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História What the hell are you? - Interrogatório.


Escrita por: iratecontender

Notas do Autor


Mais um pra vocês não me encherem o saco por... Um mês.
Tchau.

Capítulo 13 - Interrogatório.


Angel começou a trabalhar tão rápido que eu mal via as coisas acontecerem; ela vasculhou o antigo apartamento dela, procurou as pessoas que ela conhecia na boate e mais afins.

  Mas o dia em que ela pediu para reunir as pessoas mais “próximas de Engel” – ou seja, eu, Zico, Bobby e Joon – na minha casa. Estávamos sentados no sofá bebendo soju, e eu não tive coragem de dizer o que estava acontecendo até que Angel abriu a porta de casa, com um sobretudo marrom claro e botas marrons de saltos.

  Zico virou rapidamente e deu um grito, caindo do sofá.

  - FANTASMA. FANTASMA. – gritou, correndo. – EU SOU JOVEM DEMAIS PRA MORRER, PEGA O BOBBY, NÃO EU.

  - POR QUE EU? – gritou Bobby, correndo atrás de Zico. Só Joon permaneceu sentado, fitando Angel com curiosidade. Ela retribuiu o olhar e os dois ficaram se encarando, porque ela não desviava o olhar, muito menos ele.

  - Parem de gritar vocês dois, caralho. – gritei. – Escutem, essa é a irmã-gêmea-mais-velha da Engel. A Angel. – concluí, dando um sorriso patético.

  - E qual é a porra da diferença entre o nome das duas? – perguntou Zico, se recompondo.

  - Engel é alemão. Angel é em inglês. Ambos significam a mesma coisa. Cheonsa. Anjo. – explicou Joon, levantando-se. Um misto de curiosidade e interesse em seu rosto. – Prazer em conhecer você. O que faz aqui?

  - Vim investigar a morte da minha irmãzinha. E descobri que vocês eram os amigos mais próximos dela.

  - É. Ela transou com todo mundo aqui. – disse Bobby, corando.

  - Menos comigo. – retrucou Joon, cruzando os braços. - Éramos bons amigos.

  - E vocês se encontraram antes do assassinato? – perguntou ela, em um tom profissional. Cruzei os braços e encostei-me à parede.

  - Sim. Claro. A última vez foi quando ela foi jantar na minha casa. – me segurei para não lançar um sarcasmo para Joon.

  - Sei... – murmurou ela, escrevendo alguma coisa em seu tablet. Angel jogou os cabelos compridos para trás e tornou a encarar Joon. – Então... O que vocês fizeram?

  - Está achando que eu matei a sua irmã? Não fuma, garota. – resmungou.

  - Qualquer um é suspeito até que se ache o verdadeiro culpado. – rebateu ela. Joon estalou a língua.

  - Ficamos sentados conversando. As onze ela se mandou. Disse que tinha coisa pra fazer, não sei. Então eu não vi mais ela. Só algumas vezes na YG. Trocávamos algumas palavras, mas só.

  Angel e Joon ficaram se encarando em um silêncio constrangedor, até que ele pegou a jaqueta e o óculos.

  - Mais alguma pergunta, detetive?

  - Seu nome.

  - Lee Joon-Kyung.

  - Ocupação?

  - Hmm... Cantor, compositor, rapper...

  - Artista. – concluiu. – Idade?

  - 24 anos.

  - Pode ir embora. Estou satisfeita.

  Joon passou pela irmã mais velha e pegou uma mecha de seu cabelo, puxando-a delicadamente. Angel corou, mas se recompôs rapidamente.

  - E a partir de... Hoje vocês vão me chamar de Detetive Lira. Não sou amiga de vocês, e vocês não são nada meus. – ela deu um leve pigarro e Joon sorriu, beijando sua bochecha. Ela o afastou com um tapa.

  - Beleza, Detetive. – disse Zico. – Vai me interrogar também?

  - Depende. – desafiou. – Quer que eu converse com você por um médium?

  - Engraçadinha. – rebateu sarcasticamente, sentando-se. – Manda logo.

  - Nome, idade, ocupação e última vez que viu Engel.

  - Ok... Woo Ji Ho, ou Zico. 22 anos. Artista. Vi ela no mesmo dia em que morreu. Na verdade, eu a deixei no banco. – respondeu com tranquilidade. Angel semicerrou seus lindos olhos verdes por um tempo, procurando vestígios de culpa em Zico. Dei uma risadinha e ela se virou para mim.

  - Está fazendo um péssimo trabalho como detetive, Angel. – comentei. – Zico é brincalhão. E ele está caçoando de você.

  - Eu sei. – respondeu ela. – Na verdade, eu estou fitando a barata no ombro dele.

  - A O QUÊ? – gritou Zico, pulando. Mas não tinha nenhum inseto em seu ombro. Ela deu um sorriso presunçoso.

  - Eu sei caçoar tanto quanto você, Sr. Woo. E sugiro que me leve a sério. Era a minha irmã. – disse ela. Então se virou para mim. – Se importa se eu sentar?

  Dei de ombros e ela caminhou tranquilamente até a sala, observando tudo ao seu redor. Zico a encarava com certo rancor.

  - Ok, senhor Woo, me diga o que aconteceu no dia em que Engel morreu.

  - Bem... – ele se remexeu no sofá. – Ela me pediu para leva-la ao banco para tirar certa quantia de lá. Também falou que enquanto ela resolvia esse assunto, era pra que eu comprasse algumas garrafas de soju – ele apontou para as garrafas verdes na mesa. – para trazer para cá. Fui ao mercado e quando voltei ao banco, ela não estava lá.

  - Sei, sei. Então te ligaram dizendo que ela tinha sido morta por uma bala perdida em pleno dia em Seoul?

  - Exatamente.

  - E Engel apresentou certos sinais de... – ela me encarou. – Violência ou paranoia? – dei um sorriso e passei a mão na nuca, onde tinha uma leve cicatriz.

  - Ela sempre apresentou sinais de violência. – respondi carinhosamente. – Mas não deste modo. Quero dizer, ela vivia me batendo porque me amava demais. E outra: paranoia?

  - Estou perguntando se ela dizia para vocês que sentia que estava sendo perseguida.

  - Nunca. – respondi com Zico. Ela tornou a digitar no tablet e encarou Bobby, que engoliu em seco.

  - Eu não mordo. – disse ela. – Você é...?

  - Kim Jiwon, ou Bobby.

  - Idad...

  - Dezoito anos. Faço aniversário dia vinte e um desse mês. Sou um Artista e... – Bobby fez uma pausa e me olhou de relance. - A última vez que estive com Engel foi dois dias antes de sua morte. – respondeu rapidamente. Ela permaneceu impassível.

  - Ok. E o que vocês fizeram?

  - Ela me disse que desconfiava de que Lee Hi estava tentando mata-la, Detetive.

  - Lee Hi? – perguntou Zico. – Aquela bonitinha da YG que eu sempre quis comer? – perguntou perplexo.

  - Lee Hi? – perguntei, aproximando-me. – Sério isso?

  Bobby assentiu.

  - Eng me disse que Lee Hi gostava de mim e “que queria me pegar desde que eu pisei na empresa”. – ele fez aspas com os dedos e eu relaxei.

  - Bem, - comecei. – isso estava bem claro, Bobby.

  - Mas ela vive na cola do B.I, pelamor. – rebateu o mais novo, perplexo.

  - Use a cabeça de cima pra pensar, Pabi. – rebati. Ele pensou um pouco.

  - Acho meio impossível isso... Ah, gente. – ele corou. – Eu não fazia ideia.

  - De qualquer forma. – interrompeu Angel. – E o que ela disse exatamente, Sr. Kim? – Bobby pensou um pouco.

  - “Lee Hi anda me cercando e me ameaçando, Pabi. Essa vadia tá me assustando. E eu odeio admitir isso.” – respondeu.

  Oba, uma suspeita.

  Angel pensou um pouco e tornou a digitar. Então perguntou:

  - E o quê você respondeu?

  - Bem, eu disse que era loucura, porque Lee Hi não faria mal a uma mosca. – respondeu. Bobby parecia receoso.

  - Ótimo. Obrigada, Sr. Kim.

  Caminhei de fininho até a cozinha, quando ouvi a voz mansa da gêmea.

  - Você não vai se livrar das minhas perguntas, Sr. Song.

  Caralho, que filha de uma prostituta manca.

  Voltei até a sala e sentei-me a sua frente.

  - Song Min-ho. 21 anos. Artista na YG Enterteinment. Ex-namorado e viúvo da sua irmã. – falei. Ela suspirou pesadamente. – Eu vi ela no dia de sua morte porque... Bem, ela morava comigo, óbvio.  Algo mais, Angel?

  - Detetive. – corrigiu ela.

  - Ok, Sherlock Holmes, vou te dizer uma coisa. – aproximei-me dela e olhei em seus olhos. – Quero tanto quanto você descobrir quem matou a minha namorada. Então isso faz de mim o seu Dr. Watson.

  - Ótimo. – murmurou ela, colocando o tablet na bolsa. – Quando posso falar com a tal Lee Hi?

  - Daqui a um mês. – respondi. – Quando ela voltar de férias.

  - Ótimo. – repetiu ela. – Então me diga três coisas, Dr. Watson.

  - Fale.

  - Primeiro: por que a polícia chamou o Sr. Woo quando a descobriram morta em vez do senhor, Sr. Song?

  - Porque eu estava com ela, não Mino. – respondeu Zico. – Ela tinha meu número de celular e o mesmo não possuía senha ou bloqueio.

  - Segundo: não houve nenhum roubo do dinheiro que ela sacou, certo?

  - Não. A bolsa e os objetos de valor estão comigo. – respondi. – Tudo que ela usava no dia ficou aqui.

  - Foi assassinato. – concluiu Zico, perplexo.

  - É foi. – assentiu ela. – E terceira pergunta: ela não morava com uma amiga?


Notas Finais


Agora vão se ferrar.


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