara meus olhos – olha, vamos fazer assim, amanhã não será necessário você vir comigo, fica com ele, se der merda eu me resolvo aqui, mas só amanhã, gosto de ficar com você – fala e bate levemente em meu braço, rio fraco

-Claro que gosta, você é meu irmãozão

-E você minha irmãzinha chata que eu amo – rimos e então voltamos as compras

 

Pov. Finn

O céu nunca esteve tão cinza, e os trovões nunca pareceram tão lamentosos. Olhando o céu do meu teto, observando que uma chuva talvez não tão forte se aproxima nessa tarde fria, quase virando a noite, me faz fechar os olhos e sentir o vento úmido e o gemido do vento tomarem conta do meu corpo.

Vovó tinha saído com David, meus amigos estavam ocupados com as coisas do baile ou com suas vidas, e Millie....minha Millie, estava com Louis, respiro fundo. Eu sei, eu errei e fui um otário e tudo que eu preciso fazer agora é pedir perdão dela e torcer para que ela não me bata ou jogue algo em mim, embora eu mereça.

Fiquei sozinho o dia inteiro, não telefonei, e não me telefonaram, somente Noah perguntando se eu queria sair com ele e Jack, pelo visto Millie não lhe contou sobre o que aconteceu, mas eu recusei na educação. Estava inteiramente só, somente eu e minha solidão costumeira, deitado no teto, com o pensamento perturbado.

Estudos indicam, que por não pensarem muito, os menos inteligentes lidam melhores com suas emoções, então é por isso que estou tão perturbado? Sou tão inteligente que não consigo lidar com minhas emoções como uma pessoa normal?

Não importa o que eu faça, ou que eu pense, minha mente, meus pensamentos sempre me levam em uma única pessoa, Millie. E meu coração, tão frágil, se quebra ao lembrar de suas lágrimas, de seu choro baixo e abafado, e suas tentativas frustradas de tentar cessar suas lágrimas. E o pior de tudo, a culpa era minha, se estamos separados assim é minha culpa, imaturidade minha

Eu não devia, nunca, nunca ter machucado um coração que luta para se reconstruir com minha insegurança, meu ciúmes e nunca devia ter cogitado a ideia de Millie me traindo, desde a briga que eu não como direito, ou durmo, nem sair da cama eu saio, tudo, tudo ficou tão triste, tão preto e branco, minha aparência está horrível, e minha alma tão feia quanto

Sinto como se tivesse voltado à estaca zero, minha ansiedade me ataca constantemente e quando eu penso estar bem, começo a chorar sem entender, ou talvez saiba só não quero acreditar. Outro dia comecei a chorar enquanto comia, não terminei minha refeição, apenas fiquei o dia inteiro, na minha cama e no meu cantinho.

Sinto falta da Millie, falta dos seus carinhos, falta do seu toque, do sabor de cereja dos seus lábios e o cheiro de morango de seus cabelos. Sinto falta dos seus abraços, da sua risada e da sua voz, Noah me disse que ela não está tão bem assim, não tem comido direito ou falado com falava. Noah e eu nos aproximamos, ele é o único que fala comigo e mandei avisar que estava bem, claro que ele não fez isso, mas tudo bem, eu supero

Eu sei que estou errado, mas quando eu vejo todas as noites pela janela do sótão, Millie voltando, saindo do carro de Louis, a raiva me sobe, e a porra do orgulho me impede de ir pedir perdão e isso me mata

Sinto os leves e gelados pingos de chuva em meu rosto e respiro fundo, saio de onde estou com cuidado volto ao meu quarto, é quase noite, está chovendo, pego meu celular e releio as primeiras mensagens que tive com Millie, a primeira conversa especificamente, me jogo na cama e releio as mensagens, voltando para aquele dia....

 

*Flashback On*

 

Bloqueio a tela do celular e olho a janela, caminho até ela e vejo que Millie está sentada na sua, lendo um livro, assovio e ela me olha e sorri, a luz da lua reflete em seu rosto, ela está com seu cabelo preso em um coque bagunçado e usa um vestido amarelo, e cara, ela está de óculos, está linda

Com o celular em mãos, aponto para o mesmo e ela pega o seu, trocamos nossos números mais cedo.

Eu: Lendo o quê?

Belos olhos: Orgulho e Preconceito

Eu: Fãs de romance pequena

Belos Olhos: Sempre

Eu: Posso te confessar uma coisa?

Belos Olhos: Claro

Eu: Eu gostei do dia de hoje

Envio e a olho, ela sorri docemente me olhando e digita algo

Belos Olhos: Digo o mesmo Finnie

Eu: Eu agradeço, sério Mills, te agradeço por não ter sentido pena de mim mais cedo

Belos Olhos: Não tenho motivos para sentir pena vc

Eu: E eu agradeço por me olhar assim, sério, vc não sabe como é sufocante olhar para as pessoas e elas te olharem com pena, “pobre garoto suicida”, é horrível. Mas com vc e a tia Kelly não, vcs me trataram como só mais um no mundo e eu gostei disso.

Belos Olhos: Fico feliz por isso, e como eu falei, não há motivos para lhe tratarmos com certa diferença, afinal, vc não tem nenhuma anomalia e nem se tivesse, continuaria te tratando dessa forma

Eu: Exato, quando vc chegou e me viu no chão, pensei que ficaria assustada e correria para bem longe de mim, mas vc veio comigo e ainda cuidou da minha mão, e quando me abraçou eu me senti acolhido e seguro, obg mesmo.

Escuto um assovio e a encaro vendo que ela está fazendo um coraçãozinho com a mão, sorrio

“É estranho”

Belos Olhos: O q é estranho?

Eu: De alguma forma, é como se minha alma já conhecesse a sua antes mesmo de nos encontrarmos de fato, no seu abraço, senti como se estivesse em casa após um longo período fora.

Belos Olhos: Awnnttt q lindo Finnie, seria estranho se eu dissesse que senti o mesmo?

Eu: Sério?

Belos Olhos: Sim Finnie, por isso o abracei com tanta intensidade, pq eu gostei e me senti em casa tbm, é confortante ouvir isso de vc, meu coração ficou quentinho

Eu: Mills vc tem certeza?

Belos Olhos: ??

Eu: Millie, vc sabe q eu tenho depressão, eu sou instável, posso explodir a qualquer momento como ocorreu mais cedo, e eu não quero que vc se machuque ou algo assim por minha causa    

Belos Olhos: Eu sei Finnie, sou ciente de tudo isso

Eu: Vc quer mesmo ser minha amiga? Quer mesmo que eu adentre em sua vida mesmo sabendo que o final pode ser trágico?

Envio a mensagem e temo pela resposta, a encaro vendo que ela encara fixamente a tela do celular, o livro está fechado em seu colo, ela suspira e meche os polegares por cima da tela e então digita.

Belos Olhos: Finn, ter vc na minha vida é um risco que eu corro sem ter medo entende? Se o final for trágico, isso só depende de nossas escolhas. Eu estou disposta a ser sua amiga, estar do seu lado quando vc precisar e até mesmo quando não precisar, não tenho medo de sair machucada nessa, e então Finn, sim, eu quero ser tua amiga, na vdd já me autodenominei como uma

Eu: Vc sabe q é maluca por fazer isso né?

Belos Olhos: Nunca fui sã, então...mas e vc? Quer mesmo adentrar no incrível mundo de MBB? Quer correr o risco de rir até das coisas mais inúteis que possam acontecer? De sorrir e rir tanto a ponto de suas bochechas e barriga doerem? De engordar pq afinal, eu como pra  porra e quem é meu amigo vem junto, quer mesmo saber que as menores coisas da vida são as mais lindas e especiais? Tem certeza de que quer isso?

Um sorriso largo cresce em meu rosto, não respondo, a olho e ela sorri lindamente para mim, ela digita algo e me olha

“Vou entender isso como um sim”

Confirmo com a cabeça e ela bate palminhas

Eu: Tenho medo disso, mas quero internar-me nesse teu mundo que me parece encantador

Belos Olhos: Só cuidado Finnie, vc pode se viciar, afinal, quem entrou nele nunca mais quis sair

Eu: É um risco, mas não tenho medo

A encaro e ela sorri docemente, escuto sua mãe a chamando e ela se vira rapidamente, faz um biquinho e eu falo um “vai lá” e ela me dá um tchauzinho. Observo ela sair da janela e então sumir completamente da minha vista...

 

*Flashback Off*

 

Somos o reflexo de dois corações interligados, duas almas conectadas além dessa vida, somos um só. E agora, estamos separados por uma semana, que parecem ter sido anos, séculos, e a cada dia separado, eu morro lentamente, pois é como se uma parte minha estivesse indo embora, ficando cada vez mais distante.

Seria esse o nosso final? Um final trágico, e por minha culpa? Não tínhamos medo, não tínhamos receio de entrar na vida um do outro e sair machucado, afinal, já estávamos tanto. Mas, e agora? E agora que eu me viciei em sua vida, em seu cheiro, em seu amor? E agora que Millie é minha droga e eu me sinto em completa abstinência

Não tinha o medo de sair machucado, não tínhamos medo, mas agora sinto que se eu sair da vida de Millie, eu morro, eu entro em pânico somente de pensar nisso, minhas escolhas, nossas escolhas, nosso final só depende delas, e eu não faço a mínima ideia de como essa nossa história irá terminar, mas torço para que seja um final feliz 

Uma lágrima escorre de meus olhos e eu a limpo rapidamente, eu a amo, e eu preciso fazer a escolha certa, entrei no mundo de Millie Bobby Brown, e agora não consigo mais sair. Desço com meus dedos na tela a mensagem e então suspiro ao ver sua última, um dia depois da nossa briga, no qual eu não respondi

“Finn me perdoa se eu te machuquei, nunca, nunca, nunca foi minha intenção. Eu o amo tanto sabe, e essa desconfiança me magoou”

“Eu não sei como você está, como se sente, eu espero que bem. Precisando eu tô sempre aqui, além de tudo Finn, você ainda é meu amigo, se você não estiver bem e precisar conversar pode falar comigo”

"Eu sei que está lendo porque tá aparecendo o visualizado aqui, então entendo que não queira falar comigo. Mas Finn, namoramos, mas ainda somos melhores amigos, confidentes um do outro. Eu tô aqui pra você e espero que esteja aí por mim também. Só quero dizer, que quando decidimos entrar na vida um do outro, sabíamos que não seria fácil, sabíamos que poderíamos sofrer, mas escolhemos entrar de cabeça assim mesmo, tudo isso em nome do amor, porque Finn, eu te amei desde o primeiro olhar, mas não entendia isso porque eu não sabia o que era amar, eu te amei como uma amiga, amei te conhecer e ainda amo descobrir sobre você Finnie" 

"Eu não tinha medo, não tinha medo de me machucar mais uma vez, mas agora eu sofro de imaginar que o nosso final pode ser ruim, então por favor, não faz isso, bem....quando quiser falar, estarei aqui, e respeitarei o seu espaço"

Até Finnie e eu o amo”

Essas foram apenas algumas que ela mandou e eu não respondi, apenas li. Millie é perfeita demais, e eu sou problemático demais. Duas pessoas extremamente opostas, mas que de alguma forma, conseguem fazer funcionar

Bloqueio a tela do celular e deitado em minha cama, encaro o teto, suspiro profundamente e escuto o barulho estrondoso do trovão, fazendo eu direcionar meu olhar a janela, vendo as gotas de água da chuva, deslizarem lentamente pelo vidro

Millie, penso se ela está bem, se comeu, se está com medo desses trovões, ela tem medo, um medo estranho, mas quem disse que somos normais? Me pergunto se alguém está a confortando, dizendo coisas boas, para não fazê-la se concentrar nesses barulhos

Observo as gotas de água deslizando, rio fraco, quando era pequeno, pensava que quando chovia era Deus que estava triste e chorando, suspiro e fecho meus olhos, tento dormir, mas não consigo, os malditos pensamentos não deixam, me giro de um lado, me giro de outro, bufo, suspiro, grito, urro, mudo minhas posições e então começo a chorar, de raiva, de tristeza, choro tentando me libertar, mas não consigo

Olho as horas e percebo que as horas passaram rápido, ou eu que me distraí demais. A chuva, não está mais forte, vejo que Millie está perto dela chegar, desisto de ficar aqui, pego meu violão e saio do quarto, indo até o jardim, com uma toalha que peguei durante o caminho, seco os dois balanços e me sento em um, olho para o céu nublado e começo a cantar uma música que escrevi esses dias....

 

Escute Nightcore - Surrender / Natalie Taylor (Male Version)

 

Começo com as primeiras notas musicais e fecho meus olhos

 

We let the waters rise

Nós deixamos as águas subirem

We drifted to survive

Nós derivamos para sobreviver

I needed you to stay

Eu precisava de você para ficar

But I let you drift away

Mas eu deixei você se afastar

My love where are you? My love where are you?

Meu amor, onde você está? Meu amor, onde você está?

 

Whenever you're ready (whenever you're ready)

Quando você estiver pronto (quando você estiver pronto)

Whenever you're ready (whenever you're ready)

Quando você estiver pronto (quando você estiver pronto)

Can we, can we surrender

Nós podemos, nós podemos nos entregar

Can we, can we surrender

Nós podemos, nós podemos nos entregar

I surrender

Eu me rendo

 

No one will win this time

Ninguém vai vencer desta vez

I just want you back

Eu só quero você de volta

I'm running to your side

Estou correndo para o seu lado

Flying my white flag, my white flag

Voando minha bandeira branca, a minha bandeira branca

My love where are you? My love where are you?

Meu amor, onde você está? Meu amor, onde você está?

 

Whenever you're ready (whenever you're ready)

Quando você estiver pronto (quando você estiver pronto)

Whenever you're ready (whenever you're ready)

Quando você estiver pronto (quando você estiver pronto)

Can we, can we, surrender

Nós podemos, nós podemos nos entregar

Can we, can we, surrender

Nós podemos, nós podemos nos entregar

I surrender

Eu me rendo

 

Sinto as lágrimas caírem e não abro meus olhos

 

I surrender...

 

Pause a música

 

Abro meus olhos, e não, Millie não está parada me observando, isso não é um filme clichê, isso é a vida real.

Me levanto e então entro em casa, coloco meu violão em qualquer canto e caminho até a janela da sala, vendo que Millie chegou, ela sai do carro de Louis e sorri lindamente como sempre, passa as mãos nos cabelos um pouco maiores, suspiro, ela para para abrir o portão, e caminha lentamente, olhando para a minha casa, fecha os olhos e daqui posso ver que está lagrimando, nega com a cabeça, limpando rapidamente e então some do meu campo de visão, entrando em sua casa, eu vou falar com ela, eu preciso deixar esse orgulho de lado, e vai ser agora...

 

Pov. Louis

Após deixar Millie em sua casa, faço o retorno faço o retorno e então saio do seu bairro, dirijo em direção a minha casa, e vou rápido, já que não tem quase ninguém na rua, e nessa de ir rápido quase atropelo um cara, um cara muito parecido com..............puta merda, Jacob!

Ao perceber que o reconheci, começa a correr pelas ruas e entrar nos becos, arranco com o carro e não ligo se serei multado, sei aonde cada beco dá. Estou em uma perseguição, eu persigo Jacob, e ele sabe que talvez possa ser pego

Jacob entra em um beco e sou forçado a abandonar o carro, suspiro e pego uma arma que tenho escondida e saio do carro correndo, tenho ele a vista, corro e agradeço pelas corridas que mamãe me forçava a fazer, isso me deixou mais rápido

A merda, é que esse garoto é rápido, e posso ver pelas roupas que está passando bem, e seus machucados, já estão bem curados, ele era atleta na escola, e infelizmente o mais rápido da turma, ou seja, ele é rápido. Mas não tanto como eu, pego uma pedra que vejo em uma caçamba de lixo e mesmo com nojinho a pego e miro em sua costa, Jacob seu grande e miserável filho da puta, é hoje que eu te pego, miro a pedra em sua costa e mas, erro, continuo correndo, sentindo a adrenalina invadir minhas veias e meu sangue ferver, bato meu corpo em algumas coisas espalhadas pelo local, mas isso não me impede de continuar correndo

Ainda com ele no meu campo de visão, pego meu celular e ligo para o policial Mike, mandando o me localizar pois estou correndo atrás de Jacob, coloco novamente no bolso e mesmo sentindo que o ar vai faltar continuo correndo

Ele, mais rápido que nunca, pula um muro altíssimo, me fazendo o perder, com bastante cuidado, consigo pular o muro e o observo correndo, longe, longe demais de mim, mas não vou perder o foco, eu preciso pegar esse filho da puta, é uma questão de honra!

Começo a escutar barulhos do carro da polícia, várias sirenes soam pelo local, pessoas assustadas que nos encontram pelo caminho correm por medo e eu, eu estou adorando tudo isso

Penso rapidamente em uma forma de assusta-lo e faço a primeira coisa que me vem em mente, saco a arma, destravo-a e então aperto o gatilho apontando para o alto, esse simples ato, fez Jacob cair ao chão, assustado, sem saber de onde o tiro veio, pois eu posso vê-lo, mas ele não me vê

Jacob, desarmado pelo visto, caído ao chão, assustado, arregala os olhos quando me vê correndo em sua direção, com a arma mirando-lhe, ele se levanta com dificuldade e cambaleando, e começa a correr, a pouca iluminação desses becos dificulta a minha visão de sua pessoa, eu suspiro ao ver que entra em um beco e começa a correr, a adrenalina não me deixa ficar cansado e continuo com a perseguição, encho meus pulmões de ar e continuo correndo

Jacob entra em um beco que o leva para a rua principal, com a arma apontada, dou outro tiro, atingindo uma caçamba de lixo, ele pula com o susto, estou cansado, mas não posso desistir, não posso desistir por Millie!

Começo a pensar em suas maldades, encho minha mente delas, o estupro, o acidente, as maldades que ele causou em várias pessoas naquela escola, o nojo me domina e tudo isso se torna um gatilho para que eu continue correndo

Depois de mais 15 minutos correndo, entre os labirintos de becos de Seattle, ele consegue sair de um, consigo o alcançar e vejo que ele está abordando um homem

-JACOB NÃO VALE A PENA!

Grito, mas tudo que ele faz é empurrar o homem, entrar no carro e fugir, respiro ofegante por conta da corrida e ajudo o pobre homem a se levantar, merda, merda, merda. Escuto o barulho de uma sirene e uma viatura para bem ao meu lado, sorrio ao ver que Beverly é quem dirige

-Entra aí pirralho - Assim faço e ela sorri

-Vai reto, essa rua não tem curvas – digo rapidamente e logo ela faz o que mando

Estava ansioso, um misto de emoção, adrenalina tomava conta de mim, me senti em um filme de ação. Escuto mais sirenes e quando olho pelo retrovisor vejo que mais umas 6 ou 7 viaturas nos seguem

-Ali! É o carro dele! – digo e Beverly pisa no acelerador com toda a força, e eu me seguro no banco para não ir longe – Bever.... – vou falando quando a ruiva bate na traseira do carro – porra

-Ele vai parar! Ele tem que parar! – ela grita devido ao forte barulho dos carros na pista – você sabe atirar? – arregalo os olhos e então confirmo com a cabeça, ela me manda abrir o porta luvas revelando uma pistola, a pego – tenta atirar no vidro de trás, mas não acerta ele – confirmo

Suspiro fundo e então coloco metade do meu corpo para fora da janela, olho para trás vendo que alguns policiais estão na mesma posição, sinalizo para não fazerem nada, ainda e então miro o vidro.

Beverly acelera mais ainda fazendo os carros quase colarem, suspiro e dou o primeiro tiro, mas acabo errando, o segundo tiro e dessa vez acerto, fazendo o vidro de trás se estilhaçar em mil pedacinhos, encaro Jacob que me olha assustado e então volta a pisar no acelerador.

A ruiva me puxa para dentro do veículo e eu travo a arma

-Eu vou bater nele! Se segura Louis – coloco o cinto de segurança, e as mãos no rosto, fecho meus olhos e aperto-os fortemente, escuto o barulho do acelerador e então, nossos carros se chocam, fazendo meu corpo ser impulsionado para frente, e os vidros se quebrarem

Retiro as mãos do rosto, vendo Beverly meio zonza e com a testa sangrando, um forte zumbido está em meu ouvido e enxergo tudo em câmera lenta, Mike gritando algo na janela de Bev, Ben saindo de uma viatura, vários policiais armados correndo, e o carro de Jacob Sartorius grudado ao nosso, com a traseira toda amassada, seu carro, um Ford 2007 está fumaçando

Sinto um gosto metálico e quente em minha língua e passo os dedos em meus lábios, vendo um líquido vermelho em meu dedo pálido, suspiro, mais uma marca de guerra, já não bastava essa em minha testa? 

Saio do carro quando recobro a memória de onde estou e vejo que Jacob ainda sim está bem o suficiente para pular a janela e sair correndo, aviso aos policiais e pego walkie-talkie

Jacob não vai sair dessa, eu vou pegar esse filho da puta nem que eu precise atirar na perna desse cara de chupa cu. Destravo a arma e entro em mais um beco, essa cidade tem muitos becos que saco, miro na perna de Jacob que consegue desviar da bala com um pulo, esse cara é o quê? O Batman?

Estou correndo e colocando minha vida em risco, atrás de uma única só pessoa! Um garoto fodido de 17 anos, mas a justiça será feita no final, eu sinto. Reconheço o beco onde estou e sei qual a saída e então paro de correr, ligo o walkie-talkie falando diretamente com o policial Ben

-Vão para a rua Wall Billiers número 067 TODOS! Jacob vai sair lá, rápido

-Copiado senhor – rio e então começo a andar normalmente, recuperando o fôlego

Escuto um barulho e então todas as histórias de terror que Millie já me contou vem em minha mente, desgraçada da escuridão, chorona, slender e então começo a correr, mas por medo mesmo

Sorrio ao ver Jacob chegando a saída do beco e começo a rir alto quando escuto as sirenes e vejo as cores vermelha e azul iluminando, é Jacob, não é a luz branca que vai te pegar hoje. Corro em sua direção, Jacob me olha totalmente assustado quando eu aponto a arma em sua direção

-Você vai se ferrar seu escroto de merda – vou parando de correr

Jacob Rolf Sartorius, 17 anos, rico, tudo para ser um atleta de sucesso. Corre para a saída do beco mas é surpreendido ao ver Ben, Beverly e Mike, os três parados com suas armas apontadas para seu rosto fazendo-o parar e levantar suas mãos em rendição

“PARADO OU ENTÃO ATIRAMOS”

Começo a assoviar chegando por trás de Jacob e me coloco atrás dos três policiais, em seu corpo, várias bolinhas vermelhas dos lasers das armas apontadas em sua direção, que se em alguma tentativa de fuga, os policias irão atirar

Meu corpo dói, minha boca mais ainda e está inchada devido ao corte, mas nada disso impede o prazer que estou sentindo hoje, agora e neste momento

“Coloque as mãos na cabeça, AGORA”

Mike grita e Jacob apenas obedece vendo que seu fim chegou, não há escapatórias, estou ofegante, suado e com o sangue fervendo, sorrio para o garoto que me olha com ódio, assim os policias me veem sorriem, eles se aproximam de Jacob e enquanto Ben e Mike o algemam, Beverly se mantém com a arma apontada em sua direção, ela e todos os policiais

-Jacob Rolf Sartorius, você está preso por acusação de dois roubos pelo visto, culpado por um acidente e pior garoto, estupro – Beverly fala séria e o garoto a encara com fúria no olhar, mas tudo que ela faz é sorrir.

Ben e Mike o colocam dentro de um enorme furgão, seis policiais entram com enormes armas com ele, enquanto dois policiais vão na frente onde fica o motorista e o passageiro, quatro policiais saem com suas viaturas na frente, o furgão no meio com duas motos com policiais uma em cada lado, e mais duas viaturas atrás, sobra apenas aqui comigo, os três policiais

Beverly sorri cansada e então me abraça, faço o mesmo com os dois homens

-A justiça está sendo feita – ela fala e eu sorrio concordando

-Vou avisar a Kelly – Mike fala e eu concordo

-Vou ligar para Millie – digo e me afasto

Enquanto os policias conversam e fazem telefonemas, me afasto e ainda ofegante ligo para Millie, que me atende com a voz embargada, faço uma anotação mental de perguntar o que aconteceu depois

“Lou, aconteceu alguma coisa?”

“Millie, onde você está?”

“Deitada na cama, por que?

“Pegamos ele Millie, pegamos o filhote de chupa cu, pegamos o maldito e vagabundo peixe morto, cabelo carapinha Jacob Sartorius”

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Finalmente esse escroto foi pego!!

Ai gente estou ansiosa, agora só irão faltar 10 capítulos para a fanfic terminar!!! Ui ui, qual será o final de Fillie, o de Jacob e o de todo mundo?? Espero que bom né, menos do filhote de chupa cu

Não sei se conseguirei postar 2 capítulos sábado que vem porque minhas aulas começaram, e essa semana pode haver muitas tarefas, e isso pode tomar o meu tempo, massss eu vou fazer o possível para escrever e postar os 2 capítulos sábado que vem okay?

Obrigada por lerem "What is love?" amo vocês!

Cap. 2/2

By Carol


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